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08 maio 2009

Inbev tenta fazer caixa

A Inbev vendeu a segunda empresa coreana de cerveja por menos de 2 bilhões de dólares. Empresas como a Inbev, que fizeram aquisições nos bons tempos, necessitam agora de recursos para pagar os financiamentos realizados no passado. No caso da Inbev, 45 bilhões de dívida para adquiri, por 52 bilhões, a Anheuser-Busch. Naturalmente que a parte vendedora tentará convencer os acionistas que o preço foi razoável.

Fonte: Aqui

Lobby e Ajuda

A imagem a seguir mostra um levantamento das empresas que receberam ajuda do governo estadunidense, da empresa de lobby contratada, do valor gasto com a atividade lobista e o valor recebido. Assim, o Citigroup gastou 1,68 milhão e recebeu 50 bilhões de dólares. (Para ver melhor, clique na imagem).

Índice Dow em 1929

A seguir, as ações que compunham o índice Dow 30 em 1929:

Allied Chemical
American Can
American Smelting
American Sugar
American Tobacco
Atlantic Refining
Bethlehem Steel
Chrysler
General Electric
General Motors
General Railway Signal
Goodrich
International Harvester
International Nickel
Mack Truck
Nash Motors
North American
Paramount Publix
Postum Inc
Radio Corp
Sears Roebuck
Standard Oil
Texas Company
Texas Gulf Sulphur
Union Carbide
US Steel
Victor Talking Machine
Westinghouse Electric
Woolworth
Wright Aeronautical

Fonte: Aqui

Conselhos

A questão dos conselhos dentro de uma organização deve ser acompanhada de perto em razão do seu papel no processo de controle.

Recentemente um texto da Gazeta Mercantil (Conselhos devem ser avaliados com rigor, 23/4/2009, Caderno D - Pág. 7, João Paulo Freitas) comentava sobre este assunto. Logo no início o texto afirmava que as decisões ruins dos executivos têm forçado a busca por conselheiros que “entendam profundamente de gestão de riscos”.
No Brasil a atuação destes conselheiros é inadequada em razão dos critérios de sua nomeação serem familiares ou lobistas. Num dos trechos o artigo lembra outro problema do conselho no país:

E ele [Paulo Conte Vasconcelos, da ProxyCon] ressalta outro empecilho além da mera ausência de uma cultura de mensuração: "diversas empresas têm um controlador definido e que faz parte do próprio conselho de administração. Imagine fazer uma avaliação e chegar à conclusão de que o controlador não está agregando nada como conselheiro."


O texto lembra algumas mudanças recentes nos conselhos de administração.

Os conselheiros profissionais estão atuando em menos empresas [em outros países]. Nas regiões pesquisadas, os conselhos tem em média dez membros. Em 1973, quando a Korn/Ferry fez o estudo pela primeira vez, um quinto dos conselhos de administração tinha entre 16 e 25 membros. "No Brasil, temos notado muitos profissionais participando de um número demasiado de conselhos. Neste caso, a qualidade pode deixar a desejar", afirma Amorim [Paulo Amorim, da Korn/Ferry].

Outra mudança detectada foi a redução do total de encontros, enquanto o tempo de dedicação aos conselhos tem crescido. Hoje, as companhias norte-americanas realizam em média oito reuniões de conselho anuais. Há 20 anos, pelo menos um quarto fazia um encontro por mês. Ao mesmo tempo, na América do Norte os conselheiros gastam 16 horas por mês com suas atribuições (para cada uma das companhias em que atuam). Há vinte anos, esse tempo era de aproximadamente 9,5 horas mensais.

Hedge Cambial

(...) Por exemplo, na literatura acadêmica, alguns estudos apontam que a proteção cambial tende a ser mais eficiente no curto prazo, quando a volatilidade da taxa real de câmbio é maior, enquanto que, no longo prazo, na medida em que a taxa real reverte à média, os custos desta proteção tendem a suplantar os benefícios. Outros estudos já relacionam uma estratégia de risco cambial à volatilidade do portfólio e sugerem maior ou menor exposição justamente naquelas moedas que covariam negativamente com alguns ativos do portfólio.

