Um texto da revista Barron´s (Private Jets: In Defense of Your Own Plane --- Despite the political rhetoric against corporate aircraft, flying private can be a bargain compared with commercial airlines; Adding up the numbers - Stephen Pope - 20/4/2009 - Barron's - S7) faz uma análise para saber se é interessante ou não ter um jato numa empresa. A análise é a seguinte:
A viagem padrão é entre Chicago e Nova Iorque, cuja distância é de 750 milhas. São três executivos e o preço de três passagens em vôos comerciais seria 1.125 dolares. Estes três executivos recebam 4 milhões de dólares por ano e trabalham 2 mil horas de trabalho. Isto significa dizer que o custo da hora dos executivos é de 2 mil dólares. Considerando três horas extras num vôo comercial, isto significa 6 mil dólares. Adicionando o custo da passagem, chega-se a um total de 7.125 dólares. Dividindo pelo número de milhas (750) tem-se um custo de 9,50 por milha.
Agora a alternativa. Um pequeno jato possui um custo de 6,16 por milha, incluindo os custos fixos, variáveis e depreciação. (Eu sei, não se deve usar o custo unitário. Mas deixemos os preciosismos de lado)
A partir de qual salário seria interessante a empresa ter o seu jatinho?
Resposta do Anterior: As figuras foram extraídas da revista Life. Somente a última foi obtida digitando “machine”.
05 maio 2009
Resultado do Teste de Estresse
Após testes, EUA devem instruir 10 de 19 bancos a reforçar reservas
Damian Paletta e Deborah Solomon, The Wall Street Journal, de Washington
5/5/2009 - The Wall Street Journal Americas - 1
O governo dos Estados Unidos deve instruir cerca de 10 dos 19 bancos que vêm passando por testes de estresse a reforçar o capital, segundo pessoas familiarizadas com a questão, numa medida que as autoridades esperam que aplaque os temores de insolvência no setor financeiro.
O número exato de bancos envolvidos continua em discussão. A lista pode incluir Citigroup Inc., Bank of America Corp., Wells Fargo & Co. e vários bancos regionais. Num determinado momento, as autoridades acreditavam que até 14 bancos precisariam levantar recursos para criar uma proteção mais consistente contra futuras perdas, mas esse número caiu nos últimos dias, disseram as pessoas.
Representantes do Citi, do Wells Fargo e do Bank of America não quiseram comentar.
O governo do presidente Barack Obama anunciou os testes de estresse em fevereiro, motivando temores de que a iniciativa seria aproveitada para fechar ou nacionalizar os bancos mais enfraquecidos. Mas o presidente do Fed, o banco central americano, Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, garantiram a investidores que não deixariam que nenhum dos bancos em teste quebrasse, e todos teriam acesso aos recursos do governo se fosse necessário.
De fato, o processo de examinar a capacidade dos bancos para resistir a futuras perdas parece ter amolecido um pouco o medo que dominou os mercados financeiros em fevereiro. Um possível motivo é que os problemas que os testes aparentemente estão revelando não são tão terríveis quando previam alguns analistas.
Num indício de como o cenário apocalíptico perdeu força, as ações de bancos subiram ontem, apesar do vazamento de informações de que o Wells Fargo seria uma das instituições financeiras que precisam de mais capital.
A ação do Wells Fargo subiu 24% na Bolsa de Nova York, para US$ 24,25. Já a do Bank of America subiu 19% ontem, enquanto a do Citigroup ganhou 7,7%. As ações dos três bancos, que podem precisar levantar dezenas de bilhões em novos recursos devido aos testes, praticamente triplicaram desde o início de março.
É possível que Wall Street esteja sendo excessivamente otimista quanto ao impacto dos resultados e à corrida que pode provocar nos bancos para fortalecer o capital. Um risco que preocupa autoridades do setor financeiro é que o mercado considere os bancos da lista, que será anunciada na quinta-feira, como insolventes, mesmo que o Fed tenha repetidamente afirmado que esse não é o caso.
Um possível efeito de forçar vários bancos a levantar capital pode ser evitar que um ou outro pareça mais fraco que o resto.
