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09 junho 2009

Patente de Métodos de Negócios

Uma notícia interessante: a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que métodos de negócios podem ser patenteados. Segundo o New York Times (Justices to Weigh Issue of Patenting Business Methods, Adam Liptak, 2 de junho de 2009) isto talvez seja o mais importante caso de patente dos últimos 50 anos em razão das suas implicações. O assunto também mereceu destaque no The Washington Post (High Court to Hear Case On Patent Limits; Types of Business Methods Under Review - Greg Stohr e Susan Decker, 2/6/2009).

Os impactos podem ocorrer na consultoria, software, seguro, biotecnologia e empresas contábeis. E isto deve desencadear um grande número de solicitações de patentes. Mas o NY Times lembra de Posner, um influente juiz dos EUA, acredita que isto pode gerar um monopólio. Já imaginou a Du Pont/GM recebendo royalties pelo uso do ROI?

Estoques

CVM edita Deliberações que aprovam pronunciamentos do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC sobre Estoques, Contratos de Construção e Custos de Empréstimos

A Comissão de Valores Mobiliários edita hoje, 08/06/2009, as Deliberações 575/09, 576/09 e 577/09 que aprovam, respectivamente, os Pronunciamentos CPC-16, intitulado "Estoques", CPC-17, intitulado "Contratos de Construção", e CPC-20, intitulado "Custos de Empréstimos".

O objetivo do pronunciamento técnico CPC-16 é orientar como determinar o valor de custo dos estoques e o seu reconhecimento no resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. O documento apresenta, ainda, método e critérios usados para atribuir custos aos estoques.

O Pronunciamento CPC-17 orienta sobre o tratamento contábil das receitas e despesas associadas a contratos de construção. Nesses contratos, normalmente de execução a longo prazo, as datas de início e término do contrato ocorrem em períodos contábeis diferentes, tornando primordial o reconhecimento das receitas e despesas correspondentes ao longo da sua execução.

O Pronunciamento CPC-20 dá orientações para o tratamento contábil aplicável aos custos de empréstimos. O conteúdo deste pronunciamento técnico está integralmente fundamentado no IAS 23 – Custo de Empréstimos, e não modifica substancialmente o tratamento dado no Brasil aos custos de empréstimos, inclusive aquele previsto na Deliberação CVM 193/96.

Essas normas contábeis, que fazem parte da Agenda Conjunta CVM e CPC, dão início ao processo de regulação de 2009 visando à convergência da Contabilidade Brasileira, no tocante às companhias abertas aos padrões internacionais. Com isso, já foram emitidas 20 normas contábeis (18 em 2008), estando 15 normas em processo de audiência pública (10 em aberto e 05 encerradas) e 14 em elaboração ou apreciação no CPC e na CVM.


Fonte: aqui

Peter L Bernstein


Bernstein escreveu um dos melhores livros técnicos que já li: Desafio aos Deuses. Neste livro Bernstein conta a história do risco, desde os primeiros trabalhos voltado para jogos de azar e seguros até os dias atuais, com finanças comportamentais. Apesar do tema do livro ser árido, Bernstein conseguiu fazer desta obra um texto muito agradável de ler. Sempre indiquei este livro para meus alunos.

Bernstein (foto) morreu aos 90 anos. Mais aqui.

08 junho 2009

Rir é o melhor remédio

Genuíno relógio falso

Fonte: Aqui

Teste #88

O vendedor Wolfram Anastácio não é lá muito inteligente. Abriu uma loja de material esportivo e no seu primeiro dia fez uma venda para uma pessoa suspeita. O cliente comprou uma bola de futebol por R$12 e pagou com uma nota nova de R$20. Como Wolfram não tinha troco, foi ao restaurante ao lado para trocar a nota. Em seguida, entregou ao cliente a compra além de R$8 de troco. Dez minutos depois o dono do restaurante chega informando que a nota é falsificada. Wolfram pega a cédula, rasga e dá ao dono do restaurante uma nota de R$20. Qual o valor da perda de Wolfram, sabendo que ele trabalha com uma margem de lucro de 100%?

Desafio adicional: faça os lançamentos contábeis.

Resposta do Teste #87: Terrenos, bancos, estoques e máquinas

Ignore os Investidores!

Segundo Justin Fox, em Ignore Your Investors!(Fortune, 8 de junho de 2009, 20, Volume 159; Issue 12) no passado o conceito de valor dos acionistas era um conceito que fazia sentido. As empresas estavam focadas em fazer o acionista feliz e aumentar o preço das ações. Mas hoje isto parece não ser verdade.

Mesmo Jack Welch, que comandou a General Electric, afirmou recentemente que esta é uma idéia estúpida.

A idéia de agregação de valor é antiga em finanças corporativas. Um livro publicado em 1976 – há mais de 30 anos – de James Porterfield, Decisões de Investimento e Custo de Capital, já comentava, no segundo capítulo, que está é a finalidade de uma empresa. Outros autores, como Rappaport – que é lembrado no texto de Fox – ajudaram a consolidar esta idéia.

Geralmente a idéia de agregação de valor era defendida em contraposição ao conceito contábil de lucro. Substituir a última linha da demonstração do resultado pelo fluxo de caixa descontado. De certa forma, esta discussão significava retirar a atenção para o desempenho do curto prazo e focar no desempenho de longo prazo.

Fox faz uma pergunta interessante: por que aconteceram os problemas recentes com as empresas? Fox lembra que alguns dos problemas estão vinculados ao conceito de eficiência de mercado, desenvolvido na Universidade de Chicago.

A teoria da eficiência de mercado (EMH, como é conhecida) surgiu na década de sessenta e teve em Fama seu grande expoente. A idéia é que os preços das ações refletiam as informações existentes. E que estes preços eram uma síntese da perspectiva futura da empresa.

Mas as pesquisas mostraram que os preços refletem algo mais que o futuro de uma empresa. Variáveis comportamentais e até mesmo os próprios incentivos pagos aos executivos podem influenciar no preço das ações. Em outras palavras, o preço da ação talvez não seja um bom sinal em certas situações. Talvez.

Folha do INSS

Governo licita em julho folha do INSS
2 Junho 2009
Valor Econômico


O governo vai realizar, em julho, a licitação para a escolha dos bancos que vão fazer os pagamentos de novos benefícios previdenciários. A informação foi dada pelo diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Benedito Brunca, em audiência pública ontem. Apesar das muitas dúvidas e críticas de representantes das instituições financeiras, os editais serão publicados nos próximos dias. "Está fora de cogitação voltar a pagar os bancos por esse serviço", avisou o diretor, referindo-se aos R$ 250 milhões anuais que eram gastos até setembro de 2007.

No mercado financeiro, o sentimento que prevalece é o de que esse ativo perdeu muito valor depois de garantida ao segurado uma ordem de transferência mensal e gratuita para outro banco. Brunca diz que é "zero" o risco de os bancos deixarem de realizar os pagamentos dos atuais benefícios do INSS quando os contratos deixarem de vigorar no fim de dezembro. Na visão dele, impasses anteriores foram resolvidos e o volume movimentado passa dos R$ 200 bilhões. "É importante para o país e para o INSS, mas as instituições também precisam de giro e contato com os beneficiários para buscarem alguma fidelização", disse. (...)