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25 junho 2008

Reajuste no minério


Observe o texto abaixo e o negrito (meu). Como seria a contabilização nesse caso? Esperamos sugestões e discussões. (E como ficaria a questão teórica do reconhecimento?)

Depois de meses de negociação com as maiores siderúrgicas chinesas, as gigantes da mineração Rio Tinto PLC e BHP Billiton Ltd. conseguiram ontem um reajuste de 85% no preço de referência do minério de ferro. (...)

O reajuste, maior do que o negociado pela Companhia Vale do Rio Doce, foi acertado entre as mineradoras e a Baosteel Group Co., a maior siderúrgica da China, mas será válido para todas as siderúrgicas que compram ferro das duas mineradoras. (...)

O aumento é retroativo a 1o de abril. Isso significa que as siderúrgicas que compraram ferro da BHP e Rio Tinto desde essa época terão de pagar a diferença, que provavelmente resultará em bilhões de dólares a mais. (...)

Para a Rio Tinto, a linha dura nas negociações foi importante não apenas para aumentar os lucros, mas também para ajudá-la a se defender da oferta da BHP, ou forçá-la a aumentar o valor para além de 3,4 ações da BHP para cada ação da Rio Tinto. (...)

A Vale fechou um acordo este ano que reajustou o preço do ferro entre 65% e 71%. A BHP e a Rio Tinto rejeitaram-no, argumentando que merecem um pouco mais por causa do frete menor, já que o minério da Austrália está bem mais perto da China do que o da Vale. (...)

Analistas disseram que a diferença entre o preço do acordo anunciado ontem e o acordo da Vale é de US$ 2 bilhões para a Rio Tinto e de metade disso para a BHP. A Rio Tinto está tentando aumentar ainda mais a diferença com um incremento de 14%, ou 30 milhões de toneladas, na produção de minério de ferro deste ano em relação à de 2007.

(Colaboraram Ellen Zhu, de Xangai, e Dana Cimilluca, de Londres)

BHP e Rio Tinto fecham reajustes por minério maiores que o da Vale
Robert Guy Matthews, The Wall Street Journal
24/06/2008
The Wall Street Journal Americas

SEC e brokerage

A Securities and Exchange Commission (SEC to Propose Easing Curbs On Using Foreign Brokerages, Kara Scannell e Jeff D. Opdyke, 26/06/2008, The Wall Street Journal, C1) irá propor que remoção das barreiras existentes para as corretoras estrangeiras. Isso provavelmente tende a diminuir os custos de corretagem em Wall Street. E representa uma tentativa da SEC de enfrentar um mercado cada vez mais sem fronteiras.

24 junho 2008

Rir é o melhor remédio


O jogo de xadrez entre o petróleo e a comida. Fonte: Aqui

Calote do professor

O calote do professor DELÚBIO
Ex-tesoureiro do PT não cumpre decisão judicial, deixa de devolver R$ 164,6 mil ao governo de Goiás e continua empregado, mesmo sem trabalhar

SÉRGIO PARDELLAS
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, um dos principais protagonistas do escândalo do mensalão, está novamente na alça de mira do Ministério Público. Desta vez, ele é acusado de desacatar uma decisão judicial e promover um calote contra o Estado de Goiás. Em maio de 2007, Delúbio foi condenado a devolver R$ 164,6 mil ao governo goiano, mas até agora, passado mais de um ano, não pagou nenhum centavo. O valor se refere aos salários que Delúbio recebeu, segundo a Justiça, de forma irregular, como professor contratado pela Secretaria de Educação. O ex-tesoureiro petista recebia os salários todos os meses, mas não punha os pés na sala de aula. Delúbio foi contratado pelo governo de Goiás em 1974, mas se licenciou diversas vezes sob o argumento de atuar no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintego). Na sentença condenatória, o juiz Ari Ferreira de Queiroz, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia, entendeu que, nos períodos de licença, Delúbio na verdade residia em São Paulo, trabalhava para o PT e não prestava serviços ao sindicato.
Além de não devolver o dinheiro recebido irregularmente, Delúbio continua como funcionário público do Estado de Goiás e permanece longe das salas de aula. "Não é possível que Delúbio, mesmo condenado, não tenha sido demitido", diz o promotor de Soares de Gouvêa, disse que o procedimento administrativo disciplinar contra Delúbio depende de parecer favorável da Procuradoria- Geral do Estado. "A Procuradoria nos comunicou que está fazendo um reexame do processo", disse à ISTOÉ a subchefe da Casa Civil, Avenilma de Lourenço Freitas. O problema é que um procedimento administrativo não pode se sobrepor a uma decisão judicial. Ainda que as medidas internas do governo possam retardar a demissão de Delúbio, elas jamais poderiam impedir o cumprimento da pena imposta: a devolução dos R$ 164,5 mil recebidos ilegalmente.
Para o Ministério Público, os movimentos do petista contra a sua exoneração ocorrem porque ele planeja candidatar- se a deputado federal em 2010. "Sua exoneração a bem do serviço público poderá ser explorada negativamente numa futura campanha política", diz o promotor Krebs. Tanto o ex-tesoureiro do PT quanto seus advogados foram procurados por ISTOÉ, mas não foram encontrados.
Fonte: Aqui

Enviado por Elidna (Edinha), grato

Reputações

As melhores
1) Google
2) Johnson & Johnson
3) Intel
4) General Mills
5) Kraft
6) Berkshire Hathaway
7) 3M
8) Coca-Cola
9) Honda
10) Microsoft

As piores

10) DaimlerChrysler
9) General Motors Corporation
8) ChevronTexaco Corporation
7) Ford
6) Sprint
5) Comcast
4) Exxon
3) Northwest Airlines
2) Citgo
1) Halliburton

As maiores variações:
1) Bank of America
2) Halliburton
3) Wal-Mart
4) Sears
5) Nike

Fonte: Aqui aqui e aqui

Caso Agrenco: responsabilidade de quem?

