22 julho 2008
Tamanho da Petrobrás
O gráfico mostra que a Petrobrás participa de 2,65% da produção mundial de petróleo. [clique na imagem, para uma figura maior] Fonte: Aqui
21 julho 2008
Citigroup perde 2,5 bilhões
O Citigroup teve prejuízo líquido de US$ 2,5 bilhões (US$ 0,54 por ação) no segundo trimestre deste ano, em comparação com o lucro líquido de US$ 6,23 bilhões (US$ 1,24 por ação) no mesmo período de 2007. O resultado reflete US$ 7,2 bilhões em baixas contábeis no banco de investimento e o contínuo aumento dos custos do crédito.
Os números surpreenderam o mercado, que esperava um prejuízo maior depois do balanço fraco do Merrill Lynch, divulgado no dia anterior. As ações do setor financeiro acabaram ganhando impulso em Nova York. A média das estimativas era de prejuízo de US$ 0,66 por ação. Na Bolsa de Nova York, o Índice Dow Jones subiu 0,44%.
Citi perde US$ 2,5 bilhões. E o mercado acha pouco
DOW JONES NEWSWIRES
O Estado de São Paulo -19/07/2008
Efeito Custo Perdido
Eis um excelente exemplo da questão do Custo Perdido:
Distante apenas 160 km de Brasília, uma obra que já consumiu R$ 35,8 milhões dos cofres públicos apodrece a céu aberto. Iniciado há 10 anos, o projeto de irrigação de Três Barras, em Cristalina, atenderia 182 famílias de pequenos produtores. Mal planejado, mostrou-se superdimensionado e economicamente inviável. Jamais funcionou. Agora, o governo federal e o governo de Goiás querem investir mais R$ 20 milhões para concluir a obra. Os próprios agricultores dizem que esse dinheiro também seria jogado fora. Auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) constata: a obra é resultado de uma "aberração administrativa" e a tendência é que nunca venha a funcionar, mesmo se corrigidas todas as suas falhas técnicas, por causa dos altos custos de operação.
O presidente da Cooperativa Agrícola de Três Barras, Belchor Ferreira dos Santos, afirma estar surpreso com a idéia de "concluir" a obra. "Se tem alguém solicitando dinheiro para esta obra, está com má intenção. Não funciona como está. O consumo de energia é muito alto. Chegaríamos no fim do ano com um prejuízo de R$ 5 milhões". O presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Três Barras, Paulo Antônio Alves, já fez os seus cálculos. "Para irrigar oito hectares, cada um gastaria R$ 16 mil com energia a cada três meses. É totalmente inviável. Só se for plantar maconha, e olhe lá", ironiza.
A auditoria da CGU afirma ser "contrário ao bom senso" o pedido de aplicação de mais recursos na obra, sendo mais econômico até mesmo o início de um projeto totalmente novo: "A obra mostrou-se resultado de uma aberração, especialmente pela forma como foi concebida, trazendo como resultado apenas o prejuízo aos cofres públicos, sem nenhum benefício à população". Acrescenta que a injeção de novos recursos no mesmo empreendimento resultaria em mais prejuízos. O último repasse feito pela União foi em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Navalha
Executada pela empreiteira Gautama, a obra foi entregue em 2003. A licitação para o projeto foi feita pelo então diretor administrativo da Secretaria do Entorno de Brasília e do Nordeste Goiano, Flávio Candelot, em 1997. O projeto recebeu quatro termos aditivos, um deles quando Candelot já era titular da Secretaria do Entorno. Anos mais tarde, Cardelot foi preso na operação Navalha pela atuação como lobista da Gautama.
Segundo a CGU, o convênio entre o governo federal e o de Goiás baseou-se em projeto inadequado, que não contava com outorga do uso de água nem licença ambiental. Entre os problemas estavam a vazão insuficiente dos rios e o alto custo da energia elétrica. O projeto original previa a aplicação de tubos de ferro fundido em toda a rede de distribuição, com mais de 100 km. A Gautama teria instalado tubos de aço, mais baratos e de menor qualidade, em parte do projeto. Nem por isso houve redução no preço desse item, que representou 47% do orçamento total da obra. Ao todo, foram instalados 74 km de tubulações. Auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou sobrepreços que variavam de 271% e 577% para itens expressivos do orçamento.
A CGU observa que os prejuízos seriam evitados se o poder público tivesse acatado as denúncias de entidades e produtores. Em janeiro de 1999, quando o governo federal havia liberado R$ 9,3 milhões, a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Cristalina (Aeacris) já apontava falhas graves no projeto. Depois disso, foram liberados mais R$ 30 milhões.
Obra desprezada pode ganhar verba
Lúcio Vaz
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 21/07/2008
Distante apenas 160 km de Brasília, uma obra que já consumiu R$ 35,8 milhões dos cofres públicos apodrece a céu aberto. Iniciado há 10 anos, o projeto de irrigação de Três Barras, em Cristalina, atenderia 182 famílias de pequenos produtores. Mal planejado, mostrou-se superdimensionado e economicamente inviável. Jamais funcionou. Agora, o governo federal e o governo de Goiás querem investir mais R$ 20 milhões para concluir a obra. Os próprios agricultores dizem que esse dinheiro também seria jogado fora. Auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) constata: a obra é resultado de uma "aberração administrativa" e a tendência é que nunca venha a funcionar, mesmo se corrigidas todas as suas falhas técnicas, por causa dos altos custos de operação.
