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15 junho 2009

Links

Piscinas

Poder das palavras: O que a mulher quer de um homem

The Economist: a situação da educação no Brasil

Produtos patenteados estranhos

Mudança no valor justo e gastos das instituições financeiras com lobby

IASB

Ao mesmo que a convergência torna-se cada vez mais real, discute-se a estrutura do Iasb, responsável pelas normas. A discussão gira em torno da composição do Iasb e seu financiamento.

Com respeito a composição, destaca-se a elevada participação dos EUA e da Europa, em detrimento de outros países, inclusive o Brasil. Além disto, existem reclamações sobre o perfil dos membros [ver este link do blog, por exemplo], para alguns excessivamente acadêmico, para outros com baixa representação dos investidores.

O segundo aspecto é a questão do financiamento. Atualmente as fontes de financiamento do Iasb são realizadas através de doadores voluntários. Em 2008 as quatro empresas de auditoria doaram 2 milhões de dólares. Espera-se reduzir estas doações para tornar o Iasb realmente independente.

Mais sobre o assunto: IASB Governance: The Next Accounting Battlefield

IFRS na Argentina

La profesión contable argentina dio el gran paso para sumarse a una tendencia verificable en más de 110 naciones de todo el mundo, y aprobó el 20 de marzo de este año la adopción de las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF) del Consejo de Normas Internacionales de Contabilidad (IASB).

Las NIIF deberán aplicarse obligatoriamente para preparar estados financieros de entidades del régimen de oferta pública, o que hayan solicitado autorización para participar en él.

Se exceptúa a empresas que, estando dentro de la órbita de Comisión Nacional de Valores (CNV), acepten criterios contables de otros organismos reguladores (v.g. BCRA), o no estén incluidas dentro del régimen de la ley 17.811. Asimismo, se permite que todas las entidades exceptuadas - o no alcanzadas -por la obligatoriedad puedan aplicarlas de manera voluntaria.

El énfasis puesto en las empresas del mercado de capitales resulta aún mayor en la actualidad, frente a la crisis financiera mundial: un mundo globalizado necesita información clara, preparada bajo estándares comprensibles por todos sus participantes.

Los estados financieros que se deberán presentar obligatoriamente bajo NIIF son los correspondientes a ejercicios completos iniciados el 1 de enero de 2011, y a sus períodos intermedios, incluyendo -en ambos casos- la información comparativa.

Para poder realizar una transición conforme a los propios procedimientos establecidos por IASB, se establece la obligatoriedad de presentar cierta información complementaria, tanto para el ‘período de transición’ (i.e. los iniciados el 1/1/2009 y 1/1/2010) como para el primer período ‘NIIF’ completo (i.e. el iniciado el 1/1/2011).

Como paso final de esta primera etapa del proceso de adopción, falta que el Directorio de la CNV emita la Resolución que convierta a las NIIF en ‘normas contables legales’.

Sería ingenuo creer que las NIIF solucionarán todas las deficiencias de la información que las empresas comunican a los mercados. En realidad, la novedad superadora de las NIIF radica en su universalidad. Es por ello que deberemos divulgar estos estándares para que no existan asimetrías entre los diferentes sujetos vinculados con la información generada por las empresas y nadie quede ‘en desventaja’ .

Resulta fundamental apostar a la difusión y a la capacitación. Necesitaremos profesionales especializados en la aplicación de estos nuevos estándares financieros globales. En definitiva, el éxito de este proceso dependerá de la participación activa de todos los interesados en los reportes financieros de las entidades.

15 June 2009 - El Cronista Comercial - 029 - Los nuevos estándares contables son un avance y demandan una participación activa - Hernán P. Casinelli (Director de la carrera de Contador Público y Planes Conjuntos, de UADE)

Efeito propriedade

Um dos tópicos estudados nas finanças comportamentais é o chamado efeito propriedade. Este efeito refere-se ao fato de valorizarmos muito aquilo que possuímos.

Uma experiência tradicional que comprovou a existência do efeito propriedade ocorreu num grupo de pessoas, onde metade gostava de café e a outra parte de chocalate. Distribuiu-se, aleatoriamente, chocalates e café neste grupo. E, posteriormente perguntou-se se o grupo gostaria de trocar aquilo que recebeu.

Por um cálculo de probabilidade – supondo que a distribuição dos brindes foi aleatória – espera-se que 50% das pessoas troquem o que recebeu. Entretanto, as pesquisas mostraram que somente uma pequena minoria faz esta troca, pois se apegam aquilo que possuem.

