Translate

20 junho 2008

Links

Links

1. Três acusados de fraude na Nortel

2. Banqueiros da UBS condenados

3. India não está pronta para o IFRS

4. Problema de Valor na Bears Stearns

5. Regras de balanços de limitadas podem ser definidas em reunião

Quem manda no petróleo

Alstom


Investigação sobre Alstom foca-se num misterioso Claudio Mendes
David Crawford, Antonio Regalado e David Gauthier-Villars, The Wall Street Journal, de Berlim, São Paulo e Paris
The Wall Street Journal Americas - 19/06/2008

Promotores envolvidos numa investigação de abrangência mundial sobre supostas propinas da gigante francesa da engenharia Alstom SA já começaram a identificar uma rede financeira envolvendo um misterioso intermediário, que pode ter acertado pagamentos para políticos brasileiros em troca de contratos de obras públicas para a empresa.

Investigadores europeus dizem que entre 1998 e 2003 a Alstom usou um homem conhecido como Claudio Mendes — provavelmente um pseudônimo — como o principal canal para supostos pagamentos de propinas no Brasil.

Segundo os promotores, a Alstom transferiu centenas de milhões de dólares a intermediários como Mendes para ganhar contratos na América do Sul e Ásia, através de uma rede clandestina digna de um livro de espionagem.

A Alstom, uma grande fabricante de turbinas elétricas, trens de alta velocidade e vagões de metrô, nega ter feito qualquer coisa errada. Mas há muito em jogo para ela. Se os promotores conseguirem montar um caso contra a empresa, ela pode ser obrigada a pagar multas pesadas ou até ser banida de participar de licitações públicas em mercados de rápido crescimento, como o Brasil.

(...) Mas documentos apreendidos pelas autoridades e aos quais o Wall Street Journal teve acesso mostram que a rede empregada pela Alstom para pagar consultores independentes no Brasil era administrada por integrantes do alto escalão da empresa, em Paris. Promotores também dizem que o esquema, que transferia recursos através de empresas fantasma e contas em bancos suíços, servia para apagar os indícios de participação da Alstom no pagamento das propinas.

(...) Nos dois casos, os investigadores acreditam que as empresas violaram até as próprias leis de suborno da Europa, relativamente brandas. Até uns dez anos atrás, muitos países europeus permitiam não só que as empresas pagassem “comissões” a autoridades estrangeiras, como também as descontassem do imposto. A Alemanha proibiu a prática em 1999 e a França em 2000. (...)

Num memorando posterior, Bernard Metz, executivo da Alstom em Paris, explicou que Mendes era íntimo do então governador Mário Covas e podia agilizar as coisas. Metz, já falecido, reproduziu a promessa de Mendes de que poderia obter o apoio do “partido político no poder” do estado, na época o PSDB, do “gabinete do Tribunal de Contas” e “da Secretaria de Energia” em troca de uma comissão de 7,5% do valor do contrato, segundo o memorando.

Mais baixa no Citigroup


Citigroup deve registrar novas reduções em valores de ativos no 2º trimestre
FolhaNews - 19/06/2008

O diretor-financeiro do gigante americano Citigroup, Gary Crittenden, disse nesta quinta-feira que o banco deve registrar reduções "substanciais" nos valores de ativos ligados a hipotecas de risco (chamadas de "subprime") e que os custos das linhas de crédito ao consumidor podem "continuar a aumentar ao longo do ano.

"Continuaremos a ter adendos adicionais substanciais em nossa exposição aos "subprime´ neste trimestre", disse. Segundo Crittenden, o Citigroup irá fazer reservas de capital maiores que as que fez no primeiro trimestre para cobrir as eventuais perdas com esses ativos.

(...) Desde o início da crise, no ano passado, o Citigroup já registrou mais de US$ 40 bilhões em perdas com créditos de risco e reduções de valor em ativos --como os CDOs (collateralized debt obligations, títulos de dívida lastreados em outros ativos).(...)

Vale e custo



A Vale do Rio Doce enfrenta dificuldades para limitar o aumento de custos nos projetos em carteira. O resultado pode ser a elevação dos investimentos previstos no plano estratégico da empresa para o período 2008-2012, de US$ 59 bilhões. Ontem o presidente da mineradora, Roger Agnelli, disse que a empresa tem feito esforço para manter "a inflação de custos" em 20%, 25% em relação ao orçamento original. "Se não tomar cuidado, (o aumento) vira 40%, 50%, 60%", disse Agnelli. Ele admitiu que a pressão de custos pode ter elevado a necessidade de investimentos da companhia em um horizonte de cinco anos para US$ 62 bilhões ou US$ 63 bilhões. (...)

Mas reconheceu: "Está muito difícil porque há escalada de custos nos projetos." Para economizar, a mineradora está simplificando projetos de engenharia e tentando antecipar a entrada em operação de projetos de expansão. Os projetos novos (green field) estão passando por nova especificação. Agnelli reafirmou que dos US$ 59 bilhões programados, cerca de US$ 45 bilhões serão realizados no Brasil. Segundo ele, tanto a dimensão quanto o cronograma dos projetos podem ser afetados, sobretudo os empreendimentos novos: "Os fornecedores de equipamentos estão com dificuldades de entrega, há falta de aço e problemas com oferta de mão-de-obra", disse Agnelli.

Ele também citou a demora nos licenciamentos ambientais. "Uma LI (licença de instalação) tem demorado mais de 30 meses. Nos projetos 'brownfield1 (ampliação) é mais simples", comparou Agnelli. Ele afirmou que, para executar o plano de investimentos, a Vale precisa manter a "flexibilidade" financeira, daí que a empresa tenha decidido fazer um aumento de capital por meio de uma oferta de ações avaliada em US$ 15 bilhões. Agnelli negou que a operação tenha relação direta com futuras aquisições: "Não vamos comprar ninguém, estamos quietos. O que a gente quer agora é fazer a operação de aumento de capital." O executivo reconheceu, porém, que a Vale tem a obrigação de avaliar qualquer aquisição ou possibilidade de negócio maior. E acrescentou: "Se a gente achar que vale a pena algum movimento, a Vale está pronta para fazer." O objetivo, segundo ele, é buscar oportunidades, mas de forma cuidadosa porque os ativos estão caros.

"Aceleramos os projetos de investimento porque o crescimento orgânico é mais eficaz, a não ser que em outra oportunidade, no futuro, possa aparecer outra coisa", disse Agnelli. Ele afirmou que hoje os investimentos em projetos de expansão são os que maior retorno garantem aos acionistas da empresa. (...)


Custos afetam projetos da Vale, afirma Agnelli - Valor Econômico - 20 Junho 2008

Contador


A sócia-diretora de Recursos Humanos da Catho Sônia Costa destaca a grande expansão também das áreas técnicas, especialmente do segmento de engenharia química e contábil. "As empresas têm procurado muito por profissionais de contabilidade, visto que tem havido uma fiscalização maior dos órgãos, e também para avaliar possibilidades de redução de custos", enfatiza.


Novas profissões o mercado - 20/06/2008
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro