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07 abril 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #50

Grau de Dificuldade: ***

Quatros pessoas, dois homens (Mateus, Felipe) e duas mulheres (Isis e Justine) estavam discutindo o desempenho das empresas (Santa Rita, Realeza, Integral e Bela Vista) que trabalhavam. Com a crise, a discussão era sobre a geração do Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (R$1 milhão, 2 milhões, 6 milhões e 7 milhões de reais). Descubra o valor do fluxo de cada empresa e o nome de cada empregado, com base nas dicas abaixo:

a) É um rapaz que trabalha na empresa Bela Vista
b) A Integral possui uma moça como funcionária e gerou de fluxo de caixa 1 milhão a mais que a Realeza, onde trabalha outra pessoa do sexo feminino
c) A Santa Rita gerou R$1 milhão
d) Felipe trabalha numa empresa que gerou mais Fluxo que Mateus, mas a empresa de Justine teve um fluxo de caixa menor que a de Isis.

Resposta do Anterior: a) Não. George Oliver May nasceu em 1875 e morreu em 1961. Foi presidente da American Accounting Association e escreveu mais de cem artigos. O Fasb foi constituído em 1973. b) Não. Sir Tweedie fez graduação na década de 60 e a obra Momentum Accounting and Triple-Entry Bookkeeping, de Ijiri, foi publicada em 1989; c) Sim. Kaplan nasceu em 1940 e Miller, grande músico e maestro, desapareceu em 1944.

Links

Pesquisa da Deloitte mostra atitude favorável das empresas com a convergência [nos EUA]

Privilegio de pertencer a um cartel: retorno acima do mercado – O caso dos Taxis em Nova Iorque

Nova Proposta de Contabilidade para impostos pelo Iasb

Economia de Star Trek

A dificuldade de ter um taxi em Cuba

Nosso cerebro e fazer muitas coisas ao mesmo tempo

Balanços e Mercado

Safra de balanços pode esfriar entusiasmo nas bolsas
David Gaffen, The Wall Street Journal
The Wall Street Journal Americas - 6/4/2009 - 1

A temporada de balanços está começando e vai ser deprimente. Apesar disso, o mercado acionário dos Estados Unidos — que de uma maneira ou outra acaba ditando o ritmo das bolsas ao redor do mundo — está entrando nessa nova fase no vácuo da disparada de quatro semanas mais agressiva em mais de 70 anos.

Dessa forma, mesmo que praticamente todos os investidores reconheçam que as coisas estão realmente feias, ainda assim eles estão criando bases para uma decepção. E se os últimos oito anos servirem como alguma orientação, é isso que provavelmente acontecerá.

A empresa de pesquisa de investimento Bespoke Investment Group LLC examinou todas temporadas de balanço desde meados de 2001 e concluiu que se os investidores aplicassem dinheiro no índice Standard & Poor's 500 no primeiro dia da temporada de balanços e vendessem as ações no último dia perderiam quase 27%. Os que fizessem o oposto conseguiriam um retorno de 7,1%.

Os números parecem especialmente pertinentes neste trimestre, levando-se em consideração que a recente alta do mercado foi furiosa. A Média Industrial Dow Jones subiu 21% nas últimas quatro semanas, o mais rápido ganho de 20% do índice desde 1938. O S&P 500 acumula alta de 23%.

As duas últimas temporadas de balanço, que aconteceram durante extremo nervosismo do mercado, mostraram, respectivamente, quedas de 8,5% e 9,3% no S&P 500, como mostra a pesquisa da Bespoke. A temporada de balanços do primeiro trimestre começa com a divulgação dos resultados da Alcoa amanhã e será encerrada a 14 de maio, quando a rede Wal-Mart Stores apresenta seus números.

Os analistas esperam um declínio de 37% nos lucros em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é de que todos os dez grupos do S&P 500 apresentem queda anual, um corte uniforme que nunca havia acontecido durante os dez anos de acompanhamento desses dados pela Thomson Financial.

O que pode manter a alta das bolsas não é tanto se os resultados do primeiro trimestre atingirão ou superarão essas expectativas. Os ganhos dependerão mais do que os executivos disserem sobre o segundo, terceiro e quarto trimestres.

"A esperança de todo mundo, no momento, é a compilação de dados menos ruins", diz Linda Duessel, estrategista de renda variável da Federated Investors. "Queremos ouvir que caímos no abismo e que a queda provavelmente chegou ao fim."

