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17 maio 2008

Rir é o melhor remédio


Fonte

Parmalat em 2003

Quando teve problemas, a Parmalat desmentiu uma velha máxima da contabilidade, que afirmava:

"os dois números certos de uma demonstração contábil são o valor do caixa e o número do registro da empresa"

Na época, a empresa tinha registrado na contabilidade um valor do caixa, que mostrou não existir. Agora, uma notícia da Bloomberg (Parmalat Had Little Cash Left, Executive Testifies, 17/5/2008) afirma que talvez a empresa tivesse 6,5 milhões de euros em caixa seis dias, mais do que os 4 bilhões declarados.

16 maio 2008

Rir é o melhor remédio


Personagens de desenhos na velhice

Defesa do Valor Justo


Depois dos ataques ao valor justo (aqui, por exemplo), o CFO do Bank of America defende o valor justo numa conferência do Federal Reserve Bank of Chicago dizendo que a avaliação faz o risco tornar-se mais transparente.


But while Bank of America CFO Joe Price said there was room to "re-examine and improve" it, fair value accounting, also known as "mark-to-market" is a key component "of risk control for market-based businesses."

(...) While fair value accounting will force some banks and brokerages to recognize massive losses stemming from a crisis like the ongoing credit crunch, "it is probably bringing to light some areas where the risk was underestimated, either in size or severity," Price said.

"We would assert that changing the applicable accounting system will not address the more fundamental question related to risk assessment," he said.

Price also defended the concept of "principle-based" accounting, in which companies are given more leeway to follow broad accounting guidelines, rather than the specific rules that have traditionally been followed in the United States.

The top six global accounting firms have been pushing for worldwide adoption of International Financial Reporting Standards, which are seen as principle-based, a trend Price called positive.

But he suggested that it will be tough to move toward IFRS without reforms that would prevent securities and class-action lawyers from suing over specific rule violations. (Reporting by Christian Plumb, editing by Dave Zimmerman)

Política de Crédito


A seguir uma compilação de textos recentes sobre política de crédito que saiu na imprensa brasileira. Adicionei um roteiro de questão que pode ser usado em conjunto com o livro de Administração do Capital de Giro (co-autoria com Alexandre Assaf Neto):


TIM contrata consultoria para reestruturação
Michelly Teixeira - O Estado de São Paulo – 7/5/2008

Para reverter os fracos resultados do primeiro trimestre e cumprir as diretrizes financeiras anunciadas ao mercado, a TIM Participações colocará a tática de redução de custos em sua “linha de ação”, que também levará em conta a oferta convergente de serviços. A sinalização foi dada ontem pelo presidente da empresa de telefonia móvel, Mario Cesar Pereira de Araujo, em teleconferência.

Segundo ele, a empresa contratou uma consultoria externa para promover uma “reestruturação e revisão dos processos da empresa”, a fim de reduzir custos e tornar a administração mais ágil. O executivo não divulgou o nome do prestador de serviço. (...)

A TIM registrou prejuízo líquido de R$ 107,9 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 454,5% em relação ao prejuízo de R$ 19,465 milhões registrado em igual período do ano passado. O resultado frustrou as expectativas do mercado. O principal motivo para a perda foi o aumento de 57,1% nas despesas com inadimplência - com provisões da ordem de R$ 271,7 milhões -, que resultou de uma “campanha agressiva” de televendas no segundo semestre de 2007. O processo de vendas do canal foi remodelado para se tornar mais rigoroso na política de crédito, explicou a empresa no balanço.
A receita média por usuário caiu 14,2% na comparação anual, para R$ 29,50 nos três primeiros meses do ano. A expectativa da TIM é de que essa receita suba nos próximos trimestres para algo entre R$ 32 e R$ 35, de acordo com o diretor-financeiro e de relações com investidores da empresa, Gianandrea Castelli Rivolta. No primeiro trimestre do ano passado, a TIM havia registrado uma receita média por usuário de R$ 34,40, passando a R$ 34,50 ao final do ano.

