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22 dezembro 2009

Livros do Ano

Os 10 livros de Ciência indicados pela Amazon

1. The Age of Wonder – Richard Holmes
2. Remarkable Creatures – Dr Sean Carroll
3. Complexity A Guided Tour - Melanie Mitchell
4. Fixing My Gaze – Susan Barry & Oliver Sacks
5. The Strangest Man – Graham Farmelo
6. Every Patient Tells a Story – Lisa Sanders
7. The Mathematical Mechanic – Mark Levi
8. Thuth, Lies, and O-Rings – Allan McDonald & James Hansen
9. Dissection – Jason Rosenhouse
10. The Monty Hall Problem – Jason Rosenhouse

Uma pesquisa na Livraria Cultura revelou que nenhum destes livros possui versão para língua portuguesa. Confesso que fiquei tentado em comprar o livro sobre complexidade, a mecânica matemática e o problema Monty Hall. Este último, um quebra-cabeça da área de finanças comportamentais.

21 dezembro 2009

E & Y paga multa

Auditoria: Ernst & Young paga multa milionária nos Estados Unidos

Rachel Sanderson e Stephanie Bodoni, Financial Times e Bloomberg, de Londres e Luxemburgo
A Ernst & Young concordou em pagar US$ 8,5 milhões, um dos maiores acordos já feitos por uma firma de auditoria, para pôr fim à acusação de ter emitido pareceres de auditoria "falsos e desorientadores" sobre uma companhia americana, a Bally Total Fitness.

A Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) processou a E&Y, uma das chamadas "Big Four" do setor de contabilidade, e seis de seus sócios e ex-sócios por suas participações na fraude contábil na empresa de Chicago.

Segundo a SEC, a E&Y "sabia ou deveria saber sobre a contabilidade e as informações fraudulentas da Bally".

Seis dos atuais e ex-sócios da firma de auditoria e consultoria, incluindo Randy Fletchall, o encarregado do escritório nacional da firma, também foram punidos pela SEC em uma das mais abrangentes ações contra auditores envolvidos em uma auditoria deficiente. A E&Y afirmou que Fletchall continua como sócio, mas não confirmou se ele ainda está no mesmo cargo.

Duas pessoas, incluindo Mark Sever, diretor nacional de metodologia profissional, e John Kiss, ex-sócio que trabalhou nas auditorias de 2001 e 2002, estão proibidos de atuar como auditores de empresas de capital aberto por três anos. Fletchall recebeu uma advertência da SEC.

A Ernst & Young e seus atuais e ex-sócios não admitiram ter errado. "Esses acordos permitem que deixemos esse assunto para trás e solucionam questões que surgiram há mais de cinco anos", diz um comunicado da E&Y.

O ex-executivo-chefe da Bally John Dwyer e o ex-diretor de controladoria Theodore Noncek também foram processados pela SEC, que anteriormente havia acusado Bally de fraude contábil em 2008. Dwyer e Noncek concordaram em fazer um acordo com a SEC.

A firma de auditoria também está sendo processada, juntamente com o banco UBS, pelos liquidantes de um fundo de Luxemburgo que perdeu quase todos seus ativos investindo com Bernard Madoff.

Liquidantes do fundo LuxAlpha Sicav-American Selection, que tinha US$ 1,4 bilhão de patrimônio um mês antes da prisão de Madoff, abriram um processo na sexta-feira em Luxemburgo contra o UBS, o banco custodiante do fundo, e a firma local da Ernst & Young, que era a auditora, disse Alain Rukavina, um dos dois liquidantes, numa assembleia de acionistas do fundo na sexta-feira.

O administrador do fundo, Access International Advisors, e órgão regulador do mercado financeiro de Luxemburgo, também são citados na ação.

O UBS foi processado por vários investidores sob a alegação de que o banco não protegeu o dinheiro investido no LuxAlpha. Patrick Littaye, co-fundador do Access International, foi condenado por quebra de dever fiduciário em novembro por um juiz francês que investiga o caso Madoff.

Tatiana Togni, porta-voz da UBS, disse à Bloomberg que o banco está estudando o caso.

Jean Mondloch, porta-voz da Ernst & Young em Luxemburgo, não foi localizado na sexta-feira para comentar o assunto.

Rir é o melhor remédio

Postei anteriormente uma figura sobre o copo de água. Retirei a idéia do blog de David Albrecht, que acompanho sempre. Como meus conhecimentos em programas de imagem correspondem somente ao básico, usei o Paint para fazer a adaptação da idéia de Albrecht. Obviamente a figura ficou um pouco tosca. Para minha surpresa, ecebi um gentil e-mail dele com a figura e os seguintes dizeres:

Cesar,

The font I used couldn't take an accent mark.

Dave

Eis a figura melhorada.

Teste #199

A empresa de auditoria Ernst & Young foi condenada pela SEC: multa de 8,5 milhões de dólares. A razão está no parecer para uma empresa de:

academia de ginástica
massagem chinesa
motel

Fonte: Obviamente que são os membros do congresso. Lá como aqui. Fonte: aqui

Livros do Ano

Os 10 livros de Negócios indicados pela Amazon

1. The Myth of the Rational Market – Justin Fox
2. Fool´s Gold – Gillian Tett
3. Shop Class as Soulcraft – Matthew Crawford
4. How did that Happen? – Roger Connors & Tom Smith
5. Rapt – Winifred Gallagher
6. In Fed we Trust – David Wessel
7. Trust Agents – Chris Brogan & Julien Smith
8. Animal Spirits – Akerlof & Shiller
9. Supercorp – Rosabeth Moss Kater
10. Ignore Everybody – Hugh MacLeod

Já possuía The Myth e Animal Spirits. Confesso que não tive nenhum interesse pelos demais. Observe a ausência do Superfreakonomics, que realmente não merece entrar na lista.