O que as empresas informarem deve determinar se as bolsas americanas podem sair do declínio de 18 meses — a Média Dow Jones ainda está 43% abaixo do pico de outubro de 2007 — e transformar a fase recente de quedas num período de altas consistentes. Na sexta- feira, a Dow fechou a 8.017,59 pontos e o S&P 500 a 842,50 pontos.

Os investidores foram brindados com algumas fagulhas de esperança no começo de março, como as declarações dos diretores-presidentes do Citigroup, Vikram Pandit, e do Bank of America, Kenneth Lewis, de que os dois bancos tiveram lucro em janeiro e fevereiro. Esses comentários foram alguns dos catalisadores do retorno dos investidores às bolsas, especialmente às ações de bancos, que têm tido um desempenho melhor do que a média do mercado desde que este bateu em seu nível mais baixo da crise, a 9 de março.

O entusiasmo dos dois executivos foi diluído há poucos dias, quando Lewis e Jamie Dimon, diretor-presidente do J. P. Morgan Chase, declararam que março foi um mês difícil. A confiança dos investidores no setor bancário aumentou, mas eles já se decepcionaram no passado e, por isso, qualquer sinal de que os bancos ainda enfrentam dificuldades colocará à prova a fé deles.

Os relatórios sobre produção industrial, habitação, setor imobiliário e atividade das fábricas sugerem que, pelo menos, a economia se estabilizou. Se empresas de outros setores indicarem a retomada da atividade com sinais de melhora no número de pedidos ou nas entregas, isso vai aumentar o otimismo recente.

"A questão é: as empresas vão fazer comentários sobre expectativas que sejam significartivamente muito diferentes do que é esperado? E o que vamos ouvir sobre as atividades dos negócios em abril?", diz Jim McDonald, diretor de estratégias de investimento da Northern Trust.

Os primeiros sinais são contraditórios. Os números da habitação melhoraram, mas as empresas de construção civil Lennar e KB Home informaram perdas contínuas, e a última informou que não previa nenhuma melhora significativa nas condições do mercado pelo resto do ano.

Os investidores estarão especialmente atentos aos resultados de empresas que servem como referência da demanda global. Como a Caterpillar, que surpreendeu o mercado em janeiro com o anúncio de 20.000 demissões e ofertas de demissões voluntárias para outros 25.000 empregados nos EUA. Em março, a gigante industrial anunciou planos de demitir mais 2.500 pessoas.

Notícias desse tipo durante a temporada de balanços podem esfriar o entusiasmo dos investidores.

Soros e a Marcação a Mercado

Sistema bancário dos EUA ainda está insolvente, diz George Soros
da Reuters
FolhaNews - 6/4/2009

(...) Mas ele [Soros] fez um alerta sobre a flexibilização das normas "mark-to-market" (que obrigam as instituições financeiras a avaliar seus ativos no valor de mercado), promovida pela associação profissional encarregada da padronização das normas contábeis no país na semana passada.

O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB, na sigla em inglês), assim, permite que os auditores tenham maior margem de manobra para avaliar o real valor de ativos sem liquidez.

Para Soros, a mudança na regra cria condições para prolongar a vida de bancos "zumbis", porque além de evitar que as instituições financeiras sofram grandes baixas contábeis, a nova medida também abre espaço para um aumento dos empréstimos na economia. (...)


Um cuidado: sempre devemos ter cuidado com observações feitas por especuladores na imprensa. Qual seria o seu real interesse? Está falando a verdade? Irá aproveitar da sua posição?

Ágio e Intangível

Ágio e intangíveis são principais desafios para fusões e aquisições
Gazeta Mercantil

São Paulo, 7 de Abril de 2009 - A combinação entre o agravamento da crise internacional e o processo de convergência às novas normas internacionais de contabilidade já surte efeitos práticos na formatação de fusões e aquisições no mundo todo. O principal desafio das empresas envolvidas nesse tipo de transação será saber registrar com equilíbrio os valores atribuídos ao ágio das operações. Também será importante contabilizar adequadamente os ativos intangíveis existentes na empresa adquirida.

Em um momento de enorme volatilidade do mercado de capitais, o ágio - que representa em uma fusão a capacidade de ganhos futuros - está mais sujeito à perda de valor. Errar seu cálculo pode gerar insegurança para fundos de private equity e investidores institucionais, que precisam levantar fundos para levar à frente processos de compra.

