O falecimento de um patriarca sempre gera disputas entre as famílias. Um dos casos que ainda desperta curiosidade e atenção da imprensa refere-se a herança deste milionário, que quando vivo já foi considerado um rei não oficial do seu país. Os negócios deste patriarca alcançam inclusive o Brasil, numa empresa industrial muito importante para economia mineira. Qual o seu nome?
Gianni Agnelli
Porfírio Rubirosa
Herman Theodor Lundgren
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24 novembro 2009
Auditoria da Parmalat
Auditorias indenizam investidor da Parmalat
Por David Glovin, Bloomberg, de Nova York - Valor Econômico - 23/11/2009
As empresas de auditoria e consultoria Grant Thornton e Deloitte & Touche vão pagar um total de US$ 15 milhões para resolver um processo no qual investidores da Parmalat Finanziaria, da Itália, acusam as firmas de contabilidade de ajudar a fraudá-los, segundo consta em documentos que deram entrada na Justiça na sexta-feira.
A Deloitte, com sede em Nova York, vai pagar US$ 8,5 milhões, e a Grant Thornton, de Chicago, US$ 6,5 milhões, segundo os documentos que pedem ao juiz distrital de Nova York, Lewis Kaplan, que aprove o acordo preliminar firmado entre as partes. "O acordo encerra o litígio com a Parmalat", diz James Sabella, um advogado dos investidores que processaram as duas firmas de contabilidade.
O advogado, que trabalha para a Grant & Eisenhofer, de Nova York, chamou o acordo de um bom resultado. Decisões recentes de Kaplan "reduziriam dramaticamente os danos máximos recuperáveis" se o caso fosse a julgamento, disse ele anteriormente.
Os investidores recuperaram cerca de US$ 91 milhões no caso, disse Sabella. Antes disso, o Credit Suisse First Boston e o Banca Nazionale del Lavoro já haviam pago um total de US$ 50 milhões, e a Parmalat (após a reorganização realizada pela companhia), US$ 26 milhões.
As reivindicações dos investidores contra o Citigroup e o Bank of America (BofA) foram negadas. Sabella disse que o acordo é notável porque quem está pagando são "as organizações guarda-chuva, ou de coordenação internacional", das duas firmas de contabilidade, e não as entidades que fizeram o trabalho de auditoria. Essas organizações guarda-chuva tentaram escapar da responsabilidade legal. [1]
A Parmalat Finanziaria pediu concordata em dezembro de 2003, depois que investidores alegaram uma enorme fraude. A companhia sucessora abreviou seu nome para Parmalat SpA e voltou a ser negociada no mercado de ações em 2005.
Os investidores processaram a Parmalat, seus bancos e auditores por causa da implosão da companhia. Os investidores da ação coletiva alegaram que os auditores da Parmalat deveriam ser responsabilizados pela fraude supostamente contábil.
O problema na Parmalat aconteceu logo depois dos escândalos contábeis das empresas Enron e WorldCom, que levaram a uma profunda mudança de regulação no mercado de capitais americano.
Com o colapso dessas companhias, foi criada, em 2002, a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) [2]. A nova legislação tornou a rotina das auditorias mais rigorosa, exigiu que a administração das empresas atestasse a veracidade dos demonstrativos financeiros e impôs que determinados comitês dos conselhos de administração tivessem uma maioria de membros independentes.
[1] Isto é uma novidade. No caso da empresa hindu Samtyam a PwC alegou que não possuía responsabilidade na auditoria.
[2] O texto foi infeliz, já que o escândalo da Parmalat é de 2003.
Desempenho de Seguradoras
Este artigo tem como objetivo analisar o desempenho contábil-financeiro no setor brasileiro de seguradoras, aplicando análise hierárquica (AHP) às informações do ano de 2007. Para tanto, utiliza-se de informações sobre lucratividade, eficiência gerencial (despesas operacionais), sinistralidade e risco (de uso de capital de terceiros), que são os fatores resultantes da análise fatorial feita com os índices contábil-financeiros disponíveis na base de dados da Revista Conjuntura Econômica (2008). (...) A análise do desempenho mostra que a melhor seguradora é a Safra e o pior resultado fica por conta da Sulina. Os resultados mostram, ainda, não existir qualquer relação entre o desempenho e o tamanho. Apesar disso, foi possível observar impacto do tamanho no desempenho contábil-financeiro, ao nível de 5% de significância, pois o desempenho das cinco menores seguradoras se mostrou significativamente superior ao das cinco maiores. Mesmo que de forma incipiente, isso pode estar mostrando uma mudança nos paradigmas de desempenho no setor, onde o foco pode estar saindo das questões mais financeiras (comum a grandes seguradoras pertencentes a grandes conglomerados financeiros) para as mais operacionais como qualidade da carteira e outras congêneres.ANÁLISE DO DESEMPENHO CONTÁBIL-FINANCEIRO DE SEGURADORAS NO BRASIL NO ANO DE 2007: UM ESTUDO APOIADO EM ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) - Marcelo Alvaro da Silva Macedo (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) & Luiz João Corrar (USP)
A questão da garantia
Muitos consumidores têm como hábito ao comprar um eletrodoméstico adquirir juntamente uma garantia entendida. O consumidor acha que é uma barganha, mas o lucro geralmente são dos comerciantes. Em Protection racket (The Economist, 19/11/2009) relata uma pesquisa publica no Journal of Consumer Research, sobre as razões de comprar uma garantia estendida. Segundo os pesquisadores, Tao Chen e Ajay Kalra, se o consumidor compra algo divertido – como uma televisão de plasma – ele estará mais propenso a garantia extra. O estudo mostrou também que consumidores pobres tendem a comprar em razão da despesa potencial de substituição do produto.
