Translate

19 julho 2009

Os mitos e a Crise

O jornal El País apresenta hoje um interessante texto sobre os 14 mitos que foram derrotados pela crise (14 mitos caídos tras dos años de crisis, Íñigo de Barrón, A (Andalucía), p. 26).

Aqui um extrato do que interessa para a contabilidade:

- Más mercado y menos Estado. (...)

- La supervisión escasa impulsa al mercado libre. (...)

- Los banqueros son profesionales de prestigio y deben tener salarios elevados. (...)

- El que la hace, la paga. (...)

- La banca comercial es aburrida. (...)

- Los grandes mercados están supervisados y regulados.

- El mercado es eficiente y pone precio a los activos. Este largo ciclo de crecimiento alentó la creencia de que el mercado siempre da precio a los activos. En mitad de esa carrera alcista, los bancos norteamericanos insistieron en la utilización del mark to market, es decir, que los activos se valoren a precio de mercado, recogido en las Normas Internacionales de Contabilidad (NIC). El resultado fue que los activos se hincharon en paralelo a la burbuja. Esta filosofía también está en la reforma internacional de Basilea II. Ambas están en profunda revisión.

Ahora, la banca norteamericana y británica ha conseguido que el supervisor elimine la valoración de mercado para no castigar sus cuentas, en un movimiento que algunos consideran "maquillaje" y que puede favorecer otra burbuja futura. Sin embargo, la UE ha suavizado la normativa, pero la mantiene. Los expertos piden utilizar otros modelos, pero con transparencia. "Sobre Basilea II hemos aprendido que los propios bancos no pueden decidir el riesgo crediticio y por lo tanto las reservas usando sus propios modelos", dice Garicano.

- No hay que preocuparse de la liquidez, casi es ilimitada. (...)

- No hay ciclos en la economía.

- Los bancos, cuanto más grandes, más seguros.

- Con la globalización, no importa donde esté la sede social. (...)

- Estamos a salvo con las nuevas normas: las NIC y Basilea II. Poco ha durado el prestigio de ambas normativas. Están en revisión completa para reforzar cuatro aspectos: las provisiones, que deberán hacerse en momentos de bonanza aunque no haya morosidad (el modelo español); el capital, que deberá aumentar, sobre todo si hay operaciones de riesgo; el principio de consolidación dentro del balance de todos los productos (para evitar la venta de subprime a terceros) y vigilancia de la liquidez, que apenas se tenía en cuenta.

- Las agencias de 'rating' y los auditores vigilan. El oligopolio de las tres grandes agencias de calificación financiera, Moody's, Standard&Poo's y Fitich ha fracasado y se prepara una profunda revisión. Han demostrado no tener sistemas fiables para medir los créditos basados en activos basura. Los auditores también han sido criticados por mezclar sus servicios con los de consultoría. "No aprendieron de la crisis de Enron", dicen en AFI. Tornabell, de Esade, cree que no pueden cobrar de los clientes a los que tienen que juzgar. Fernández, del IESE, cree que hay empresas que consideran que los auditores no te pueden criticar porque les estás pagando.

- Los 'hedge funds' y los productos sofisticados dinamizan la economía. La titulización de activos (que es una forma de empaquetar y revender productos), los derivados y los hedge funds fueron los protagonistas de la época dorada. Ahora se les considera responsables de buena parte de la burbuja y del sobreendeudamiento. Warren Buffet advirtió de que "los derivados son verdaderas armas de destrucción masiva". De Guindos opone que "el origen de la burbuja de liquidez no son tanto los derivados como el mantenimiento de los tipos de la FED en niveles muy bajos durante mucho tiempo".


Sobre a eficiência do mercado, estarei postando amanhã um texto sobre o assunto.

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

P/L de diferentes países


O índice P/L é usado em análise de balanço. Sua análise seria algo como "em quanto tempo seria o retorno, em anos, do investimento numa ação".

Fonte: Aqui

18 julho 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Diversificação

Diversificação de portfólio fracassa e força investidor a rever conceitos
Tom Lauricella, The Wall Street Journal
13/7/2009 - The Wall Street Journal Americas

Diante de um grupo de colegas do ramo de consultoria financeira, Carl Mahler expressou recentemente sua frustração com a descoberta de que um dos dogmas do mundo dos investimentos estava errado.

"Oi. Meu nome é Carl, e sou um alocador de ativos em recuperação", brincou Mahler, consultor da administradora de recursos americana Raymond James Financial.

A alocação de ativos, há décadas um dos fundamentos do mundo dos investimentos, foi um fracasso total em 2008. A crença compartilhada pela maioria dos investidores — de que eles devem distribuir seus recursos numa miríade de ativos diferentes para minimizar as perdas — foi abalada quando praticamente todos os mercados desabaram em uníssono.

A crise financeira empurrou vários consultores financeiros, acadêmicos e investidores de volta à estaca zero em termos de estratégias de aplicação. Mahler disse ao grupo que foi obrigado a reescrever as regras que seguiu durante a maior parte de seus 41 anos de experiência no mercado. "A alocação de ativos não funcionou", diz ele. "Foi tudo para o buraco."

Muitos investidores saíram da carnificina acreditando que o ano passado foi apenas uma anomalia — e que, em tempo de turbulência grave como a ocorrida em 2008, mercados díspares desabam em conjunto quando os investidores correm para vender tudo que têm para aumentar a liquidez das aplicações.

