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12 setembro 2008

Convergência

Duas matérias da revista eletrônica CFO.com abordam a questão da convergência do USGAAP ao IFRS. O sentimento reinante entre alguns profissionais americanos da contabilidade é que os EUA não precisavam migrar para IFRS e que este processo está sendo feito rápido demais.


Fonte: aqui

Links: aqui e aqui

Com respeito a isto, em The Rush to International Accounting, Charles Niemeier observa que “todas pesquisas mostram que os Estados Unidos são únicos em sua regulação. Nenhum paíse é tão efetivo … Nós temos o menor custo de capital do mundo.”

Dificuldade de convergência

O texto IAS 24: Related Party Disclosures Are Too Transparent to Suit China mostra como é dificil na prática fazer a convergência. A China está relutando em aceitar o IAS 24, sobre evidenciação de partes relacionadas. A justificativa é a relação custo-benefício. Entretanto, o texto mostra que outros aspectos talvez estejam influenciando esta posição. Lembre-se que uma grande parcela da economia da China possui uma influencia das empresas estatais.

Desenvolvimento Financeiro


Postei anteriormente o índice de desenvolimento financeiro. A figura a seguir mostra uma visão melhor do Brazil, em 40º de um total de 52 países.

Fonte : Aqui

Pagamento de Executivo



O gráfico mostra os países com melhores remunerações de executivos. Os brasileiros, em 23º, indica que o executivo tupiniquim recebe cerca de 40% a mais do que o executivo dos EUA.

Fonte: Aqui

IPO do Terceiro setor

A The Economist de 11 de setembro mostra a existência de uma organização do terceiro setor que está fazendo uma IPO (initial public offering). No texto Non-profit capitalism a revista informa que a organização Do Something, que promove o voluntariado entre jovens, irá fazer uma IPO para obter 8 milhões para dobrar as atividades da organização. O prospecto da organização é igual a de outras empresas, somente não faz promesa quanto ao lucro.
A entidade promete, no entanto, um expressivo retorno social do investimento. Quem participar da IPO terá direito a voto.

Rodízio de Auditores


Através do blog do Alexandre Alcantara fiquei sabendo da Deliberação 549/2008 da CVM que determina o fim do rodízio dos auditores (Instrução n.º 308/99) até 2011 para

diminuir os impactos decorrentes do processo de adaptação às novas normas contábeis e contribuir para a estabilidade nesse cenário de mudanças com vistas à convergência contábil.


O assunto é polêmico. Conforme lembra o Valor Econômico (Rodízio alterou divisão de forças do setor, 12/09/2008)

ajudou a mudar a divisão de forças entre as principais empresas do setor de contabilidade. A decisão do BC foi seguida em 1999 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que estendeu a rotação obrigatória para todas as companhias de capital aberto e impediu as auditorias de prestar de serviços de consultoria para seus clientes de auditoria.

As auditorias foram juntas à Justiça contra a medida, mas logo passaram a se digladiar na disputa pelas empresas. O rodízio da CVM e a quebra da Arthur Andersen, que aconteceu pouco antes da medida entrar em vigor, viraram o setor de cabeça para baixo. A Deloitte, antes a menor das então "cinco grandes", passou rapidamente para a primeira posição no ranking de auditoria de companhias de capital aberto (o que é, lembre-se, apenas parte do faturamento total das firmas).

(...) Por isso, a decisão do BC, principalmente, e o congelamento da CVM foram comemorados pelos auditores.(...) "Há estudos qualitativos que mostram a ineficiência da medida. (...)

Martins é indicado diretor da CVM


Especialista em IFRS, professor Eliseu Martins será diretor da CVM
Valor Econômico - 12/09/2008

A contabilidade está mesmo na ordem do dia. Depois de uma batalha de meses de convencimento, o nome de Eliseu Martins, professor da USP e um dos maiores especialistas em normas contábeis do país, foi confirmado ontem para a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele vai terminar o mandato que era de Durval Soledade, que vai até o fim de 2009. Também foi anunciado ontem o nome do substituto do diretor Sérgio Weguelin, que deixa a CVM no fim deste ano. Será Otávio Yazbek, que atuava como diretor de normas na BM&F. A presidente da CVM, Maria Helena Santana, afirmou que a escolha do professor Eliseu Martins para o cargo de diretor é uma excelente aquisição para qualquer organização, "por conta da competência, da reputação e da experiência acumulada por ele, que são acima de qualquer consideração". A escolha do Eliseu foi anunciada em um seminário em São Paulo e ele foi ovacionado pelo público.

Martins não quis comentar a escolha, alegando que "é muito cedo".Maria Helena frisou, porém, que a chegada de um profissional com este perfil não poderia ter ocorrido em um momento melhor, pois agora está acontecendo a transição para o IFRS, novo padrão contábil internacional. "Para uma instituição como a nossa, é muito importante ter um profissional como ele, que sempre teve espírito público na vida privada", disse, acrescentando que a decisão foi do Ministério da Fazenda, que mostrou sensibilidade ao momento atual. Nos bastidores comentava-se que Martins já tinha sido assediado para esse cargo por conta do atual momento de ebulição nas questões relacionadas à contabilidade das companhias abertas, mas vinha resistindo à idéia. Recentemente, capitulou. (...)


Já a Gazeta Mercantil informa que:

Mantega indica dois diretores para CVM
Gazeta Mercantil - 12/9/2008

Eliseu Martins, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, vai complementar o mandado do diretor Durval Soledade até dezembro de 2009. Soledade deixa o órgão por motivos pessoais, para fazer um tratamento de saúde. Martins, até então, não havia trabalhado para o setor público federal.


Esquecendo que Martins (foto) foi diretor da CVM e do Banco Central no passado.