1) IFRS 03 – Concentrações de atividades empresariais (ainda não regulamentado pelo cpc)
2) Um gráfico fantástico lembra a cronologia da crise
3) Finanças Pessoais: Quanto dinheiro necessitamos para viver?
4) A revista Life está de volta
5) Para comparar salários
03 outubro 2008
Crise e Contabilidade
O número de textos sobre a contabilidade e a crise financeira é enorme. A seguir, um breve resumo de alguns destes textos:
Em termos contábeis, a crise financeira colocou a discussão do valor justo no foco das atenções. Em Pressure mounts for easing of fair value accounting standards, Jennifer Hughes, Ben Hall in Paris e Joanna Chung (1 October 2008 - Financial Times - USA Ed2 – 17) lembram que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, falou da possibilidade da Europa em flexibilizar as normas contábeis. David Cameron, lider da oposição conservadora da Inglaterra disse que as regras tornaram a crise pior. Robert Rubin, ex-secretário do tesouro dos Estados Unidos e atualmente do Citigroup diz que a contabilidade a valor justo piora os problemas do sistema financeiro e que não serve bem ao sistema.
Em outro texto, Sarkozy seeks more flexibility on accounting rules , Jennifer Hughes e Ben Hall (1 October 2008, Financial Times, London Ed1, 06) lembra que a posição de Sarkozy aparece depois da ajuda da França em evitar os problemas da Dexia, uma instituição belga-francesa. A França detém a liderança da comunidade européia até o final do ano. O texto cita Sam diPiazza, da PwC, empresa de auditoria, que afirmou que “os políticos estão acreditando numa resposta simples aqui e ela não existe”.
A posição de Sarkozy é detalhada em Sarkozy seeks EU-wide accounting rule change
(Ben Hall e Nikki Tait Brussels - 1 October 2008 - Financial Times - Asia Ed1 - 04)
Justin Fox, da revista Time (aqui também) , destaca que a marcação a mercado tem suas raízes na revolução da eficiência do mercado na teoria de finanças na década de 1960. Acredita-se que os preços do mercado refletem a realidade econômica. Este pensamento é prevalecente na academia.
Em Clarification of accounting rule sparks debate ; At issue: Write-downs of asset values, Matt Krantz (do jornal popular USA Today - 1 October 2008 – FINAL - B.2) lembra que o valor justo representa o foco da crise financeira atual.
Anatole Kaletsky, 'Punish greedy bankers' is not a rescue plan (The Times, 1 October 2008 – 26) faz um apanhado interessante sobre a questão do resgate dos bancos em dificuldades. Ele lembra que o valor justo funciona bem em situações de bonança, mas com o mercado em crise, com elevada volatilidade, a marcação a mercado pode contribuir para o aumento dos problemas.
Williamson e Scannell, num texto para o Wall Street Journal , afirmam que críticos da proposta de mudança das regras contábeis lembram que as alterações são ilusórias e podem atrasar a resolução dos problemas que genuinamente causaram a crise. A vitória dos opositores a regra culminou com um “esclarecimento” da SEC e do FAsb quanto a questão contábil. Em situações onde o mercado não existe ou quando o ativo só será vendido em liquidação torna-se difícil aplicar o FAS 157
Jennifer Hughes em Fighting fit for fair value fray (1 October 2008 - Financial Times - London Ed1 – 22) faz um resumo da experiência profissional de Sir David Tweedie, o chairman do Iasb, considerado por um jornal como “o mais odiado contador da Inglaterra”.
A mesma Hughes, num texto opinativo denominado Mark to market (1 October 2008 - Financial Times - London Ed1 – 20) afirma que “argumentar que este sistema é responsável pela crise de falencias nos bancos é absurda”. Mas Hughes reconhece que talvez o valor justo possa ter exacerbado o problema.
A The Economist, em Fair Cop (aqui) lembra que a situação do valor justo é mais complexa na Europa e em outros territórios governados pelo Iasb. A SEC responde ao Congresso dos Estados Unidos. Mas e os países que adotam o Iasb? A revista lembra a posição de Sarkozy, de defende a proposta de suspender o valor justo. Seria o capítulo final do valor justo? A revista acredita que não e cita o exemplo da Wachovia, instituição financeira dos Estados Unidos, cujos problemas dos empréstimos são refletidos mesmos quando avaliados ao custo histórico.