Mas alguns investidores e analistas influentes, de gestores de fundos gigantescos como a Pacific Investment Management Co., ou Pimco, a pequenos fundos de universidades, argumentam que os fundamentos das estratégias de alocação de ativos estão errados. Não foi um fracasso anômalo, dizem eles, mas algo que está em desenvolvimento há muito tempo.

"Temos visto cada vez mais um colapso" dos relacionamentos pressupostos entre as classes de ativos, diz Mohamed El-Erian, um dos diretores de investimentos da Pimco. "E já era assim bem antes da última fase dos mercados, que acentuou os problemas."

Investidores como El-Erian admitem que os problemas os obrigaram a repensar esses relacionamentos, para levar em conta como as amplas mudanças na economia mundial e as inovações financeiras mudaram a maneira como as pessoas investem.

Nem todo mundo concorda que as práticas de alocação de ativos tenham falhas. A Fidelity Investments enviou mês passado um relatório aos clientes em que defendeu a estratégia. "A diversificação não fracassou durante a última baixa do mercado. Ela funcionou — apenas num grau menor", afirma o relatório.

Superficialmente, a diversificação é um conceito simples: combine investimentos que não sobem ou descem ao mesmo tempo, ou que pelo menos são separados em algum grau. O objetivo é suavizar as oscilações dos retornos, protegendo as carteiras contra perdas pesadas em investimentos individuais e mantendo os investidores no lucro quando algum rincão do mercado apresentar ganhos extraordinários.

A ciência da alocação de ativos surgiu nos anos 50, quando economistas como Harry Markowitz, que depois seria agraciado com o Prêmio Nobel por seu trabalho, desenvolveram modelos matemáticos que apontavam meios de incrementar as carteiras de investimento.

Desde então alocar ativos ficou entranhado em praticamente todos os cantos de Wall Street. Para corretores, mexer na alocação ajudava a justificar a cobrança de comissões fixas dos clientes ano após ano. Os consultores de fundos de pensão erigiram um negócio lucrativo de seleção de gestores de patrimônio.

Para as administradoras de fundos, a alocação de ativos representou a base de seu mantra de comprar e esperar, pois justificava a manutenção de suas aplicações. Elas expandiram seus negócios para além das ações mais manjadas e rumo a fundos com tarifas de gestão maiores. Os fundos de ciclo de vida se tornaram a base da maioria dos planos de aposentadoria privada dos Estados Unidos.

Mas enquanto Wall Street promovia a diversificação como a alma do negócio, qualquer pessoa que estudasse a fundo os números por trás das fórmulas sofisticadas descobriria nos últimos anos que o relacionamento entre as classes de ativos estava mudando. Investimentos que deveriam ter pouca ou nenhuma conexão, como bolsas localizadas em lados opostos do mundo, começaram a se movimentar no mesmo sentido. Os benefícios da alocação de ativos começaram a desaparecer.

A correlação é uma medida estatística do nível em que os retornos dos investimentos se movem juntos. Em 1994, a correlação entre o índice de 500 ações da Standard & Poor's e os títulos de dívida de alto rendimento era baixa, de 0,2 ou 0,3, segundo estatísticas da Pimco. (Uma correlação de 1 indica que os retornos se movem em perfeita sincronia.) As ações de fora dos EUA tinham uma correlação com o S&P 500 de 0,3 ou 0,4, e para os fundos de investimento imobiliário ela era de 0,3, segundo dados da Pimco. As commodities não tinham nenhuma correlação com as ações.

No início de 2008, praticamente todas as classes de aplicação se moviam muito mais em sincronia com o S&P 500. A correlação das bolsas internacionais e dos títulos de alto risco subiu para 0,7 ou 0,8, e a dos fundos de investimento imobiliário para 0,6 ou 0,7. A essa altura, as commodities tinham uma correlação negativa — os retornos moviam-se no sentido oposto — de 0,2 ou 0,3, segundo os dados da Pimco.

Aí veio o colapso de 2008.

Num ano em que o S&P 500 perdeu 37%, o índice MSCI das maiores bolsas da Europa, Ásia e Austrália caiu 45%. O índice MSCI de mercados emergentes caiu 55%. Os fundos de investimento imobiliário tiveram declínio de 37%, os títulos de alto risco caíram 26% e as commodities caíram 37%.

Na Pimco, o diretor de análise da firma, Vineer Bhansali, aponta para as commodities como um exemplo de como as estratégias de diversificação podem desmoronar. Até mesmo quando as bolsas e o mercado de renda fixa começavam a cair, no início de 2008, as cotações da commodities caminhavam para uma alta histórica. As firmas de Wall Street divulgavam análises mostrando a falta de correlação entre ações e commodities.

Mas essa explicação não levou em consideração um elemento importante. Antes desta década, investir em commodities era um processo difícil, devido à grande complexidade do mercado futuro. Com o advento dos fundos negociados em bolsa, ou ETF na sigla em inglês, ficou fácil comprar e vender commodities com um simples clique do mouse. Em meados de 2008 os investidores de ETF tinham aplicado bilhões em commodities em poucos meses.

Quando a crise financeira piorou e bolsas e títulos desmoronaram, os investidores de ETF descobriram que também era fácil desovar as commodities. O resultado foi a queda de 37% em 2008 no Índice de Commodities Dow Jones AIG. "Quando todo mundo começa a comprar um ativo, o simples ato de diversificar a carteira torna o ativo em questão menos diversificador", diz Bhansali, da Pimco.