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30 março 2009

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Paul Krugman, Nobel de Economia, é o destaque dos blogs de hoje

Artigo sobre a crise mundial de Krugman

Ele está errado

Capa da Newsweek

Capa da Newsweek 2

Perda da Aracruz

Perda da Aracruz é a 2º maior da história
Valor Econômico - 30/3/2009

A Aracruz atingiu em 2008 o maior prejuízo líquido já registrado por uma companhia aberta de capital privado em mais de duas décadas e tornou-se no mesmo período o segundo maior entre todas as empresas. A fabricante de celulose registrou perda de R$ 4,23 bilhões no ano passado, em decorrência de operações financeiras com instrumentos derivativos que quase a levaram à bancarrota. Apenas no quarto trimestre de 2008, o prejuízo foi de R$ 2,98 bilhões.

Levantamento feito pelo Valor com base nos dados da Economática, consultoria de informações financeiras, mostra que apenas a Cesp, energética controlada pelo governo de São Paulo, teve um prejuízo maior: a estatal acumulou perda líquida de R$ 4,89 bilhões em 2002, ano de forte desvalorização do real frente ao dólar. O prejuízo bilionário da Aracruz no ano passado também superou as perdas da Varig, a companhia de aviação, que também em 2002 apresentou prejuízo de R$ 4,10 bilhões. O levantamento compila os resultados dos balanços financeiros divulgados por empresas privadas e estatais desde 1986, atualizados pelo índice de inflação. (...)


Grifo meu. Observe que o texto inicia afirmando que o resultado foi o segundo pior entre as empresas. Mas esqueceram do Banco do Brasil?

Prejuízo na Sadia e Aracruz

Contratos provocam prejuízos recordes
Valor Econômico - 30/3/2009

Os balanços de 2008 da Sadia e da Aracruz revelaram que os derivativos contratados pelas companhias para ganhos financeiros provaram ser mais tóxicos do que imaginado inicialmente. Além de não trazerem lucro, geraram perdas bilionárias. A contínua escalada do dólar durante o quarto trimestre ampliou os prejuízos estimados quando os problemas foram revelados ao público. A perda da Sadia com os contratos foi 3,3 vezes maior: no lugar dos R$ 760 milhões projetados inicialmente, R$ 2,6 bilhões sairão do caixa da empresa no total. No caso da Aracruz, o prejuízo foi 2,6 vezes superior ao R$ 1,9 bilhão inicialmente calculado, pois transformou-se numa dívida de R$ 5,1 bilhões.

O episódio dos derivativos levou a Sadia a apresentar o primeiro prejuízo líquido anual de seus 64 anos de história. A última linha do balanço do ano passado ficou negativa em R$ 2,5 bilhões, comparado a um lucro de R$ 768 milhões em 2007. Apenas no quarto trimestre, a perda foi de R$ 2 bilhões, frente a lucro de R$ 375 milhões no mesmo intervalo do ano anterior.

O prejuízo foi anunciado na sexta-feira. Durante teleconferência com jornalistas, Gilberto Tomazoni, presidente da companhia, tentou dar um tom otimista ao futuro da companhia. Chegou até mesmo a afirmar que "a Sadia não está procurando ninguém, ela é que está sendo procurada", quando uma eventual capitalização ou associação com a concorrente Perdigão entrou em pauta. Foi praticamente o único comentário sobre a possível fusão com a rival, já que preferiu não tratar do assunto.

O prejuízo da Sadia só não foi maior porque a empresa foi beneficiada por uma reversão de Imposto de Renda e Contribuição Social de R$ 703 milhões em 2008, dos quais R$ 450 milhões foram lançados no quarto trimestre.

O saldo negativo do balanço foi basicamente provocado pelas perdas com os derivativos, mas a pressão nos custos de grãos - principal matéria-prima da empresa - também pesou nas contas operacionais.

Apesar de mostrar um crescimento de 16% na receita líquida do quarto trimestre, para R$ 3,1 bilhões, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) recuou 21,7%, para R$ 343,5 milhões, na comparação com igual intervalo de 2007. No ano, o faturamento líquido foi de R$ 10,7 bilhões, com alta de 23,2%, enquanto o lajida recuou 0,7%, para R$ 1,1 bilhão. Na prática, isso significa que a margem do quarto trimestre caiu de 16,6% para 11,2% e a anual, de 13,5% para 10,9%.

A despesa financeira líquida foi de R$ 2,7 bilhões no quarto trimestre e de R$ 3,9 bilhões no acumulado de 2008. Isoladamente, os derivativos responderam por R$ 2,0 bilhões na despesa trimestral e R$ 2,6 bilhões na anual.

Do total lançado no ano de despesas dos derivativos, R$ 706 milhões foram de efeito caixa, de contratos já encerrados, e R$ 1,9 bilhão serão desembolsados até setembro. Welson Teixeira, diretor de relações com investidores, explicou que o total a vencer terá pouca modificação daqui para frente, independentemente da variação cambial. Isso porque os contratos de venda de dólar foram compensados com operações de compra, que permitem travar a perda. "Mas ainda temos de carregar o peso da dívida nos próximos trimestre."

