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07 maio 2009

Teste #68

Alguns dos grandes fraudadores da história:

1. Artur Virgílio Alves Reis poderia ter escutado a música dos Beatles?
2. Kenneth Lee "Ken" Lay poderia ter conhecido Arthur Edward Andersen, fundador da Arthur Andersen?
3. Nicholas Leeson poderia ter visto Emerson Fittipaldi ganhar um GP de Fórmula 1?
4. Charles Ponzi poderia ter encontrado com Machado de Assis no Rio de Janeiro?

Heurística

Heurística II - fazendo a pergunta correta

(...) A polêmica a que me referi no início dessa série refere-se a um questionamento levantado por Gerd Gigerenzer e Ralph Hertwig em The conjunction fallacy revisited: how intelligent inferences look like reasoning errors. Os autores perguntam até que ponto esse seria realmente um erro de julgamento ou se talvez o experimento teria sido mal-formulado. (Note que tal crítica é dirigida a Kahneman, Prêmio Nobel de Economia em 2002.)

Para eles, ao usar lógica matemática como base para determinar se julgamentos são racionais ou irracionais ignora-se o contexto do problema - o que pode ocasionar falhas de interpretação. O cerne da questão reside, segundo Gigerenzer e Hertwig, na interpretação do termo "provável". Sem uma clara definição da pergunta, o entrevistado pode buscar o que é mais "sensato", "crível", "freqüente", "plausível" ou "evidente".

(...) A lição que tiro disso tudo é que deve-se tomar cuidado com a forma como obtemos as respostas. Muitas vezes não temos as perguntas adequadas - como no caso de Linda - ou a forma como as fazemos interferem na resposta - como no caso dos pais.

Frase

Tecnologia é um meio e não um fim. No final de semana, há um mundo a ser vivido, ao vivo e em cores. Procure desligar o computador para assuntos de trabalho, especialmente aos domingos. Creia, o mundo não vai acabar e suas mensagens e contatos profissionais estarão aguardando por você na segunda-feira. Cuide de seus outros interesses e papéis na vida, pois isso beneficiará seu desenvolvimento como pessoa e, consequentemente, como profissional. O trabalho é de extrema importância, mas não pode e nem deve ocupar todo o espaço de tempo para viver. Disciplina e equilíbrio são essenciais para uma vida saudável e mais feliz. Carpe diem!

Admirável mundo novo? - José Augusto Minarelli - Gazeta Mercantil/Caderno D - Pág. 7 - 22/4/2009


Bom texto. Mas será que consigo fazer isto?

Serviço Público

Um texto do mês anterior sobre a questão do salário no serviço público.

(...) Com a estabilização da economia a partir de 1994, o governo passou a ter uma ideia mais clara do custo da máquina pública. Nos anos seguintes e até 2002, evitou grandes contratações e segurou os salários.

(...) De 2003 a 2008, o governo autorizou a realização de concursos públicos para a contratação de 138.796 funcionários - há autorização para a abertura de mais 30.879 vagas em 2009. Do total autorizado até 2008, 88.055 entraram efetivamente para o serviço público.

(...) O que não se fala, e é aí que está o nó górdio do problema, é dos custos de tudo isso. Funcionários públicos têm direito, no Brasil, a estabilidade no emprego e aposentadoria integral. Isso torna o custo de contratação extremamente elevado e deveria ser levado em conta pelas autoridades no momento de decidir pelo ingresso de novos servidores. O presidente Lula tentou acabar com a aposentadoria integral em seu primeiro ano de mandato, mas, depois, considerou o custo político tão elevado que desistiu de levar a reforma adiante.

Por causa dessa decisão, a conta para o contribuinte cresceu duplamente. Os quase 90 mil funcionários que ingressaram no serviço público desde 2003 o fizeram com direito à aposentadoria integral e os que saíram do governo, muitos fugindo da reforma, asseguraram o direito ao vencimento total. (...)


Um Estado caro e insustentável - Cristiano Romero - Valor Econômico - 22/4/2009

Muito boa a lembrança do custo indireto do servidor em razão do regime de previdência. Conheci professores com menos de 50 anos que se aposentaram.