Em Loosening of “Mark-to-Market” Accounting Rules Debated, o Riskmetrics lembra que o Center for Audit Quality, o Council of Institutional Investors e o CFA Institute—que representa os auditors, os investidores institucionais e os analistas financeiros – dizem contrários a alteração das regras. “Suspender o valor justo durante estes tempos de mudanças economicas pode retirar dos investidores informações críticas necessárias. Investidores tem o direito de conhecer o valor corrente de um investimento (…)”
Este texto do Seeking Alpha (SFAS 157: Accounting Rules Do Not Affect Cash Flows) lembra que contabilidade não afeta o fluxo de caixa. Ou seja, a questão do SFAS 157 talvez não seja relevante como se parece.
O Iasb, em IASB staff position on SEC-FASB clarification on fair value accounting (2 de outubro de 2008) não considera que a “clarification” promovida pela SEC/FASB não presenta uma emenda ao SFAS 157, mas um guia para situações de mercados inativos. O Iasb considerou isto consistente com o IAS 39.
David Leonhardt, em The Battle Over Mark-to-Market, confronta a posição de Bob McTeer, ex-presidente do Fed de Dallas, que defendeu a suspensao da marcação a mercado, e Barry Ritholz, do Big Picture.
O mesmo Leonhardt, em Some Mark-to-Market for Your Morning, faz um rápido apanhado de posições favoráveis e contrárias.
Marie Leone, da publicação CFO (Coming Very Soon: Fair Value Illustrated
e aqui , 1/10/2008) destaca a mudança do SFAS 157 para ativos ilíquidos. Neste texto, um membro do FASB afirma que a alteração não poderia enfatizar demais que os objetivos da norma foram alterados.
A questão da alteração do SFAS 157 está bastante detalhada em Strange Bedfellows: Fair Value and the Bailout Plan (aqui o mesmo texto) de David Katz e Tim Reason, da CFO. O texto não acrescenta muito ao que já foi dito sobre a alteração.
Mas é interessante notar que a página de notícias da AICPA e IFRS não apresenta atualização desde 26 de setembro de 2008. Falta de notícias ou medo de comprometer sobre o assunto? Vide a figura abaixo.
Em termos contábeis, a crise financeira colocou a discussão do valor justo no foco das atenções. Em Pressure mounts for easing of fair value accounting standards, Jennifer Hughes, Ben Hall in Paris e Joanna Chung (1 October 2008 - Financial Times - USA Ed2 – 17) lembram que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, falou da possibilidade da Europa em flexibilizar as normas contábeis. David Cameron, lider da oposição conservadora da Inglaterra disse que as regras tornaram a crise pior. Robert Rubin, ex-secretário do tesouro dos Estados Unidos e atualmente do Citigroup diz que a contabilidade a valor justo piora os problemas do sistema financeiro e que não serve bem ao sistema.
Em outro texto, Sarkozy seeks more flexibility on accounting rules , Jennifer Hughes e Ben Hall (1 October 2008, Financial Times, London Ed1, 06) lembra que a posição de Sarkozy aparece depois da ajuda da França em evitar os problemas da Dexia, uma instituição belga-francesa. A França detém a liderança da comunidade européia até o final do ano. O texto cita Sam diPiazza, da PwC, empresa de auditoria, que afirmou que “os políticos estão acreditando numa resposta simples aqui e ela não existe”.
A posição de Sarkozy é detalhada em Sarkozy seeks EU-wide accounting rule change
(Ben Hall e Nikki Tait Brussels - 1 October 2008 - Financial Times - Asia Ed1 - 04)
Justin Fox, da revista Time (aqui também) , destaca que a marcação a mercado tem suas raízes na revolução da eficiência do mercado na teoria de finanças na década de 1960. Acredita-se que os preços do mercado refletem a realidade econômica. Este pensamento é prevalecente na academia.
Em Clarification of accounting rule sparks debate ; At issue: Write-downs of asset values, Matt Krantz (do jornal popular USA Today - 1 October 2008 – FINAL - B.2) lembra que o valor justo representa o foco da crise financeira atual.
