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23 abril 2009

Justiça e os Dividendos da Petrobrás

Justiça suspende pagamento de dividendos da Petrobras
FABIANA HOLTZ E NICOLA PAMPLONA - Agencia Estado

SÃO PAULO - A Petrobras anunciou nesta quarta-feira, 22, que uma liminar da 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro suspendeu o pagamento da primeira parcela de dividendos da empresa, que seria realizada na sexta-feira. Em 8 de abril, a companhia informou que deveria pagar entre 24 de abril e 14 de agosto dividendos e juros sobre capital. A primeira parcela, no montante total de R$ 3,334 bilhões, equivalente a R$ 0,38 por ação, é referente aos juros sobre capital próprio, com base na posição acionária de 26 de dezembro.

A ação que suspendeu o pagamento dos dividendos da Petrobras é do início da década de 80 e foi movida pelo advogado Walter do Amaral com o objetivo de reaver perdas do governo de São Paulo com a Paulipetro, empresa criada para buscar petróleo na bacia do rio Paraná.

A ação tem entre os réus, além da Petrobras, o ex-governador Paulo Maluf e os dois ex-secretários Osvaldo Palma e Sílvio Fernandes Lopes, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). Segundo informações da Petrobras, a Justiça decidiu hoje penhorar o pagamento de dividendos, enquanto o caso Paulipetro não é julgado.

A companhia reforçou que vai tentar recorrer da decisão e, assim que a Justiça permitir, deve divulgar uma nova data para o pagamento dos dividendos. "A companhia está tomando as medidas cabíveis para reverter a situação. Tão logo permitido pelo Juízo, divulgará a nova data para o pagamento dos referidos dividendos", afirma o comunicado da estatal, assinado pelo diretor de Finanças e de Relações com Investidores da empresa, Almir Barbassa.

22 abril 2009

Rir é o melhor remédio






Propagandas Criativas: Academias

Fonte: Aqui

Teste #59

Grau de Dificuldade: **



Os dois únicos postos de gasolina de uma cidade podem determinar o preço da gasolina. Este preço varia entre R$2,10 e R$2,50. Se o Posto I coloca um preço de 2,40 e o Posto II a R$2,30, o Posto II ficará com todo o mercado e irá lucrar 30 milhões e o lucro do Posto I será zero (vide linha 2, coluna 3 da tabela).

Analise esta situação e determine o que irá ocorrer.

Resposta do Anterior: Fortis – Benelux; Hypo Real Estate Holding – Alemanha; Lehman Brothers – Estados Unidos; Royal Bank of Scotland – Grã-Bretanha; Sparisjóðabanki – Islândia

Parques de Diversão

Os balanços sem graça dos parques de diversão
Gazeta Mercantil - 22/4/2009

Considerados equívocos de investimento no País pelo prejuízo que já renderam a fundos de pensão e fundos de private equity, os parques de diversão podem iniciar uma segunda fase no mercado brasileiro - baseada em expectativas menores de retorno e custos de capital mais adequados à realidade do segmento.

O fundo de pensão Funcef, que esperava renda por 30 anos com as debêntures perpétuas da Serra Azul, controladora do Wet'n Wild, pode receber dividendos do empreendimento pela primeira vez neste ano. Isso porque o fundo provisionou uma perda de R$ 20 milhões em 2003 e convenceu os demais debenturistas a um "perdão da dívida". A melhor forma de reestruturação encontrada foi a conversão dos papéis em ações e uma nova chance para a lucratividade. "Sem a dívida, o parque consegue gerar resultado hoje", afirma Carlos Rosa, diretor de participações da Funcef.

A consultoria de recuperação de empresas Íntegra, que deve concluir um acordo com o BNDES para reduzir a dívida do Hopi Hari e assumir o empreendimento, define o equívoco do segmento no custo do dinheiro. "É relativamente usual encontrar situações em que a expectativa de retorno não se preenche porque o custo de capital é maior do que o negócio poderia permitir", diz Nelson Bastos, sócio da Íntegra.

Por isso a reestruturação desses complexos tem passado impreterivelmente pela assunção de prejuízo. Alguns debenturistas do Wet'n Wild venderam seus títulos por 5% do valor de face. A Previ, sócia do Hopi Hari, vendeu seu Magic Park com deságio de 92% sobre o total investido.

B1(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Maria Luíza Filgueiras)

Nota Fiscal Eletrônica

Nota fiscal eletrônica traz novos desafios à gestão
Gazeta Mercantil - 22/4/2009

Nos últimos meses, a nota fiscal eletrônica é tema recorrente nas empresas que comercializam produtos no Brasil. É a bola da vez, prioridade zero, seja qual for o tamanho e segmento de atuação. Não há como ficar de fora do projeto de modernização fiscal do governo federal. Regra válida, claro, para aqueles que cumprem com os deveres tributários.

A mudança é realmente inevitável e abrangente. Mas a migração do papel para o modelo digital é bem mais que um assunto tecnológico. Afeta por completo a rotina da operação comercial, dos processos logísticos e administrativos. Estamos estabelecendo um paradigma no país. Aos poucos, os documentos eletrônicos desenham o novo sistema tributário do Brasil. Nesse momento, estamos passando por uma travessia chamada adaptação. E algumas empresas estão mais suscetíveis do que outras.

Por falta de informação e orientação, empresários e profissionais experientes se surpreendem com as mudanças implícitas na adoção obrigatória da nota fiscal eletrônica. Por trás da eliminação do documento em papel, há um emaranhado de detalhes. E o preço para quem tropeça na implementação pode sair caro. Isso se aplica quanto ao abastecimento logístico. É que, com o processo de emissão da nota totalmente eletrônico, se os dados não estiverem 100% compatíveis com os campos pré-estabelecidos, a nota não é gerada. Será necessário parar e checar qual o erro e corrigi-lo. Nesse caso, o que deveria durar segundos pode demorar horas.

