Apesar de todos os problemas, uma pesquisa entre executivos financeiros (Study: U.S. CFOs Have Rosy View of Global Standards-Setting, Stephen Taub, CFO, 1/12/2008) mostrou de 88% destes gestores nos Estados Unidos consideram que a convergência com o Iasb é boa ou muito boa. Interessante notar que na Europa, que já implantou essas normas, a aprovação é menor: 51%. Além disto, os gestores dos EUA consideram as IFRS mais acessíveis, includentes e accountability.
O estudo foi realizado pela Duke University e pela Oxford University.
05 dezembro 2008
Islândia
Em Iceland: The country that became a hedge fund, Peter Gumbel (Fortune, 2/12/2008) faz um relato de como a Islândia qubrou.
Mesmo sendo membro fundador da OTAN, a Islandia não obteve ajuda da Europa e dos EUA. Procurou então a Russia. Os governantes afirmam que isto não irá mudar a forma como o país se posiciona politicamente.
Entre os credores da dívida de 70 bilhões de dólares da Islandia existem municípios britânicos e holandeses, bancos alemães e fundos de hedge.
A Islândia é o primeiro país vítima da crise financeira. Os três principais bancos estão quebrados e o mercado acionário perdeu 90% do valor. O Banco Central está insolvente diante da grande quantidade de passivo. O Krona, a moeda local, perdeu metade do valor. A economia deve cair em 10% em 2009 e o desemprego deve ser o mais elevado dos últimos 40 anos.
A situação da Islândia é decorrente da política implantada durante anos por Davíd Oddsson, primeiro-ministro do país de 1991 a 2004. Durante seu governo o país apresentou uma política liberal, com privatização, corte de impostos e liberalização do câmbio. O resultado foi um crescimento médio anual acima de 5% por ano, tornando o país um dos mais ricos do mundo.
Mas uma conseqüência da política de Oddsson foi o aumento excessivo da alavancagem. A dívida dos habitantes é muito maior do que a dos EUA.
Mesmo sendo membro fundador da OTAN, a Islandia não obteve ajuda da Europa e dos EUA. Procurou então a Russia. Os governantes afirmam que isto não irá mudar a forma como o país se posiciona politicamente.
Entre os credores da dívida de 70 bilhões de dólares da Islandia existem municípios britânicos e holandeses, bancos alemães e fundos de hedge.
A Islândia é o primeiro país vítima da crise financeira. Os três principais bancos estão quebrados e o mercado acionário perdeu 90% do valor. O Banco Central está insolvente diante da grande quantidade de passivo. O Krona, a moeda local, perdeu metade do valor. A economia deve cair em 10% em 2009 e o desemprego deve ser o mais elevado dos últimos 40 anos.
A situação da Islândia é decorrente da política implantada durante anos por Davíd Oddsson, primeiro-ministro do país de 1991 a 2004. Durante seu governo o país apresentou uma política liberal, com privatização, corte de impostos e liberalização do câmbio. O resultado foi um crescimento médio anual acima de 5% por ano, tornando o país um dos mais ricos do mundo.
Mas uma conseqüência da política de Oddsson foi o aumento excessivo da alavancagem. A dívida dos habitantes é muito maior do que a dos EUA.
04 dezembro 2008
Rir é o melhor remédio
Dois carros de corrida de arrancada, sendo aquele que representa as montadoras dos EUA tem um trailer amarrado para carregar. Fonte, aqui
Folha de pagamento
Que a folha de pagamento e' um ativo, parece ser indiscutivel. Mas como seria isto na contabilidade?
Para a empresa que efetuou a venda da folha, seria operacional ou nao operacional?, pergunta o leitor do blog, Paulo Carrion.
Sendo mais legalista, nao operacional, exatamente como a venda de um imobilizado. Entretanto, como discutimos no livro Teoria da Contabilidade, esta abordagem e' pode ser questionada por varios motivos.
Uma maneira mais moderna diz respeito a classificar em termos da sua recorrencia. Neste caso, seria nao recorrente.
Para a empresa que efetuou a venda da folha, seria operacional ou nao operacional?, pergunta o leitor do blog, Paulo Carrion.
Sendo mais legalista, nao operacional, exatamente como a venda de um imobilizado. Entretanto, como discutimos no livro Teoria da Contabilidade, esta abordagem e' pode ser questionada por varios motivos.
Uma maneira mais moderna diz respeito a classificar em termos da sua recorrencia. Neste caso, seria nao recorrente.
Economia no mundo atual
Baseado numa lista do Financial Times, decidi ler o livro When MArkets Collide, de El-Erian. O livro foi escolhido como o melhor do ano por este jornal e os elogios foram suficientes para encarar a leitura numa viagem.
Fiquei decepcionado com o resultado pois o autor escolhe falar sobre macro-economia, com alguma pitada de micro-economia e mercado financeiro, sem uma abordagem mais incisiva contra o FMI (ele foi empregado do fundo), o papel de Greenspan na crise (Greenspan aparece na capa indicando a leitura do livro, juntamente com Peter Bernstein, Spence, Arminio Fraga, entre outros).
El-erian nao comenta sobre o controverso papel da contabilidade na crise, o que torna-se um ponto positivo da obra. Quando comenta sobre o Caixa na crise achei interessante a seguinte frase:
"(...) existem tempos quando a gente preocupa-se com o retorno do capital e nao com o retorno sobre o capital." (p. 54)
Destaco que o autor comenta pouco sobre behavioral finance e quando o faz isso ocorre de forma superficial (p. 83, sobre "disposition effect")
Fiquei decepcionado com o resultado pois o autor escolhe falar sobre macro-economia, com alguma pitada de micro-economia e mercado financeiro, sem uma abordagem mais incisiva contra o FMI (ele foi empregado do fundo), o papel de Greenspan na crise (Greenspan aparece na capa indicando a leitura do livro, juntamente com Peter Bernstein, Spence, Arminio Fraga, entre outros).
El-erian nao comenta sobre o controverso papel da contabilidade na crise, o que torna-se um ponto positivo da obra. Quando comenta sobre o Caixa na crise achei interessante a seguinte frase:
"(...) existem tempos quando a gente preocupa-se com o retorno do capital e nao com o retorno sobre o capital." (p. 54)
Destaco que o autor comenta pouco sobre behavioral finance e quando o faz isso ocorre de forma superficial (p. 83, sobre "disposition effect")
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