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02 junho 2009

Racionalidade


(...) Novos estudos mostram que somente 30% das decisões que são feitas pelas pessoas são realmente “racionais”, com 70% classificada como irracional ou emocional.


If behavioural economics worked for Obama, it could work for you too - Priyanka Sangani - 23 Maio 2009 - The Economic Times


Não conheço estes estudos. A conferir.

01 junho 2009

Rir é o melhor remédio

“Se a renda per capita fosse à única medida da felicidade humana, o nascimento de um animal em uma fazenda seria uma benção e o de uma criança, uma maldição”

Peter Bauer, citado por Steven Landsburg. Mais sexo é sexo mais seguro, p. 25

Teste #83

Três empresas, Épsilon, Kapa e Ômicron, produzem dois produtos diferentes cada uma que são: Psi, Chi, Upsilon, Tau, Sigma e Rho. Com as seis pistas a seguir, descubra quais produtos cada empresa produz:

a) Psi possui um ponto de equilíbrio maior que o produto Tau, do concorrente
b) A empresa Épsilon contratou uma empresa de consultoria para testar os dois produtos com maiores margens brutas de seus concorrentes Upsilon e Sigma
c) Apesar de serem produzidos por empresas diferentes, Psi e Upsilon ficam na mesma prateleira do supermercado
d) A empresa Kapa comprou de um espião os planos de fabricação de Sigma para aplicar o custo meta
e) Apesar de serem produzidos por empresas distintas, Tau e Chi são complementares para o consumidor
f) Ômicron é mais lucrativa que Kapa, mas menos que produtor de Tau

Resposta do Anterior: Figura 1 = Roma; evento c; Figura 2 = Jericó; evento a; Figura 3 = Florença; d; Figura 4 = Inglaterra; b. Adaptado

Links

Morreu Granger, ganhador do Nobel por suas contribuições em econometria

Morreu Corin Tellado, escritora de mais de 4 mil livros

Mapa interativo da influencia da GM

Kim Jong-il e o Photoshop

Corinthians 2

Sobre o Corinthians, o relatório pode encontrado aqui. Analisando a contabilidade percebe-se um aumento substancial no ativo decorrente especialmente de Contas a Receber de Longo Prazo (R$67 milhões ou 22% do ativo). Não existe notas explicativas, para detalhar este fato, e o parecer da BDO não ajuda pois está com ressalvas. Da parte do passivo, ocorreu um aumento significativo nos empréstimos e financiamentos, de curto e longo prazo, de R$39 milhões, de tributos parcelados (R$31 milhões).

O resultado foi positivo (em R$12 milhões) graças a redução de provisão para contingências (foi de R$40 milhões em 2007) .

O mais revelador está na DFC. O clube teve um caixa das operações negativo em R$16 milhões em 2008 (versus R$16 milhões positivo em 2007). As razões: aumento de contas a receber, as provisões para contingências e os acordos e decisões judiciais. Como o clube realizou investimentos de R$25 milhões, o buraco foi coberto pelos financiamentos: R$39 milhões de recursos novos.

O clube é sustentável a longo prazo?

Lei de Zipf

... A matemática das cidades foi lançada em 1949 quando George Zipf, um linguista trabalhando em Harvard notou que se você tabular as maiores cidades de um dado paíse e ranquear conforme sua população, a cidade maior é sempre cerca de duas vezes que a segunda maior e três vezes que a terceira maior e assim por diante. Em outras palavras, a população de uma cidade é, para uma boa aproximação, inversamente proporcional a sua classificação. Por que isto ocorre ninguém sabe.

(...) Em 2006 o cientistas começaram a descobrir novas leis matemáticas sobre cidades ... Por exemplo, cidades mais populosas tem mais postos de gasolina que cidades menores, mas não numa proporção direta do seu tamanho. O número de postos cresce somente numa potência de 0,77 da população. A coisa crucial é que 0,77 é menor que um. Isto implica que maiores cidades possuem economia de escala. (...)
O mesmo padrão surge em outras medidas de infraestrutura. Se você mede as ruas ou os cabos elétricos, você irá encontrar que todos ... mostram um expoente entre 0,7 e 0,9. Agora a parte assustadora. A mesma lei é verdadeira para coisas vivas. Isto é, se você mentalmente substitui cidades por organismo e tamanho de cidade por peso do corpo, o padrão matemática é o mesmo.

Por exemplo, suponha que você meça quantas calorias queima um rato por dia, comparado com um elefante. ... A lei relevante do metabolismo, chamada lei de Kleiber, afirma que as necessidades metabólicas de um mamífero crescer na proporção do seu peso corporal elevado à potência 0,74.
(...) Coincidência? Talvez, mas provavelmente não.


Math and the City, by Steven Strogatz via
Economists View


Para ver sobre a Lei, clique aqui. Para uma aplicação em auditoria no Brasil, aqui

Corrupção

EUA intensificam vigilância de corrupção em empresas
Dionne Searcey, The Wall Street Journal
27 Maio 2009 - The Wall Street Journal Americas - 1

O Departamento de Justiça americano tem ampliado a fiscalização de supostas propinas pagas no exterior por multinacionais com sede ou ações negociadas nos Estados Unidos, forçando-as a adotar medidas financeiramente onerosas para se defender das investigações.

