Em A stress test for good intentions a revista The Economist de 14 de maio discute a questão da responsabilidade social em tempos de crise.
O texto cita uma pesquisa realizada no ano passado pela Business for Social Responsibility que mostrou que quase um terço dos gastos com sustentabilidade deve cair como resultado da crise. E isto deve atingir o orçamento da filantropia, com fundos para caridade e ONG. Além disto, um levantamento entre empresas, gestores de viagens e viajantes de negócios da Association of Corporate Travel Executives de fevereiro deste ano descobriu que somente 17% deles classificaram a sustentabilidade ambiental como uma prioridade elevada. Há um ano através este número era de 29% .
O corte só não será mais elevado em razão da necessidade de algumas empresas em restabelecer a confiança. As empresas que são realmente socialmente responsáveis podem agora provar não estão preocupadas somente com o curto prazo.
25 maio 2009
As novas necessidades
Uma pesquisa (via Yesterday's Necessities Become Today's Luxuries) com os estadunidenses descobriu quais as suas necessidades básicas. Mais interessante é que a pesquisa comparou com dados de 2006. O resultado mostrou que o carro ainda é considerado uma necessidade para mais de 80% das pessoas pesquisadas. Entre os períodos, perdeu prestígio o microondas, o ar condicionado em casa e a TV a cabo. Mas ganhou pontos a TV de tela plana, a internet de banda larga e o iPod.
As novas Demonstrações Contábeis
Acho interessante que quando falo das novas demonstrações contábeis as pessoas reagem com surpresa. Isto é um sinal de que a discussão conjunta entre Iasb e Fasb sobre o assunto ainda não chegou ao Brasil. As mudanças previstas são significativas e representa uma reformulação do que atualmente é ensinado na graduação. Mais até que a Lei 11638.
Em resumo as principais alterações são as seguintes:
a) Exigência da Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método direto. Apesar das normas atuais insistirem que o método direto é melhor que o indireto, a maioria das empresas utiliza o que não é recomendável. Quem está errado: o regulador ou as empresas? As empresas acreditam que implantar o método direto aumenta o custo de produção da informação. Uma estimativa da CFO para item chega a 5 milhões no primeiro ano de adoção do método direto, mais 2 milhões para os períodos seguintes. Será?
b) Conciliação entre o Fluxo de Caixa e o Comprehensive Income
c) Classificação em Operacional, Investimento e Financiamento - Utilização dos três grandes grupos para as principais demonstrações, incluindo balanço e DRE.
Em resumo as principais alterações são as seguintes:
a) Exigência da Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método direto. Apesar das normas atuais insistirem que o método direto é melhor que o indireto, a maioria das empresas utiliza o que não é recomendável. Quem está errado: o regulador ou as empresas? As empresas acreditam que implantar o método direto aumenta o custo de produção da informação. Uma estimativa da CFO para item chega a 5 milhões no primeiro ano de adoção do método direto, mais 2 milhões para os períodos seguintes. Será?
b) Conciliação entre o Fluxo de Caixa e o Comprehensive Income
c) Classificação em Operacional, Investimento e Financiamento - Utilização dos três grandes grupos para as principais demonstrações, incluindo balanço e DRE.
Previsão do Caixa
A General Motors evidenciou ontem que tomou emprestado outros 4 bilhões de dólares do Tesouro, aumentando sua dívida não paga para os contribuintes para 19,4 bilhões.
O The New York Times informou que "GM originalmente disse que iria necessitar de um adicional de 2,6 bilhões do governo para operar até 1o. de junho, mas adiciou 1,4 bilhões ao montante"
Epa! A GM subestimou sua necessidade de caixa em 53,8%!
(...) Se a empresa não consegue estimar com razoável precisão quanto de caixa irá necessitar agora, como podemos acreditar nas outras previsões?
