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09 julho 2009

FASB e a pressão política

Segundo noticiado no blog Accounting Principles (FASB Succumbed to Political Pressure: High Powered Investment Committee) um painel consultivo de investidores, o Investors Technical Advisory Committee (ITAC), acusou o FASB de perder sua independência ao não resistir a pressão política para mudar as regras contábeis. O grupo de investidores disse que o FASB deveria ter lutado contra o tratamento especial aos bancos e a mudança na norma de marcação a mercado.

IASB para Pequenas e Médias Empresas

O International Accounting Standards Board (IASB) divulgou o International Financial Reporting Standard (IFRS) para se usado em pequenas e médias empresas (PME). Isto significa dizer que as normas internacionais estão chegando para mais de 95% - segundo estimativa do Iasb - das entidades existentes.

Foram mais de cinco anos e um resultado de 230 páginas onde os princípios das IFRSs de reconhecimento e mensuração de ativos, passivos, receitas e despesas foram simplificados. Isto significa dizer que as normas para as PMEs não abordam temas de baixa relevância para este tipo de entidade.

Segundo o Iasb o objetivo é melhorar a comparabilidade dos usuários, melhorar a confiança na contabilidades das PMEs e reduzir os custos na manutenção dos padrões locais.

Como ficará a situação do Brasil? Iremos adotar as normas para PMEs? É importante lembrar que uma das críticas ao CPC refere-se a sua padronização está focada nas grandes empresas.

08 julho 2009

Rir é o melhor remédio

Como funciona o Mundo Corporativo...

'Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.

O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.

E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora. A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.

Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.

A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.

Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!

O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..

A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.

A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?

A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. '


Enviado por Janne Nasser

Teste #105

O Sr. Sérgio Martins era conhecido na empresa por sua engenhosidade no trato das questões contábeis. No final do exercício, a empresa tinha um grande problema: sua liquidez. O administrador sabia que era necessário apresentar uma liquidez elevada, para obter uma linha de crédito no banco. Em geral, o banco só concedia empréstimo para empresas com liquidez acima de 2. No dia 31 de dezembro, as 17 horas, a empresa apresentava um ativo corrente constituído de caixa (R$100) e estoques (R$150). O seu passivo corrente era de R$80 de salários a pagar e R$90 de fornecedores. Ou seja, a liquidez corrente era de 1,47, ainda muito longe do valor ideal. Sérgio Martins, ao olhar aquela situação disse:

- Com uma operação contábil será possível atingir a uma liquidez exatamente de dois.

O gerente estava preocupado, pois não queria fazer nada ilegal. Qual foi a engenhosa solução de Sérgio?

Resposta do Anterior: Allen Klein tornou-se famoso como contador de Sam Cooke e, posteriormente dos Beatles. Robert McNamara trabalhou na contabilidade da GM, mas era formado em filosofia. Richard Shapiro é fictício.

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As novas regras de leasing e o efeito sobre as empresas aéreas

Contra a padronização

Os piores CEOs

Telefonica

Julgamento de César Alierta cria incertezas em torno da Telefónica
Thomas Catan e Jason Sinclari, The Wall Street Journal, de Madri
The Wall Street Journal Americas - 7/7/2009

Um tribunal espanhol deve proferir este mês o veredicto num julgamento do presidente do conselho da Telefónica, César Alierta, por suspeita de negociação de ações com informação privilegiada — uma decisão há muito esperada e que pode ter consequências profundas para a maior empresa de telecomunicação da Europa, assim como para o círculo empresarial da Espanha.

As acusações contra Alierta remontam ao fim dos anos 90, quando ele chefiava a estatal de tabaco da Espanha. Mas analistas dizem que o valor de mercado da Telefónica é tão ligado à reputação de Alierta como habilidoso administrador que uma possível condenação, que envolveria pena de até quatro anos e meio, pode chacoalhar a empresa e prejudicar suas operações.

"Seria uma mudança brutal para a ação da Telefónica", diz Robin Bienenstock, analista de telecomunicação da Sanford C. Bernstein em Londres. "Existe um culto à chefia envolvido nesta ação muito maior do que na maioria das outras empresas."

A Telefónica não quis comentar como o resultado do julgamento pode afetar a empresa, afirmando que a própria questão violava a premissa da inocência de Alierta.

Alierta, de 64 anos, negou repetidas vezes qualquer ato ilegal. Ele é um dos executivos mais bem sucedidos e admirados da Espanha, tendo ajudado a transformar o antigo monopólio estatal num império com operações em 25 países, da América Latina à Europa e à China. Alierta comanda a empresa com mão de ferro. Ele preside o conselho e tem atribuições executivas; não há diretor-presidente na Telefónica; e ele ainda não preparou um possível sucessor, dizem analistas e executivos.

