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07 abril 2009

Crise e Contabilidade

As autoridades regulatórias federais dos Estados Unidos para o setor bancário devem se encontrar nesta semana para discutir como serão analisados os resultados dos testes de resistência que o governo vem realizando sobre as 19 principais instituições bancárias americanas, segundo reportagem do "The Wall Street Journal".

Os testes foram anunciados no fim de fevereiro, para determinar se as maiores instituições bancárias têm capital suficiente para aguentar o impacto de um ambiente econômico como o atual.

Os testes vão avaliar se os bancos conseguiriam se manter mesmo com uma taxa de desemprego no país acima de 10% (atualmente está em 8,5%) e com uma queda de mais 25% nos preços dos imóveis, destaca o "WSJ". Bancos com mais de US$ 100 bilhões em ativos estão passando pelos testes, que estabelecerão a necessidade de novas injeções de capital ou de outras formas de ajuda por parte do governo.

Entre os temas a serem discutidos nesta semana no encontro, as autoridades regulatórias devem também avaliar o impacto que a flexibilização das normas de avaliação de ativos, determinada na quinta-feira pelo Fasb (Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira, na sigla em inglês), poderá ter sobre os bancos. Com a flexibilização, os auditores terão maior margem de manobra para avaliar o real valor de ativos sem liquidez.

A norma modificada, chamada "mark-to-market", obriga as instituições financeiras a avaliar seus ativos no valor de mercado. Nos casos de ativos podres (com alto risco de calote) herdados da bolha imobiliária, dificilmente recuperáveis, o valor atual (ante o real) é considerado como muito baixo, causando grandes perdas para os bancos.

Além de evitar que as instituições financeiras sofram grandes baixas contábeis, a medida também abre espaço para um aumento dos empréstimos na economia.
(...)

EUA vão discutir teste de resistência
Valor Econômico - 7/4/2009

Acordo da Basileia e a Crise

A raiz da crise financeira que aflige o mundo é o Acordo da Basileia, disse o banqueiro Luiz Cezar Fernandes, em entrevista para o podcast da administradora de recursos de terceiros Rio Bravo.

(...) Segundo Fernandes, o Acordo da Basileia, referência à cidade onde fica a sede do Banco para Compensações Internacionais (BIS), desencadeou a crise atual ao "engessar os bancos de uma maneira tal que todos tentaram arrumar uma alternativa para fazer as mesmas coisas de antigamente". O Acordo da Basileia amarrou o capital mínimo dos bancos aos risco dos ativos possuídos.

A rigidez do acordo, explicou Fernandes, fez com que os bancos comerciais começassem a operar como banco de investimentos nas suas holdings. "Então houve uma mistura, quer dizer, banco de investimento virou meio banco comercial e vice-versa, distorcendo todo o sistema."

Para ele, o pior que pode acontecer é aumentar a regulação dos mercados. Mais eficiente é o controle, como existe no Brasil e que falhou nos Estados Unidos ao não cobrir fundos hedge e administradores de recursos. (...)

Para banqueiro, Basileia desencadeou crise - 30 de Março de 2009 - Valor Econômico

Consórcios

A seguir, um trecho de um artigo onde se discute o conceito de entidade:

Em seus artigos iniciais, a nova lei [lei 11795/2008] traz o princípio da prevalência do interesse coletivo sobre o individual e o da segregação do patrimônio de cada grupo administrado em relação aos demais e ao da própria sociedade gestora dos recursos. Assim, privilegia-se a continuidade do grupo e sua autonomia financeira: os recursos dos grupos não se confundem com os da administradora, não integrando seus bens e direitos para fins de liquidação extrajudicial e não podendo ser dados em garantia de seus débitos. A nova lei atribuiu aos administradores a responsabilidade pelo gerenciamento das contribuições ao fundo comum. São eles depositários até a satisfação das obrigações do contrato de adesão ao grupo. Responderão pessoal e solidariamente, tenham ou não culpa, pelos danos ao grupo.

Fabio de Almeida Braga A nova regulamentação dos consórcios
30 de Março de 2009 - Valor Econômico

Auditoria e Continuidade


O jogador Carlos Tevez deixou o Corintians em 2006 para jogar no West Ham, na Inglaterra. Na sequência, ele foi contratado pelo Manchester United, clube mais tradicional.

Esta última transação sempre foi vista como suspeita. Segundo o The Guardian (
West Ham settle for quick sign-off on Tevez, Matt Scott, 31/3/2009) a transferência pode gerar problemas para o West Ham. A ameaça é um multa de 45 milhões por parte do Sheffield United.

O elevado valor levou os auditores do West Ham (Deloitte) a pressionar o clube com garantias financeiras antes que confirmar a continuidade.

Distribuição de Dividendos

30 de Março de 2009 - As incertezas em relação aos rumos da crise internacional e a escassez de crédito no sistema financeiro criaram um dilema entre as empresas brasileiras de capital aberto: distribuir os lucros obtidos no ano passado aos acionistas ou segurar os resultados para enfrentar uma possível piora do cenário? Várias companhias reconhecidas no mercado como boas pagadoras de dividendos optaram por seguir um caminho intermediário. Deixaram no caixa uma parte do lucro, mas sem reduzir substancialmente o pagamento de proventos.

(...) A legislação determina que todas as companhias abertas reservem no mínimo 5% do resultado do exercício. Caso decidam reter uma parcela maior, o valor não pode ser considerado no cálculo do dividendo mínimo obrigatório, equivalentes a 25% do lucro. (...)

A destinação dos resultados e o gerenciamento do caixa por parte das empresas costumam render polêmica. Antes da crise e mesmo após o agravamento das condições de mercado, a manutenção de recursos dentro da companhia era alvo constante de críticas de investidores.

A decisão de manter os recursos dentro da empresa depende ainda de como a administração projeta os impactos da crise sobre o fluxo de caixa. (...)

Empresas usam lucro para reforçar caixa - 30/3/2009 - Gazeta Mercantil


É por este motivo que os autores de finanças consideram a distribuição de dividendos uma das três decisões financeiras de uma empresa. (As outras duas: investimento e financiamento)

06 abril 2009

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Teste #49

Grau de Dificuldade: ***

a) George Oliver May poderia ter participado da constituição do Fasb?
b) Sir David Tweedie poderia ter lido a obra Momentum Accounting and Triple-Entry Bookkeeping quando estava na graduação?
c) Robert S Kaplan poderia ter escutado Glenn Miller tocar Moonlight Serenade?

Resposta do Anterior: controladoria