Entretanto, afirmar que a partir de 1994 o governo teve uma idéia mais clara do custo da máquina pública não é verdadeiro. Na realidade ainda hoje isto não ocorre.

Rede Neural

"Prima" mais nova e evoluída da análise grafista, a análise neural não considera formas lineares de suporte e máxima do Ibovespa, por exemplo. "É uma forma de ensinar o computador a trabalhar, técnica que tem muitas aplicações além da financeira, como na área de medicina e de engenharia. Basicamente consiste em reconhecer padrões e fazer diagnósticos, por isso pode ser aplicada em séries de eletrocardiogramas e até em aeroportos para identificar bagagens com bomba", explica Eduardo Matsura, consultor de análise técnica da Souza Barros e um dos preconizadores do modelo no País.

"Neurônios artificiais" guiam as aplicações de investidores – 20/4/2009 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3 - Maria Luíza Filgueiras

Informação privilegiada

'Insider' da Sadia vira ação criminal
Valor Econômico - 7/5/2009

Não é como nos Estados Unidos, onde o executivo de um banco sai algemado da mesa de operações por uso de informação privilegiada. Mas já é um marco na história do mercado de capitais brasileiro o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo ter apresentado ontem a primeira denúncia por crime de informação privilegiada ("insider trading") do país. O pedido de abertura de ação penal envolve o caso da oferta da Sadia para a compra da Perdigão, anunciada em 16 de julho de 2006. O uso de informação privilegiada passou a ser crime no Brasil em 2001, com a revisão da Lei 6.385, que regula o mercado de capitais, mas é a primeira vez que ela é aplicada.

Na ação, o ex-diretor financeiro da Sadia Luiz Gonzaga Murat Júnior, o ex-conselheiro da empresa Romano Ancelmo Fontana Filho e o ex-superintendente executivo de empréstimos estruturados do ABN Amro Bank Alexandre Ponzio de Azevedo, que assessorava a operação, são acusados de terem tirado proveito das informações sigilosas que tinham sobre a oferta comprando e vendendo recibos de ações (ADRs) das empresas nos Estados Unidos. Murat teria lucrado, segundo o MPF, US$ 58,5 mil (R$ 123 mil), Fontana Filho, US$ 139 mil (R$ 295 mil) e Azevedo, US$ 51,6 mil (R$ 109 mil).

Todos já responderam a processos na esfera administrativa - na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e também na similar americana, a Securities and Exchange Commission (SEC). Nos Estados Unidos, Murat e Azevedo fizeram acordos, pagando pesadas multas para cancelar as ações. Já no Brasil, Fontana Filho e Murat foram inabilitados a exercer cargos de administrador e de conselheiro fiscal de empresas abertas por cinco anos. Murat recorreu ao Conselho Federal de Recursos do Sistema Financeiro, o Conselhinho. Já Azevedo fez um acordo com a CVM para encerrar o caso, pagando uma multa de R$ 238 mil. A novidade é que, independentemente disso, agora eles terão de responder pelo crime de "insider trading", que prevê penas que vão de um a cinco anos de prisão.

Apesar de as operações que caracterizaram o uso de informação privilegiada terem sido feitas nos Estados Unidos, o crime foi cometido no Brasil, explica o procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelo pedido de abertura de processo. "As ordens de compra e venda para as corretoras nos EUA foram dadas aqui no Brasil", diz.

Segundo de Grandis, o processo começou quando a SEC avisou a CVM brasileira das operações irregulares, em meados de 2006. Houve então o início do processo administrativo na CVM brasileira, que comunicou o Ministério Público Federal. Por ser a primeira ação desse tipo no país, de Grandis teve de realizar, com as investigações, um extenso trabalho de pesquisa sobre a legislação de casos de "insider" em outros países, que começou no fim de 2007 e terminou apenas agora.

Foram ouvidas testemunhas que acompanhavam as negociações para a formulação da proposta da Sadia, entre elas o então presidente do ABN Amro no Brasil, Fábio Barbosa, e o ex-presidente do conselho da Sadia, Walter Fontana Filho.