"Ninguém por aqui nem mesmo cogitou a demissão" (de Alierta), disse um executivo da Telefónica a par da situação. "Os negócios por aqui não foram nem um pouco afetados."

Alierta, que rejeitou pedidos de entrevista, provavelmente recorreria de qualquer condenação, dizem pessoas próximas dele.

Mesmo assim, o caso, que já dura sete anos, está se revelando um divisor de águas para a Espanha, país em que os executivos raramente foram julgados por acusações de uso indevido de informação privilegiada.

Há muito tempo que a Telefónica é a favorita dos investidores em telecomunicações por causa de sua estratégia ambiciosa de crescimento com aquisições, e presença em países da América Latina de rápido crescimento. Nos últimos anos ela foi uma das empresas do setor de melhor desempenho na Europa.

Mas o veredicto ocorre num momento em que a Telefónica enfrenta novas pressões. A empresa se beneficiou durante anos de sua posição privilegiada no mercado interno, que lhe permitiu manter preços mais altos que no resto da Europa. Os espanhois pagam as tarifas de celular mais caras do continente, segundo dados da União Europeia. Mas os ventos estão começando a mudar: a autoridade espanhola que regulamenta o setor mandou este ano a Telefónica abrir sua rede de fibra ótica à concorrência. Determinou também que todas as firmas de telecomunicação da Espanha baixem a tarifa cobrada dos rivais para conectar chamadas — uma fonte importante de receita para a Telefónica.

O indiciamento criminal de Alierta se refere a 1997, quando ela presidia o conselho da produtora estatal de tabaco Tabacalera SA. Naquele ano Alierta criou um veículo de investimento com um empréstimo de 2,4 milhões de euros (US$ 3,4 milhões), segundo informações contidas nos documentos da promotoria. Menos de duas semanas depois de registrar o veículo de investimento, Alierta transferiu o controle para seu sobrinho de 29 anos Luis Placer, segundo os documentos.

Depois de anos de investigações, a promotoria de combate à corrupção acusou Alierta de faturar 1,86 milhão de euros ilegalmente graças a operações supostamente secretas com a ação da Tabacalera, por meio do veículo de investimento do sobrinho, ao mesmo tempo em que tomava decisões no conselho da empresa que tinham o poder de influenciar o mercado. O julgamento, em que Placer também enfrenta acusações de uso indevido de informação privilegiada, começou em abril.

Alierta e Placer negaram todas as acusações no tribunal. Um advogado de Placer não respondeu a pedidos de entrevista.

Em documentos judiciais e na argumentação da promotoria durante o julgamento, as autoridades alegam que Placer comprou ações da Tabacalera enquanto seu tio negociava a compra da fabricante americana de charutos Havatampa Inc., em 1997. Essa aquisição, juntamente com a decisão da Tabacalera de aumentar os preços, ajudou a ação da empresa a subir 113%, segundo os documentos judiciais e a argumentação da promotoria. As autoridades acusam Placer de ser testa-de-ferro do tio, permitindo que os dois enriquecessem graças a informações privilegiadas que não estavam disponíveis para os outros investidores.

"É um caso clássico de informação privilegiada", disse Alejandro Luzón, promotor que chefia o caso, em entrevista ao Wall Street Journal.

Durante o julgamento, os advogados de Alierta disseram que o veículo foi montado por motivos legítimos, como benefícios fiscais, mas que Alierta transferiu a propriedade a seu sobrinho porque mudou de ideia em relação a controlar o fundo. Os advogados disseram que Placer comprou a ação da Tabacalera em seu próprio interesse, sem orientação de Alierta.

Em 1999 a Tabacalera se fundiu com a francesa Seita e se tornou a Altadis SA, que desde então foi comprada pela britânica Imperial Tobacco Group PLC. Alierta assumiu o comando da Telefónica em 2000. A Altadis não quis comentar o caso.

Embora Alierta seja um dos empresários de mais alto calibre a ir a julgamento na história da Espanha, o caso recebeu pouca atenção da imprensa. Vários executivos da mídia dizem que usam cautela para não incomodar a empresa, o segundo maior anunciante do país. A Telefónica gastou 174 milhões de euros em propaganda ano passado, segundo a firma local de pesquisa de mercado Infoadex.

Segundo jornalistas, editores e executivos dos cinco maiores jornais e agências de notícias da Espanha entrevistados para esta reportagem, representantes da Telefónica costumam ligar pedindo que a cobertura do caso de Alierta seja limitada.

O "El Mundo", o jornal espanhol que divulgou pela primeira vez a investigação, em 2002, afirma que durante anos a Telefónica se esquivou dele. "Nos primeiros anos a situação foi muito desgradável", disse Pedro J. Ramírez, editor do "El Mundo", ao Wall Street Journal. "O volume (de anúncios) da Telefónica caiu sensivelmente." Ele diz que agora o relacionamento entre o jornal e a empresa está "normal", acrescentando que não havia sido contatado pela Telefónica durante o julgamento.

