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22 setembro 2009

Controle das Organizações

O objetivo deste estudo é avaliar as principais características da tipologia de controle adotado nas organizações. O controle é o meio pelo qual os gestores influenciam as pessoas na direção da realização dos objetivos organizacionais e pode ser classificado em quatro tipos, a partir do seu contexto de atuação e de sua dimensão, segundo Gomes e Salas (2001): Familiar, Burocrático, Ad Hoc e Por Resultados. (...) Foram identificadas 13 empresas com Controle Familiar, 3 com controle Ad Hoc, 20 com controle Burocrático e 12 com controle Por Resultados. Os resultados revelam vários pontos de concordância entre os sistemas de controle das empresas pesquisadas e a literatura, e algumas discordâncias. Entre as características mais citadas destacam-se: controles e decisões centralizadas e o uso de controles internos formais. Os resultados mostram que a tipologia pode ser usada para entender os sistemas de controle das organizações, oferecendo informações de valor para apoio à tomada de decisão.

CARACTERISTICAS DE CONTROLE ORGANIZACIONAL DE EMPRESAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL
Carlos Alberto Diehl; Elisangela Santos da Silva Boose; e Ernani Ott (Unisinos)

Remuneração de Executivos

A Tootsie Roll Industries apresentou vendas de meio bilhão de dólares no último ano. Já as receitas da Kraft Foods foram de 42 bilhões de dólares. Ou seja, são empresas completamente diferentes. Mas os executivos da Tootsie não acham isto. Tanto é assim, que eles decidiram usar a Kraft como parâmetro na forma como remunerá-los.

O caso da Tootsie é só um exemplo de como algumas empresas fazem para definir a política de remuneração. Geralmente favorável aos executivos e contrários aos interesses dos acionistas.

Esta questão é tratada, teoricamente, na teoria da agência. Por esta teoria, existirá uma divergência entre os interesses dos acionistas – geralmente agregação de valor – e os interesses dos executivos – melhores salários.

Uma forma de melhorar os seus salários é usar como parâmetro empresas onde os salários são naturalmente maiores. Um estudo comparou um parâmetro esperado (baseado no setor de atuação, no desempenho e outros fatores) e os parâmetros escolhidos pelas empresas na definição salarial.

Veja mais em: Theory & Practice: Picking Big 'Peers' to Set Pay --- Executive Compensation Is Often Skewed by Comparisons, Cari Tuna, The Wall Street Journal, 17/8/2009, J, B7

Realização de prejuízos

Palavra do gestor: A relutância dos investidores em realizar seus prejuízos
Jan Karsten

No Quinto Congresso Anbid de Fundos de Investimento, tivemos o prazer de ouvir os ensinamentos do Prêmio Nobel de Economia doutor professor David Kahneman. Em virtude da excelente apresentação realizada por ele, me pareceu oportuno trazer um tema comentado pelo professor e tão atual: a relutância que os investidores têm em realizar prejuízos.

O primeiro estudo para testar o efeito disposição, ou seja, a tendência a realizar ganhos antes de perdas, foi realizado em 1999 por Terrance Odean, professor de finanças da Universidade da Califórnia ( Berkley), várias vezes mencionado pelo Dr. Kahneman.

Em 2005, resolvemos realizar o mesmo teste efetuado pelo professor Odean aqui no Brasil. Para tal investigamos o padrão de comportamento de 12 mil investidores entre pessoas físicas, pessoas jurídicas institucionais e não-institucionais que transacionaram na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Este trabalho foi possível graças à BM&F Bovespa, que nos forneceu gratuitamente uma amostra aleatória de investidores que realizaram mais de 600 mil transações entre 2001 e 2004.

O efeito disposição foi encontrado em todos os anos e para todos os investidores, com exceção dos investidores institucionais no ano de 2004. Para validar esse resultado isolamos alguns fatores como: vendas motivadas pela tributação e vendas motivadas pelo rebalanceamento do portfólio. Para quem não acompanhava o mercado financeiro naquela época, três ações apresentaram expressivas perdas entre 2001 e 2004: Embratel, Telesp Celular e Globo Cabo. Esta última, por exemplo, veio de R$ 16 para algo próximo a R$ 1.

A expectativa que tínhamos é que isolando as transações com tais ações a disposição em realizar mais perdas iria subir, afinal a tendência do investidor com papéis que sofreram expressivas perdas é mantê-los até que retornem ao nível de aquisição. O fato é que essas ações não eram as únicas que sofreram perdas neste período e pudemos assim comprovar que a aversão a realizar perdas cria uma inércia, ou seja, um desejo muito forte em manter o portfólio de investimentos intacto.

O desejo de evitar o sentimento de arrependimento gera essa inércia dos investidores. Eles têm a expectativa de que a ação com perdas retornará ao preço de aquisição e portanto, preferem realizar pequenos lucros com algumas ações a realizar um grande prejuízo com uma única ação. Mesmo que a ação que acumula prejuízo tenha perspectivas inferiores às demais ações do portfólio.

O professor Kahneman também citou que psicólogos e neurocientistas estão convergindo na descrição de como o nosso cérebro funciona. Essa descrição faz distinção entre dois tipos de pensamento, um que é intuitivo e automático e outro que é refletivo e racional. O primeiro é muito comum entre os investidores pessoas físicas, o segundo é consistente entre os investidores institucionais que conseguem alocar a sua atenção de forma mais eficiente. Na sua visão existem dois tipos de investidores pessoas físicas: os que procuram montar um portfólio mais de longo prazo e os que são operadores ativos, comprando e vendendo frequentemente. No trabalho de Odean, ficou evidente que os investidores mais ativos tomam decisões de investimentos equivocadas, pois, na média, as ações de empresas que eles vendiam subia 3,4% a mais do que as ações de empresas que eles compravam.

