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11 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Revolução Contábil

Com as [novas] IFRS, em vez de dividir [o balanço] nas categorias tradicionais de ativos, passivos e patrimônio líquido, o novo balanço será estruturado em cinco categorias - operacional, financiamento, investimento, impostos e operações descontinuadas. Ativos e passivos estarão espalhados em cada seção, enquanto patrimônio líquido permanecerá intacto.

(...) Infelizmente, as notas explicativas ficarão maiores - de 10 páginas para mais de 200 páginas, e são escritas em linguagem técnica contábil. (...)

A Demonstração dos Resultados e do Fluxo de Caixa também serão divididas em operacional, financiamento e investimento e serão muito mais detalhadas do que são agora. (...)

Accounting for new financial statements - Karine Benzacar, Financial Post - 10/2/2009


Clique aqui para ler completo

Teste #18

Uma empresa possui um título podre com valor nominal, registrado na sua contabilidade, de $10 mil. Alguns especuladores compram este título por $3 mil. Se a empresa negociar o título no mercado hoje isto irá significar uma perda de $7 mil. Existe a possibilidade de o governo lançar um pacote de ajuda e adquirir os títulos pelo valor nominal. Caso isto ocorra, a empresa terá um resultado de $0 mil. A decisão da empresa é: vendo o título hoje para os especuladores ou espero o governo. Com quais probabilidades a empresa será indiferente? Suponha que o valor do dinheiro no tempo seja zero e que o mercado secundário de títulos deixa de existir com a decisão do governo.

REsposta do Anterior: Trata-se de Contabilidade na enciclopédia Viquipèdia é a Wikipedia em Catalão http://ca.wikipedia.org/wiki/Comptabilitat

Indicador Sports Illustrated

O índice Sports Illustrad não funcionou para o ano de 2008, ao contrário da previsão apresentada neste blog em fevereiro de 2008.

O que diz este índice? Todo ano a revista Sports Illustrad apresenta uma modelo de biquini. Quando a modelo nasceu nos EUA o retorno médio da SP 500 (índice da bolsa de NY) historicamente é de 10,6%, sendo positivo em 81,3% dos casos. Se a modelo nasceu em outro país, o retorno médio cai para 7,3%, sendo positivo em 73,3% dos casos.

No ano de 2008 a modelo era Marisa Miller (clique aqui para ver a capa). Este ano, a israelense Bar Rafaeli:



Mais informações, aqui

O Empurrão

O destaque dos últimos dias em finanças comportamentais tem sido a questão do empurrão. O livro Nudge, de Thaler e Sunstein, despertou discussões, mas tornou-se destaque mesmo quando Obama, o atual presidente dos EUA e também professor da Universidade de Chicago, levou para o governo Sunstein.

A situação que melhor ilustra o empurrão é o caso do banheiro masculino do aeroporto de Amsterdã. Um dos problemas dos sanitários masculinos é a dificuldade que certos homens possuem em acertar o alvo. O aeroporto de Amsterdã conseguiu melhor o nível de acerto desenhando nos vasos uma pequena mosca. Este desenho atrai a atenção do usuário e melhora sua pontaria.

Particularmente prefiro a questão da doação dos órgãos, que pode ser melhorada num país alterando o default. Hoje, quando um brasileiro morre, os seus órgãos somente são utilizados quando existe a autorização expressa da família ou do indivíduo. Este é o default. A proposta é alterar para tornar automático a doação, a não ser que a família ou indivíduo se oponha.

Em When Humans Need a Nudge Toward Rationality (New York Times, 7/2/2009), Jeff Sommer faz um breve resumo da questão do empurrão. Sommer destaca muito a evidenciação, como um papel chave no processo.

Já em Online Competition Searches for ´Nudges´ That can lead to better health (States News Service, 9/2/2009) anuncia-se um concurso interessante: a Pioneer Portfolio da Robert Wood Johnson Foundation (RWJF) e a Ashoka’s Changemakers lançaram uma pesquisa para encontrar nudges que ajudem as pessoas a tomarem decisões corretas.

(Entre os jurados, Wellington Nogueira Santos, fundador dos Dotores da Alegria.)

A Morte do Homem Racional

Um dos profetas da crise, Nouriel Roubini, que desde 2006 alertava sobre a possibilidade de um colapso no sistema financeiro, considera a relevância das finanças comportamentais na explicação dos problemas da economia mundial.

Em The Death of 'Rational Man' , David Ignatius, do The Washington Post (8/2/2009, B07) destaca o papel da leitura dos números, em especial do preço dos imóveis nos Estados Unidos, e as dicas de finanças comportamentais.

Quanto ao segundo ponto, a conclusão é simples: a teoria do homem racional não está funcionando, disse Roubini numa sessão do Fórum de Davos. E ele e outros economistas estão prestando mais atenção na questão comportamental, que inicia com as suposições sobre decisões econômicas.

Let me put in a plug here for the godfather of behavioral economics, John Maynard Keynes. His 1936 "General Theory" is often interpreted simplistically as a call for fixing recessions by boosting demand with government spending. But at a deeper level, Keynes was analyzing the role of psychological factors, such as greed and fear, in economic decisions. He understood that markets freeze when people panic and start hoarding cash. ("Extreme liquidity preference," he called it.) Conversely, economies start to roar when investors feel a surge of what Keynes called "animal spirits."

Valor dos Ativos Tóxicos 2

Qualquer que seja o preço a ser fixado pelo governo haverá um processo de transferência de riqueza, dos contribuintes para os acionistas das instituições que receberão o apoio. A questão é mais complexa quando se tem a possibilidade de um preço “elevado”. Em tais situações, como existe um mercado – com baixa liquidez, é verdade – a determinação poderá beneficiar aqueles que adquiriram os títulos a um valor menor.

Se o preço for baixo, o comprador atual destes títulos poderá sofrer uma perda. Mas é importante lembrar que este comprador é também um investidor, que deveria saber dos riscos do seu investimento. Além disto, a fixação de preço mais baixo permite que um número maior de agentes seja beneficiado com um programa de socorro.

Para a entidade que possui os títulos registrados pelo valor histórico, o preço mais elevado poderá resultar num menor valor de baixa contábil, reduzindo seu prejuízo e beneficiando os acionistas.


A situação é mais interessante de analisar quando consideramos uma entidade que ainda não negociou seus títulos e quer saber qual a decisão a tomar. Vamos imaginar, num pequeno exemplo, que a empresa está diante da possibilidade de negociar agora seus ativos pelo valor de mercado ou esperar o governo determine os preços. Vamos também supor que se o governo determinar seu preço, este será o novo parâmetro do mercado. A empresa deverá ou não negociar?

Para melhor exemplificar, suponha um título com valor nominal de $100, valor de mercado de $50. O governo pode adotar duas possibilidades: preço de $60 e preço de $40.

Se adotar um preço de $60 e a entidade não tiver negociado o título, sua baixa contábil será de $40. Ocorrendo a negociação, a empresa a baixa contábil será de $50.

Caso o governo tenha decidido fixar o preço em $40. Tendo a entidade negociado o título antes do anúncio o governo, sua perda será de $50 (e o mercado perde $10). Se não negociou, sua perda será de $60.

Preço do Governo = 60 Preço do Governo = $40
Não negociou Baixa = $40 Baixa = $60
Negociou Baixa = $50 Baixa = $50

Qual a estratégia a adotar? Tudo irá depender a probabilidade. Caso a probabilidade do governo adotar um preço de $60 seja 50% , a empresa será indiferente quanto a decisão (mas provavelmente irá vender hoje, em razão do valor do dinheiro no tempo).