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25 julho 2008

Auditoria, Futebol e INSS


Uma notícia do Globo (Federação na mira da Receita, 25/07/2008) mostra que os clubes adotam medidas para reduzir o repasse ao INSS. Vale tudo:

Após atrasar pagamento de imposto retido pelo Flu, entidade passará por auditoria
Chico Otavio e Gian Amato

(...) A auditoria da Receita vai investigar as contas relativas ao recolhimento de tributos federais em partidas de todos os clubes realizadas em 2008. Com base nos borderôs de jogos no Maracanã divulgados pela Federação, a arrecadação no estádio, até o clássico entre Vasco e Fluminense, na última quarta-feira, foi de R$34.093.710,50. Deste valor, R$1.704.685,53 correspondem aos 5% destinados ao INSS.

(...) No caso de Fluminense x LDU, na decisão da Libertadores, o dinheiro do imposto sobre a renda bruta (R$3.910.044,00) não foi repassado pelo tricolor, apesar de o débito de R$195.502,20 ter sido publicado no borderô. Ao contrário do que declarou Rubens Lopes, presidente da Ferj, a Receita Federal afirmou que o borderô é considerado documento oficial para comprovar recolhimento de impostos.

O superintendente do Fluminense, Carlos Henrique Correa, prestará depoimento hoje na Delegacia do Consumidor (Decon). Ele foi intimado para esclarecer o destino de metade dos 68 mil ingressos da final da Libertadores, distribuída pelo clube para torcidas organizadas, agências de viagens, patrocinadores, sócios e programas de fidelidade, além de abastecer os cambistas, como O GLOBO antecipou no último domingo. (...)

As maiores empresas do mundo



Fonte, Aqui. Observe o predomínio das empresas de petróleo, nas vendas e no lucro. Vide também aqui

Simplicidade de uma medida

Uma das características mais relevantes de um bom índice é a simplicidade (veja as características desejadas no livro de Administração do Capital de Giro, p. 101). Ou seja, deve ser fácil de construir com os dados existentes. Outros aspectos: adaptabilidade, abrangência, probabislítico, comparação e previsão. Tenho dúvidas se existe um índice que apresente todos esses pontos (ou esteja perto) na contabilidade.

A revista The Economist construiu um índice para analisar a taxa de câmbio dos diferentes países do mundo de uma forma simples e que cumpre, razoavelmente, os outros requisitos citados. Trata-se do índice Big Mac.
Usando o preço de venda do Big Mac em cada país, a The Economist compara com o preço do Big Mac nos Estados Unidos para determinar se a moeda local está valorizada ou não.

No dia 24 de julho a revista divulgou a última informação do índice Big Mac. Para o Brasil, cuja taxa de câmbio estava em 1,58, o valor mais adequado seria de 2,10, indicando que a nossa moeda está valorizada.

Não é o pior caso de valorização (Noruega), mas é um sintoma que a médio e longo prazo haverá uma desvalorização da moeda.

24 julho 2008

Rir é o melhor remédio


A mesma fotografia em dois jornais diferentes

Ou seria, encontre a diferença?

Efeito da IFRS

Uma notícia de Portugal mostrando os efeitos da adoção da IFRS nos resultados semestrais:

Nova regra origina fortes quedas nos resultados semestrais das empresas
NoticiasFinancieras – 18/julho/2008
As empresas cotadas vão ter que abater aos seus resultados semestrais as menos-valias potenciais associadas aos seus investimentos financeiros, tal como prevêem as normas internacionais de contabilidade (NIC). Isso mesmo recorda a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários numa circular que vai ser enviada hoje a todos os emitentes a propósito da prestação de contas referente a 30 de Junho último.
A aplicação desta regra deverá originar fortes quedas nos resultados semestrais das empresas cotadas portuguesas, que vão ser apresentados a partir da próxima segunda-feira. Não é de excluir que, nalguns casos, possa mesmo haver sociedades a divulgar prejuízos no período relativo ao segundo trimestre do ano. (...)
As NIC, que entraram em vigor no início de 2005, determinam que as participações registadas na carteira de activos disponíveis para venda sejam contabilizadas de acordo com o "fair value" ( 'justo valor'), ou seja, tendo em conta o respectivo valor de mercado à data de encerramento de contas. E no caso de haver menos-valias potenciais, resultantes de uma desvalorização significativa ou prolongada, estas perdas latentes devem ser abatidas aos resultados através da constituição de uma imparidade (provisão).
O entendimento referido pelos especialistas aponta para que seja considerada significativa uma perda de valor da participação de 20% ou mais. Além disso, entende-se por prolongada uma desvalorização que se mantenha por dois trimestres consecutivos. Além de abaterem as perdas latentes aos resultados, os bancos, por exemplo, têm de deduzir as menos-valias aos fundos próprios.