Essas conclusões são apontadas por um estudo global preparado pela Ernst & Young, cedido com exclusividade à Gazeta Mercantil. O levantamento, que considerou transações realizadas por 709 companhias de 21 países até 2007, identificou que, na média, o ágio representou 47% do valor pago pelas companhias.

Já a contabilização de ativos intangíveis, onde entram, por exemplo, marcas e listas de clientes, somou 23% do total desembolsado pelos negócios. "Os times que organizam fusões e aquisições estão tendo mais trabalho com a chegada do IFRS. As empresas podem ver reduzidas suas perspectivas de lucros e ganhos futuros quando a contabilização dos intangíveis não é a adequada", explica o sócio da Ernst Eduardo Redes. "Ou o que é ainda pior para os investidores: surge a notícia de que aquilo que custou 100 pode valer apenas 80", diz.

Pelas regras do International Financial Reporting Standards (IFRS), a apuração do ágio sobre rentabilidade futura, chamado por especialistas em contabilidade de goodwill, não pode sofrer amortização. No entanto, explica Redes, as companhias têm a possibilidade de, anualmente, fazer um teste de cenário. Chamado de teste de impairment, tem o objetivo de observar se o valores ajustados anteriormente - de goodwill ou intangíveis - sofreram perdas e devem ser remarcados. "Nas operações em que o ágio é o principal componente de valor, muitas empresas estão considerando que o valor da companhia adquirida pode sofrer perdas re-levantes", afirma o especialista.

Mais ágio

Os setores de bens de consumo e tecnologia são, segundo o estudo da Ernst, aqueles cujo ágio nas transações representou a maior fatia dos valores envolvidos em fusões e aquisições: 65% e 60%, respectivamente.

Outros segmentos cujo percentual de ágio ultrapassa a metade dos montantes desembolsados pelas companhias em fusões e aquisições são os de mídia e entretenimento e o de bancos de investimentos.

Os setores de seguros e telecomunicações, cujas combinações de negócios são geralmente motivadas pela aquisição de carteiras de clientes, são os que mais intangíveis desse tipo reconheceram e contabilizaram em fusões e aquisições: 44%.

A marca foi o segundo intangível mais comum, aponta a pesquisa. Surgiu em 31% dos casos, seguido pela incorporação da tecnologia, em 20% dos negócios.

Na contramão

As indústrias de construção civil e de petróleo e gás estão na ponta oposta. São aquelas cuja maior parte do valor pago na fusão equivale a ativos tangíveis, como equipamentos ou bens materialmente palpáveis. Eles representam 62% do valor no caso da primeira e 52%, na segunda.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Luciano Feltrin)

Contabilidade e Crise

A reputação manchada dos EUA
Paul Krugman, The New York Times *
O Estado de São Paulo - 31/3/2009

Há dez anos, a capa da revista Time estampava Robert Rubin, então secretário do Tesouro, Alan Greenspan, então presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e Lawrence Summers, então vice-secretário do Tesouro. A revista chamou a trinca de “comitê para salvar o mundo”, creditando-lhe a condução do sistema financeiro global numa crise que parecia aterrorizante na época, embora pareça um pequeno solavanco comparada ao que estamos enfrentando hoje.

Os três homens naquela capa eram americanos, mas ninguém estranhou isso. Afinal, em 1999, os Estados Unidos eram o líder inconteste da resposta global à crise. Esse papel de liderança só em parte se baseava na riqueza americana; num grau importante, ele refletia também a estatura da América como um modelo exemplar. Todos achavam que os EUA eram o país que sabia lidar bem com as finanças.

Como os tempos mudaram.

(...) É penoso ler hoje uma palestra feita por Summers no início de 2000, quando a intensidade da crise econômica dos anos 1990 estava diminuindo. Discutindo as causas daquela crise, Summers apontou coisas que faltavam aos países em crise - e que, por implicação, os EUA possuíam. Essas coisas incluíam “bancos bem capitalizados e supervisionados”, e “contabilidade corporativa transparente e confiável”. Bem, bem. (...)


Grifo meu.

Observe como isto é coerente com a citação seguinte:

Cada uma das três contrações passadas nos Estados Unidos - a recessão de julho de 1990 a março de 1991, a recessão de março a novembro de 2001 e a recessão que começou em dezembro de 2007 - envolveram escândalos de corrupção. (...) Elas são simples pois sempre envolvem a violação de princípios elementares de contabilidade (...)


George Akerlof e Robert Shiller - Animal Spirits - p. 29-30