O resultado da enquete sobre o uso da HP foi surpreendente: 77% disseram ser interessante ter uma HP12. Quando recebi o e-mail do Waldenes, perguntando se ainda valia a pena comprar uma HP 12C, respondi que não. Considero muito mais interessante um netbook, com muito mais recurso. Mas, "a voz do povo é a voz de Deus". Veja o comentário do Waldenes:
O resultado da enquête me surpreendeu, eu não esperava que a diferença fosse tão grande. Mesmo depois de mais de 25 anos de sua aparição, as calculadoras financeiras HP continuam agradando e fazendo parte da "vestimenta" de muitos executivos e estudantes por ai.
24 agosto 2009
Provisão nos Bancos
Provisão contra calote na crise deve inflar os lucros dos bancos
Reservas aumentaram mais de 80% e agora poderão ser revertidas em lucro nos próximos balanços
Leandro Modé - Estado de Sao Paulo - 24/8/2009
A safra de balanços de bancos do primeiro semestre chamou a atenção pelo brutal aumento das reservas anticalote, conhecidas tecnicamente como provisões. Nas cinco maiores instituições do País, o aumento foi de quase 80% em relação a igual período do ano passado. O movimento, explicado pela disparada da inadimplência, causou um efeito colateral. O lucro líquido dos cinco grandes - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander Real - caiu 13% no mesmo intervalo.
Com a melhora do cenário econômico brasileiro, a partir do segundo trimestre, analistas acreditam que os balanços voltarão a mostrar a realidade à qual o setor se acostumou nos últimos anos: ganhos em alta. "Os lucros dos bancos serão bem mais robustos no segundo semestre", afirmou o analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu.
Segundo ele, no primeiro semestre, as instituições seguraram a concessão de crédito, ao mesmo tempo em que elevaram as provisões. Em outras palavras, fizeram um colchão polpudo para amortecer o impacto do calote, mas, em compensação, praticamente não emprestaram dinheiro novo, o que diminui o risco de perdas futuras.
Com a economia voltando a crescer , como já apontam vários indicadores, a tendência é a inadimplência recuar. Isso, por sua vez, abre espaço para os bancos reverterem as provisões anteriores em lucro ou diminuírem as reservas para créditos que serão concedidos no futuro, o que, na prática, tem o mesmo efeito no balanço.
"Teoricamente, vamos assistir a um salto nos lucros dos bancos", disse o analista de instituições financeiras da Lopes Filho Corretora, João Augusto Salles. "A dúvida é saber se eles vão reverter as provisões já feitas em lucro." O especialista explicou que essa decisão envolve a área fiscal das instituições, uma vez que as provisões geram créditos tributários.
Outra dúvida, levantada pelo analista Jayme Alves, da Spinelli Corretora, diz respeito ao momento em que esse lucro potencial aparecerá nos balanços. "Só o veremos em 2010, uma vez que os bancos avaliam que a inadimplência começará a estabilizar apenas no quarto trimestre", afirmou.
Santacreu acredita que haverá algum efeito neste segundo semestre porque as reservas já feitas pelos bancos cobrirão a provável alta do crédito nos próximos meses - na média, as instituições esperam um avanço da carteira de empréstimos de 10% a 15% até o fim de 2010. O raciocínio de Santacreu toma por base as regras do Banco Central (BC) para o estabelecimento de provisões.
Segundo a regulamentação, para cada real emprestado, os bancos têm de reservar uma parte para cobrir eventuais calotes.
Essa parcela varia conforme o perfil do cliente, definido por letras do alfabeto. "A" é o menos arriscado e "H", o mais. "Como as provisões foram expressivas, os bancos não terão de reservar tanto dinheiro para os empréstimos que farão daqui para a frente. Com isso, os lucros vão aumentar."
EXCESSO DE CAUTELA?
Ao divulgarem os balanços do segundo trimestre, todos os bancos destacaram o efeito da crise sobre o desempenho. "A inadimplência afetou de forma importante nossos resultados", afirmou, por exemplo, o diretor executivo de Controladoria do Itaú Unibanco, Silvio de Carvalho. Ele explicou que a instituição teve até de usar, no segundo trimestre, parte das reservas que tinham sido feitas no fim do ano passado.
O Banco do Brasil, segundo seu presidente, Aldemir Bendine, destinou todo o dinheiro obtido com a abertura de capital da VisaNet (cerca de R$ 700 milhões em termos líquidos) para provisões. Atitude, aliás, criticada por João Augusto Salles. "Para quê esse excesso de cautela?", indaga. "Eles deveriam ter revertido os ganhos para os acionistas."
