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30 junho 2009

Teste #99

A palavra “contador” possui outros significados quando associado a uma ou mais palavras. Você seria capaz de associar alguns destes termos?

1. Contador assíncrono
2. Contador de Visitas
3. Contador Geiger
4. Contadores binários
5. Largo do Contador-Mor

a) ferramenta, geralmente gratuita, utilizada para se contar o número de visitantes em um site na internet.
b) largo situado na freguesia de Santiago, em Lisboa.
c) são circuitos digitais que variam os seus estados, sob o comando de um clock, de acordo com uma sequência pré-determinada
d) serve para medir certas radiações ionizantes
e) um circuito digital que varia o estado de acordo com o sinal de entrada

Resposta do Anterior:
Na importação, na contabilidade da importadora:
D – Disponível
C – Estoques 10

Prestação de Serviço para Rede (evento fictício, na contabilidade da loja)

D – Despesa de Prestação de Serviço
C – Disponível 90

Compra de mercadoria
D – Estoques
C - Disponível

Defendendo o Iasb

A abordagem baseada em princípios falhou muito espetacularmente no Reino Unido? Sim - mas o sistema financeiro britânico era tão grande e tão endividado que diante de uma crise financeira e econômica deste tamanho, o fracasso seria inevitável qualquer que fosse a estrutura regulamentar. Sou ainda de opinião que na margem, uma abordagem baseada em princípios será mais útil e menos prejudicial do que uma abordagem baseada em regras (...)

The U.S. Move to Principles-Based Regulation
Felix Salmon

Mudança no Comportamento das Pessoas

Uma pesquisa relatada no Calgary Herald (When nothing says cool like a coupon, Ylan Q. Mui, 14 de junho de 2009, d8) mostra uma mudança no comportamento dos investidores. Quando perguntado “você é um tipo de pessoa que gosta mais de gastar dinheiro ou gosta mais de economizar dinheiro?”, 45% optaram pela primeira alternativa em abril de 2001. Aqueles que escolheram a segunda alternativa correspondiam a 48% do total, sendo 7% sem opinião.

Em abril de 2009 37% escolheram gastar dinheiro, 59% economizar e 4% não tinham opinião.

Entre os dois momentos, uma crise financeira.

Madoff condenado



Madoff, um dos maiores fraudadores da história, foi condenado a 150 anos de prisão. A figura acima - desenho do julgamento e cópia do documento de acusação, são do Financial Times. A seguir, notícias sobre o caso:

Madoff é condenado a 150 anos por fraude
Folha de São Paulo - 30/6/2009
FERNANDO CANZIAN - DE NOVA YORK

Sob aplausos da audiência, o financista e ex-presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq Bernard L. Madoff foi sentenciado ontem em uma corte de Nova York a 150 anos de prisão por fraudes financeiras estimadas em US$ 65 bilhões. O valor é considerado o maior da história para esse tipo de crime.

Madoff sustentou durante duas décadas um esquema do tipo "pirâmide" que prometia rendimentos bem acima do mercado a investidores. Entre eles, gente do cinema como Steven Spielberg e John Malkovich, atletas famosos e fundações centenárias nos EUA.

Em março, ao se declarar culpado de 11 acusações, Madoff admitiu que tomava dinheiro de novos investidores para pagar os mais antigos que pediam saques. A investigação revelou que Madoff não havia feito uma única operação no mercado financeiro nos últimos 13 anos.

O dinheiro apenas entrava e saía de sua firma, a Bernard L. Madoff Investment Securities, para pagar investidores e bancar extravagâncias pessoais, como barcos e propriedades ao redor do mundo.

A pena de 150 anos é seis vezes superior à aplicada para punir as fraudes dos ex-executivos (ainda presos) da Enron e WorldCom no início da década. Aos 71 anos de idade, Madoff deve morrer na cadeia.

Logo após a sentença, Madoff foi encaminhado a uma unidade prisional em Manhattan. Dentro de alguns dias será transferido definitivamente para uma prisão federal.

