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16 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio

Algumas das pérolas de Bush

SOBRE SI MESMO

"Eles me 'submal-estimam'" (Bentonville, Arkansas, 6 novembro de 2000)

"Há um velho ditado no Tennessee... é o que se diz no Texas e provavelmente no Tennessee também... que diz: se você me tomar por idiota uma vez, vergonha sua; se me tomar por um idiota... não se pode ser tomado duas vezes por idiota". (Nashville, Tennessee, 17 setembro de 2002)

SOBRE A GUERRA:

"Só quero que saibam que, quando falamos de guerra, na realidade estamos falando de paz" (Washington, 18 de junho de 2002)

"Nossos inimigos são inovadores e engenhosos, mas nós também somos. Eles não param de pensar em como prejudicar nosso país e nosso povo. Nós também não." (Washington, 5 de agosto de 2004)

AMIGOS E INIMIGOS:

"Depois de um século e meio, os EUA e o Japão forjaram uma das maiores e mais duráveis alianças dos tempos modernos" (Tóquio, 18 de fevereiro de 2002).

ECOLOGIA:

"Sei que o homem e os peixes podem conviver pacificamente" (Saginwa, Michigan, 29 de setembro de 2000)

SAÚDE:

"Muito bons médicos estão abandonando a profissão. Muitos ginecologistas já não podem exercer seu amor com as mulheres em todo o país" (Poplar Bluff, Missouri, 6 de setembro de 2004)

IMIGRAÇÃO:

"As pessoas que entram no país ilegalmente estão violando a lei" (Tucson, Arizona, 28/11/2005)

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(AFP e Reuters Washington) - Gazeta Mercantil - 16/1/2009

Meu comentário: Bush está tirando o emprego de muito humorista.

Pesquisa

Peço aos leitores que respondam a pesquisa ao lado. Trata-se de um tema banal: qual o nome do lado direito do Balanço.

Infelizmente o passivo possui dois significados na contabilidade brasileira, sendo um no sentido restrito e outro no sentido amplo. No sentido amplo, o passivo representa o lado direito do balanço. O passivo representaria todas as fontes de financiamento de uma entidade num determinado momento.

No sentido restrito, o passivo corresponde aos compromissos da entidade com terceiros. Nesta definição, não seria considerado passivo os recursos que foram colocados na entidade pelos acionistas, ou o patrimônio líquido. Alguns autores, para diferenciar, usam o termo exigibilidades para este passivo. Esquematicamente podemos dizer que:

Passivo (sentido amplo) = Passivo (sentido restrito) + Patrimônio Liquido

As mudanças recentes na legislação societária, ocorridas em 2008, definiram que passivo corresponde ao seu sentido amplo (Lei 11.638). Mas a Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis utiliza o termo passivo no seu sentido restrito.

Atenção: não é uma pergunta do tipo "certo" ou "errado". É uma pesquisa de opinião.

Rumores...

Para os analistas, o Citigroup terá que vender exatamente os ativos mais interessantes porque são os que encontrarão compradores. Um desses ativos é certamente o banco no Brasil, que já estaria sendo assediado, segundo rumores não confirmados do mercado. (Citi perde fatia de mercado no país - 16/1/2009 - Valor Econômico)

A ação preferencial do BicBanco chegou a subir ontem 17,5% no pregão da bolsa paulista com os rumores de uma possível negociação para a venda do controle ao Bradesco. No fechamento do pregão, a ação preferencial do BicBanco fechou com alta de 7,25%, a R$ 4,29. (Ação do BicBanco sobe com rumor de venda - 16/1/2009 - Valor Econômico)

Tudo indica que a visita do presidente executivo e do conselho de administração da ExxonMobil, Rex Tillerson, esta semana ao Brasil tem relação com a possível divulgação de uma descoberta importante de petróleo no país, onde a Exxon opera o bloco BM-S-22, um dos com maior potencial no pólo de Tupi, na bacia de Santos. (Cresce rumor de novas descobertas na Bacia de Santos - 16/1/2009 - Valor Econômico)

Visão da auditoria

Um economista de jornal, Celson Ming, faz no Estado de S. Paulo, uma observação sobre auditoria (Confiança é quase tudo, 16/1/2009):

Ao gosto do freguês - Está generalizada a percepção de que o principal negócio do auditor é fazer uma contabilidade ao gosto do dono da empresa.