Outro analista de mercado, que pede para não ser identificado, acredita que o fator político pesou na hora de os bancos decidirem o tamanho das provisões do primeiro semestre. "Se não fossem as reservas tão grandes, eles teriam lucrado mais do que no primeiro semestre de 2008. Como explicar à sociedade ganhos maiores durante uma crise em que eles secaram o crédito tanto para empresas quanto para as pessoas comuns?", questiona.
Ambiente e Balanço 2
Discussão ambiental cresce e vira provisão
Marta Watanabe, de São Paulo
Valor Econômico - 24/8/2009
As discussões judiciais ou administrativas relativas a questões ambientais começaram a aparecer com mais frequência entre as contingências das empresas. Das 30 maiores companhias de capital aberto, nove - Petrobras, Vale, Neoenergia, CSN, Eletropaulo, Sabesp, Ultrapar, Cemig e CPFL - mencionam contingências ambientais em seus balanços financeiros. As sete primeiras mantêm provisões.
Especialistas explicam que isso não significa que as empresas estão poluindo ou infringindo mais a legislação de meio ambiente. O fenômeno é resultado da exigência cada vez maior dos investidores em relação a possíveis passivos ambientais. Paralelamente, há também regulamentação mais rígida para contabilização das discussões da área. Além disso, há fiscalização acirrada tanto de órgão federais e estaduais, o que tem gerado maior volume de autuações e discussões judiciais. Como resultado natural, surgem as provisões. "É como uma empresa com mão de obra intensiva ou muitas operações. Isso naturalmente gera um grande volume de disputas trabalhistas e tributárias", compara o consultor Pedro César da Silva, da ASPR Auditoria e Consultoria.
Embora com valores relativamente baixos, as discussões sobre legislação ambiental têm dado origem a um item adicional nas provisões. Nas empresas Vale, Neoenergia, CSN, Eletropaulo e Sabesp, essas disputas são destacadas entre os valores provisionados em uma rubrica específica para "contingências ambientais". As provisões são tradicionalmente divididas em três áreas: tributárias, cíveis e trabalhistas. As contingências são mencionadas em balanço quando avaliadas como de perda "provável" ou "possível". No caso de perda provável, há obrigatoriedade de provisão.
A advogada especializada em direito ambiental, Maria Alice Doria, do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho, diz que "nos últimos dois ou três anos houve aumento das contingências ambientais não só em volume como em valores."
Na área ambiental as contingências podem ser judiciais - originadas principalmente pela atuação do Ministério Público ou por meio de ações populares -, ou administrativas, como resultado de autuações fiscais de órgãos estaduais ou federais que fiscalizam desde contaminação de solo e águas até o cumprimento das obrigações em relação às áreas de preservação.
As contingências indicadas pelas empresas de capital aberto refletem essa diversidade de situações. A Neoenergia, por exemplo, tem nas suas demonstrações consolidadas uma provisão relacionada a um acordo feito em ação popular que pedia compensação dos impactos sócio-ambientais com a implantação da Usina Hidrelétrica de Itapebi. A "reserva" de R$ 19,76 milhões inclui elaboração de estudos, elaboração de manejo e proteção, além de novos projetos desenvolvidos com medidas ambientais compensatórias da exploração do potencial hidrelétrico. Os projetos foram implantados como condição da licença de operação do Ibama, órgão com o qual também foi feito acordo.
Outra empresa de energia elétrica, a Cemig, também registra contingência relacionada a usina. No caso, a construção e operação da usina Nova Ponte. Uma associação discute em ação civil pública indenização por suposto dano ambiental coletivo. A expectativa de perda é considerada possível e não provável. Com base nisso, a companhia não registra provisão.
Na Sabesp, a provisão de R$ 57,36 milhões no consolidado inclui vários processos administrativos e judiciais instaurados por órgãos de fiscalização e também pelo Ministério Público.
Maria Alice lembra que além da processos judiciais e administrativos, as companhias também contingenciam pagamento de compensação ambiental e valores aplicados em programas e medidas compensatórias na implantação de empreendimentos.
A CSN destaca entre suas provisões uma contingência ambiental de R$ 69,38 milhões relacionada a gastos com investigação e recuperação ambiental de potenciais áreas contaminadas em estabelecimentos da companhia no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
O advogado Fernando Jacob Netto, do Marafon, Jacob Netto e Guariento Advogados lembra que, ao lado do Ministério Público, as organizações não-governamentais também levantam discussões judiciais. Além disso, as empresas também estão sujeitas a ser autuadas sobre o mesmo assunto por órgãos estaduais ou do governo federal. A legislação não define exatamente as atribuições de cada esfera administrativa e isso causa longas discussões no Judiciário.