Os Problemas da GM

Uma reportagem do Wall Street Journal faz um levantamento dos problemas da General Motors:


GM anuncia novos cortes e prepara medidas para melhorar liquidez
John D. Stoll and Sharon Terlep, The Wall Street Journal, de Detroit - 16 Julho de 2008
The Wall Street Journal Americas – 1
A General Motors Corp. espera sobreviver à profunda retração do mercado automobilístico americano ficando menor — mas não muito.
A montadora anunciou ontem que pretende cortar US$ 10 bilhões em custos nos próximos 18 meses com corte de pessoal administrativo e uma redução ampla nos gastos de marketing, engenharia e outros. Ela também vai tentar captar US$ 5 bilhões no mercado financeiro ou com a venda de ativos para ajudar a contrabalançar os prejuízos previstas e outras perdas de caixa.
Mas a empresa descartou a venda ou fechamento de mais marcas, passo que muitos analistas acreditam que ela precisa dar. (...)
O corte maciço de custos e os planos para captar recursos adicionais surgem três anos depois de a GM começar uma reestruturação que, se supunha, faria a empresa estar engatando agora em direção à lucratividade. Mas a empresa e outras montadoras estão sendo golpeadas por uma forte queda nas vendas de veículos nos Estados Unidos e uma repentina migração do consumidor para longe das caminhonetes e dos utilitários esportivos e em favor de carros de passeio e outros modelos que consomem menos combustível.(...)
Com a preocupação cada vez maior dos analistas de Wall Street de que o acúmulo de prejuízos este ano está prejudicando a liquidez da empresa, a ação dela caiu para valores que não eram vistos desde os anos 50, e seu valor de mercado baixou para US$ 5,57 bilhões, cerca de um quinto do que era no começo da década.


O grafico mostra a história do preço da ação da GM desde 1971 (fonte, aqui). O preço atual é o menor desde 1975.



Os problemas são mais sérios quando se sabe que pela primeira vez, desde 77 anos, a GM deixou de ser a montadora com maiores vendas de automóveis do mundo. A Toyota Motor vendeu cerca de 300 mil unidades a mais na primeira metade de 2008 (Toyota Ahead of G.M. in Auto Sales, Nick Bunkley, New York Times). As vendas estão boas nos mercados emergentes, mas em queda nos Estados Unidos. Não é uma boa para uma empresa que está fazendo 100 anos.

(Mas a própria Toyota anunciou um corte, modesto, na previsão de vendas - Toyota (TM) finally cuts sales forecast, Douglas McIntyre)

Reproduzo, a seguir, um comentário que recebi do Marcos (blog IFRS):

Problemas da GM: Prestei serviços na GM até Janeiro último (durante 5 anos), o que "talvez" explique esta situação, que já vem de algum tempo, pelo qual passa a empresa é o excesso de formalismo, posso lhe dizer que para se mudar qualquer coisa na organização é necessário efetuar reuniões até com o "papa", a sequência exigida para se mudar algo na GM é espantosa, posso lhe garantir que na Fiat não é assim (trabalhei lá na malfadada parceira Fiat-GM) e acredito que na Toyta também não seja assim, deve ser por isto que estas duas últimas estão comendo a GM pelas pernas,já passaram da canela e agora estão mordendo perto do joelho.

Seguro e Legislação



Uma conseqüência da lei Seca:

A forte redução do número de acidentes de trânsito desde a implantação da lei seca pode fazer com que as seguradoras reduzam os preços do seguro de automóvel. A Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais) avalia que se os índices de acidentes continuarem baixos por três meses, as empresas deverão reavaliar os custos das apólices.

Lei seca pode reduzir valor de seguros, diz Fenseg - 17/julho/2008 - FolhaNews