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11 maio 2009

Comparação

John Kay faz uma interessante comparação entre a contabilidade tradicional, onde predominava a prudência e a certeza, com a nova contabilidade, com influencia da teoria moderna de finanças.

Não existe uma resposta certa ou errada para a questão de como lucros devem ser distribuídos ao longo do tempo. Os fundadores da profissão contábil acreditavam que só deveriam contar os pássaros na mão. Eles reconheciam caixa somente quando é recebido ou, pelo menos legalmente comprometidos a serem pagos. Consideravam uma visão prudente do passivo futuro. Os lucros eles registravam ao final da atividade que deu origem a eles.

Contadores modernos, no entanto, foram ensinados a teoria de finanças moderna em que os mercados são eficientes. Eles tratam a incerteza, assumindo que o mercado já sabe e avaliou todas as informações pertinentes. Eles também foram ensinados nas habilidades de agradar os clientes. Esses contadores marcam ativos e passivos ao mercado. Rigorosamente aplicadas, contabilidade com marcação a mercado significa que você deve constantemente re-estimar o lucro potencial de uma atividade ao longo da sua vida. Têm-se direito ao crédito com a previsão de lucro numa atividade tão logo que você começa a participar na mesma.

(…)
Em teoria, este tratamento é justificável, mas a possibilidade de abuso é óbvia.


A boom based on little more than a bezzle
John Kay - 6 Maio 2009 - Financial Times - Asia Ed1 - 09

10 maio 2009

Link

Como os impostos ajudaram a criar a crise

Um artigo de Govindarajan para o Financial Times discute o papel do CEO

Novos padrões contábeis na India

Rir é o melhor remédio


Fonte Aqui

Paraíso Fiscal

Múltis americanas com sede nas Cayman estão na mira de Obama
6 / 5 / 2009 - Gazeta Mercantil

(...) A Seagate é apenas uma das empresas que podem ser afetadas pela proposta feita anteontem pelo presidente dos EUA, Barack Obama, de captar cerca de US$ 190 bilhões a US$ 210 bilhões na próxima década, proscrevendo técnicas usadas pelas empresas norte-americanas no exterior na evasão do pagamento de impostos. A alíquota de impostos de pessoas jurídicas nos EUA é de 35%, mas a Seagate pagou efetivamente 5% de impostos no ano fiscal encerrado em junho de 2008, segundo dados compilados pela Bloomberg.

(...) Um prédio comercial de cinco andares na rua South Church, nas Ilhas Cayman, é o endereço oficial de 18,8 mil corporações. Esse prédio, de nome Ugland House, consta dos documentos apresentados à SEC como a sede da Seagate.
Cerca da metade dessas empresas das Cayman tinham endereços de faturamento nos Estados Unidos, segundo um estudo feito pelo GAO em 2008.

Obama se referiu à Ugland House. "Durante a campanha, eu falei sobre o escândalo de um prédio nas Ilhas Cayman que tinha mais de 12,7 mil empresas que afirmam que o prédio é a sua sede", disse Obama. "Como já disse antes, ou este é o maior prédio do mundo ou a maior fraude tributária. Creio que o povo norte-americano sabe qual dos dois é a verdade: o tipo de fraude tributária com o qual precisamos acabar."
(...)

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(David Evans/Bloomberg News)

09 maio 2009

Rir é o melhor remédio

Um homem entra num bar com um jacaré. Caminha até o barman e pergunta:
- Vocês servem advogados?
- Sim, nós servimos, diz o barman
- Bom, então quero uma cerveja e um advogado para meu jacaré.

Adaptado de A manic depression; Economists' dismal performance makes astrologers look rational - PAUL KEDROSKY – 2/5/2009 - The Globe and Mail - F9

Novo Lucro

A mais conhecida informação contábil mudou. Pelo menos nos Estados Unidos. Em lugar do lucro líquido as empresas estão divulgando o “lucro líquido atribuído a empresa” ou algo próximo. Para E. J. Atorino, analista da Benchmark Research, as mudanças são superficiais, conforme declarou ao Wall Street Journal.

Esta mudança ocorre quando a atenção está voltada para o desempenho das empresas. Com a mudança as empresas divulgam os ganhos com investimentos em outras empresas onde a participação é minoritária.

Fonte: Earnings: New FASB Standard Clarifies 'Net Income' - Michael Rapoport - 1 May 2009 - The Wall Street Journal - B5

Vestibular

Fim do vestibular único não virou grande notícia
30 Abril 2009 - Gazeta Mercantil

Há intenção, deliberadamente anunciada, de centralizar nas mãos da União todo o processo educacional brasileiro. É uma escolha do poder, mais do que uma mudança dos tempos. Nenhum sistema educacional, de economia industrializada, vai nessa direção. O Brasil já trilhou esse caminho de centralizar expectativas de ensino por muitos anos e começou a mudar de rota desde a primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, de 1961. Na verdade, apesar de tudo, até o regime militar foi devagar nessa história de extrema centralização do ensino. A reforma da LDB de 1995 consagrou princípios de descentralização, o primeiro deles o da municipalização do ensino fundamental. A autonomia universitária, expressa garantia constitucional, também preserva o direito das identidades regionais aparecerem no processo educacional.

O Ministério da Educação (MEC), agora, resolveu enveredar por outro caminho, o da centralização total. Sem limites. Com a reforma no vestibular, construiu-se a pretensão de deixar o ensino médio todo igual, no País inteiro, sem dissensões sociais, nem diferenças curriculares. De repente, a toque de caixa, a mídia foi alimentada de versões de que o mundo ficaria inteiramente feliz se e quando o Brasil tivesse um exame único nacional, tudo para vigorar já, em outubro, para as matrículas do próximo ano letivo. (...)