Vários bancos já devem ter conseguido juntar capital suficiente para sobreviver ao declínio na economia. O presidente do J.P. Morgan Chase & Co., James Dimon, manifestou ontem confiança de que o sistema bancário pode resistir aos prejuízos causados pela recessão, mesmo que leve anos até que a indústria financeira se recupere do baque.
"O sistema bancário pode resistir a muito estresse e continuar OK", disse ele numa teleconferência organizada pela Calyon Securities Inc., divisão do grupo Crédit Agricole.
Dimon também reiterou a meta do J.P. Morgan de devolver "o mais rápido possível" os US$ 25 bilhões recebidos do governo ano passado, afirmando que as executivos da empresa planejam discutir detalhes sobre uma possível devolução dos recursos governamentais depois que os resultados dos testes de estresse sejam divulgados.
Um teste de estresse inicial identificou o Wells Fargo como um dos bancos que precisa de mais reservas, disse uma pessoa próxima da empresa. Não está claro se o Wells pode ser forçado a levantar mais capital ou se as autoridades vão aceitar o argumento do banco de que ele pode gerar lucro suficiente para apagar quaisquer possíveis prejuízos. O Wells Fargo espera conhecer hoje mais detalhes sobre o plano do governo.
Qualquer holding bancária com mais de US$ 100 bilhões em ativos foi obrigada a passar pelos testes, conduzidos principalmente pelo Fed. O objetivo era garantir que as instituições financeiras mais importantes tinham capital suficiente para continuar emprestando se a economia piorasse ainda mais em 2010.
As autoridades devem se reunir a partir de hoje com os bancos para discutir os resultados finais. Os bancos instruídos a levantar mais recursos não necessariamente estão em apuros, mas as autoridades acham que eles não contam com a reserva adequada contra possíveis perdas.
Integrantes do governo Obama acreditam que os muitos bancos conseguirão levantar capital sem precisar dos US$ 109,6 bilhões que sobraram do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, ou Tarp, na sigla em inglês. Eles estão otimistas de que a maior parte do dinheiro virá de investidores privados mais confiantes depois dos testes. Os bancos podem vender ativos e participações em suas empresas.
(Colaboraram Dan Fitzpatrick e Robin Sidel)
IFRS e Mudança
As organizações estão descobrindo que adotar a IFRS não é somente uma mudança contábil. De fato, a convergência para IFRS irá afetar todos os aspectos do processo e controle organizacional. IFRS irá demandar tempo e recurso que muitas empresas alegam não existir.
Is Canada accounting for change? - Allan Foerster, Wilfrid Laurier University - Financial Post - 5/5/2009 - FP7
Is Canada accounting for change? - Allan Foerster, Wilfrid Laurier University - Financial Post - 5/5/2009 - FP7
Contabilidade e Governança
Governança e a nova ordem contábil global
20 Abril 2009 - Gazeta Mercantil
Há quem diga que administração é bom-senso. Então, ter discernimento e percepção aguçados seriam predicados suficientes para gerenciar os negócios de qualquer espécie de entidade? Se assim fosse, tais qualidades estariam restritas a uns poucos seres "iluminados", que conduziriam os demais para os objetivos da organização. Nada mais falso.
Evidentemente, todos sabemos o desafio que é entender como ocorre a aprendizagem espontânea e a disseminação do conhecimento em ambientes de trabalho produtivo. Temas como economia global, competitividade e inovação, gestão de ativos, entre outros, têm demandado conceitos e modelos cada vez mais sofisticados e complexos que, inspirados e desenvolvidos pela dinâmica do mundo moderno, trazem à tona novos conhecimentos que geram outras técnicas capazes de dar conta de questões que permaneciam intocadas no espaço das organizações.
Hoje, a realidade das companhias é muito diferente da de empresas administradas no passado. Com o surgimento de várias inovações tecnológicas e do próprio desenvolvimento intelectual do homem, é necessário muito mais do que intuição e percepção das oportunidades. A administração moderna necessita de uma gama de conhecimentos e da aplicação correta dos princípios técnicos, até agora formulados, a fim de combinar os meios e objetivos com eficiência.
Neste contexto, pode-se afirmar que o papel e a importância das modernas técnicas de administração estão sendo entendidos e incorporados pelo mercado E as vantagens de sua utilização, fortemente ampliadas.