Foi esta, em síntese, a reação de muitos leitores que comentaram as críticas desta coluna ao comportamento dos auditores nesta crise.

Mas alguém reclamou de que eu tivesse poupado uma das gigantes do setor, a PriceWaterhouseCoopers.

Não houve a intenção. Aliás, a Price foi afastada da auditoria do escândalo bilionário na indiana Satyam Computer Services, do setor de tecnologia.


Agora substitua na primeira frase a palavra "auditor" por "economista" e "contabilidade" por "previsão" e veja se não ficou melhor.

Implantação da IFRS no Brasil

Causa profunda perplexidade que nenhum órgão de classe (1) tenha se manifestado até a presente data, que o tempo para estudar e aplicar a lei e os pronunciamentos é inexequível, consequentemente, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31/12/ 2008 estão irremediavelmente comprometidas, pelo menos em termos de comparação em empresa do mesmo setor.

É evidente que apenas as grandes empresas de auditoria e alguns abnegados auditores das empresas menores estão razoavelmente capacitados a entender e aplicar estas normas (2) e, como consequência, existirá uma enormidade de demonstrações contábeis não conformes de acordo com a nova lei, que irá gerar um número enorme de empresa auditada com ressalvas (3).

(...) Infelizmente, a Lei n 11.638 e as normas do CPC estão sendo implantadas de forma intempestiva, muito embora sejam, na essência, extremamente benéficas aos profissionais e usuários da informação contábil. Se a implantação das IFRS obedece a um cronograma de dois anos, para introduzirmos uma nova concepção de contabilidade que trará maior transparência, por que foi escolhido um caminho abrupto para introduzirmos uma nova legislação contábil?

Dificuldades para a implantação da nova lei contábil brasileira - 16/1/2009 - Gazeta Mercantil - Caderno A - Pág. 3 - Marco Antonio Papini - Sócio-diretor da Map Auditores Independentes)


Observações:
(1) Qual seria algum outro órgão de classe que deveria se manifestar?
(2) O autor é, obviamente, auditor
(3) Tenho dúvidas se isto ocorrerá. O autor faz aqui uma separação entre o "auditor" e "contador", dando a entender que somente o "auditor" está preparado para as mudanças. Além disto, supõe não existir comunicação entre o auditor e a empresa.

Mudança na Bolsa



Além de uma intensa agenda de regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o ano de 2009 também terá outros eventos importantes para o mercado de capitais nacional. O principal deles é a revisão das normas do Novo Mercado e dos Níveis 1 e 2 de listagem, espaços criados pela Bovespa para as chamadas companhias com governança diferenciada.

(...) É esperada também uma definição sobre o futuro do Nível 1 de governança, que pode deixar de existir. De tão básico, hoje este segmento não oferece adicional em relação às práticas de mercado. O principal diferencial era a apresentação do demonstrativo de fluxo de caixa pelas empresas listadas, além da obrigação da manutenção de uma fatia mínima de 25% do capital em negociação no mercado. Quanto ao fluxo de caixa, a nova legislação contábil do país tornou a divulgação do documento obrigatória a todas as empresas abertas.

(...) Assim, em 2010, o Brasil deve estrear uma nova realidade de transparência, regulação e auto-regulação. As empresas vão oferecer um volume maior de informações ao mercado, em função da adoção do padrão internacional de contabilidade (IFRS) e da chamada "nova 202", instrução que muda o documento conhecido por Informativo Anual (IAN). (...)

Bolsa deve rever regras do Novo Mercado neste ano
16/1/2009
Valor Econômico

Citigroup

(...) Citigroup enfrentou um quarto trimestre devastador, com expectativas de um prejuízo operacional de US$ 10 bilhões e de mais perdas de bilhões em potencial este ano. Os órgãos reguladores federais pressionam o banco para que esclareça sua estratégia, soerga suas finanças e dê uma sacudida em seu conselho, segundo disseram duas pessoas que conhecem a situação. Autoridades do governo desejam que o banco encerre o que consideram uma lacuna de credibilidade com os investidores.
(...) (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(The New York Times)
Citigroup pode se dividir em dois para acalmar reguladores
15/01/2009
Gazeta Mercantil