Os advogados do investidor haviam pedido uma pena máxima de 12 anos. Alegavam que a expectativa de vida de seu cliente é de mais 13,5 anos, segundo as estatísticas do Social Security nos EUA, o equivalente à Previdência Social.

"A mensagem que deve ser passada com esta sentença é de que o crime cometido pelo senhor Madoff foi diabólico. A quebra de confiança foi maciça. A fraude, chocante. E eu simplesmente não acredito que ele tenha feito tudo o que podia ou contado tudo o que sabia [para ajudar nas investigações]", afirmou o juiz Denny Chin ao proferir sua sentença diante de 250 pessoas.

Segundo Chin, o golpe de Madoff não tem paralelos em termos de valores e de número de pessoas envolvidas.

Apesar de intensas investigações desde dezembro de 2008, quando o esquema veio à tona na esteira da derrocada dos mercados financeiros globais, apenas Madoff foi condenado.

O financista inocentou seus dois filhos e outros funcionários que trabalhavam com ele e disse que sua mulher jamais soube da origem do dinheiro que financiava seus gastos.

Na semana passada, Ruth Madoff, 68, abriu mão de vários bens e valores do casal no total de US$ 80 milhões e concordou em receber uma única "compensação" de US$ 2,5 milhões.

A investigação ainda não conseguiu chegar a um valor total de quanto Madoff teria roubado de suas vítimas. A estimativa atual é de que cerca de US$ 170 bilhões tenham passado por suas mãos nas duas últimas décadas. Algumas semanas antes de sua prisão, a contabilidade de Madoff mostrava que US$ 65 bilhões de atuais investidores estavam "aplicados". Na prática, só uma pequena fração do dinheiro existia.

Um fundo criado para tentar recuperar parte dos desvios conseguiu recolher até agora cerca de US$ 1,2 bilhão, isso já incluindo valores de algumas das propriedades de Madoff.

Emocionados, nove de seus clientes prestaram depoimento na audiência ontem. Alguns disseram ter pedido a poupança de uma vida no esquema. Os advogados de Madoff por sua vez afirmaram que o caso em torno de seu cliente virou "sede de vingança de uma turba".

"Hoje vivo atormentado, consciente da grande dor que eu mesmo provoquei. Deixo para trás uma herança de vergonha, tanto para minha família quanto para meus netos. Terei de viver com isso até o fim", disse Madoff antes de ouvir a sentença final de seu caso.
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Madoff é condenado a 150 anos de prisão por maior fraude da história
Robert Frank e Amir Efrati, The Wall Street Journal
The Wall Street Journal Americas - 30/6/2009

Bernard Madoff, o autor confesso do maior golpe financeiro da história, foi sentenciado ao máximo de 150 anos atrás das grades por um crime que seu juiz qualificou de fraude "extraordinariamente demoníaca" que abalou a fé do país em seu sistema financeiro e legal e destruiu ricos e pobres, sem distinção.

A sentença histórica, uma das maiores já aplicadas em crimes do colarinho branco, deu voz não apenas à ira das vítimas de Madoff, mas também à de toda uma nação que, na eclosão da crise financeira, perdeu aposentadorias, poupanças da vida inteira, o valor dos imóveis e empregos. A longa fala do juiz Denny Chin parecia pretender indicar que, no mínimo, o sistema jurídico responderia vigorosamente para corrigir os erros financeiros.

"As vítimas depositaram confiança em Madoff e isso deixou muitos a duvidar do nosso sistema financeiro e dos reguladores financeiros", disse o juiz Chin.

A sentença também fechou a porta aos esforços de Madoff de se redimir no tribunal e o marcou como uma das figuras mais desprezíveis da história das finanças, sem ninguém mais, além dos advogados, a lhe dar apoio na hora da sua prestação de contas.

"Viverei com esta dor, com este tormento, pelo resto de minha vida", disse Madoff, de 71 anos.

