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12 setembro 2008

IPO do Terceiro setor

A The Economist de 11 de setembro mostra a existência de uma organização do terceiro setor que está fazendo uma IPO (initial public offering). No texto Non-profit capitalism a revista informa que a organização Do Something, que promove o voluntariado entre jovens, irá fazer uma IPO para obter 8 milhões para dobrar as atividades da organização. O prospecto da organização é igual a de outras empresas, somente não faz promesa quanto ao lucro.
A entidade promete, no entanto, um expressivo retorno social do investimento. Quem participar da IPO terá direito a voto.

Rodízio de Auditores


Através do blog do Alexandre Alcantara fiquei sabendo da Deliberação 549/2008 da CVM que determina o fim do rodízio dos auditores (Instrução n.º 308/99) até 2011 para

diminuir os impactos decorrentes do processo de adaptação às novas normas contábeis e contribuir para a estabilidade nesse cenário de mudanças com vistas à convergência contábil.


O assunto é polêmico. Conforme lembra o Valor Econômico (Rodízio alterou divisão de forças do setor, 12/09/2008)

ajudou a mudar a divisão de forças entre as principais empresas do setor de contabilidade. A decisão do BC foi seguida em 1999 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que estendeu a rotação obrigatória para todas as companhias de capital aberto e impediu as auditorias de prestar de serviços de consultoria para seus clientes de auditoria.

As auditorias foram juntas à Justiça contra a medida, mas logo passaram a se digladiar na disputa pelas empresas. O rodízio da CVM e a quebra da Arthur Andersen, que aconteceu pouco antes da medida entrar em vigor, viraram o setor de cabeça para baixo. A Deloitte, antes a menor das então "cinco grandes", passou rapidamente para a primeira posição no ranking de auditoria de companhias de capital aberto (o que é, lembre-se, apenas parte do faturamento total das firmas).

(...) Por isso, a decisão do BC, principalmente, e o congelamento da CVM foram comemorados pelos auditores.(...) "Há estudos qualitativos que mostram a ineficiência da medida. (...)

Martins é indicado diretor da CVM


Especialista em IFRS, professor Eliseu Martins será diretor da CVM
Valor Econômico - 12/09/2008

A contabilidade está mesmo na ordem do dia. Depois de uma batalha de meses de convencimento, o nome de Eliseu Martins, professor da USP e um dos maiores especialistas em normas contábeis do país, foi confirmado ontem para a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele vai terminar o mandato que era de Durval Soledade, que vai até o fim de 2009. Também foi anunciado ontem o nome do substituto do diretor Sérgio Weguelin, que deixa a CVM no fim deste ano. Será Otávio Yazbek, que atuava como diretor de normas na BM&F. A presidente da CVM, Maria Helena Santana, afirmou que a escolha do professor Eliseu Martins para o cargo de diretor é uma excelente aquisição para qualquer organização, "por conta da competência, da reputação e da experiência acumulada por ele, que são acima de qualquer consideração". A escolha do Eliseu foi anunciada em um seminário em São Paulo e ele foi ovacionado pelo público.

Martins não quis comentar a escolha, alegando que "é muito cedo".Maria Helena frisou, porém, que a chegada de um profissional com este perfil não poderia ter ocorrido em um momento melhor, pois agora está acontecendo a transição para o IFRS, novo padrão contábil internacional. "Para uma instituição como a nossa, é muito importante ter um profissional como ele, que sempre teve espírito público na vida privada", disse, acrescentando que a decisão foi do Ministério da Fazenda, que mostrou sensibilidade ao momento atual. Nos bastidores comentava-se que Martins já tinha sido assediado para esse cargo por conta do atual momento de ebulição nas questões relacionadas à contabilidade das companhias abertas, mas vinha resistindo à idéia. Recentemente, capitulou. (...)


Já a Gazeta Mercantil informa que:

Mantega indica dois diretores para CVM
Gazeta Mercantil - 12/9/2008

Eliseu Martins, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, vai complementar o mandado do diretor Durval Soledade até dezembro de 2009. Soledade deixa o órgão por motivos pessoais, para fazer um tratamento de saúde. Martins, até então, não havia trabalhado para o setor público federal.


Esquecendo que Martins (foto) foi diretor da CVM e do Banco Central no passado.

11 setembro 2008

Rir é o melhor remédio

Contador, Auditor e Princípios Contábeis

What's the definition of an accountant? Someone who solves a problem you didn't know you had in a way you don't understand.

What's an auditor? Someone who arrives after the battle and bayonets the wounded.

And drum roll, please: What are Generally Accepted Accounting Principles? The difference between accounting theory and practice.

Fonte: Information Age: Closing the Information GAAP - L. Gordon Crovitz - 8 September 2008 - The Wall Street Journal - A17

Links

1) A questão da depreciação com a IFRS

2) IAS 33 – Resultado por ações (ainda não regulamentado pelo CPC)

3) Salários do futebol americano

4) Uma das conseqüências da adoção da IFRS nos Estados Unidos ocorrerá sobre os planos de compensação e benefícios aos empregados.

5) A questão do Lucro Permanente e a estimativa de retornos das ações

Processo contra Price

Um Tribunal dos Estados Unidos condenou a PricewaterhouseCoopers em 183 milhões de dólares por problemas na contabilidade de uma empresa de seguros - Insurance Co. - em 1983. Na época a empresa era auditada pela Coopers & Lybrand, que ocultou alguns dos problemas da empresa.

Depois de anos, um julgamento em 2005 estipulou uma indenização de 120 milhões de dólares, que acrescidos de juros, chegou ao valor final.

Fonte: US court OKs $183 million award in accounting case - MaryClaire Dale - Associated Press Writer - 10/9/2008