A Sadia fechou dezembro com R$ 8,5 bilhões de endividamento bruto, sendo R$ 4,1 bilhões com vencimento durante 2009. Para fazer frente aos vencimentos, a empresa tinha R$ 3,5 bilhões de caixa, mas apenas R$ 980 milhões disponíveis, pois R$ 1,7 bilhão estava comprometido em garantia para os bancos, por conta dos derivativos, e o restante em aplicações de baixa liquidez.

Dos vencimentos deste ano, R$ 1,4 bilhão está previsto para o primeiro trimestre. "Esse total está tranquilo, já renegociamos", afirmou, explicando que os prazos conseguidos variam de 180 a 360 dias. Outros R$ 2,0 bilhões vencem no terceiro trimestre. "Estamos concentrados no primeiro e no terceiro trimestre."

Atualmente, a dívida líquida equivale a 5,8 vezes o lajida. O plano é alcançar um indicador entre 3,0 e 4,0 vezes em 2010.

Apesar do evidente aperto financeiro, a Sadia planeja investir R$ 600 milhões neste ano, para terminar as obras de expansão já em andamento, que consumiram R$ 1,8 bilhão em 2008. "A empresa não corre nenhum risco de insolvência", disse Tomazoni, quando questionado sobre a origem dos recursos diante do cenário.

O executivo voltou a relatar os planos de vender ativos não operacionais e operacionais não prioritários para explicar a fonte do dinheiro. Foram mencionados como alvos de venda a fábrica da Rússia, a unidade de bovinos e também terras reflorestadas, centros de distribuição e fábricas de ração. A outra alternativa citada é uma eventual capitalização por um novo sócio. Questionado sobre a demora de uma solução, Teixeira disse: "Essas coisas demoram. Não se pode perder de foco o valor da empresa e fazer as coisas às pressas."

Mudança na GM

A Casa Branca iniciou sua tentativa de reformar a indústria automobilística americana pedindo a saída do presidente da General Motors, Rick Wagoner, que deixou a montadora como parte de um acordo para que ela receba um novo pacote de ajuda do governo americano.

Ao enfrentar a crise econômica, o governo exigiu a saída do presidente da seguradora American International Group, mas só quando assumiu uma participação majoritária. Neste caso, o governo retirou um executivo como parte de uma reestruturação em curso.

A medida também indica que o Departamento do Tesouro pretende interferir mais profundamente do que a maioria esperava nas questões da maior e mais antiga montadora do país.

Wagoner foi diretor-presidente desde 2000 e administrou a GM durante alguns de seus momentos mais difíceis. A companhia não registra lucro desde 2004, acumulando prejuízos desde então de US$ 82 bilhões. Ela ficou praticamente sem caixa no fim de 2008, antes que o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos fornecesse empréstimos de emergência.

Um funcionário do governo confirmou que Wagoner foi solicitado a pedir demissão como condição para a reestruturação na empresa. Wagoner será substituído, ao menos temporariamente, por Frederick "Fritz" Henderson, o diretor de operações. A GM não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. (...)


GM demite seu CEO para receber ajuda
Valor Econômico - 30/3/2009

Sobre o assunto, um comentário interessante do WSJ:

Rick Wagoner demonstrou mais habilidade para salvar seu emprego do que salvar a montadora gigante.

Wagoner, With Knack for Survival, Finally Hits a Dead End - John D. Stoll - 30/3/2009
The Wall Street Journal - A20

Contabilidade e crime

(...) o presidente do Coaf (...) Quer a inclusão de empresas de contabilidade e de auditoria no rol das obrigadas a realizarem comunicações suspeitas ao Coaf.

(...) Precisamos mudar a legislação para que as empresas de contabilidade e de auditoria comuniquem ao Coaf as operações suspeitas de seus clientes. (...)


Entrevista - Antonio Gustavo Rodrigues
RICARDO BRITO - 30/3/2009 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

Espanha muda cálculo do PIB

La economía ilegal también cuenta. La revisión de la contabilidad nacional que se ha puesto en marcha en toda la Unión Europea (UE) obligará a incluir actividades como la prostitución, el contrabando y el tráfico de drogas en el cálculo del producto interior bruto (PIB). La fecha prevista para su aplicación es el año 2011 o 2012.
La norma afectará a todos los países de la UE, como ocurre en la actualidad. Formará parte del cambio de base de la contabilidad nacional, que ahora se denomina SEC-95 (Sistema Europeo de Cuentas). Son ajustes que los institutos de estadística realizan para incorporar nuevas actividades y criterios.

En el caso de la economía ilegal, algunas estimaciones sitúan su valor en dos o tres puntos del PIB. Es decir, una vez que se incluyan esas actividades, el volumen del PIB de los países de la UE subirá en torno a ese porcentaje. Ello tendrá implicaciones, por ejemplo, en la contribución que los países hacen al Presupuesto de la UE en base al denominado cuarto recurso (renta nacional bruta). Al elevarse el PIB, la contribución aumentará, aunque en otras ocasiones en que se ha producido una revisión, los efectos han sido neutros. En la actualidad, la contabilidad nacional se calcula con la base 2000. La siguiente será la base 2008, que incluirá, además de la economía ilegal, datos que España ya calcula, como precios de importación y exportación.

El PIB incluirá la prostitución, el tráfico de drogas y el contrabando
El País – Nacional - 0 (1ª Ed. Madrid) – 28 – 30/03/2009