A dramática sentença não só encerra a batalha legal de Madoff como também mostra o pouco que o público sabe a respeito dessa fraude, inclusive a exata extensão das perdas e a existência ou não de cúmplices. O caso também aponta falhas das fiscais financeiros, particularmente a SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, que não apurou o crime a despeito de repetidos alertas.

O juiz recriminou Madoff por não ter sido mais aberto com as autoridades desde sua prisão, em 11 de dezembro. "Não sinto que Madoff tenha feito tudo que podia ou dito tudo que sabe", disse.

Chin foi claramente afetado pelo grande número de cartas e declarações das vítimas que disseram ter suas vidas arruinadas pela pirâmide financeira de dezenas de bilhões de dólares armada por Madoff.

O juiz referiu-se a carta de uma viúva que se encontrou com Madoff duas semanas depois da morte do marido e investiu todas as suas economias com ele. Madoff colocou o braço ao redor dos ombros da viúva e disse: "Seu dinheiro está seguro comigo", segundo a carta.

Nove vítimas falaram no tribunal, entre eles Michael Schwartz, de 33 anos, um residente de Nova Jersey. Ele disse que os recursos de sua família investidos com Madoff se destinavam ao pagamento de despesas com um irmão deficiente mental. "Espero que a sentença dele seja longa o suficiente para que a cela na prisão se transforme em seu caixão", disse Schwartz ao juiz.

Nenhum dos membros da família de Madoff — mulher, filhos ou irmão — compareceu ao tribunal. Chin disse que Madoff não recebeu uma única carta ou declaração de apoio antes da sentença.

A esposa de Madoff, Ruth, fez sua primeira declaração pública depois da sentença, dizendo que, "como todo mundo, sinto-me traída e confusa. O homem que cometeu essa fraude terrível não é o homem que conheci durante todos esses anos".

Madoff comportou-se estoicamente, num terno cinza escuro e de óculos sem aros, quando Chin leu a sentença que provocou uma explosão de aplausos na sala de audiências. Madoff mostrou um pouco de emoção durante a fala em que pediu desculpas às vítimas. Ele disse que nunca quis prejudicar ninguém.

Apesar de estar há três meses na prisão ele apareceu impecável, com sua cabeleira branca e terno bem cortado.

Madoff manteve-se de costas para as vítimas enquanto falava. Por um breve momento ele se virou para olhá-las de frente. "Sinto muito", disse. "Sei que isso não ajuda vocês."

Ele continuou a proteger sua família e empregados, dizendo que mentiu a todos.

"Não posso dar nenhuma desculpa pelo meu comportamento", disse. "Como desculpar a traição a milhares de investidores que me confiaram todas as suas economias? Como justificar enganar 200 empregados que passaram a maior parte de suas vidas trabalhando para mim? Como explicar as mentiras ao irmão e aos dois filhos que passaram suas vidas ajudando a construir um negócio bem sucedido? Como perdoar as mentiras à esposa que deu apoio durante 50 anos?"

O advogado de Madoff, Ira Sorkin, admitiu que Madoff era um homem "com muitos defeitos", mas insistiu que a maioria do dinheiro da fraude foi para outros investidores. Ele acrescentou que a cifra de US$ 13 bilhões mencionada pelo governo como perdas líquidas sofridas pelas vítimas desde 1995 eram exageradas, uma vez que pelo menos US$ 1 bilhão em recursos recuperados podem ser devolvidos aos investidores. Ele disse que Madoff merecia apenas 12 anos de prisão, por ter 71 anos e ter ajudado o governo nas investigações — afirmação questionada pelo juiz Chin.

Depois da sentença, Sorkin disse não ter ainda decidido se apelaria.

A sentença marcou a vitória absoluta dos promotores, que pediram uma pena de 50 anos de prisão, alegando o tamanho e a duração da fraude. Madoff praticou a fraude por, no mínimo, 20 anos, disseram os promotores.

Não se sabe onde Madoff cumprirá a sentença; a decisão cabe ao Birô de Prisões.