Enquete

Perguntamos aos leitores:

O PRÓXIMO PRESIDENTE DO IASB DEVER SER

As respostas foram:

Um acadêmico = 13 ou 81%
Com vínculo com as empresas de auditoria = 5 votos
Com um bom trânsito político = 3
Com vínculo com o Fasb = 1

Em razão do ano novo iremos interromper temporariamente as enquetes.

Empresas fantasmas

Quem olha para a vida de Milton Braga a partir dos dados do Banco Central pensa estar diante de um empresário de sucesso: a Superjet, na qual aparece como sócio, mandou para fora do país US$ 43,4 milhões (R$ 77,4 milhões pelo câmbio atual) para pagar importações.

No mundo real, a vida de Braga, 44, é bem diferente: ele entrega gás em Barueri, na Grande São Paulo, e trabalha das "oito às oito, de segunda a segunda, sem folga nos últimos 12 anos". "No final do mês, sobram R$ 2.000." Seu sócio na Superjet tem uma situação financeira ainda pior: é gari.

A Superjet é uma invenção de criminosos financeiros, segundo a Polícia Civil de São Paulo. A empresa foi criada com o uso de laranjas (pessoas cujos nomes são usados) para remeter dólares para fora do país. Um grupo de 40 empresas mandou ao menos R$ 800 milhões para fora entre 2005 e 2008, de acordo com a investigação.

A apuração, ainda não concluída, aponta que essas empresas são usadas por doleiros e por empresários que fazem importação por valores subfaturados para sonegar impostos.

O esquema é simples. Pega-se a documentação de pessoas com pouca ou nenhuma renda, abre-se empresa e simula-se contrato de importação. Com os papéis, assina-se um contrato de câmbio com um banco e o valor pode ser enviado, com registro legal no BC. A polícia enviou relatório com as empresas suspeitas ao BC. O banco diz que repassou a lista para o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

A lei brasileira contra lavagem de dinheiro obriga os bancos a avisar o Coaf de operações suspeitas. Segundo a legislação, os bancos deveriam conhecer os clientes antes de fazer a operação. Nada disso foi feito, de acordo com a polícia.

Quatro das empresas investigadas tinham conta no banco Schahin, segundo a investigação. O banco diz que segue a lei.

Sede fantasma

Se o bancos fossem conhecer os clientes, como manda a lei, levariam um susto. A empresa recordista em remessas chama-se Celmix -enviou US$ 120 milhões. Ela tinha a sua suposta sede numa pequena rua no centro de São Paulo, num prédio em que o aluguel de uma sala não passa de R$ 300.

Uma das empresas usadas para fazer remessas era a filial brasileira da Thomas & Betts, gigante americana do setor elétrico. A polícia descobriu que a Thomas & Betts havia saído do país, mas um contador reabriu a empresa com a finalidade de enviar recursos para fora.

A Receita Federal tentou descobrir que tipo de importação a Flórida S.A. fazia para remeter o equivalente a R$ 153 milhões em cinco anos e descobriu que a empresa tinha um único funcionário e que em vários dias da semana a suposta sede nem abria. "Está claro que a Flórida S.A. é uma empresa de aluguel, com parcos recursos para arcar com eventual imputação de penalidades decorrentes de sua conduta irregular."

Os auditores da Receita descobriram que a Flórida mudava de sede até duas vezes por ano e foi aberta em lugares tão díspares como Porto Velho (RO) e Itaguaí (RJ), num total de 13 cidades em 14 anos. Um dos sócios iniciais da Flórida, o empresário Luiz Carlos Klein, aparece como controlador de outra empresa investigada, a Walham Trade.

Um dos laranjas da Walham Trade, Jair Anacleto da Costa Magalhães, contou à polícia que recebeu R$ 1.000 de Klein para emprestar seu nome.

Até os papéis da empresa que exportaria para o Brasil eram falsos. A polícia descobriu num escritório de contabilidade uma série de folhas em branco com logotipos de empresas chinesas. A parte em branco era preenchida no Brasil.

Caso Banestado

O uso de laranjas para a remessa de dólares ficou famoso no caso Banestado, em que uma agência em Foz de Iguaçu remeteu US$ 28 bilhões. Uma das figuras folclóricas da investigação era o pipoqueiro que enviara US$ 30 milhões.

O juiz federal Sérgio Moro, que julgou os casos do Banestado e é um dos maiores especialistas em doleiros no país, diz que o uso de laranjas para remessas ilegais não parou após aquela investigação, que rendeu até uma CPI.

"O mercado se pulverizou. Antigamente, havia dez doleiros que tinham contas de US$ 1 bilhão ou até mais. Hoje, o movimento é bem menor. Os doleiros mais recentes têm contas de US$ 30 milhões."

Tudo indica que o uso de empresas fantasmas de Rondônia ou do Tocantins para remessas faça parte dessa pulverização do mercado ilícito.

Empresas fantasmas remetem R$ 800 mi - Folha de São Paulo - 21/12/2009 - MARIO CESAR CARVALHO