Para Antonio Lawand, do escritório Braga & Marafon, a maior quantidade de processos administrativos e judiciais não acontece por acaso. Para muitos setores, diz ele, a certificação ambiental tornou-se uma forma de proteção ou de criação de novos mercados. Isso tornou um requisito de mercado o cumprimento de obrigações ambientais. "Para vender ao cliente final ou para comprar do fornecedor é muitas vezes necessário ter uma certificação do setor. E isso só é obtido por empresas que tornam essa informação mais transparente", explica Lawand.
Como resultado disso, acredita, o direito ambiental no Brasil está num momento de definição de critérios, no qual órgãos estaduais e federais têm baixado regulamentações e, com base nelas, acirraram a fiscalização, principalmente nos últimos três anos. Para Lawand, há um crescimento de autuações principalmente dos órgãos estaduais. "Além de gerar receita, é uma forma dos Estados protegerem seu patrimônio ambiental e, com isso, atrair mais investimentos."
Leonardo Dutra, gerente de serviços de sustentabilidade da Ernst & Young, acredita que há uma tendência clara de provisionar ou de mencionar nos balanços as contingências ambientais. Ele explica que há grande pressão pela divulgação dessas informações não só por investidores acionistas como para potenciais compradores do negócio. Para ele, estão mais sujeitas à formação de provisões as empresas de atividades que naturalmente trazem maior impacto ao meio ambiente, como óleo e gás, metalurgia, mineração e energia, entre outros.
Links
Sempre que posso indico nos links os textos do blog Não Posso Evitar. São texto muito bem produzidos e seu autor preparou uma série interessante sobre experimentos da psicologia. Abaixo três links do blog:
Os problemas e enganos da memoria
Phil Zimbardo e o efeito Lúcifer
O acaso na descoberta cientifica
Os problemas e enganos da memoria
Phil Zimbardo e o efeito Lúcifer
A sobrevivência significava, assim, ter pouca informação sobre muita coisa, em vez de muita informação sobre pouca coisa.
O acaso na descoberta cientifica
Débito Direto Autorizado
O Débito Direto Autorizado vai substituir os boletos de papel por comandos eletrônicos. Opção estará disponível daqui a dois meses
Dentro de dois meses, uma nova forma de pagar as contas de pessoas físicas e jurídicas estará disponível no mercado: o sistema da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) começará oficialmente a emitir Débito Direto Autorizado, ou simplesmente DDA. Esse está sendo considerado um primeiro passo no caminho para eliminar o boleto bancário da forma que se conhece hoje – e que, nos anos 90, representou a primeira “revolução” no sistema de pagamentos.
Apesar da proximidade do nome, o novo sistema não tem nada a ver com o serviço de débito automático de faturas. O DDA prevê que, em vez de receber as cobranças na porta de casa, o cliente bancário as tenha disponíveis no sistema eletrônico da CIP, diretamente vinculado ao seu CPF ou CNPJ, e poderá acessá-las pelos meios bancários normais – internet banking, auto-atendimento físico, telefone ou diretamente nas agências.
Com isso, em três anos, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) espera automatizar e eliminar a geração em papel de até 50% das mensalidades de planos de saúde, prestações, faturas de cartão de crédito, financiamentos de casas e veículos, entre os vários outros tipos que fazem parte do sistema de pagamento cotidiano. Em 2008, essas cobranças geraram cerca de 2 bilhões de boletos de papel, número que pode ser traduzido em 1 bilhão de litros de água, 46 milhões de KW/hora e milhões de quilogramas de dióxido de carbono. (...)
Vem aí a cobrança sem papel - 24/8/2009 - Gazeta do Povo
E redução de custo para os bancos.
Teste #136
Verifique a veracidade de cada uma das frases a seguir:
1. Lopes de Sá pode ter conhecido Santos Dumont?
2. Quando Iudicibus estudava contabilidade ele usava a HP 12C?
3. Eliseu Martins poderia ter estudado Teoria Contábil no seu Doutorado no livro de Hendricksen?
Resposta: Executivo do Citibank.
1. Lopes de Sá pode ter conhecido Santos Dumont?
2. Quando Iudicibus estudava contabilidade ele usava a HP 12C?
3. Eliseu Martins poderia ter estudado Teoria Contábil no seu Doutorado no livro de Hendricksen?
Resposta: Executivo do Citibank.
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