Segundo de Grandis, nenhum dos acusados negou as operações de compra e venda de ações, mas cada um apresentou argumentos diferentes para justificá-las. Romano Fontana Filho disse, por exemplo, que entendia que só haveria crime de "insider" se a operação com ações fosse feita no Brasil. "Concluímos, com os depoimentos e as testemunhas, que houve prática de crime de 'insider'", diz de Grandis.

O procurador admite que o processo poderá enfrentar alguma dificuldade no Judiciário, por ser o primeiro a tratar do crime. "Não será um processo fácil pelo seu ineditismo, mas está muito bem fundamentado e será importante até para provocar o Judiciário e os meios acadêmicos sobre essa questão fundamental para o mercado de capitais", diz. Segundo de Grandis, é importante mostrar que o uso de informação privilegiada no país é punido não só no âmbito administrativo, mas penal também.

Dos três acusados, a situação mais complicada é a de Fontana Filho, que fez quatro operações com ações e, por isso, responde por quatro crimes de insider, avalia de Grandis. Já Murat responde por dois crimes e Azevedo, por um. O ex-executivo do ABN poderá inclusive pedir a suspensão condicional do processo, o que poderá levar ao cancelamento da ação. Os demais ficarão sujeitos às penas de um a cinco anos.

O Valor procurou os três acusados. Murat, que hoje é diretor financeiro da trading de grãos Multigrain, companhia de agronegócios com sede na Suíça e que tem entre seus principais sócios a japonesa Mitsui e o grupo americano CHS, não quis falar sobre o assunto. "Prefiro não fazer comentários", disse, por telefone. Já Azevedo, que chegou a trabalhar para gestores de fundos e empresas, não foi localizado. Fontana Filho, segundo pessoas ligadas à família, estaria nos Estados Unidos, onde vive sua filha.

A primeira denúncia por crime de "insider" é um fator histórico para o mercado de capitais brasileiro, diz Alexandre Pinheiro dos Santos, procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto à CVM. A medida mostra também a sintonia dos órgãos reguladores brasileiros com outros países, afirma Santos, lembrando que recentemente a Grã-Bretanha anunciou a primeira condenação por crime de "insider information".

Santos destaca ainda o trabalho conjunto entre a SEC e a CVM, e da autarquia brasileira com o Ministério Público Federal. Essa colaboração com o MPF, oficializada em 2007, existiu em outros casos de "insider", como os que ocorreram nas operações de compra da Ipiranga por Petrobras, Ultra e Braskem e na venda da Suzano Petroquímica, e que podem terminar também em ações criminais. "Mas isso depende da avaliação do Ministério Público para cada caso." De Grandis sugeriu que a CVM seja assistente na acusação aos envolvidos no caso da Sadia.

Mais que o caso específico, Santos chama a atenção para a importância da ação para manter a confiança da comunidade de investidores no mercado de ações. (Colaboraram Graziella Valenti, Alda do Amaral Rocha e Catherine Vieira, do Rio)

Resultado do Teste de Stress

Na ordem, nome do banco, total de ativos em bilhões de dólares e o resultado referente a necessidade de capital:

1. Bank of America - 2,500 - $34 billion
2. JPMorgan Chase - 2,175 - passou
3. Citigroup - 1,947 - $5 billion
4. Wells Fargo - 1,310 - $15 billion
5. Goldman Sachs - 885 - passou
6. Morgan Stanley - 659 - $1.5 billion
7. MetLife - 502 - passou
8. PNC Financial Services - 291 - ???
9. U.S. Bancorp - 267 - ???
10. Bank of New York Mellon - 238 - Passou
11. GMAC - 189 - $11.5 billion
12. SunTrust - 189 - ???
13. State Street - 177 - precisa $$$
14. Capital One Financial Corp. - 166 - Passou
15. BB&T - 152 - ???
16. Regions Financial Corp. - 146 - precisa $$$
17. American Express - 126 - Passou
18. Fifth Third Bancorp 120 - precisa de $3.3 billion
19. KeyCorp - 105 - precisa de $3.3 billion

Fonte: Aqui

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