Agora outra pesquisa confirma o efeito propriedade, mas também mostra que isto pode ser muito mais profundo na mente das pessoas que imaginávamos.

Um professor de Harvard, Dan Gilbert, utilizou pacientes com amnésia grave ou outros problemas de memória (via Accounting for the endowment affect http://ftalphaville.ft.com/blog/2009/06/04/56652/accounting-for-the-endowment-affect/ , Financial Times, 4/6/2009). Para cada paciente foram apresentados quadros de pintura com qualidade e estilos parecidos. Solicitou-se então que eles fizessem uma classificação de preferência. Após esta etapa, o pesquisador disse que daria o quatro classificado em quarto lugar.

Meia hora depois, e em razão dos problemas de amnésia dos pacientes, o professor volta a apresentar os quadros e inicialmente pergunta se eles sabem qual quadro lhes pertencem. Como os pacientes possuem problemas de memória, em geral indicam um quadro de forma aleatória. Gilbert repete a experiência solicitando que os quadros sejam classificados por ordem de preferência.

O resultado mostra que em média o paciente classificou o quadro que recebeu anteriormente – e que era o quarto na sua lista de preferência – de maneira superior.

Apesar dos pacientes não saberem que aquele quadro é seu, eles melhoraram sua classificação final.

Aqui, aqui e aqui postagens sobre este efeito.

GASB 55

O objetivo deste pronunciamento é o de incorporar a hierarquia dos princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP) para os governos estaduais e locais na literatura do Governamental Accounting Standards Boards (GASB). A "hierarquia GAAP" consiste de fontes de princípios contábeis usados na preparação das demonstrações financeiras dos Estados e das entidades governamentais que são apresentados em conformidade com o GAAP e uma estrutura para seleção desses princípios. (...)

Statement No. 55 of the Governmental Accounting Standards Board-The Hierarchy of Generally Accepted Accounting Principles for State and Local Governments - Journal of Accountancy – 1/6/2009 – 100 - Volume 207; Issue 6

14 junho 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Wilkinson

Convergência

Relaxamento das normas agora é a lei
Por Jonathan Weil, Bloomberg, de Nova York

A corrida para o fundo do poço começou para os dois comitês que estabelecem a maior parte dos padrões contábeis usados no mundo. Isso pode significar apenas uma coisa. É hora deles terem concorrência.

Vamos começar com uma pergunta muito importante. Nesta era de infinitas possibilidades, qual deve ser a aparência de um organismo que estabelece princípios contábeis fáceis de ser empregados? Permita-me apresentar para sua consideração o Financial Reporting Irregularities Board (Comitê de Irregularidades das Demonstrações Financeiras). É o Frib, ou "Free-Bee", para resumir. Seu lema seria simples: Você informa, você decide.

Desde o quarto trimestre do ano passado, as grandes notícias dos mandarins da contabilidade nos Estados Unidos e na Europa têm sido sobre o relaxamento de suas regras preciosas. Um dia, o International Accounting Standards Board de Londres (Iasb) corre para atender os banqueiros e políticos, amenizando seus pronunciamentos sobre a contabilidade de marcação dos ativos pelos preços de mercado, somente para assistir o Financial Accounting Standards Board dos Estados Unidos (Fasb) afrouxar suas próprias regras mais tarde.

Nada do que eles têm feito tem sido suficiente para satisfazer os setores bancário e de seguros. Eles apenas continuam jogando os dois comitês um contra o outro, implorando por mais mudanças.

Após a última concessão do Fasb, por exemplo, o deputado republicano Spencer Bachus, do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos EUA, pediu no mês passado novas audiências no congresso, alegando que "ainda há dúvidas em relação à eficácia final das revisões contábeis pelo valor justo". Enquanto isso, alguns ministros das finanças europeus se queixaram que o Iasb não vem fazendo o suficiente para acompanhar as mudanças do Fasb.

A "Coalisão pelo Valor Justo" da Câmara do Comércio dos Estados Unidos, composta principalmente por bancos e seguradoras, diz que os administradores ainda não possuem a liberdade de ação que eles precisam para "reconhecer as verdadeiras perdas econômicas e permitir uma avaliação realista dos ativos". Em outras palavras, eles querem avaliar os preços dos valores de suas companhias pelos preços que eles gostariam de conseguir, e não pelos preços que os outros pagariam.