A falta de consenso sobre uma estratégia de risco cambial é particularmente insatisfatória no momento atual, quando o dólar perde participação no cenário global. A boa notícia é que os mesmos dados que ilustram esta menor representatividade do dólar, também sugerem uma nova direção. Afinal, na medida em que o Dólar deixa de ser a única moeda de denominação para o padrão de gastos de um investidor, ele também deixaria de ser a única moeda de denominação para seu portfólio internacional. Neste sentido, a similaridade entre "proteção cambial" e "proteção do consumo" - que no passado foi mascarada pela existência do dólar como moeda de referência - agora se torna aparente.

(...) O exemplo acima delineia alguns princípios para uma estratégia de risco cambial, na ausência de uma única moeda de denominação: (I) a solução de mínimo risco é aquela em que a alocação de moedas do portfólio replica o padrão de gastos do investidor - como ilustrado pelos dados do portfólio e PIBs mundiais; (II) desvios da solução de mínimo risco ocorrem na medida em que existe a possibilidade de retornos adicionais - também medidos com relação a este padrão de gastos - para determinadas moedas. Neste sentido, dada a conjuntura atual, e a alocação de 34% do portfólio global em dólares para uma proporção de apenas 23% com gastos denominados nesta moeda, não estaria o mundo tomando um risco alto demais com relação ao seu padrão de consumo?

Paulo Tenani - Hora é de reavaliar as estratégias de hedge cambial – 24/4/2009 - Valor Econômico

Ambev

A InBev emergiu como um peso pesado há cinco anos, a partir da fusão da brasileira AmBev com a belga Interbrew SA, produtora da marca Stella Artois. Apesar de a base ser em Leuven, na Bélgica, a cultura dos sócios brasileiros acabou por predominar. Essa abordagem enfatiza o acompanhamento atento dos custos e um sistema de pagamento de incentivos que pode ser lucrativo se as vendas e as metas de lucro forem atingidas.

A InBev evita escritórios luxuosos e automóveis para executivos, e grupos de executivos compartilham uma única secretária. A empresa usa orçamento base zero — em que todas as despesas têm de ser justificadas a cada ano, e não apenas os aumentos de despesas. A empresa afirma ter economizado 250.000 euros (US$ 325.000) ao mandar os funcionários do Reino Unidos usarem impressões em preto e branco e nos dois lados da folha de papel, e usou esse dinheiro para contratar mais vendedores.

Gestão ao estilo AmBev causa choques na terra da Budweiser
David Kesmodel e Suzanne Vranica, The Wall Street Journal, de Saint Louis, Missouri
29 /04/ 2009 - The Wall Street Journal Americas - 1
(Colaborou Matthew Dalton)

Ifrs no México

O México também está adotando as normas internacionais de contabilidade. Eis um texto do El Economista (IFRS: retos y oportunidades en México R para las compañías públicas, Alejandro Morán, socio del área de Auditoria de Ernst & Young México, 24/4/2009)

Las Normas Internacionales de Información Financiera (IFRS, por su sigla en inglés) han tenido una creciente aceptación en los mercados de muchos países, como el "lenguaje" financiero oficial.
A partir del momento en que la Unión Europea adoptó este lenguaje contable como lenguaje oficial, muchos países voltearon la mirada a estas normas contables también.
Además de los europeos, otros como Australia, Canadá, Chile, Brasil entre otros, han ya adoptado, o están en proceso de adopción de estas normas contables.

En la actualidad, hay más de 130 países alrededor del mundo permiten o requieren la utilización de IFRS para preparar información financiera.

En México Hasta hace unos meses, esta cifra no incluía a México, ya que se utilizan las Normas Mexicanas de Información Financiera, que son emitidas por el Consejo Mexicano para la Investigación y Desarrollo de Normas de Información Financiera.
La Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) tomó en consideración las múltiples ventajas que conlleva la adopción de las IFRS y el pasado 27 de enero del 2009 publicó las adecuaciones regulatorias a la Circular Única de Emisoras requiriendo que, a partir del 2012, las emisoras presenten su información financiera bajo IFRS.