Anatole Kaletsky, 'Punish greedy bankers' is not a rescue plan (The Times, 1 October 2008 – 26) faz um apanhado interessante sobre a questão do resgate dos bancos em dificuldades. Ele lembra que o valor justo funciona bem em situações de bonança, mas com o mercado em crise, com elevada volatilidade, a marcação a mercado pode contribuir para o aumento dos problemas.
Williamson e Scannell, num texto para o Wall Street Journal , afirmam que críticos da proposta de mudança das regras contábeis lembram que as alterações são ilusórias e podem atrasar a resolução dos problemas que genuinamente causaram a crise. A vitória dos opositores a regra culminou com um “esclarecimento” da SEC e do FAsb quanto a questão contábil. Em situações onde o mercado não existe ou quando o ativo só será vendido em liquidação torna-se difícil aplicar o FAS 157
Jennifer Hughes em Fighting fit for fair value fray (1 October 2008 - Financial Times - London Ed1 – 22) faz um resumo da experiência profissional de Sir David Tweedie, o chairman do Iasb, considerado por um jornal como “o mais odiado contador da Inglaterra”.
A mesma Hughes, num texto opinativo denominado Mark to market (1 October 2008 - Financial Times - London Ed1 – 20) afirma que “argumentar que este sistema é responsável pela crise de falencias nos bancos é absurda”. Mas Hughes reconhece que talvez o valor justo possa ter exacerbado o problema.
A The Economist, em Fair Cop (aqui) lembra que a situação do valor justo é mais complexa na Europa e em outros territórios governados pelo Iasb. A SEC responde ao Congresso dos Estados Unidos. Mas e os países que adotam o Iasb? A revista lembra a posição de Sarkozy, de defende a proposta de suspender o valor justo. Seria o capítulo final do valor justo? A revista acredita que não e cita o exemplo da Wachovia, instituição financeira dos Estados Unidos, cujos problemas dos empréstimos são refletidos mesmos quando avaliados ao custo histórico.
Em Loosening of “Mark-to-Market” Accounting Rules Debated, o Riskmetrics lembra que o Center for Audit Quality, o Council of Institutional Investors e o CFA Institute—que representa os auditors, os investidores institucionais e os analistas financeiros – dizem contrários a alteração das regras. “Suspender o valor justo durante estes tempos de mudanças economicas pode retirar dos investidores informações críticas necessárias. Investidores tem o direito de conhecer o valor corrente de um investimento (…)”
Este texto do Seeking Alpha (SFAS 157: Accounting Rules Do Not Affect Cash Flows) lembra que contabilidade não afeta o fluxo de caixa. Ou seja, a questão do SFAS 157 talvez não seja relevante como se parece.
O Iasb, em IASB staff position on SEC-FASB clarification on fair value accounting (2 de outubro de 2008) não considera que a “clarification” promovida pela SEC/FASB não presenta uma emenda ao SFAS 157, mas um guia para situações de mercados inativos. O Iasb considerou isto consistente com o IAS 39.
David Leonhardt, em The Battle Over Mark-to-Market, confronta a posição de Bob McTeer, ex-presidente do Fed de Dallas, que defendeu a suspensao da marcação a mercado, e Barry Ritholz, do Big Picture.
O mesmo Leonhardt, em Some Mark-to-Market for Your Morning, faz um rápido apanhado de posições favoráveis e contrárias.
Marie Leone, da publicação CFO (Coming Very Soon: Fair Value Illustrated
e aqui , 1/10/2008) destaca a mudança do SFAS 157 para ativos ilíquidos. Neste texto, um membro do FASB afirma que a alteração não poderia enfatizar demais que os objetivos da norma foram alterados.
A questão da alteração do SFAS 157 está bastante detalhada em Strange Bedfellows: Fair Value and the Bailout Plan (aqui o mesmo texto) de David Katz e Tim Reason, da CFO. O texto não acrescenta muito ao que já foi dito sobre a alteração.
Mas é interessante notar que a página de notícias da AICPA e IFRS não apresenta atualização desde 26 de setembro de 2008. Falta de notícias ou medo de comprometer sobre o assunto? Vide a figura abaixo.