Nesse cenário, surgem novos conceitos no universo da administração, com destaque para a governança corporativa.
A transparência das informações das empresas, o tratamento igualitário de todos os grupos interessados, interna e externamente, a prestação de contas com responsabilidade são pré-requisitos para as melhores práticas dessa governança.
Por outro lado, com as modificações introduzidas na legislação societária, decorrentes da aplicação da lei nº 11.638, evidencia-se o verdadeiro objetivo das demonstrações contábeis, que é fornecer informações oportunas sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da empresa, que sejam úteis aos seus usuários em suas avaliações e tomadas de decisões.
As demonstrações contábeis evidenciam a qualidade e a quantidade do patrimônio de uma empresa, retratando o desenvolvimento ou o retrocesso de sua gestão. O aperfeiçoamento da divulgação dessas demonstrações tem por objetivo proporcionar maior transparência na prestação de contas, eliminando dados divergentes e reduzindo a dificuldade de entendimento do conteúdo das informações contábeis por profissionais ou investidores.
A administração tem o poder de estabelecer a forma e o conteúdo de tais demonstrações, não só para atendimento dos seus diversos usuários, mas, também, para suprir às suas próprias necessidades.
"Em um contexto de globalização, diferentes formas de apresentar os dados contábeis interferem na precificação dos ativos, dificultando estabelecer uma métrica comum para comparar as oportunidades de investimento, afetando a confiabilidade e as taxas de riscos envolvidos no negócio." - (Soraia Duarte/ "Informação S/A"; Ed Saraiva).
Assim, a adoção de princípios e práticas de governança corporativa está alinhada com esse movimento de harmonização em âmbito mundial, como forma de atender à maximização da utilidade da informação contábil para os usuários e participantes do mercado de capitais.
Cabe à administração da empresa a responsabilidade primária pela preparação e apresentação das demonstrações contábeis. O estabelecimento das políticas contábeis é de competência da administração.
Significa dizer que as práticas melhores adotadas (critérios de mensuração, estimativas contábeis, entre outras) são do seu conhecimento, tendo sido discutidas e submetidas à sua apreciação.
Da mesma forma, os contadores das empresas e os auditores independentes deverão estar atualizados com os avanços técnicos de sua especialidade, desenvolvendo sua capacidade de análise dos processos operacionais, com elevada criatividade, e serem capazes de propor soluções adequadas, principalmente em questões de controles internos ligados à governança, com melhor aproveitamento de recursos de tecnologia da informação.
Como uma visão de futuro próximo, é importante destacar o seguinte texto de autoria de David Grayson e Adrian Hodges ("Everybody´s business"): "Têm aumentado as expectativas de como as empresas devem administrar seus negócios e contribuir para enfrentar os desafios de uma sociedade mais ampla. É crescente a disposição dos stakeholders em pressionar para que suas expectativas sejam satisfeitas por um novo padrão de responsabilidade corporativa. Estratégias minimalistas já não atendem mais às forças globais de mudança. Para enfrentá-las, as práticas caminham na direção de modelos mais avançados, integrando desafios econômicos, ambientais e sociais de alcance global."
Este é o atual cenário que se coloca para a adoção das melhores práticas de governança corporativa em face da convergência aos padrões contábeis internacionais.
Contador, administrador, consultor autônomo. Foi superintendente de Normas Contábeis e de Auditoria da Comissão de Valores Mobiliários
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Hugo Rocha Braga) )
Por que pagamos Impostos?
Um blog tentou explicar por que pagamos impostos. As razões seriam as seguintes:
a) Nós subestimamos a possiblidade de sermos pegos na malha fina do governo.
b) Nós não consideramos que o prêmio de não pagar seja alto o suficiente para justificar o risco. Isto é conhecido como aversão a perda.
c) Nós estamos condicionados a agir desta forma. Os impostos estão presentes na economia do homem há muitos milênios.
a) Nós subestimamos a possiblidade de sermos pegos na malha fina do governo.
b) Nós não consideramos que o prêmio de não pagar seja alto o suficiente para justificar o risco. Isto é conhecido como aversão a perda.
c) Nós estamos condicionados a agir desta forma. Os impostos estão presentes na economia do homem há muitos milênios.
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