(...) O único especialista que acompanha a empresa é Luiz Otávio Campos, do Credit Suisse. Em relatório de 15 de maio, o analista recomendou a compra das ações da Agrenco e atribuiu preço-alvo de R$ 19,00. Mesmo depois do noticiário do final de semana, Campos não publicou nenhuma alteração em suas análises. O Credit Suisse coordenou a abertura de capital da empresa, em outubro. Além disso, é acionista do negócio, com uma fatia de quase 7%. Por fim, cerca de 40% dos R$ 666 milhões captados na oferta de ações foram usados para pagar empréstimo feito pelo banco à Agrenco, antes da listagem na bolsa. A instituição não foi a única a assinar a abertura de capital da companhia. Os escritórios Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados produziram o material da oferta. A KPMG é auditora dos números do balanço da empresa. Além de ter a estréia na bolsa chancelada por instituições renomadas, a companhia conta com José Guimarães Monforte, ex-presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) como membro independente do conselho de administração da companhia. Foi eleito em agosto de 2007. Diretor comercial irá acumular cargos vagos - Valor Econômico 24/06/2008 - (Colaborou Nelson Niero)

Agrenco: teste do mercado?

(...) Entre as acusações sobre os envolvidos no esquema investigado estão sonegação fiscal, remessa ilegal de dinheiro ao exterior, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva."O problema é que se trata de um cardápio de acusações muito ruim para o mercado", afirma Edison Garcia, superintendente da Associação de Investidores do Mercado de Capitais. Ele acredita que o caso pode gerar cautela adicional por parte dos aplicadores. Além disso, pode afastar investidores que pensavam em colocar dinheiro na bolsa. "O caso terá que ser averiguado em profundidade e, para isso, terão de ser usados todos os procedimentos de regulação e auto-regulação. Que se façam as punições necessárias."

João Batista Fraga, superintendente de relações com empresas da Bovespa, também admite que o impacto para o mercado de capitais brasileiro é negativo. "Acusações desse tipo sempre têm reflexo ruim. Não há como ser diferente."

(...) Até então, a desvalorização era fruto dos problemas de liquidez financeira da companhia. Ao final de março, a empresa tinha dívida de R$ 1,2 bilhão, dos quais mais de 80% venciam em doze meses. Para honrar esses compromissos, contava com um caixa de R$ 52,5 milhões. Para tentar aliviar as dificuldades, planejava uma possível nova emissão de ações, da qual poderia obter cerca de R$ 110 milhões - antes do tombo da sexta-feira.A companhia já estava entre as piores histórias de abertura de capital. O fato de ter sido assessorada por instituições com larga experiência no processo de abertura de capital não impediu que decepcionasse logo na estréia. No primeiro dia, os recibos de ações (BDRs) da companhia caíram 14,23%. Atuaram na coordenação da Agrenco na bolsa o banco Credit Suisse, os escritórios Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados.

(...) É, porém, de amplo conhecimento que os bancos e escritórios de advocacia também estimularam essa expansão. Bateram na porta de companhias e ofereceram a abertura de capital como um produto: promessa de crescimento e liquidez para parte do patrimônio dos controladores.

No auge das estréias na Bovespa, os investidores começaram a criticar alguns modelos usados pelas novatas. Um dos mecanismos alvo dessas críticas foram os empréstimos fornecidos às empresas pelos bancos que coordenavam as emissões de ações. A Agrenco está justamente entre as companhias que vieram à mercado com essa estrutura. De acordo com o prospecto da oferta de ações, 67,5% da captação na bolsa foi usada para pagar empréstimos e 24,5% para abastecer a empresa de capital de giro - o que já indicava a fragilidade financeira. Dos R$ 425,5 milhões dedicados a honrar as dívidas, mais da metade foi destinado ao Credit Suisse, coordenador da abertura de capital, principal credor da companhia.

(...) Ao iniciar as conversas preliminares sobre a estréia na bolsa, a faixa de preço pensada era de R$ 16 a R$ 21 por ação. Quando efetivamente foi lançada a oferta, esse intervalo foi reduzido para R$ 13 a R$ 17. Mas os BDRs foram vendidos a R$ 10,40. Na sexta-feira, os papéis da Agrenco estavam cotados a R$ 1,25, quando veio a suspensão das transações. (...) (Colaborou Célia de Gouvêa Franco, de São Paulo)

Escândalo da Agrenco testará mercado
23/06/2008
Valor Econômico