Impacto da Crise
Crise varre meio trilhão da Bolsa em 2008
Toni Sciarretta
FolhaNews - 2/10/2008
A crise nos mercados já levou R$ 513 bilhões em valor de mercado das empresas brasileiras na Bolsa em 2008, segundo estudo da consultoria Economática. Só a Vale e a Petrobras encolheram R$ 85 bilhões cada uma na Bolsa neste ano.
O estudo mostra ainda que o setor financeiro, que está no epicentro da crise global, perdeu R$ 95,8 bilhões em valor de mercado. Na pesquisa, a Economática avaliou os valores das ações de 326 empresas abertas.
Considerado um "retrato momentâneo do preço" de uma empresa caso fosse vendida, o valor de mercado resulta basicamente de duas forças que têm a ver com a expectativa de lucros futuros e com o quanto alguém está disposto a pagar por ela. Segundo Fernando Exel, presidente da Economática, a crise deu um golpe nesses dois vetores: diminui a expectativa de lucros e reduziu o dinheiro disponível do investidor. "O lucro das empresas vai cair porque espera-se um desaquecimento geral. E esse futuro mais magro aparece nas ações."
Para Armando Castelar, economista da Gávea Investimentos, a crise de crédito retirou um "combustível importante" para mover os preços na economia. A isso, afirmou Castelar, somou-se uma incerteza sobre o que de fato vai acontecer com a economia, o que aumenta uma espécie de "taxa de desconto" em que os lucros futuros das empresas são trazidos hoje a valor presente. "Com maior incerteza, a taxa de desconto desse lucro futuro também aumentou. As ações estão refletindo essas duas coisas: perspectivas negativas de lucro e a incerteza que significa descontar mais desse futuro", disse.
Para Álvaro Bandeira, presidente nacional da Apimec (Associação dos Analistas), as empresas brasileiras valem menos na Bolsa porque a conjuntura mudou para pior desde o ano passado. "Perdeu mesmo. Não estamos discutindo se esse é o valor real da companhia ou não. Esse é o valor que o mercado paga hoje. A gente pode discutir se a Petrobras vale mesmo R$ 344 bilhões, que o mercado está precificando, ou se tem um valor econômico que pode ser o dobro. Empiricamente, só com as novas reservas provadas [de petróleo] neste ano, a empresa vale mais. O mercado perde parâmetros nesses momentos."
Professor de contabilidade da Fipecafi, Alexandre Assaf Neto afirma que a crise provocou um "descolamento" ainda maior entre os valores econômicos -que representa o quanto a empresa gera de riqueza- e o de mercado das empresas.
Assaf lembra que esse descolamento sempre foi maior no Brasil porque a maioria das empresas não têm suas ações completamente pulverizadas, como nos EUA. Essa distorção faz o mercado embutir um desconto pelo prêmio de controle, que é a capacidade de o acionista interferir na gestão estratégica da empresa. Como exemplo, cita o caso da GM, que tem 94% de suas ações no mercado, e os papéis são muito negociados. "Quando o capital é mais diluído e o volume de negociação das ações é maior, esses valores tendem a se aproximar", disse.
Ricardo Martins, analista da Planner, não vê com alarde a perda de valor na Bolsa e lembra que, em 2007, os coordenadores dos IPOs [aberturas de capital] exploraram condições opostas de mercado para vender as ações pelo maior valor possível. "O mercado aceitou sem critério preços irreais. Hoje, a história é diferente."
Toni Sciarretta
FolhaNews - 2/10/2008
A crise nos mercados já levou R$ 513 bilhões em valor de mercado das empresas brasileiras na Bolsa em 2008, segundo estudo da consultoria Economática. Só a Vale e a Petrobras encolheram R$ 85 bilhões cada uma na Bolsa neste ano.
O estudo mostra ainda que o setor financeiro, que está no epicentro da crise global, perdeu R$ 95,8 bilhões em valor de mercado. Na pesquisa, a Economática avaliou os valores das ações de 326 empresas abertas.
