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18 junho 2008

Economia de escala na Música

Em Máquina de produzir estrelas da Disney prepara sua nova aposta, de Peter Sanders para The Wall Street Journal, 17/06/2008, discute a produção de novos astros pela Walt Disney Co.

Enquanto uma rara tempestade primaveril tamborilava nas janelas, executivos da Hollywood Records, da Disney, trabalhavam recentemente com Demi Lovato e sua equipe de empresários para completar seu disco solo de estréia, que será lançado no fim do ano. Até lá, a empresa tem a esperança de que Lovato já será um nome conhecido no mundo dos pré-adolescentes, graças a uma ofensiva multimídia que é agressiva até para os padrões da Disney.
Para a Disney, há poucas tarefas tão cruciais quanto descobrir e desenvolver artistas talentosos que possam dar prosseguimento ao que se tornou uma das maiores minas de ouro de Hollywood: estrelas juvenis cuja capacidade de cantar, dançar e atuar pode ser aproveitada em várias plataformas. (...)
No coração do esforço para o lançamento de Lovato está “Camp Rock”, um musical do Disney Channel. O musical será lançado hoje em “pay per view” na TV a cabo nos EUA antes de ser veiculado em rápida seqüência no Disney Channel, Disney.com, na rede ABC e no canal a cabo ABC Family, quando será transmitido simultaneamente pela rádio Disney. A promoção também se estenderá a produtos com a marca “Camp Rock”, assim como à trilha sonora do filme. (...)
A Disney tem uma longa tradição de lançar jovens estrelas que ficam conhecidas durante anos, tanto de maneira positiva quanto negativa. Justin Timberlake, Christina Aguilera, Keri Russell, America Ferrera, Shia LaBeouf e — talvez a mais famosa da turma — Britney Spears, todos foram estrelas da Disney.
A empresa construiu nos últimos tempos uma série de franquias lucrativas que começam no Disney Channel e depois passam pelas várias divisões da empresa.
(...) Executivos da Disney negam que o sucesso seja resultado de uma linha de montagem de atores mirins. Em vez disso, dizem, é o produto de um longo processo de peneira no qual a empresa encontra bom material e então busca os atores apropriados, em geral em testes de seleção.

Banana: Custo e Consumo Futuro




Um texto interessante de Dan Koeppel (Yes, We Will Have No Bananas, New York Times, 18/06/2008, p. 21) mostra o predomínio da banana no gosto do estadunidense que custa para o consumidor a bagatela de um dólar o pound. O consumidor não pensa como isso é possível. A banana é originária de países tropicais, que ficam distantes do mercado consumidor. O custo de transporte é elevado, pois exige containers climatizados e não sobrevive muito tempo depois que são colhidas. Enquanto isso a maça, fruta tradicional de clima frio e do hemisfério norte, é produzida perto do consumidor, pode ficar meses sem perder e custa mais que a banana.

Talvez o nome responsável por esse milagre seja a United Fruit Company, hoje conhecida como Chiquita. A empresa construiu uma infra-estrutura de transporte que ajuda a explicar o custo reduzido da banana. Mas o controle exercido sobre a produção nos países da América Latina é relevante. No passado, exércitos foram usados para permitir manter o custo num nível baixo, como ocorreu em 1954 na Guatemala .

Outro aspecto é a questão genética. Os importadores vendem somente uma variedade de fruta, apesar de existirem mais de mil variedades de bananas. A Cavendish (foto) é um tipo de fruta que permite maior eficiência na produção, padroniza a qualidade e, com isso cria economia de escala.

Entidade e CNPJ

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende flexibilizar a separação entre operadoras de banda larga e de telefonia fixa, no caso da compra da Brasil Telecom pela Oi. Na proposta divulgada ontem pela Anatel não está especificado se os serviços de voz e transmissão de dados serão feitos separando-se apenas a contabilidade das empresas ou se exigirá um CNPJ diferente para as duas operações.

Proposta de marco regulatório pode mudar – Gazeta Mercantil – 18/6/2008

Observe que o texto foi feliz em separar a questão da entidade do CNPJ. Veja também o exercício 1, do capítulo 4 (p. 112) do livro de Teoria da Contabilidade

Prêmio ou Desconto?

A oferta da Inbev de compra de ações da Anheuser-Busch por 65 dólares representa um prêmio de 35% sobre o preço de mercado. Para Felix Salomon representa na verdade um desconto de 25% devido a gestão amadora da empresa. O problema administrativo, segundo Salomon, deve-se não a discussão entre a família e a gestão da empresa, mas dentro da família.

IASCF

O IOSCO, a European Commission, o Japan Financial Services Agency e a Securities and Exchange Commission resolveram criar o IASCF Monitoring Group. O IASCF é uma fundação privada para ajudar o Iasb a promulgar a IFRS.

Fonte: aqui

Para uma discussão se haverá uma junção do Fasb com o IAsb, aqui

17 junho 2008

Links

1. Os problemas dos patrocinadores do Jogos Olímpicos

2. As empresas estão tentando manter sua liquidez

3. A relação entre a existência de marcadores no automóvel (decalques, dizeres etc) e o motorista agressivo

4. O universo é feito de matemática?

5. Photoshop na academia

4. Por que a InBev não quer que a Bud faça um acordo com o Grupo Modelo

5. Estratégia de investimento – perigo de investir em empresas perto de casa

6. No tratamento aos acionistas, a dona da Bud ganha um “D”

7. Citibank não contabilizou adequadamente o impacto da crise Argentina em 2001

8. Reservas do Brasil perdem para juniors do Atlético Mineiro

Incobráveis

O Jornal de Notícias pergunta se o valor dos incobráveis deve estar incluso na tarifa de eletricidade (Transferir incobráveis pode ser ilegal, 17/06/2008) em Portugal.

Desta consulta pública há-de resultar se esta transferência de custos deve ou não ser integrada na tarifa e em caso afirmativo de que forma deve ser repartida entre os consumidores e a empresa. "Impossível" e "impensável" foi como o referido deputado considerou esta proposta, para quem a simples invocação de um aumento de tarifas com a justificação dos incobráveis "viola tudo o que está na lei civil". Até porque, lembrou, a EDP, mesmo sendo obrigada a firmar um contrato de fornecimento de electricidade, pode sempre cortar o fornecimento. E num caso de falência nada a impede de ser mais tarde ressarcida.

Sem aceitar que as ineficiências dos serviços de cobrança da EDP possam ser imputados aos consumidores, o secretário-geral da Deco mostra-se favorável a que a questão se discuta. É que, lembra Jorge Morgado, tendo em conta que são sempre os consumidores que pagam tudo, é provável que os custos dos incobráveis já estejam a ser pagos de forma "encapotada". O JN contactou a EDP, mas a empresa não comenta a proposta.


Além do aspecto da legalidade (ilegalidade) o texto chama atenção para um aspecto interessante.Ao repassar para tarifa, o esforço da empresa elétrica em receber seria menor. Assim, a empresa não teria incentivo para melhorar a área de cobrança.