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22 dezembro 2008

Remuneração de Executivo

Um texto interessante de Mark Frauenfelder (How to spend $53,826 a week without really trying via Boing Boing, 18/12/2008) mostra o caso da esposa do Chairman da United Technologies Corp que exigia 53 mil dólares por semana (algo em torno de 150 mil reais) para sustentar seu estilo de vida. Este dinheiro era gasto em viagens (8 mil dólares), roupas (4,5 mil) cabelos e tratamento de pele (mil dólares), flores (600 dólares) entre outros mimos.

Futuro da SEC

Este texto de Norris (17/12/2008, Can Mary Schapiro Save the S.E.C.? ou aqui) faz uma análise do legado do presidente da SEC Chris Cox, que está deixando o cargo. Atualmente o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA está desmoralizado diante dos diversos problemas que não foram adequadamente enfrentados.

Em outro texto (A Year of Chaos in Finance, 19/12/2008), Norris faz um apanhado do ano de 2008 que inclui: menor taxa de juros de longo prazo dos últimos 20 anos; 10 dos melhores dias do Mercado acionário, em 70 anos, ocorreu em 2008; uma lenda de Wall Street confesando fraudes de 50 bilhões; os economistas preocupados com a deflação; o governo está emprestando dinheiro para quem não deveria emprestar (e que provavelmente não irá pagar os empréstimos); o sistema financeiro que parou de funcionar; e a nacionalização da Fannie Mãe, Freddie Mac e AIG, além dos problemas com a Bear Stearns, Lehman Brothers e Citigroup.

Barry Ritholtz, em SEC Chairmen, 2001-08 (17/12/2008) faz um levantamento dos Chairmen da SEC num período de 8 anos, indicando os erros da cada um. Foram 3 executivos indicados por Bush (Pitt, Donaldson e Cox)

Para seu lugar o presidente eleito Obama nomeou uma mulher, Mary Schapiro, que possui uma razoável experiência em mercado financeiro. A escolha foi elogiada pela imprensa econômica.

Mas uma postagem de Daniel Solin, no Blogging Stocks (Memo to Obama: Mary Schapiro is not 'change' at the SEC, 18/12/2008) faz uma distinção sutil sobre o currículo de Schapiro:

Mary Schapiro, who is President-elect Obama's choice, has spent her career protecting the securities industry from investors.

Valor dos Bancos

No ano passado o Royal Bank of Scotland pagou 100 bilhões de dólares pelo ABN Amro. Com este dinheiro, segundo Barry Ritholtz (Cost of Banks,19/12/2008) seria possível comprar:

Citibank $22,5 bilhões (74% a menos)
Morgan Stanley $10,5 bilhões (-72%)
Goldman Sachs $21 bilhões (-67%)
Merril Lynch $12,3 bilhões (-77%)
Deutsche Bank $13 bilhões (-71%)
Barclays $12,7 bilhões (-71%)

E sobrava 8 bilhões, que poderiam ser usados na GM, Ford, Chrysler e na equipe da Honda de F1.

21 dezembro 2008

Rir é o melhor remédio


As pessoas que costumam perder o celular geralmente usam ligar para o número como uma forma de encontrá-lo. O gráfico acima, do GraphJam, brinca com esta mania. Qual o modo da campainha quando você perdeu o celular? De azul, no modo "silencioso" ou "vibra call" ou "desligado".

O Escândalo Madoff e a conexão Rio

Um texto do Wall Street Journal (que no Brasil foi traduzido e publicado pelo Valor Econômico) denominado “Com conexões do Rio a Milão, Fairfield deu alcance global a Madoff” (Carrick Mollenkamp, Cassell Bryan-Low e Thomas Catan, The Wall Street Journal, 17/12/2008) mostra como se construiu a empresa Fairfield. Esta empresa captava clientes para o fundo de Madoff.

Um trecho interessante comenta a falta de transparência das transações:

Num sinal da relação estreita entre a Fairfield e Madoff, quando várias firmas de private equity discutiam a possibilidade de um grande investimento na empresa de Noel, em meados do ano passado, o próprio Madoff encerrou qualquer chance de negócio ao se recusar a dar aos investidores acesso à vistoria de suas contas. Esse pode ter sido um dos muitos sinais de alerta sobre a suposta fraude.


Sobre o assunto, achei interessante o comentário do blog Não Posso Evitar sobre a origem do Conto do Vigário. Rodolfo Araujo lembra que os investidores não eram pessoas inocentes e sim gananciosas.

Aqui um gráfico do WSJ muito interessante.

O Processo Orçamentário no Brasil

Um editorial da Gazeta Mercantil (Essencial não foi protegido nos cortes orçamentários 18/12/2008) mostra alguns do problemas do processo de orçamento público no Brasil. No orçamento da União para 2009 os parlamentares reduziram a previsão de receita (aqui, razoável. Mas é importante lembrar que esta previsão é baseada no crescimento da economia e parece existir uma tendência de redução da arrecadação em razão do custo de oportunidade do atraso em recolher tributos versus efetuar pagamento de um empréstimo, onde o custo é muito mais expressivo.), mas aumentaram os gastos. Para compensar, corte nos gastos de custeio, investimento e muito pouco em despesas de pessoal. Entre os cortes, despesas de educação e saúde.
É bom lembrar que neste momento o governo está promovendo uma forte expansão no ensino universitário, através de um projeto denominado Reuni que deverá aumentar o número de vagas das universidades federais. Estas universidades estão hoje propondo expansão que parece não existir uma garantia de recursos futuros.

Links

As melhores escolas de negócios – uma análise comparativa dos diversos rankings

O risco do divórcio

Uma pesquisa interessante sobre filmes românticos e amor na vida real

Ranking da Corrupção

Obesidade em criança e desempenho escolar