Considerado um "retrato momentâneo do preço" de uma empresa caso fosse vendida, o valor de mercado resulta basicamente de duas forças que têm a ver com a expectativa de lucros futuros e com o quanto alguém está disposto a pagar por ela. Segundo Fernando Exel, presidente da Economática, a crise deu um golpe nesses dois vetores: diminui a expectativa de lucros e reduziu o dinheiro disponível do investidor. "O lucro das empresas vai cair porque espera-se um desaquecimento geral. E esse futuro mais magro aparece nas ações."
Para Armando Castelar, economista da Gávea Investimentos, a crise de crédito retirou um "combustível importante" para mover os preços na economia. A isso, afirmou Castelar, somou-se uma incerteza sobre o que de fato vai acontecer com a economia, o que aumenta uma espécie de "taxa de desconto" em que os lucros futuros das empresas são trazidos hoje a valor presente. "Com maior incerteza, a taxa de desconto desse lucro futuro também aumentou. As ações estão refletindo essas duas coisas: perspectivas negativas de lucro e a incerteza que significa descontar mais desse futuro", disse.
Para Álvaro Bandeira, presidente nacional da Apimec (Associação dos Analistas), as empresas brasileiras valem menos na Bolsa porque a conjuntura mudou para pior desde o ano passado. "Perdeu mesmo. Não estamos discutindo se esse é o valor real da companhia ou não. Esse é o valor que o mercado paga hoje. A gente pode discutir se a Petrobras vale mesmo R$ 344 bilhões, que o mercado está precificando, ou se tem um valor econômico que pode ser o dobro. Empiricamente, só com as novas reservas provadas [de petróleo] neste ano, a empresa vale mais. O mercado perde parâmetros nesses momentos."
Professor de contabilidade da Fipecafi, Alexandre Assaf Neto afirma que a crise provocou um "descolamento" ainda maior entre os valores econômicos -que representa o quanto a empresa gera de riqueza- e o de mercado das empresas.
Assaf lembra que esse descolamento sempre foi maior no Brasil porque a maioria das empresas não têm suas ações completamente pulverizadas, como nos EUA. Essa distorção faz o mercado embutir um desconto pelo prêmio de controle, que é a capacidade de o acionista interferir na gestão estratégica da empresa. Como exemplo, cita o caso da GM, que tem 94% de suas ações no mercado, e os papéis são muito negociados. "Quando o capital é mais diluído e o volume de negociação das ações é maior, esses valores tendem a se aproximar", disse.
Ricardo Martins, analista da Planner, não vê com alarde a perda de valor na Bolsa e lembra que, em 2007, os coordenadores dos IPOs [aberturas de capital] exploraram condições opostas de mercado para vender as ações pelo maior valor possível. "O mercado aceitou sem critério preços irreais. Hoje, a história é diferente."
Finanças Comportamentais é premiada no Ignobil
Lista completa:
Nutrição
Massimiliano Zampini da Universidade de Trento, Itália, e Charles Spence da Universidade Oxford, Reino Unido, por modificar eletronicamente o ruído de uma batata frita a fim de fazer com que a pessoa que a mastiga pensar que ela é mais crocante e fresca do que realmente é.
Paz
O Comitê Federal Suíço de Ética para Biotecnologia Não-Humana e os cidadãos suíços, por adotar o princípio legal de que plantas têm dignidade.
Arqueologia
Astolfo G. Mello Araujo e José Carlos Marcelino,da Universidade de São Paulo, por medir como o curso da história, ou pelo menos o conteúdo da escavação de um sítio arqueológico, pode ser remexido pelas ações de um tatu vivo.
Biologia
Marie-Christine Cadiergues, Christel Joubert e Michel Franc da Escola Veterinária de Toulouse, França, por descobrir que as pulgas que vivem em um cão podem saltar mais alto que as que moram em um gato.
Medicina
Dan Ariely, da Universidade Duke, EUA, por demonstrar que remédios inúteis caros funcionam melhor que remédios inúteis baratos.
Ciências Cognitivas
Toshiyuki Nakagaki, da Universidade de Hokkaido, Hiroyasu Yamada, Ryo Kobayashi da Universidade de Hiroshima, Atsushi Tero, Akio Ishiguro da Universidade de Tohoku, and Ágotá Tóth da Universidade de Szeged, na Hungria, por descobrir que gosma pode resolver quebra-cabeças.
