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26 agosto 2008

Norte-Americano, Estadunidense ou Americano

Sempre tive dificuldade em nomear a pessoa que nasce nos Estados Unidos. Não gosto de americano, por razões óbvias (não são somente eles os americanos). Norte-americano também não resolve. Estadunidense pode ser uma solução. Não para um compositor famoso:

(...) E Carmen [Miranda] adaptou-se a muitas submissões da música brasileira aos estilos cubanos, mais conhecidos dos norte-americanos (aliás, Exequiela, são poucos no Brasil que, poucas vezes, usam o termo “estadunidense”, e eu entendo: é feia essa palavra: o sumiço do plural de “estados” me causa desconforto, para só dizer o mínimo; e na verdade “americano” quer, no mais das vezes, dizer “relativo aos Estados Unidos da América”, que, indo mais longe do que no caso da África do Sul, é o único país cujos colonizadores não sentiram necessidade de nomear, tomando o nome do continente para si, como se dissessem: “América é onde chegamos, o resto é nada” - e é a partir disso que se comporta a língua ao redor desse conceito; acho natural e saudável que tentemos reagir a isso, mas “estadunidense” não é uma boa solução - nem “estados unidos” é propriamente um nome: o nome é América, “estados unidos” equivale a “república federativa” ou a qualquer outra designação genérica - e, de fato, o México é Estados Unidos do México e o Brasil foi, até pouco tempo, Estados Unidos do Brasil; quando aceitamos o equívoco termo “americano” como significando “dos Estados Unidos”, ou mesmo “norte-americano” (já que este se aplicaria igualmente ao México e ao Canadá), estamos apenas usando uma palavra pelo que ela mais freqüentemente significa: resistirmos a isso não mostra mais nossas forças do que nossas fraquezas).
O cantor da rude sutileza
Caetano Veloso - 24/08/2008
O Estado de São Paulo

Critica a proposta de Thaler e Sunstein

Recentemente Thaler deu uma entrevista a revista Veja onde expôs sua proposta para um plano de pensão. Tim Harford (via Marginal Revolution) apresenta a seguinte crítica:

Libertarian paternalism is the brainchild of Profs Thaler and Sunstein, but nudging is not. Nudging is good architecture, good design or good marketing and most nudges have been invented by private sector companies. Prof Thaler’s best policy idea – a pension plan called Save More Tomorrow – was tried by a manufacturing company rather than a government.

Influencia da IFRS sobre empregos

(…) Part of what is driving the global push for the big accounting firms is the likelihood that IFRS, or international financial reporting standards, will become the norm for U.S. accounting, instead of GAAP, or generally accepted accounting practices, the current U.S. standard. (…)

More U.S. employees are getting global assignments - Jane M. Von Bergen; The Philadelphia Inquirer - 24/08/2008

Pagando para estudar

Alguns programas sociais de países em desenvolvimento tem focado sua atenção na transferência de recursos do governo para famílias pobres que coloquem seus filhos numa escola. Já se sabe que programas como esse aumenta a freqüência escolar, mas pouco se sabia sobre o desempenho do aluno. Em Cash Incentives and Achievement in School tem um link para um estudo de dois economistas equatorianos, Juan Ponce a Arjun Bedi sobre um programa como este para o Equador.

O resultado é que não existe nenhum impacto, positivo ou negativo, no desempenho do aluno.

Tyler Cowen, em Discover your Inner Economist (2007, p. 25) lembra que este tipo de programa tem sua origem no início dos anos 1820, na cidade de Nova Iorque, e abandonado logo após.

Custo da Obesidade

Em Tragic cost of obesity, Grant McArthur (22 /08/ 2008, Herald-Sun, 2 – SECOND, 25) informa que os 3,7 milhões de obesos australianos custam para aquele país 58 bilhões ao ano.

Canadá e IFRS

David Tweedie, do IASB, defende a necessidade do Canadá em adotar a IFRS em Canada needs new accounting rules, Financial Post, 06/06/2008, National Post, FP15.

Tweedie defende-se do artigo de Al Rosen no mesmo Financial Post ("IFRS raises some concerns," May 17) sobre a questão da comparabilidade e da adoção de padrões próprios.

Sobre a comparabilidade Tweedie afirma que

It is logical to ask how principle-based standards can offer comparability on the same scale as that provided by many volumes of detailed rules. But this misses the point. U. S. GAAP also is principle-based -- it's just that over the years, more and more guidance has been piled on top to address every conceivable situation, to the point where a whole team of experts is now required to conduct a single audit. As a result of Canada's previous strategy of harmonizing with U. S. GAAP, much of this guidance has been imported into Canadian GAAP.


Tweedie acredita que o IFRS torna mais fácil a comparação entre empresas (não o contrário)

Well, on Jan. 1, 2005, all 27 member states of the European Union simultaneously switched almost 7,000 listed businesses reporting under 25 different accounting frameworks to International Financial Reporting Standards (IFRS) -- a remarkable achievement.

SEC irá revelar o cronograma para IFRS

Fofoca? Para CFO (SEC to Reveal IFRS Start Dates This Week, Sarah Johnson, 25/08/2008) parece que agora a SEC irá propor um cronograma para adoção da IFRS nos Estados Unidos:

On Wednesday, the Securities and Exchange Commission will propose a date for U.S. companies to be allowed to convert to international financial reporting standards.

The long-awaited deadline will come in the form of a roadmap that the SEC commissioners will consider whether to propose — and which would open up the conversion date to public scrutiny and debate.

The SEC also plans to consider proposing amendments to various rules and forms that would allow "a limited number of U.S. issuers" to prepare their financial statements using IFRS rather than GAAP earlier than the roadmap proposes, the commission announced on Friday.