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13 maio 2008

Mulheres superiores aos homens


Extensa pesquisa conduzida pela Canadian Securities Administrators (CSA) em 2006 e 2007 mostrou existir diferenças nas atitudes de investimentos e de comportamentos entre homens e mulheres. Em termos de fraude, a conclusão é que as mulheres são mais avessas ao risco e, conseqüentemente, a fraudes.

(...) constatou-se que 36% das mulheres relataram que alguém aproximou delas com um investimento fraudulento, em comparação com 46% dos homens. Daquelas abordados, 10% das mulheres foram fraudadas, em comparação com 15% dos homens. Na verdade, os homens são mais susceptíveis de terem sido enganados mais de uma vez - 32% em comparação com 20% para as mulheres.

Crescimento da economia e Mercado

Qual a relação entre crescimento econômico e retorno do mercado acionário? A longo prazo essa relação não é proporcional, como geralmente se pensa.


Um crescimento econômico mais rápido significa retornos mais elevados para os investidores. Essa é uma grande parte da lógica dos que investem em mercados emergentes.

O problema com este argumento é que não é verdadeiro. Uma pesquisa da Business School de Londres analisou 17 países durante 108 anos. Os países com as economias de crescimento mais lento (medidos pelo crescimento do PIB ao longo de cinco anos períodos) obteve 8% ao ano, os mercados de crescimento mais rápido nas economias, pelo contrário, retornou apenas 5% ao ano.

Quando um grupo maior de 53 economias, incluindo muitos mercados emergentes, foram examinados, as tartarugas bateram as lebres por uma margem mais ampla -12% para 6-7%.



Fonte: The Economist

Modelos e o Homem

Os modelos de risco, baseados em métodos quantitativos, fracassaram durante a crise do subprime. E por isso devem incorporar mais o comportamento humano. É o que afirma Marine Cole no artigo After subprime fiasco, risk models may weigh human behavior para o Financial Week.

Peritos estão dizendo agora que os participantes no mercado não deve depender exclusivamente em modelos matemáticos, mas também deve usar as ciências sociais para compreender comportamentos dos proprietários de imóveis, por exemplo. Eles também estão pedindo mais informação e mais transparência aos participantes no mercado.

(...) Antes da crise, baseou-se principalmente em complexos modelos suportados em dados históricos sobre empréstimos de um período durante o qual os preços domésticos estavam aumentando.

Efeito do crescimento na redução da pobreza


O gráfico ilustra a redução da pobreza da população de quatro países (Vietnam, China, Indonésia e Tailândia) nos últimos anos (em termos de paridade do poder de compra). O Vietnam é o país que fez maiores progressos: em 1990 metade da sua população estava abaixo da linha de pobreza; quinze anos depois, somente 10%. Fonte: Aqui

Esportes, ilusão da moeda e remuneração


No texto "Do Employees Care about their Relative Position? Behavioural evidence focusing on Perfomance" Benno Torgler, Markus Schaffner, Sascha L. Schmidt e Bruno S. Frey procuram determinar a relação entre a posição de um indivíduo, sua remuneração e seu desempenho. Usam dados de esportes, incluindo jogadores de futebol na Alemanha. Usando uma medida de desempenho do jogador (simplista, que inclui gols e assistências), os autores estabeleceram uma relação entre desempenho, salário relativo futuro do jogador, salário absoluto e variáveis de controle.

Saliência

Em Behavioral Finance and the Sources of Alpha, Russell Fuller apresenta o conceito de saliência:

"Para eventos que ocorrem raramente, pessoas tendem a superestimar a probabilidade desses eventos ocorrerem no futuro se eles recentemente tiverem ocorrido. Por exemplo, uma queda de uma avião comercial ocorre raramente. Entretanto, se um avião cai e tem uma grande cobertura da imprensa, as pessoas irão superestimar a probabilidade de uma queda ocorrer no futuro. Saliência causa uma superreação nos investidores a uma nova informação"

Por que as pessoas ignoram os Genocídios?

Paul Slovic, da University of Oregon, faz essa pergunta na sua pesquisa "If I look at the mass I Will never act": Psychic numbing and genocide, para o Judgment and Decision Making (volume 2, número 2, abril de 2007, p. 79-95). somente no século XX tivemos vários genocídeos:

Armenia (1915)
Ucraine (1932-1933)
Holocausto Nazista (World War II)
Bangladesh (1971)
Cambodia (1975-1979)
Ex-Iugoslavia (1990s)
Ruanda (1994)
Zimbabwe (2000)
Congo (Hoje)
Darfur (Hoje)

Enquanto isso os jornais dedicam páginas para o caso Isabella. Faz sentido? Slovic mostra uma pesquisa de arrecadação de fundos onde três abordagens foram usadas. Na primeira, a campanha apresentava um depoimento pessoal de um garoto, com foto e descrição pessoal. A segunda estratégia era apresentar estatísticas sobre pessoas que necessitavam de ajuda. A terceira estratégia era uma combinação das duas, ou seja, um depoimento pessoal com estatísticas. O resultado da campanhas está na figura:




As pessoas contribuiram mais quando existia uma narração pessoal. Isso faz sentido?