Economia
Geoffrey Miller, Joshua Tybur e Brent Jordan da Universidade do Novo México (EUA) por descobrir que o ciclo de ovulação de uma stripper afeta a gorjeta que recebe.
Física
Dorian Raymer da Iniciativa Observatórios Oceânicos da Scripps, e Douglas Smith, da Universidade da Califórnia, San Diego, por provar matematicamente que montes de barbantes, cabelo ou qualquer outra coisa acabarão, inevitavelmente, emaranhados em nós.
Química
Sharee A. Umpierre da Universidade de Porto Rico, Joseph A. Hill dos Centros de Fertilidade de da Nova Inglaterra, Deborah J. Anderson da Escola de Medicina de Boston e da Faculdade de Medicina de Harvard, por descobrir que a Coca-Cola é um espermicida eficiente; e para Chuang-Ye Hong da Universidade Médica de Taipé, C.C. Shieh, P. Wu, e B.N. Chiang (todos de Tawian) por descobrir que, na verdade, não é.
Literatura
David Sims da Escola de Administração de Negócios Cass, Inglaterra, por ter redigido o estudo You Bastard: A Narrative Exploration of the Experience of Indignation within Organizations (Seu Filho da Mãe: Uma Exploração Narrativa da Indignação Dentro das Organizações).
Nutrição
Massimiliano Zampini da Universidade de Trento, Itália, e Charles Spence da Universidade Oxford, Reino Unido, por modificar eletronicamente o ruído de uma batata frita a fim de fazer com que a pessoa que a mastiga pensar que ela é mais crocante e fresca do que realmente é.
Paz
O Comitê Federal Suíço de Ética para Biotecnologia Não-Humana e os cidadãos suíços, por adotar o princípio legal de que plantas têm dignidade.
Arqueologia
Astolfo G. Mello Araujo e José Carlos Marcelino,da Universidade de São Paulo, por medir como o curso da história, ou pelo menos o conteúdo da escavação de um sítio arqueológico, pode ser remexido pelas ações de um tatu vivo.
Biologia
Marie-Christine Cadiergues, Christel Joubert e Michel Franc da Escola Veterinária de Toulouse, França, por descobrir que as pulgas que vivem em um cão podem saltar mais alto que as que moram em um gato.
Medicina
Dan Ariely, da Universidade Duke, EUA, por demonstrar que remédios inúteis caros funcionam melhor que remédios inúteis baratos.
Ciências Cognitivas
Toshiyuki Nakagaki, da Universidade de Hokkaido, Hiroyasu Yamada, Ryo Kobayashi da Universidade de Hiroshima, Atsushi Tero, Akio Ishiguro da Universidade de Tohoku, and Ágotá Tóth da Universidade de Szeged, na Hungria, por descobrir que gosma pode resolver quebra-cabeças.
Economia
Geoffrey Miller, Joshua Tybur e Brent Jordan da Universidade do Novo México (EUA) por descobrir que o ciclo de ovulação de uma stripper afeta a gorjeta que recebe.
Física
Dorian Raymer da Iniciativa Observatórios Oceânicos da Scripps, e Douglas Smith, da Universidade da Califórnia, San Diego, por provar matematicamente que montes de barbantes, cabelo ou qualquer outra coisa acabarão, inevitavelmente, emaranhados em nós.
Química
Sharee A. Umpierre da Universidade de Porto Rico, Joseph A. Hill dos Centros de Fertilidade de da Nova Inglaterra, Deborah J. Anderson da Escola de Medicina de Boston e da Faculdade de Medicina de Harvard, por descobrir que a Coca-Cola é um espermicida eficiente; e para Chuang-Ye Hong da Universidade Médica de Taipé, C.C. Shieh, P. Wu, e B.N. Chiang (todos de Tawian) por descobrir que, na verdade, não é.
Literatura
David Sims da Escola de Administração de Negócios Cass, Inglaterra, por ter redigido o estudo You Bastard: A Narrative Exploration of the Experience of Indignation within Organizations (Seu Filho da Mãe: Uma Exploração Narrativa da Indignação Dentro das Organizações).