GM lied about how much cash it needed: Should we give them more? - Zac Bissonnette
Fonte da Imagem aqui
Julgamento humano no poder
Mas a principal razão para se prestar atenção no que Sunstein diz é o posto que ele está prestes a assumir no governo de Barack Obama. Quando for confirmado como diretor do Escritíorio de Informação e Assuntos de Regulamentação, na jurisdição do Escritório de Gestão e Orçamento, Sunstein terá a seu cargo a avaliação das regulamentações que o governo deva fazer. Isso transforma seu novo livro, "Going to Extremes: How Like Minds Unite and Divide", que talvez não passasse de simples tese acadêmica de leitura estimulante (embora às vezes grandiloquente) em uma boa olhada na mente e na filosofia do novo czar da regulamentação nacional.
O que salta do livro é a desconfiança de Sunstein no julgamento humano acerca de tudo, da política aos negócios, especialmente quando as pessoas se reúnem em torno de interesses comuns. Pouco se verá de sabedoria em em multidões - nem muitos indivíduos bem informados. Em vários casos, "as pessoas sofrem de 'aleijão epistemológico', no sentido de que conhecem muito poucas coisas, e o que conhecem é errado", lamenta Sunstein.
(...)
O czar da regulamentação diz o que pensa - 14 /05/2009 - Valor Econômico
24 maio 2009
IR e Lei 11638
A pouco mais de um mês do prazo, companhias e contadores pedem prorrogação do limite de entregaReceita atrasa programa do IR das empresas
Faltando pouco mais de um mês para o fim do prazo para entrega do imposto de renda das empresas, a Receita Federal ainda não divulgou em seu site o formulário para preenchimento da Declaração de Informações Econômico Fiscal da Pessoa Jurídica (DIPJ). Empresas e escritórios de contabilidade começam a ficar preocupados com o pouco tempo que terão para preencher e enviar as declarações, já que o limite para entrega se encerra em 30 de junho.
Procurada, a Receita Federal informou que não tem previsão para colocar o programa gerador da DIPJ em seu site e que não está prevista a prorrogação do prazo - um pedido feito pelas companhias. Também não quis comentar as críticas a respeito do atraso.
“Na prática, as empresas terão menos de 30 dias úteis para preencher o formulário e enviar a declaração. Com as alterações constantes na legislação, o contribuinte pessoa jurídica acaba prejudicado com o prazo apertado”, diz José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon-SP, o sindicato das empresas de serviços contábeis de São Paulo.
Há duas semanas, a entidade encaminhou um ofício à Receita Federal solicitando a prorrogação do prazo. “Vamos reiterar o pedido esta semana para que as empresas tenham 60 dias para preencher a declaração, como ocorreu com o IR das pessoas físicas”, diz Chapina.
Um dos prováveis motivos do atraso na divulgação do programa da DIPJ é a mudança na contabilidade das empresas, em razão da Lei 11.638. A nova lei das S/A, como vem sendo chamada, tem o objetivo de fazer com que as empresas brasileiras de adaptem às regras contábeis internacionais. Ela propôs, entre outros pontos, o Regime Tributário Transitório (RTT), que permite às empresas, até 2010, optar entre continuar no sistema de cálculo atual ou adotar os novos métodos. As mudanças na lei estariam atrasando o trabalho dos técnicos da Receita.
“Houve mudanças no cenário da contabilidade das empresas. E o mais preocupante é que a equipe técnica da Receita não está sendo ágil. As empresas é que terão de correr contra o tempo”, diz Sergio Kubiak, sócio da área tributária da consultoria Terco Grant Thornton.
Kubiak recomenda que as empresas façam um “rascunho” do balanço deste ano tendo como base o formulário da DIPJ de 2008. “O programa da DIPJ 2009 trará alterações no preenchimento, mas boa parte das fichas contábeis, como ativos e passivos e investimentos não devem sofrer mudanças. O contribuinte pessoa jurídica pode antecipar o preenchimento antes da liberação do formulário deste ano”, diz.
MULTA
Outra possibilidade é entregar uma declaração retificadora após o término do prazo para entrega, caso as empresas não tenham tempo hábil para preencher a DIPJ. A multa mínima por atraso na é de R$ 500 e pode chegar a 20% sobre o imposto informado na declaração.
Andrea Vialli
O Estado de São Paulo - 23/5/2009
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