Apesar de o Ibovespa ter acumulado mais de 27% de rentabilidade acumulada no período de 2001 a 2004, os investidores individuais acumularam mais perdas do que ganhos. Também mantiveram em suas carteiras, na média, uma ação por 100 dias úteis versus investidores institucionais, que seguraram uma ação por 213 dias úteis. O estudo do efeito disposição mostra que os investidores não têm a disciplina de analisar as ações que acumulam perdas e reavaliar se é o momento de se desfazer dessas ações em detrimento de novas com perspectivas melhores para o futuro. Isso foi comprovado por esse estudo com as ações de Embratel, Globo Cabo e Telesp Celular e, mais recentemente, com as empresas que realizaram aberturas de capital.

Usando as palavras do professor Kahneman, os investidores individuais operam demais e na média tomam decisões de investimento equivocadas. O professor reforçou que os assessores profissionais têm uma responsabilidade muito importante no aconselhamento de investidores, como: impor uma disciplina para investir para o longo prazo; não ficar monitorando excessivamente a carteira de investimento e evitar que os investidores desenvolvam um excesso de confiança.

Jan Karsten ,diretor de investimentos do Citibank Brasil
Valor Econômico – 20/8/2009

Links

A percepcao feminina de que «todo homem bom já está comprometido é igual a noção de que é impossivel bater o mercado da Hipótese Eficiente de Mercado

O que é liquidez?

Contabilidade Governamental nos tempos passados

Economia de escala em viver junto

21 setembro 2009

Rir é o melhor remédio

Na seção de horror, entre livros como O Exorcista, o déficit do orçamento


Fonte: aqui

Uso de fontes na graduação

Dentre as fontes de referência bibliográficas tradicionalmente utilizadas e recomendadas para o desenvolvimento de pesquisas e trabalhos científicos estão os textos que, antes de sua publicação, tenham sido submetidos a uma avaliação prévia sob a forma de peer-review ou blind-review. Esses sistemas geralmente consistem na utilização de dois ou mais pareceristas especializados que avaliam aspectos diversos do texto (tais como bibliografia utilizada, metodologia adotada e interpretação dos resultados obtidos). Essas formas de avaliação, usualmente utilizadas pelas revistas científicas, têm como objetivo garantir a qualidade dos textos publicados, constituindo em importante subsídio aos autores e editores, face às recomendações e sugestões efetuadas. Em que pese essa recomendação, verifica-se um uso cada vez mais freqüente, por parte dos alunos, de fontes não convencionais. Este trabalho buscou caracterizar o uso dessas fontes pelos alunos dos cursos de Ciências Contábeis, Administração e Economia, tanto em relação ao nível de utilização (comparativamente à literatura científica), quanto a alguns atributos qualitativos. Para isso, investigou-se o uso da literatura cinzenta (tendo como base o conceito adotado pela Ciência da Informação) e textos jornalísticos especializados pelos alunos de graduação dos cursos mencionados, fornecendo elementos que possibilitem estabelecer um maior entendimento e compreensão sobre o tema. Desenvolvida sob a forma de um survey, com 145 alunos de graduação que opinaram sobre 12 fontes de informação classificadas como literatura cinzenta, utilizou um instrumento de coleta de dados composto de nove assertivas que foram respondidas utilizando uma escala Likert. A partir dos dados coletados, foram obtidos parâmetros estatísticos descritivos, reunidos em quatro grupos, os quais foram comparados ao uso da literatura branca pelos mesmos alunos.

ESTUDO SOBRE O USO DE DOCUMENTOS NÃO CONVENCIONAIS PELOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E ECONOMIA - Pedro Luiz Côrtes - USP



O resumo, infelizmente, não expressa de forma adequada a qualidade do artigo (e os seus resultados). Mas o trabalho é muito interessante. O autor encontrou que os alunos de graduação preferem (em uso e qualidade percebida) os jornais e revistas aos artigos científicos publicados. São considerados de pior qualidade as informações oficiais e de provedores privados de notícias.

Turismo médico

A questão do turismo médico revela a possibilidade de redução nos custos pessoais com certos tipos de tratamento. Recentemente postamos sobre o assunto.

Alguns dados mostram como é vantajoso, para o doente, usar os serviços médicos de países do terceiro mundo. Uma ponte de safena custa, nos EUA, cerca de 144 mil dólares. Se o paciente desejar conhecer Costa Rica enquanto se recupera da operação gastará 25 mil dólares. Mas este valor é caro. Por menos da metade, 10 mil dólares, a operação pode ser realizada na Jordânia. Ou por 8,5 mil dólares na Índia.

Uma angioplastia sai por 57 mil nos EUA. Na Jordânia, dez por cento deste valor, ou 5 mil dólares.

A vantagem também é encontrada nas operações de plástica, como implante de seios. Nos EUA custam dez mil dólares. Na Colômbia, 2,6 mil.

Para tratamentos dentários a diferença é significativa: um implante dentário custa de dois a dez mil dólares nos EUA. Com $500 você paga este implante no México.