Brasil ganha o Ignobel: Estudo sobre tatus e sítios arqueológicos
Elo entre tatu e arqueologia dá IgNobel ao Brasil
Prêmio antecede Nobel e é concedido a estudos, como o de dupla paulista, ?que 1.º fazem rir e, depois, pensar?
Carlos Orsi
Um estudo sobre os danos provocados por tatus a sítios arqueológicos rendeu aos brasileiros Astolfo Mello Araujo e José Carlos Marcelino um prêmio IgNobel, uma paródia do Nobel concedida anualmente pela revista americana Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável) a trabalhos científicos "que primeiro fazem rir e, depois, pensar". "Creio que se trata do primeiro IgNobel do Brasil (o prêmio está na 18ª edição)", disse Marc Abrahams, editor da Annals e mestre-de-cerimônias da festa de premiação, realizada na noite de ontem na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos. "Toda a nação vai sair às ruas em desfiles e festas por causa disso, certo?"
Abrahams provavelmente vai se decepcionar com a reação do povo brasileiro, mas Araujo, ao menos, gostaria de estar presente para receber o prêmio. "Pelo que me falaram é muito divertido. Você pode até mesmo dar uma curta palestra sobre o seu trabalho no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts), o que, convenhamos, não é pouca coisa", afirma. "Infelizmente, já gastei todo o meu financiamento acadêmico deste ano indo para a Espanha e a Irlanda."
Em nota encaminhada à organização do IgNobel, os dois autores agradecem: "Já que não existe um Nobel para arqueologia, o IgNobel sempre é bem-vindo!", dizem.
Publicado em março de 2003 pela revista especializada Geoarchaeology, o estudo dos brasileiros foi realizado com tatus no Zoológico de São Paulo, quando Araujo era funcionário da Prefeitura. Lá, foi criado um falso sítio arqueológico. "Qualquer arqueólogo minimamente observador percebe, ao longo de sua carreira, que tatus são um problema real", diz Araujo. "Eu percebi isso ao trabalhar em várias partes do Brasil. Lembro-me especialmente de ter visto belos e grandes fragmentos de cerâmica indígena serem ejetados de um buraco de tatu, quando trabalhei no Xingu."
Entre outras coisas, os animais podem misturar artefatos, carregando peças de um nível do sítio para outro. "Não há números a respeito e, na verdade, nosso trabalho é único, por incrível que pareça", diz o arqueólogo, que atualmente trabalha em escavações em Minas e dá aulas na Universidade de São Paulo (USP). "Nenhum arqueólogo tinha se debruçado sobre o tema."
Araujo diz ter recebido a notícia de que ganhara um IgNobel com tranqüilidade: "O Marc Abrahams, que é o coordenador do prêmio, entrou em contato. Parecem ser pessoas bem legais. Sondam primeiro para ver se o laureado não vai se ofender. O processo é todo bem amigável." Ele não espera um impacto do IgNobel em sua carreira. "O prêmio foi uma coisa divertida. Achei uma pena não poder ter ido à festa, mas realmente não muda nada. Se ainda eles premiassem com dinheiro, como o Nobel", lamenta.
Prêmio antecede Nobel e é concedido a estudos, como o de dupla paulista, ?que 1.º fazem rir e, depois, pensar?
Carlos Orsi
Um estudo sobre os danos provocados por tatus a sítios arqueológicos rendeu aos brasileiros Astolfo Mello Araujo e José Carlos Marcelino um prêmio IgNobel, uma paródia do Nobel concedida anualmente pela revista americana Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável) a trabalhos científicos "que primeiro fazem rir e, depois, pensar". "Creio que se trata do primeiro IgNobel do Brasil (o prêmio está na 18ª edição)", disse Marc Abrahams, editor da Annals e mestre-de-cerimônias da festa de premiação, realizada na noite de ontem na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos. "Toda a nação vai sair às ruas em desfiles e festas por causa disso, certo?"
Abrahams provavelmente vai se decepcionar com a reação do povo brasileiro, mas Araujo, ao menos, gostaria de estar presente para receber o prêmio. "Pelo que me falaram é muito divertido. Você pode até mesmo dar uma curta palestra sobre o seu trabalho no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts), o que, convenhamos, não é pouca coisa", afirma. "Infelizmente, já gastei todo o meu financiamento acadêmico deste ano indo para a Espanha e a Irlanda."