29 junho 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

Teste #98

O trecho a seguir é originário do jornal o Globo e publicado em 26 de novembro de 2008 neste blog

- A estimativa é de que a empresa sonegou aproximadamente R$ 100 milhões. A rede de lojas fazia um planejamento de compras de produtos na China. Uma outra empresa que tinha ligação com a rede comprava a mercadoria, pagando o preço acertado com os exportadores, e emitia nota fiscal subfaturada. Ou seja, a mercadoria chegava com um preço muito abaixo do que era pago lá fora. A mesma rede de empresas fornecia notas frias por trabalhos não prestados que entravam na contabilidade da Casa & Vídeo para abater imposto de renda - explicou o superintendente. (...)

Você seria capaz de fazer a contabilidade da operação? Imagine uma mercadoria adquirida por $100, com preço fictício de $10.

Resposta do Anterior: Receita = 20.000x2,5; Despesas = 4.000 + 20.000x0,5

Esta Estranha justiça brasileira

Os dois textos a seguir foram publicados há alguns meses no Estado de São Paulo. Entretanto, é revelador sobre a qualidade (ou a confiabilidade) da nossa justiça. A seguir o primeiro texto:

Bancos travam uma estranha disputa por R$ 1,1 bilhão na selva
David Friedlander
1 Março 2009
O Estado de São Paulo - p. b10

Processo envolve o grupo Arantes e grandes bancos do País, com trocas de acusações e um vaivém de decisões

Para chegar a Nova Monte Verde (MT), saindo de São Paulo, é preciso percorrer 1,6 mil quilômetros até Cuiabá, embarcar num bimotor e voar mais 750 quilômetros rumo a Alta Floresta, e ainda fazer os últimos 186 quilômetros em estrada de terra. Quando chove forte, muitos motoristas preferem voltar. Situada na entrada da Floresta Amazônica, com cerca de 8 mil habitantes, a cidade é tão carente que nem juiz próprio tem. Pois foi para esse lugar que um enorme grupo empresarial do interior de São Paulo, o Arantes, conseguiu arrastar a discussão de uma dívida bancária de R$ 1,1 bilhão.

Tão logo o processo chegou à cidade, um juiz itinerante mandou um grupo de bancos credores devolver cerca de R$ 120 milhões que o Arantes tinha perdido com derivativos de câmbio. Para o magistrado, seria a restituição de um pagamento indevido. O problema é que, segundo a versão dos bancos, o grupo Arantes nunca desembolsou o dinheiro que o juiz mandou devolver. Armada a confusão, a distante Nova Monte Verde transformou-se num endereço de suspeitas, manobras judiciais e conflitos que envolve um batalhão de advogados, juízes, desembargadores e os maiores bancos privados do país.

Dono das marcas Frigo Hans, Frigo Eder e Frango Sertanejo, o grupo Arantes é um dos maiores exportadores de carne do Brasil. Com sede em São José do Rio Preto (SP), tem fábricas e frigoríficos espalhados por cinco Estados e o faturamento chegava a R$ 1,6 bilhão por ano. No boom econômico dos últimos anos, os bancos competiam para fazer negócio com ele. Com a crise, o faturamento caiu, o crédito desapareceu e as dívidas deram um salto - puxadas principalmente por operações malsucedidas com derivativos de câmbio.

O Arantes entrou com pedido de recuperação judicial no início do ano. Procurou a Justiça em Nova Monte Verde, onde tem um dos frigoríficos, com a alegação de que lá ficava “o principal estabelecimento e administração central” do grupo. O pedido foi aceito, mas a própria promotora de Justiça encarregada de acompanhar o caso discorda da decisão. “O cérebro da empresa fica em São José do Rio Preto, claramente não é aqui. Esse processo deveria correr por lá, para não prejudicar os credores”, afirma Fernanda Pawelec Vieira, do Ministério Público de Mato Grosso.