Para justificar a queda na receita por usuário, Rivolta mencionou o fato de a base de clientes pós-pagos, que corresponde a 20,7% da carteira, ou 6,758 milhões de linhas, ter evoluído a um ritmo “inferior ao esperado”, na ordem de 19%. Houve uma limpeza na carteira de clientes pós-pagos no período, resultando na perda de 12,5 mil assinantes. A TIM justifica ser essa uma “política austera” para garantir qualidade à carteira. “Evidentemente, não nos interesse colocar na base clientes que não pagam conta”, comentou o presidente da empresa. (...)

O que pode ter ocasionado o resultado na inadimplência ? Como a limpeza na carteira pode estar associado a uma política austera de crédito?


Avanço nas classes de menor renda afeta balanço das celulares
Por Taís Fuoco - 6 May 2008 - Reuters Focus

SÃO PAULO, 6 de maio (Reuters) - O alerta foi dado pela TIM , mas as empresas de telefonia móvel, sem exceção, sofreram quedas na receita por usuário do primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2007. (...) A razão, para analistas que acompanham o setor, é a venda mais acentuada para as classes de menor poder aquisitivo, que geram uma receita menor. (...)

O diretor de relações com investidores da Oi, José Luis Salazar, admitiu, em teleconferência com analistas, que no varejo, "a partir do momento em que a empresa vem mergulhando na pirâmide e captando cliente das classes menos abonadas, ganha um custo maior de bad debt", afirmou, referindo-se à possibilidade da empresa ganhar maus pagadores com a estratégia.

A provisão para devedores duvidosos (PDD) da Oi saltou 55,2 por cento nos três primeiros meses do ano em relação a igual intervalo de 2007, para 222 milhões de reais. Enquanto isso, na TIM, que divulgou números nesta terça-feira, o salto foi de 57 por cento, para 271,7 milhões de reais.

De acordo com o balanço da Oi, o aumento reflete uma política de crédito mais flexível adotada a partir do segundo trimestre do ano passado, estratégia que também foi adotada pela TIM segundo os dados divulgados nesta terça-feira. A Oi também percebeu um efeito que ela não espera ver nos demais trimestres, que foi o atraso em alguns pagamentos de governos estaduais e municipais pela demora na aprovação dos orçamentos. (...)
(Reportagem Taís Fuoco, Edição Alberto Alerigi Jr.)

Segundo o texto, qual a relação entre o tipo de cliente e a despesa de provisão para duvidosos? Qual o significado de uma política de crédito mais flexível?Como o atraso nos orçamentos públicos afeta o desempenho da empresa?



TIM anuncia prejuízo de R$ 107,9 milhões no primeiro trimestre

6 May 2008 - FolhaNews

A TIM Participações, controladoras das operadoras de telefonia celular TIM Celular e TIM Nordeste, anunciou nesta terça-feira que obteve prejuízo de R$ 107,9 milhões no primeiro trimestre de 2008, 454% maior do que a do mesmo período do ano passado (R$ 19,5 milhões).

Segundo a empresa, o resultado foi impactado negativamente pelo risco de aumento da inadimplência. Preocupados com esse risco, a TIM elevou a PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) para R$ 271,7 milhões. Agora, o PDD corresponde a 9,6% da receita líquida de serviços, contra 6,5% no primeiro trimestre de 2007.
"O aumento das despesas com inadimplência resultou de uma campanha agressiva de televendas no segundo semestre de 2007. O processo de vendas deste canal foi remodelado para se tornar mais rigoroso na política de crédito", informou a empresa em comunicado ao mercado. (...)

Qual a relação entre a política agressiva e o risco?

Demora na aprovação de orçamentos estaduais e municipais eleva provisão de perdas da Oi
5 May 2008 - Valor + News
RIO - A demora de assembléias legislativas e câmaras de vereadores em aprovar o orçamento anual contribuiu para o aumento de 55,2% na Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) da Oi no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, o valor foi de R$ 222 milhões, 36,1% superior aos R$ 163 milhões registrados no quarto trimestre de 2007. (...)

"A gente teve um primeiro trimestre afetado por algumas negociações, principalmente com governos estaduais e municipais, onde as assembléias legislativas e câmaras de vereadores demoraram a aprovar os respectivos orçamentos. Sem os orçamentos, os governos não podem empenhar as suas verbas e sem o empenho das suas verbas eles não podem pagar as suas despesas", frisou Salazar durante teleconferência com analistas, acrescentando que a expectativa é de melhorar esse indicador ao longo do ano.