A Telefónica não quis comentar seu relacionamento com a imprensa.

A mídia local não é a única a sofrer a pressão da Telefónica. Em 2002, Alierta contatou Marjorie Scardino, diretora-presidente do conglomerado britânico Pearson PLC, dono do "Financial Times", para reclamar que o jornal tinha divulgado a investigação sobre suas operações na bolsa, disseram pessoas familiarizadas com a questão. Na época a Telefónica tinha 5% da Pearson.

"A Pearson transferiu a questão para o editor do FT na época, que era eu", disse Andrew Gowers, hoje desligado do jornal. "Estávamos reportando uma investigação e tínhamos todo o direito de fazer isso."

Um porta-voz da Pearson não quis comentar e disse que Scardino não estava disponível para dar entrevista.

Um executivo da Telefónica disse que Alierta ligou para Scardino para explicar seu lado da história, não para barrar a divulgação do caso. A Telefónica vendeu sua fatia da Pearson em 2004.

Padrões internacionais

Ministros da União Europeia pedem novas regras financeiras
Nathália Ferreira
AE Conjuntura e Finanças - 7/7/2009

Os ministros de Finanças da União Europeia (UE) concordaram hoje que novas regras financeiras são necessárias para evitar ciclos de expansão e explosão de bolhas nos mercados, mas rejeitaram o pedido da Alemanha de suspender as exigências de capital para bancos. Os ministros, depois do encontro mensal em Bruxelas, ainda criticaram as regras de capital bancária determinadas pelo Acordo Basileia II. Esse acordo internacional, assinado em 2004, visava assegurar que os bancos possuíssem capital suficiente em reserva para se proteger de riscos.

Os formuladores de política da UE criticaram essa estrutura por ser "pró-cíclica", afirmando que ela permite que bancos cortem reservas quando a economia se mostra sólida e os força a estocar capital quando os riscos surgem - no momento em que a economia provavelmente já começou a se contrair. Os ministros de Finanças da UE não disseram como alterariam os padrões da Basileia II, mas enfatizaram, em comunicado, que os bancos devem ter "colchões de capital contracíclicos (...) a serem levantados em períodos positivos e sacados em desacelerações".

Essas provisões de risco exacerbaram a desaceleração econômica, disse o ministro de Finanças da Alemanha, Peer Steinbrueck, aos ministros de Finanças dos 27 países europeus do bloco. Ele fez lobby por uma suspensão temporária das regras da Basileia II para encorajar os bancos avessos ao risco a emprestar mais.

Dados recentes do Banco Central Europeu (BCE) mostram que o empréstimo bancário está diminuindo e os grupos empresariais da UE alertam que os canais de crédito bloqueados permanecem como o principal obstáculo à recuperação econômica.

Mas a maioria dos ministros se opôs à ideia de Steinbrueck, embora tenham concordado que querem que a Comissão Europeia, braço executivo da UE, estude a questão e apresente um relatório completo até o começo de outubro. Regras contábeis e padrões de remuneração também devem ser revisados, com uma proposta legislativa ampla preparada para mais tarde no outono (no Hemisfério Norte).

"Precisamos de um sistema financeiro mais robusto na Europa, com cada vez mais habilidades de construir reservas contra a instabilidade financeira", disse o ministro sueco, Anders Borg, em entrevista após o encontro. Borg comandou o encontro, uma vez que a Suécia atualmente ocupa a presidência rotativa da UE. "Peer Steinbrueck justificou fortemente os problemas específicos da Alemanha, por outro lado, é muito importante que também alcancemos conclusões amplas", acrescentou Borg.

A coordenação internacional é outra preocupação. Desde o começo da crise financeira, a UE tem pressionado os Estados Unidos e outros países do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo, representadas por 19 países desenvolvidos e emergentes e pela UE) a determinar regras mais fortes. Os líderes do G-20 pediram, em novembro do ano passado, por uma revisão internacional das políticas que possam criar condições pró-cíclicas.

A UE provavelmente levantará essas questões novamente no encontro do G-8 na Itália, a partir de amanhã. Essas negociações sobre novas regras do mercado financeiro vão continuar no encontro do G-20 em setembro, em Pittsburgh (EUA).

Padrão contábil

Os ministros da UE também criticaram os padrões contábeis de valor justo durante o encontro. "Essa crise enfatizou que a determinação de valor atual de certos ativos financeiros pode subestimar os riscos em períodos positivos e exagerá-los em desacelerações", afirmou o comunicado dos ministros, que pediu padrões internacionais de contabilidade. Os ministros pediram ainda uma ligação mais forte entre performance e remuneração. As informações são da Dow Jones.