A fiscalização é amparada pela Lei para Práticas Corruptas no Exterior, ou FCPA na sigla em inglês — um resquício dormente há décadas do escândalo Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon —, e agora se expande para os cinco continentes e investiga segmentos empresariais inteiros, como energia e aparelhos médicos. Entre as empresas que estão sob investigação do Departamento de Justiça estão a Sun Microsystems Inc. e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell PLC, segundo informes das próprias multinacionais.

Pelo menos 120 empresas estão sob investigação, ante 100 no fim do ano passado, segundo Mark Mendelsohn, vice-diretor da divisão do Departamento de Justiça que está conduzindo o processo.

O esforço recente começou após uma série de escândalos no início da década, como o colapso da Enron, que motivaram um novo movimento de reforma nas práticas empresariais.

Hoje em dia, empresas do país inteiro estão analisando se correm risco de investigação. Em alguns casos, as próprias empresas confessaram ao Departamento de Justiça na esperança de conseguir tratamento leniente.

"Se entramos em contato antes de eles abrirem o jogo conosco, não é uma situação em que eles querem estar", disse Mendelsohn.

A lei proíbe que empresas americanas paguem propina a autoridades estrangeiras e empregados de estatais, ou se ofereçam para pagá-la, para fechar um contrato ou adquirir alguma vantagem nos negócios. Além de suborno em dinheiro, a lei cobre presentes ou outros tipos de ofertas e sua redação é tão ampla que vem motivando a contratação de verdadeiros exércitos de consultores para interpretar áreas ou acontecimentos ambíguos. Alguns desses consultores são ex-funcionários do Departamento de Justiça que participaram de processos de suborno.

"Quando existe uma lei que pode resultar em processos criminais e prisão, e que você pode infringir sem saber, é aterrorizante", disse Alexandra Wrage, presidente da Trace International Inc., uma ONG sediada em Washington e especializada em auditorias de corrupção.

As áreas ambíguas da lei às vezes se aplicam a atividades — como distribuir presentes durante as festas de fim de ano — consideradas banais em alguns países. Isso é motivo de preocupação para as empresas, temerosas de que outras práticas, como pagar refeições ou viagens para autoridades estrangeiras, possam estar incluídas na lei.

O Departamento de Justiça fechou um acordo em 2007 com a fabricante de equipamentos de comunicação Lucent Technologies Inc., que não contabilizou corretamente milhões de dólares gastos com viagens à Disney World, Las Vegas e outros destinos turísticos para cerca de 1.000 autoridades chinesas empregadas por telefônicas estatais. A empresa, que descreveu as viagens como visitas a suas fábricas, reconheceu o erro e pagou multa de US$ 2,5 milhões.

A FCPA virou lei em 1977 em meio às investigações sobre supostas contribuições para a campanha de reeleição do presidente Richard Nixon. Na época, uma investigação da comissão de valores mobiliários dos EUA, a SEC, revelou que algumas empresas mantinham um caixa dois no exterior para influenciar decisões de negócios. Depois da aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, em 2002, criada para aumentar a responsabilidade dos executivos pelas atividades das empresas, o Departamento de Justiça tirou a FCPA da gaveta como parte de uma investigação mais ampla sobre irregularidades nas empresas.

A FCPA começou a recuperar a importância em 2004, quando uma investigação sobre pagamento de propinas no exterior na empresa de serviços de defesa Titan Corp. derrubou a ação da empresa e acabou afundando uma fusão avaliada em US$ 1,6 bilhão com a gigante aeroespacial Lockheed Martin Corp.

A Titan admitiu culpa e acabou pagando US$ 28,5 milhões para encerrar as acusações da SEC de que ela supostamente tinha subornado autoridades do Benin para fechar um contrato para um projeto de telecomunicações.

Mendelsohn conta com uma equipe de oito investigadores do FBI, a polícia federal americana, trabalhando em casos de suborno no exterior, ante cinco no ano passado.
Durante anos, oferecer jantares luxuosos, caros presentes de fim de ano e mesmo dinheiro vivo a autoridades e executivos era esperado e considerado normal em muitos países. Nigéria, Coréia do Sul e China são alguns deles, segundo especialistas jurídicos e empresas.

Várias multinacionais importantes já foram investigadas. O conglomerado industrial Siemens AG fechou acordo em dezembro para pagar US$ 800 milhões aos EUA para encerrar uma investigação sobre supostas propinas a autoridades em todo mundo para ganhar contratos de infra-estrutura.

Oficiais do Departamento de Justiça alegam que a corrupção na Siemens chegou ao alto escalão do conglomerado. No indiciamento apresentado a um tribunal federal no Distrito de Columbia, a Siemens é acusada de gastar mais de US$ 1 bilhão subornando autoridades governamentais nos últimos anos. Como parte do acordo, a Siemens, sediada em Munique, não confessou ter subornado autoridades, mas informou que contava com mecanismos de controle inadequados e contas impróprias. A lei americana pode ser aplicada a uma empresa alemã porque a Siemens é listada nos EUA. A multa paga pela Siemens foi a maior até agora por acusações de suborno.

Um porta-voz da Siemens disse que o custo da empresa para sanar os problemas internos relacionados à corrupção foram tão altos quanto a despesa total de 1,22 bilhão de euros (US$ 1,7 bilhão) com multas, incluindo pagamentos ao governo alemão. O conglomerado continua gastando com sistemas de auditoria e para manter um fiscal interno determinado pelo governo.