Para os advogados dos bancos, a escolha da cidade seria uma manobra para tumultuar o processo. “Eles querem nitidamente é dificultar a defesa”, afirma Ociel Tavares, advogado de um dos bancos. “Estão aproveitando a distância e a precariedade do lugar”, diz o advogado Julierme Romero, contratado por outra instituição. Entre os principais credores do Arantes estão Bradesco, Itaú, Unibanco, Santander, HSBC e Deutsche. Procurados, a direção do grupo Arantes e seus advogados não quiseram falar.

CORRE-CORRE
Nova Monte Verde não tem juiz titular. Para aplicar a lei na cidade, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso improvisa magistrados de outras comarcas, que fazem um trabalho itinerante. Eles não têm data certa para aparecer e normalmente tratam de conflitos de terra, brigas entre vizinhos e processos criminais. Quando o processo da Arantes deu entrada, o juiz responsável era Wendell Karielli Simplício, titular de Cotriguaçu, a uma hora de balsa e outro tanto de estrada de terra. Por causa da distância, ele costumava aparecer na cidade de uma a duas vezes por mês.

No dia 30 de janeiro, Karielli Simplício manifestou-se sobre a dívida contraída pelo Arantes ao operar com derivativos cambiais, estimada em cerca de R$ 250 milhões. Ele determinou que o HSBC, o Real, o Deutsche e o BBM, entre outros, depositassem cerca de R$ 120 milhões na conta da Arantes Alimentos Ltda. Na interpretação do juiz, o Arantes teria pago essa quantia a mais quando liquidou suas aplicações em derivativos.

“Isso eu nunca vi: devolver algo que nunca foi pago?”, comenta o advogado Tavares. “Essa sentença criou uma situação descabida. A empresa entra em recuperação judicial e, em vez de pagar os credores, recebe dinheiro deles.” Segundo a versão dos bancos, o Arantes não teria desembolsado um tostão para cobrir seus prejuízos com derivativos. As próprias instituições teriam emprestado dinheiro para o grupo liquidar suas posições - trocando uma dívida imediata por outra de prazo mais longo. Procurado, o juiz Karielli Simplício disse que saiu do caso e preferia não se manifestar.

Com a decisão do juiz Karielli Simplício, os bancos se queixaram ao corregedor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador Orlando de Almeida Perri. A corregedoria já investigava o juiz havia alguns anos, por acusações de venda de sentenças, de acordo com a imprensa local. “Estamos investigando, sim. Mas não posso dizer o motivo”, afirmou o corregedor ao Estado. Karielli também afirma estar impedido de comentar. “Posso dizer apenas que é um caso de 2004, não tem nada a ver com esse processo (do Arantes)”, disse o juiz.

A decisão de Karielli Simplício deu início a uma cascata de recursos. Primeiro, ele foi substituído por outro juiz, Roger Augusto Bim Donega. Este anulou a sentença do colega: dispensou os bancos da devolução do dinheiro e mandou o processo de recuperação judicial para São José do Rio Preto. Para reforçar sua decisão, o novo juiz anexou uma cópia do site do Arantes na internet - onde São José do Rio Preto aparece como sede administrativa do grupo. No dia seguinte, o Arantes tirou seu site do ar.
Dias depois, uma terceira mudança e a decisão do novo juiz foi derrubada. O desembargador Donato Fortuna Ojeda trouxe o processo de volta para Nova Monte Verde e, mais uma vez, os bancos receberam ordem para depositar dinheiro na conta do grupo Arantes. Três dias depois, a situação mudou pela quarta vez. Outro desembargador, José Silvério, deu liminar cancelando a decisão anterior e livrou os bancos dos depósitos para o grupo Arantes.

Todo esse corre-corre ocorreu em pouco mais de uma semana. Nesse período, o processo do grupo Arantes movimentou a região. Em Alta Floresta, advogados de São Paulo e de Cuiabá alugaram táxis ou aviões para ir a Nova Monte Verde. A ironia é que a única pista de pouso fica no abatedouro do grupo Arantes. “Nosso escritório tem avião, mas eu mandei nosso advogado de táxi”, diz o advogado Romero, que trabalha para um dos bancos. “Não ia pousar em território inimigo.”