O presidente da Cooperativa Agrícola de Três Barras, Belchor Ferreira dos Santos, afirma estar surpreso com a idéia de "concluir" a obra. "Se tem alguém solicitando dinheiro para esta obra, está com má intenção. Não funciona como está. O consumo de energia é muito alto. Chegaríamos no fim do ano com um prejuízo de R$ 5 milhões". O presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Três Barras, Paulo Antônio Alves, já fez os seus cálculos. "Para irrigar oito hectares, cada um gastaria R$ 16 mil com energia a cada três meses. É totalmente inviável. Só se for plantar maconha, e olhe lá", ironiza.
A auditoria da CGU afirma ser "contrário ao bom senso" o pedido de aplicação de mais recursos na obra, sendo mais econômico até mesmo o início de um projeto totalmente novo: "A obra mostrou-se resultado de uma aberração, especialmente pela forma como foi concebida, trazendo como resultado apenas o prejuízo aos cofres públicos, sem nenhum benefício à população". Acrescenta que a injeção de novos recursos no mesmo empreendimento resultaria em mais prejuízos. O último repasse feito pela União foi em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Navalha
Executada pela empreiteira Gautama, a obra foi entregue em 2003. A licitação para o projeto foi feita pelo então diretor administrativo da Secretaria do Entorno de Brasília e do Nordeste Goiano, Flávio Candelot, em 1997. O projeto recebeu quatro termos aditivos, um deles quando Candelot já era titular da Secretaria do Entorno. Anos mais tarde, Cardelot foi preso na operação Navalha pela atuação como lobista da Gautama.
Segundo a CGU, o convênio entre o governo federal e o de Goiás baseou-se em projeto inadequado, que não contava com outorga do uso de água nem licença ambiental. Entre os problemas estavam a vazão insuficiente dos rios e o alto custo da energia elétrica. O projeto original previa a aplicação de tubos de ferro fundido em toda a rede de distribuição, com mais de 100 km. A Gautama teria instalado tubos de aço, mais baratos e de menor qualidade, em parte do projeto. Nem por isso houve redução no preço desse item, que representou 47% do orçamento total da obra. Ao todo, foram instalados 74 km de tubulações. Auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou sobrepreços que variavam de 271% e 577% para itens expressivos do orçamento.
A CGU observa que os prejuízos seriam evitados se o poder público tivesse acatado as denúncias de entidades e produtores. Em janeiro de 1999, quando o governo federal havia liberado R$ 9,3 milhões, a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Cristalina (Aeacris) já apontava falhas graves no projeto. Depois disso, foram liberados mais R$ 30 milhões.
Obra desprezada pode ganhar verba
Lúcio Vaz
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 21/07/2008
Fator X e o custo da tarifa
Sabe-se que a nova metodologia para cálculo do fator de transferência "X", com otimização de custos, foi aprovada em conjunto com o próprio índice do Fator "X", que ficou em 2,92% para 2008.
(...) Segundo a área de comunicação da agência, o Fator "X" é composto de dois índices, sendo que o primeiro é relativo à produtividade real das empresas e se equipara à versão anterior simplificada, considerando compartilhamento com a sociedade em 50%.
A segunda parte é calculada a cada três anos e se baseia em qual seria a produtividade das operadoras se os insumos fossem otimizados. O compartilhamento com a população, nesse caso, é de 75%.
O modelo de cálculo anterior para o Fator "X", que foi muito criticado pelas operadoras e que acabou definindo a mudança pela Anatel, propunha compartilhamento de 75% nos primeiros três anos e de 100% nos anos subseqüentes. "Sem obter o benefício, as companhias não se esforçariam para ampliar a produtividade", alegaram à época as companhias, e o método foi mudado.
Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9)(Thaís Costa)
Anatel aprova novo reajuste de tarifas
Gazeta Mercantil - 21/07/2008
Para quem não sabe, o desenho é das Meninas Superpoderosas. É um desenho onde "Elas vêm à vida durante uma experiência realizada pelo Professor Utonium, que acidentalmente mistura à fórmula composta por "açúcar, tempero e tudo que há de bom" o Elemento X, criando assim as três meninas com superpoderes, de quem ele passa a cuidar como filhas." (Fonte: Aqui)
Ameaça a SOX
A SOX (Lei Sarbanes-Oxley) foi criada nos Estados Unidos após os escândalos corporativos. Agora, segundo Jane Bryant Quinn (em Lawsuit Threatens Sarbanes-Oxley Act, para o Washington Post de 20 de julho de 2008), a legislação está ameaçada.
O U.S. Court of Appeals do District of Columbia Circuit está julgando se uma das inovações da lei, a criação do PCAOB (pronuncia-se peek-a-boo), criado para melhorar a auditoria das empresas, é constitucional.
Em caso afirmativo, todo ganho da SOX pode-se perder.
O U.S. Court of Appeals do District of Columbia Circuit está julgando se uma das inovações da lei, a criação do PCAOB (pronuncia-se peek-a-boo), criado para melhorar a auditoria das empresas, é constitucional.
Em caso afirmativo, todo ganho da SOX pode-se perder.
A nova nota do Zimbabue
O Zimbábwe, país da África (ex-Rodésia), apresenta-se num processo inflacionário superior a experiência passada brasileira. A inflação mensal é muito difícil de ser medida e a foto mostra o efeito disso: nota de 10 milhões de dólar zimbabuano.
Fonte: Big Picture
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