Portanto, agora a coisa chegou nesse ponto. O mundo precisa encontrar uma maneira de se certificar de que nenhum desses comitês vai ganhar essa disputa sórdida. Isso deixa apenas uma opção: deixar os bancos iniciarem seu próprio comitê de contabilidade para vencê-la.

De sua sede nas ensolaradas Ilhas Cayman, o Free-Bee reuniria as melhores e mais brilhantes mentes das maiores catástrofes financeiras do planeta, para criar um novo conjunto de padrões de livre-mercado. Lehman Brothers, Royal Bank of Scotland, American International Group (AIG), Fannie Mae, a Islândia, todos morariam alí.
Os sectários, conhecidos como freebasers ("freebase" é uma forma sólida de cocaína), preparariam suas demonstrações financeiras de acordo com as regras do Free-Bee, que caberiam todas em uma brochura de dez páginas com espaço duplo entre as linhas. O mais importante: nenhum dos membros desse novo comitê seria contador. O Free-Bee seria um empreendimento com fins lucrativos, criado para maximizar as receitas. E não há um meio mais seguro de acabar com um bom conjunto de padrões contábeis desdentados do que deixar algum contador ultraminucioso tentar redigi-lo.

Como essa operação funcionaria? Estou feliz que você tenha perguntado isso.
Vamos dizer que sua companhia mostraria um lucro de dois a três dólares por ação sob as regras do Fasb e do Iasb, e cinco dólares sob as regras do Free-Bee. O Free-Bee cortaria a diferença, negociada trimestralmente numa base cliente a cliente. Naturalmente, sua companhia estaria livre para gastar esses "lucros" extras da maneira que achasse adequada - talvez, por exemplo, em bonificações maiores para os executivos.

Antes que você classifique esse plano como um "castelo no ar", dê uma olhada na citação de Charlie McCreevy, o comissário de serviços financeiros da União Europeia, feita em um pronunciamento em Bruxelas no dia 7 de maio. "A contabilidade é hoje importante demais para ser deixada somente para os contadores. A independência daqueles que estabelecem os padrões é importante, mas eles precisam ser totalmente responsabilizados", afirmou.

A isso, os consignatários do Free-Bee gritariam: ouça, ouça! Eles prometeriam que seriam totalmente responsáveis com você; com o humilde presidente-executivo e você.
Lógico, você poderia tentar fazer o Fasb e o Iasb continuarem superando um ao outro, usando as mesmas táticas de pressão do tipo consagradas. A essa altura, porém, todos esses cheques de campanha para os legisladores seriam um bom dinheiro desperdiçado que de outra maneira você poderia estar gastando consigo mesmo.

Imagine as possibilidades. Nesta semana, o Fasb disse que vai fazer os bancos colocarem zilhões de dólares de volta em seus balanços no ano que vem, eliminando um truque "fora dos livros" conhecido como entidades qualificadas com propósitos especiais. A direção do Free-Bee pode não saber o que é esse negócio de entidades qualificadas com propósitos especiais, mas eles saberiam isso: se o Fasb quer proibí-las, então o Free-Bee as adora e exigiria que elas voltassem.

Você valoriza o arbítrio para avaliar empréstimos imobiliários comerciais sem valor da maneira que você quiser? Tudo bem. Lembre-se, quanto melhor suas avaliações, maiores os lucros do Free-Bee.

Você já está irritado com todas as perdas provocadas pelos títulos hipotecários com classificação "junk" Os membros do conselho do Free-Bee seriam fortes defensores do princípio de que todas as perdas são temporárias e todos os ganhos "non-cash" são ouro, especialmente quando os preços dos ativos que você está usando existem apenas em sua imaginação.

Ou talvez você administre uma rede de clubes de striptease de capital aberto e queira se certificar de que certas atividades de bastidores não sejam reportadas como violações da lei de Práticas de Corrupção contra Estrangeiros. Esse novo conselho não só ajudaria você a manter as prostitutas fora do balanço, como o Free-Bee as entregaria de volta na sua porta, de banho tomado e perfumadas, em apenas 30 minutos.

Vamos deixar os grandes órgãos dos padrões contábeis em sua corrida para o fundo do poço. A missão do Free-Bee seria vencê-los facilmente. E embora esse novo comitê possa enfrentar obstáculos, como o reconhecimento formal da Securities and Exchange Commission dos EUA (SEC, a CVM americana), a história nos ensina que não há nada que não possamos superar se tivermos as conexões certas. Alguém aí topa? Eu sabia.

Fonte: CFC Notícias via Blog da Claudia Cruz