La CNBV permitirá además la adopción anticipada para los ejercicios del 2008 al 2011.
Analizar el impacto que tiene la decisión de la CNBV de requerir a las emisoras presentar su información bajo IFRS es fundamental, ya que puede aportar beneficios significativos a las empresas en México.

Aumentar y mejorar posibilidades Algunas entidades de México están expandiéndose o realizando adquisiciones importantes de manera global, que requieren importantes montos de capital.

La mayor parte de las bolsas de valores exigen que la información financiera se elabore de acuerdo con las IFRS.

La migración hacia las IFRS permitirá que las entidades mexicanas tengan acceso a los mercados internacionales de capital, reduciendo el costo de obtener capital de inversión, ya que eliminará la necesidad de elaborar dos o más juegos de estados financieros bajo distintos principios contables.

También permitirá tener acceso a todos los principales mercados de capital, puesto que las IFRS son aceptadas en todo el mundo.

Mejorar La adopción de las IFRS permitirá que las compañías obtengan un mayor y más profundo entendimiento de su posición relativa, respecto de sus competidores; además de establecer, con mayor facilidad, objetivos y estrategias basados en el ambiente de negocios global, más que en ambientes de negocios meramente locales.

Asimismo, la conversión de todas las entidades de un grupo a IFRS, permitirá que la administración de la compañía reúna toda la información financiera del grupo en una sola plataforma de información financiera.

Esto eliminará la necesidad de informes múltiples y ajustes significativos para elaborar estados financieros consolidados o presentar estados financieros en diferentes bolsas de valores.

Reingeniería de negocios Al iniciar el proceso de conversión a IFRS, las compañías tienen una inmejorable oportunidad de retar la manera en que opera actualmente su negocio y, en consecuencia, la forma en que su organización es percibida y analizada por inversionistas y competidores.

Es el momento idóneo de llevar a cabo una reingeniería de procesos.

Por otro lado, es importante que las compañías y en general, los interesados en general en el país, analicen también ciertos riesgos que trae consigo la conversión a IFRS Escasez de Recursos Como resultado de la conversión, la implementación de SOX, el fortalecimiento de las normas del Gobierno Corporativo, de un mayor número de regulaciones financieras y del crecimiento económico global,los contadores, con las habilidades y experiencia correspondientes, son más cotizados a nivel mundial.
Los recursos contables calificados constituyen un mayor reto a nivel global y lo seguirán constituyendo a corto plazo.

Capacitación Si bien se requiere que las IFRS sean entendidas de manera uniforme y aplicadas en forma consistente, es necesario atender las necesidades de capacitación de todos los inversionistas, incluyendo a los directores generales de finanzas, los auditores, los comités de auditoría, los maestros, los estudiantes, los analistas, los reguladores y las autoridades fiscales.

Resulta imperativo que se presenten las IFRS como una asignatura completa en las universidades y en los programas de estudio de contaduría.

Sistemas de Información Los sistemas de información y de contabilidad financiera deberán generar información consistente y robusta para los estados financieros.
También deberán administrar información antes no requerida, para las revelaciones tales como valores razonables de los instrumentos financieros, entre otras.

Comunicación con Interesados Clave Las utilidades reportadas bajo normas locales, podrían sufrir cambios importantes comparadas con la conversión a IFRS.

Resultará muy importante concientizar a los analistas e interesados clave de estos cambios.

Las utilidades reportadas podrán, debido al creciente uso de los valores razonables, diferir del desempeño comercial percibido.

Será necesario revisar los indicadores utilizados para evaluar tanto el desempeño del negocio como el desempeño ejecutivo.

Compensaciones a empleados Las compensaciones pagadas conforme con los planes de compensación a empleados basados en su desempeño podrían sufrir cambios como resultado usar la información conforme con IFRS.

Se podrían requerir cambios importantes en dichos planes para compensar las actividades de empleados y ejecutivos.

Utilidades distribuibles Las IFRS están orientadas hacia los valores razonables, lo que con mucha frecuencia resulta en ganancias y pérdidas no realizadas.

Deberá discutirse si estas variaciones pueden o no considerarse para calcular las utilidades distribuibles, ya que de lo contrario, la distribución de dichas utilidades sin considerar las variaciones de valor razonable, podrían resultar en una reducción del capital accionario.