Sem gerar a nota eletrônica, o caminhão não sai do pátio. Fica lá, parado, esperando. Imaginemos uma companhia de cimento. Depois de encher o caminhão, a empresa precisa chegar ao seu destino em menos de duas horas antes que o produto endureça. No caso de um problema na emissão das notas, essa empresa tem três opções: jogar fora o cimento, correr o risco de perder também o caminhão ou liberar o caminhão sem a nota. As três são inapropriadas e trazem prejuízo.

Antes, a companhia só corria o risco de ser multada se o fiscal batesse à porta. Agora, tudo é informado à Secretaria da Fazenda no exato momento da emissão. Possíveis falhas tornam-se evidentes. Além de gerenciar a emissão das notas, há outras questões a atentar. No modelo eletrônico, não há mais talonário em papel. Mas permanece a regra de se guardar as informações por seis anos. Sua empresa sabe onde vai armazenar esses dados? Como? Qual o grau de segurança? Quem está responsável pelo controle? Esses são alguns dos questionamentos necessários.

Para as corporações, as mudanças são absorvidas pelas equipes internas, envolvendo tecnologia, contabilidade, logística e áreas afins. Mas nas pequenas e médias empresas ou naquelas que emitem poucas notas por mês, não há como distribuir as tarefas. A crítica missão de se adaptar cabe a um ou dois funcionários, apenas. Para enfrentar a desvantagem tecnológica e a falta de infraestrutura interna, considere a possibilidade de contratar um serviço terceirizado.

O investimento com a migração para o modelo eletrônico é fato. Resta saber qual a melhor forma de fazê-lo. Observe que existem no mercado soluções para todos os tamanhos de negócio. Se sua empresa está se preparando para adotar a NF-e é preciso avaliar o custo de internalizar o desenvolvimento do sistema com o de terceirizar a solução completa: sistema de emissão e gerenciamento, hardware de segurança e armazenamentos das notas fiscais pelo prazo de seis anos. Se a opção for terceirizar, a companhia paga de acordo com o volume de notas fiscais emitidas, mensalmente, e não precisa se preocupar com a operação e infra-estrutura.

A nota fiscal eletrônica traz mudanças que envolvem tecnologia, processos e pessoas. Assim, seja qual for a solução escolhida o mais importante neste momento é preciso estar atento aos prazos estipulados pelo governo. Afinal, é fundamental que haja tempo suficiente para implementar as soluções e não ocorram "surpresas" de última hora.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 3)(Marco Zanini - Marco Zanini é diretor geral da NFe do Brasil)

Bancos

Bancos ainda continuam atolados em títulos ruins
22 Abril 2009 - Valor Econômico

(...) O balanço do BofA é um exemplo das dificuldades presentes e futuras do sistema financeiro, em uma contabilidade minada por fraquezas. A instituição tem US$ 118 bilhões de ativos da Merrill Lynch, que adquiriu, garantidos pelo governo americano. Recebeu US$ 45 bilhões do Tesouro e obteve US$ 41,7 bilhões na venda de papéis que tinham a garantia da Federal Deposit Insurance Corporation. Com isso, um lucro de US$ 4,25 bilhões, ainda que relevante, diz pouco sobre o futuro. Mais importante para os investidores foram as provisões, nas quais o banco dobrou sua estimativa de calote em cartões de crédito (foram para US$ 8,2 bilhões) e aumentou 89% nas de empréstimos imobiliários (US$ 3,4 bilhões). Isto é, enquanto as perdas imobiliárias ainda não deram sinais de descanso, as que advêm do ciclo econômico recessivo começaram a bater com força, mantendo as dúvidas sobre a capacidade da instituição manter-se de pé sem ajuda oficial.

A dúvida se estendeu na segunda-feira a outros gigantes das finanças americanas. Relatório do Goldman Sachs apontou que as perdas do Citi crescem velozmente. O lucro do Citi foi de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre, um resultado ao qual não faltaram providenciais acertos contábeis - foi autorizada a mudança na forma de precificar os títulos tóxicos. Ao balanço lucrativo da própria Goldman Sachs foram feitas ressalvas pelos investidores, que notaram o estranho desaparecimento do mês de dezembro em meio à mudança provocada pela transformação de banco de investimento em banco comercial. Por isso tudo, as ações de bancos estão hoje 70% abaixo do seu pico.

Os bancos estão ganhando tempo com as maciças ajudas bilionárias do governo. Fundamentalmente, porém, nada de relevante mudou desde o início da operação de salvamento, a partir de outubro. A possibilidade de abandonar a marcação a mercado dos títulos ilíquidos deu um belo alívio aos bancos, enquanto eles aguardam os resultados dos testes de estresse que o governo está finalizando. O verdadeiro jogo ficará claro quando os resultados dos testes saírem. (...)

Os críticos dizem que o afrouxamento das regras contábeis retiram o incentivo para que os bancos se desfaçam dos papéis problemáticos. Outros acreditam que os leilões farão os papéis serem avaliados por mais do que valem, já que os investidores privados ganharão mais se os ativos comprados se valorizarem, mas arcarão com apenas pequena parcela do prejuízo se ele ocorrer. (...)

Os Maiores prejuízos

1. American International Group = 99,3 bilhões de dólares
2. Fannie Mae = 58,7
3. Freddie Mac = 50,1
4. General Motors = 30,9
5. Citigroup = 27,7
6. Merrill Lynch = 27,6
7. ConocoPhillips = 17
8. Ford Motor = 14,7
9. Time Warner = 13,4
10. CBS = 11,7

Fonte: Aqui