13 agosto 2009
Contabilidade e Política
Segundo notícia do Valor Econômico (Acordo de Lula salva a Celg e lança Meirelles, 13/8/2009), o governo federal resolveu ajudar a Celg para viabilizar a candidatura do atual presidente do Banco Central.
Este blog, sempre que possível, evita postar notícias políticas. Entretanto é inegável a influência da política sobre os negócios.
Este fato já foi constatado numa pesquisa de Mara Faccio, Ronald Masulis e John Mc Connell - Political Connections and Corporate Bailouts (Journal of Finance, dezembro de 2006, p. 2597-2635). Os autores analisaram empresas que possuiam ligações políticas em 35 países durante o período de 1997 e 2002. Estas empresas possuem muito mais possibilidade de serem socorridas do que empresas similares. Mesmo que o socorro seja do FMI ou do Banco Mundial. O contraditório é que as empresas com vínculos políticos têm desempenho financeiro pior.
O interessante na pesquisa dos autores: os 35 países são do primeiro mundo.
Este blog, sempre que possível, evita postar notícias políticas. Entretanto é inegável a influência da política sobre os negócios.
Este fato já foi constatado numa pesquisa de Mara Faccio, Ronald Masulis e John Mc Connell - Political Connections and Corporate Bailouts (Journal of Finance, dezembro de 2006, p. 2597-2635). Os autores analisaram empresas que possuiam ligações políticas em 35 países durante o período de 1997 e 2002. Estas empresas possuem muito mais possibilidade de serem socorridas do que empresas similares. Mesmo que o socorro seja do FMI ou do Banco Mundial. O contraditório é que as empresas com vínculos políticos têm desempenho financeiro pior.
O interessante na pesquisa dos autores: os 35 países são do primeiro mundo.
Valor justo e Imóveis
Mudança contábil eleva patrimônio de empresas - Silvia Rosa, de São Paulo
Valor 13/08/2009
Nova regra permitirá que empresas de exploração comercial registrem ganho com valorização das propriedades
A carteira de imóveis da empresa de shopping centers BR Malls, hoje registrada em R$ 2,5 bilhões no balanço, pode dobrar de tamanho em breve. Na Multiplan, do mesmo setor, a diferença é ainda mais expressiva. Um levantamento da consultoria Jones LaSalle realizado em 2008 mostra que o valor será de R$ 6,2 bilhão, quase quatro vezes superior ao patrimonial.
Essa inflação dos ativos é consequência de uma mudança contábil que entra em vigor no ano que vem para empresas de shopping centers e que atuam na exploração de imóveis visando geração de renda ou valorização comercial.
Como parte do processo da adequação às normas internacionais de contabilidade, iniciado em 2008, essas companhias terão a opção de avaliar as propriedades para investimento pelo valor de mercado. Atualmente, a avaliação é feita pelo valor de custo.
A contabilização pelo "valor justo" terá impacto no balanço patrimonial e no resultado das empresas, já que a diferença entre o que está hoje nos livros e a nova avaliação será registrada como ganho ou perda no período, com efeito direto no lucro ou prejuízo. "Em caso de valorização da propriedade, o saldo contábil gerado pela diferença entre o valor de custo e o valor de mercado pode ser contabilizado no resultado como ganho operacional", explica Fernando Próspero, da área de auditoria da Ernst & Young. "Fizemos uma avaliação interna no fim de 2008 do impacto que isso poderia gerar para nossos resultados", afirma Leandro Bousquet, diretor financeiro da BR Malls. "Estamos estudando a necessidade de adoção da medida".
A adaptação ao novo modelo deve gerar impacto positivo significativo nos resultados dessas empresas num primeiro momento, uma vez que o valor de mercado da maioria desses imóveis é muito superior ao valor patrimonial. A regra, que vale para o exercício encerrado em dezembro de 2010, traz o balanço para mais perto da realidade, o que também significa instabilidade maior. A desvalorização dos imóveis em um momento de desaquecimento resultará imediatamente em prejuízo.
Grifo meu.
Novos pronunciamentos
CVM coloca em dicussão quatro novas regras
Valor on Line - 12/08/2009 19:25
SÃO PAULO - Dando prosseguimento ao processo de convergência do padrão contábil brasileiro para o internacional, conhecido como IFRS, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou hoje em audiência pública mais quatro minutas de normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
As quatro se referem à contabilização dos instrumentos financeiros e derivativos e têm relação com o IAS 39, tido como uma das regras mais complexas do padrão IFRS e que, também por isso, está em revisão pelo Comitê Internacional de Padrões Contábeis (IASB).
A boa notícia é que uma das normas colocadas em audiência pública hoje é o CPC 14 Revisado 1. Isso significa que trata-se de uma versão ampliada do CPC 14, que já havia sido aprovado pela CVM no fim do ano passado.
Segundo a autarquia, esse CPC 14R1 já incluirá alguns conceitos presentes nos CPCs 38, 39 e 40 - colocados hoje em audiência pública e que são mais complexos.
A ideia, no entanto, é que a maioria das empresas só precise usar o CPC 14R1 para se orientar sobre suas demonstrações contábeis, enquanto os demais Pronunciamentos só terão que ser acompanhados pelas entidades que usam instrumentos financeiros mais complexos.
"Como esses outros Pronunciamentos abrangem praticamente todo o espectro dos instrumentos financeiros, mas a grande maioria das entidades trabalha com apenas alguns deles, considerou-se que a minuta (do CPC 14 R1) ora oferecida à audiência poderá sozinha atender a essa grande maioria de entidades", diz o relatório da CVM.
Entre as novidades desta nova versão do CPC 14 aparecem regras para baixa (ou desreconhecimento) de ativos e passivos financeiros - incluindo provisão para devedores duvidosos - e também orientações sobre a classificação dos instrumentos financeiros, de forma simplicada.
Nos relatórios das quatro audiências públicas, a CVM lembra os agentes de mercado que o IASB está revisando as regras do IAS 39, mas que pretende implementar eventuais mudanças apenas para o exercício de 2012.
Desta forma, a CVM pede que os interessados em fazer comentários sobre as normas se pronunciem não apenas sobre o texto do CPC colocado em audiência pública, mas também sobre as normas em discussão no exterior e sobre a possível adoção antecipada destas normas no Brasil já no balanço de 2010. Os agentes terão até o dia 25 de setembro para enviar suas sugestões para a CVM.
(Valor Online)
12 agosto 2009
Termo contabilidade
É interessante como se usa o termo "contabilidade" em situações distintas. Veja esta notícia da Argentina (Metrogas advierte que sus finanzas se deterioran por culpa del Gobierno, 11/8/2009, Agencia EFE)
La distribuidora argentina Metrogas, participada por capitales españoles y británicos, afirmó hoy que su contabilidad se deteriora por culpa de la falta de actualización tarifaria de parte del Gobierno.
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