Verde
McDonald's muda logo na Europa
Associated Press, BERLIM
O Estado de São Paulo - 24/11/2009
Verde substitui o vermelho atrás dos arcos
A rede de lanchonetes americana McDonald’s está se tornando verde - trocando o tradicional vermelho de seu logotipo por um verde escuro - para buscar uma imagem mais “ambientalmente amigável” na Europa. Cerca de 100 lanchonetes da rede na Alemanha vão fazer essa mudança até o final do ano, de acordo com a companhia. Algumas franquias na França e na Grã-Bretanha também já começaram a usar a nova cor no logotipo. “Essa não é uma iniciativa alemã, mas de toda a Europa”, disse Martin Nowicki, porta-voz da rede na Alemanha.
A rede, sediada em Oak Brook, no Estado de Illinois, nos EUA, conta com mais de 32 mil lanchonetes em 118 países, e vem sendo há um bom tempo alvo de ativistas ambientais, acusada de “inimiga” do meio ambiente. Por causa disso, a companhia vem tentando adotar práticas mais “verdes”, o que inclui a conversão do óleo usado nos restaurantes em biodiesel.
“Com essa nova aparência, nós queremos deixar clara nossa responsabilidade na preservação dos recursos naturais. No futuro, colocaremos um foco ainda maior nisso”, disse, em comunicado, Hoger Beek, vice-presidente do conselho de administração da companhia na Alemanha.
Mas os ativistas ambientais não ficaram muito convencidos com a mudança de cor no logotipo. Clare Oxborrow, do grupo Friends of the Earth (Amigos da Terra), disse que a empresa continua usando carne de animais criados em florestas devastadas. A empresa disse, porém, que toma cuidados para que isso não aconteça.
Lucro e Crise
Empresas voltam a lucrar e deixam crise para trás
O Globo - 24/11/2009 -
Ronaldo D’Ercole
SÃO PAULO. As empresas brasileiras de capital aberto já recuperaram boa parte das perdas que o agravamento da crise financeira internacional, no fim de 2008, provocou em seus balanços. Levantamento feito pela consultoria Economática mostra que o lucro líquido acumulado por 291 companhias com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alcançou R$36,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano, valor 7,8% menor que os ganhos [1] de R$39,5 bilhões registrados no mesmo trimestre de 2008.
Dos diferentes setores analisados, o de mineração é o que ainda mais se ressente da brusca queda de demanda na economia global. A lucratividade do setor, que é puxada pelos resultados da Vale, despencou de R$12,06 bilhões entre julho e setembro para R$1,19 bilhão no último trimestre de 2008. Apesar da gradual recuperação dos mercados mundiais, o lucro do setor somou R$3,07 bilhões no trimestre passado, um quarto do que era um ano atrás. Assim, antes no topo do ranking dos ramos mais lucrativos, a mineração ocupa agora o quarto lugar.
— A diferença ainda é muito grande, absurda, em relação aos ganhos de antes da crise — diz Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática.
Bancos estão no topo do ranking da lucratividade
Na direção contrária das mineradoras, o setor bancário saiu da condição de terceiro colocado no ranking da lucratividade para o primeiro posto. O lucro das 21 instituições financeiras analisadas pela Economática passou de R$6,83 bilhões no terceiro trimestre de 2008 para R$7,49 bilhões.
Os bancos são seguidos bem de perto pela lucratividade do setor de petróleo e gás — no qual a Petrobras também tem peso preponderante —, que registrou ganho de R$7,47 bilhões no trimestre passado. Esse valor, entretanto, está longe ainda dos resultados do terceiro trimestre do ano passado, de R$11,33 bilhões de lucro.
As 20 empresas brasileiras de capital aberto do setor de siderurgia e metalurgia, que viram seus lucros despencarem de R$2,1 bilhões no último trimestre de 2008 para R$331 milhões nos primeiros três meses deste ano, também já apresentam um bom desempenho. Mesmo reunindo grandes empresas exportadoras, como Gerdau e Usiminas, entre outras, que ainda se ressentem do encolhimento dos mercados europeu e americano, o setor fechou o trimestre passado com R$2,33 bilhões em ganhos líquidos [2], pouco acima do registrado um ano antes.
Setor elétrico e teles refletem retomada
A lucratividade das empresas do setor elétrico, duramente afetada pela desaceleração da economia doméstica, já reflete a retomada da economia. No último trimestre, o lucro das 42 empresas elétricas alcançou R$4,74 bilhões, depois de cair a R$2,44 bilhões entre abril e junho. É uma reação parecida à experimentada pelas companhias do setor de telecomunicações, cujos ganhos [3] alcançaram R$1,98 bilhão, em relação a R$307,7 milhões um trimestre antes.
[1] [2] [3] O autor do texto tenta encontrar outro nome para lucro e utiliza o termo ganho.
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