Em nota encaminhada à organização do IgNobel, os dois autores agradecem: "Já que não existe um Nobel para arqueologia, o IgNobel sempre é bem-vindo!", dizem.
Publicado em março de 2003 pela revista especializada Geoarchaeology, o estudo dos brasileiros foi realizado com tatus no Zoológico de São Paulo, quando Araujo era funcionário da Prefeitura. Lá, foi criado um falso sítio arqueológico. "Qualquer arqueólogo minimamente observador percebe, ao longo de sua carreira, que tatus são um problema real", diz Araujo. "Eu percebi isso ao trabalhar em várias partes do Brasil. Lembro-me especialmente de ter visto belos e grandes fragmentos de cerâmica indígena serem ejetados de um buraco de tatu, quando trabalhei no Xingu."
Entre outras coisas, os animais podem misturar artefatos, carregando peças de um nível do sítio para outro. "Não há números a respeito e, na verdade, nosso trabalho é único, por incrível que pareça", diz o arqueólogo, que atualmente trabalha em escavações em Minas e dá aulas na Universidade de São Paulo (USP). "Nenhum arqueólogo tinha se debruçado sobre o tema."
Araujo diz ter recebido a notícia de que ganhara um IgNobel com tranqüilidade: "O Marc Abrahams, que é o coordenador do prêmio, entrou em contato. Parecem ser pessoas bem legais. Sondam primeiro para ver se o laureado não vai se ofender. O processo é todo bem amigável." Ele não espera um impacto do IgNobel em sua carreira. "O prêmio foi uma coisa divertida. Achei uma pena não poder ter ido à festa, mas realmente não muda nada. Se ainda eles premiassem com dinheiro, como o Nobel", lamenta.
Previsão para o Nobel de Economia
A THONSOM Reuters fez uma pesquisa para saber quais os favoritos ao Nobel de Economia deste ano. Esperava o nome de Paul Krugman (pelos acertos em suas previsões) mas a preferência é a seguinte:
Em Econometria, Lars Hansen (Chicago), Sargent (NY University) e C. Sims (Princeton)
Em economia pública, Martin Feldstein, da Harvard.
Em direito de propriedade e teoria da firma, A. Alchian e Demsetz (Califórnia)
Outros citados em anos anteriores e que estariam no páreo:
ROBERT J. BARRO; EUGENE F. FAMA; KENNETH R. FRENCH; PAUL MICHEAL ROMER; RICHARD H. THALER; JAGDISH N. BHAGWATI; AVINASH K. DIXIT ; PAUL KRUGMAN; DALE W. JORGENSON; OLIVER D. HART; BENGT R. HOLMSTROM; OLIVER E. WILLIAMSON; ELHANAN HELPMAN; GENE M. GROSSMAN; JEAN TIROLE; ROBERT B. WILSON e PAUL R. MILGROM
Fonte: Aqui
Em Econometria, Lars Hansen (Chicago), Sargent (NY University) e C. Sims (Princeton)
Em economia pública, Martin Feldstein, da Harvard.
Em direito de propriedade e teoria da firma, A. Alchian e Demsetz (Califórnia)
Outros citados em anos anteriores e que estariam no páreo:
ROBERT J. BARRO; EUGENE F. FAMA; KENNETH R. FRENCH; PAUL MICHEAL ROMER; RICHARD H. THALER; JAGDISH N. BHAGWATI; AVINASH K. DIXIT ; PAUL KRUGMAN; DALE W. JORGENSON; OLIVER D. HART; BENGT R. HOLMSTROM; OLIVER E. WILLIAMSON; ELHANAN HELPMAN; GENE M. GROSSMAN; JEAN TIROLE; ROBERT B. WILSON e PAUL R. MILGROM
Fonte: Aqui
Percepção da corrupção
O gráfico mostra a percepção de corrupção em diversos países do mundo. Países pequenos e ricos são menos corruptos, sendo a Transparência Internacional. O índice melhorou para Geórgia, Nigéria, Coréia do Sul e Turquia. Mas o Brasil continua na 80ª. posição.
Fonte: aqui
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