O executivo explicou que a política de crédito mais flexível também contribuiu para o crescimento do PDD. "A partir do momento em que você vem mergulhando na pirâmide social e captando cada vez mais clientes nas classes menos abonadas, sem dúvida nenhuma, apesar desse cliente ser marginalmente positivo para a companhia, ele traz um custo maior de 'bad debts'", ponderou. (...)

(Rafael Rosas | Valor Online e Talita Moreira | Valor Econômico para o Valor Online)

Qual a relação entre orçamento público e a política de crédito das empresas? A relação entre flexibilidade no crédito e PDD foi direta ou inversa?


Claudio Humberto
13 August 2007 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

(...) Agora, ao negativar um cliente com nome limpo, o supermercado Extra sapeca o carimbo “Política de crédito”. Nem o Procon entendeu a jogada.

Você poderia ajudar a explicar o significado do termo?

Produção maior de automóveis
12 September 2007 - Gazeta Mercantil

A indústria automobilística encostou nos 2 milhões de veículos produzidos no acumulado até agosto e, a não ser que aconteça uma hecatombe, já garantiu os 3 milhões no ano, se contabilizados os doze meses. (...)
Mas falar sobre recordes virou lugar-comum e, como tal, uma chatice. O que parece relevante são as causas que têm levado a tal situação. Sem dúvida, o prazo de crédito elástico foi fundamental, ambiente que agregou novos consumidores ao carro zero km. A situação, claramente, é possível num clima de crescimento da economia, com maior taxa de empregos e mais confiança do consumidor. (...)

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3)(Ariverson Feltrin - Editor de Transportes & LogísticaE-mail: afeltrin@gazetamercantil.com.br)

O que significa prazo flexível? Qual a relação com maior produção?


Varig fecha acordo com BR para fornecimento de combustível
Ivone Portes - 22 May 2006 - FolhaNews

A Varig e a BR Distribuidora concluíram nesta segunda-feira o acordo para que o fornecimento de combustível à companhia aérea não seja interrompido. Em nota divulgada hoje, a BR informa que continuará sendo o principal fornecedor de querosene de aviação da Varig. Entretanto, não deu detalhes sobre os termos do acordo.
"O acordo é resultado do processo de negociação entre as duas companhias que acontece desde o início do ano, sempre no sentido de buscar uma solução para que a Varig continue voando até que se restabeleça completamente como uma das mais importantes companhias de aviação do Brasil", divulgou a distribuidora.

A BR informou ainda, em nota, que "jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais, quer seja com a Varig, quer seja com o Judiciário que conduz o processo de recuperação judicial da companhia aérea".

"A Petrobras Distribuidora acredita firmemente na recuperação da Varig, posição esta que se manteve inalterada no tempo, pois, como credora, a BR manteve o crédito desde a entrada da companhia aérea no processo de recuperação judicial, em 17 de junho de 2005, até o término do contrato de fornecimento em 30 de dezembro de 2005."
A distribuidora afirmou ainda que prosseguirá trabalhando com todo o empenho para apoiar um de seus maiores e mais emblemáticos clientes consumidores.

Em razão da crise financeira da Varig, que colocou em dúvida a viabilidade da empresa, a BR Distribuidora reduziu progressivamente o prazo de crédito para a companhia aérea e chegou a exigir o pagamento antecipado pelo combustível. A Varig entrou na Justiça pedindo que a distribuidora concedesse prazo de pagamento pelo combustível.

O leilão de venda da Varig está previsto para ocorrer no dia 9 de julho próximo. A Assembléia de Credores da Varig aprovou uma proposta que prevê a venda da companhia integralmente ou separada --somente operações domésticas. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em mais de R$ 7 bilhões e que ficariam com empresa separada.


Você concorda com a nota de Petrobrás onde afirma que não fez pressão sobre a Varig? Se isso ocorreu, quais os motivos?

Farmacêuticas


A figura mostra as oportunidades para as indústrias farmacêuticas no mercado emergente. Fonte: aqui