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30 abril 2008

Falência da Arthur Andersen beneficiou as big four


Uma pesquisa que deverá ser publicada hoje conclui que a redução para quatro grandes empresas após o colapso da Arthur Andersen, em 2002, levou a uma média 2,4 por cento em aumento nas taxas pagas - excluindo o impacto de outros fatores, tais como mudanças na regulamentação.

(...) [A existência] uma ligação direta (...) é potencialmente explosiva dado o debate sobre os riscos de se ter tão poucas empresas responsáveis pela verificação das contas de todas as maiores empresas.

(...) O relatório foi patrocinado pela BDO Stoy Hayward, um rival para o Big Four, mas realizados de forma independente pela London School of Economics. (...)

Intrigante, a LSE estudo não encontrou provas de uma relação entre a concentração e honorários antes do colapso da Andersen.(...)

O forte aumento dos honorários de auditoria desde 2002 tem sido, até agora, em grande parte atribuída aos efeitos da nova regulamentação, tais como a passagem para as normas internacionais de contabilidade e da introdução nos Estados Unidos da Sarbanes-Oxley.


Andersen's collapse results in a fee bonus for Big Four rivals - JENNIFER HUGHES -
29 April 2008 - Financial Times - London Ed1

29 abril 2008

Rir é o melhor remédio


Essa foto foi tirada quando a bola de beisebol estava perto de atingir o seu objetivo (veja se você consegue localizar. Aqui a foto em tamanho maior).

Musica e Contabilidade


Recebi um e-mail de uma estudante de Teresina sobre a possibilidade de fazer um trabalho de conclusão de curso sobre música e contabilidade. "Gostaria de saber se existe um ramo da contabilidade voltada as orquestras assim como existe contabilidade rural, ambiental..."

Aqui o link com as postagens sobre o assunto do blog .

Fiz uma rápida pesquisa em alguns jornais e não encontrei muita coisa. Meu conselho: aborde o assunto de uma orquestra que faz ensaios durante meses para apresentações e precisa contabilizar os custos.

Custos e Agronegócios

Saiu o novo número da revista Custos e @gronegócio, de janeiro/abril de 2008 (clique aqui). Os artigos são os seguintes:

1. Como as empresas classificadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial evidenciam os custos e investimentos ambientais?
2. Custos ocultos e agronegócio
3. Custos de produção, expectativas de retorno e de risco do agronegócio mel no Planalto norte de Santa Catarina
4. Estudo dos fatores determinantes para a variação do curso dos insumos e do preço da soja no Estado do Rio Grande do Sul após o Plano Real
5. Uma análise da estrutura de custos do setor sucroalcooleiro brasileiro
6. Produção conjunta e decisões gerenciais: O caso de uma empresa de exportação de madeira tropical
7. Custos do cultivo do melão amarelo na safra 2006/2007: Um estudo de caso na empresa Santa Júlia Agro Comercial Exportadora de Frutas Tropicais Ltda

Impostos concentrados


Petróleo, energia elétrica e comunicações recolheram R$ 150 bilhões aos cofres de Estados e da União em 2007

Os setores de petróleo, energia elétrica e comunicações se transformaram no principal alvo das máquinas de arrecadação federal e estadual e recolheram em 2007 quase R$ 150 bilhões aos cofres públicos. Esse volume foi apurado pelo Estado com base em relatórios do Tesouro Nacional, da Receita Federal e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e já equivale a mais de 16% da carga tributária nacional.

Apelidados de blue chips da arrecadação, por seu potencial de gerar ganhos volumosos e fáceis para o Fisco, da mesma forma que na Bolsa de Valores, esses três setores carregam uma carga tributária em média duas vezes maior do que a maioria dos outros setores da economia. Para cada litro de gasolina, ao preço de R$ 2,50, o consumidor paga cerca de R$ 1,30 de imposto, ou seja, 60% do valor final. Isso sem contar tributos pagos pelas empresas sobre o lucro e, no caso da Petrobrás, pela produção do petróleo.

O mesmo ocorre com as contas de telefone e luz: de cada real pago para às operadoras e distribuidoras, quase metade é tributo. O mais famoso é o ICMS, arrecadado pelos governos estaduais. Não por acaso, a maior alíquota do ICMS, 25% (em alguns Estados, 30%), é cobrada sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.

Atualmente, 43% da arrecadação de ICMS provêm desses impostos blue chips. Há 11 anos, em 1997, a fatia dos três setores correspondia a 26%. A mudança, segundo técnicos, pode se explicar pela guerra fiscal (que isentou de tributo outras mercadorias) e pela decisão dos Fiscos estaduais de se especializar na tributação e combate à sonegação nesses segmentos.

O imposto sobre combustíveis é cobrado bem antes do consumidor abastecer seu carro. Os 25% do ICMS são calculados sobre um valor de tabela do Confaz e recolhidos pelas refinarias diretamente aos cofres estaduais. O mesmo ocorre com o PIS/Cofins e a Cide - nesse caso, tributos federais. “Petróleo e derivados já são tributados pesadamente no Brasil”, diz o economista José Roberto Afonso, contrapondo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na semana passada, sugeriu aumento da taxação do petróleo.

Segundo ele, a tributação dos combustíveis era, pela Constituição de 1988, uma atribuição dos Estados. Tanto que o texto constitucional extinguiu os impostos únicos sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações, minerais e transportes (cobrados pela União) e os transferiu para dentro do ICMS (antigo ICM).

Entretanto, na gestão de Fernando Henrique Cardoso, o governo federal aprovou uma emenda constitucional trocando a palavra “tributos” por “impostos”, que abriu a porta para a cobrança de contribuições sobre gasolina e álcool. Combustíveis passaram a ser tributados pela PIS/Cofins e, desde 2002, por uma contribuição especial, a Cide, criada para financiar infra-estrutura de transportes, mas que serviu mesmo para reduzir a dívida do governo.

Agora, a estratégia do governo é aumentar a tributação do setor petrolífero por outro canal, os royalties. Há dois tipos de royalties: o comum, de 10% sobre o volume de produção, e a participação especial, de até 40% sobre o lucro das empresas. Essa participação especial que pode aumentar, sob o argumento de que é baixa no Brasil.

Levantamento feito pelo secretário da Fazenda do Rio, Joaquim Levy, mostra que a fatia do valor da produção petrolífera apropriada pelo governo brasileiro por meio de royalties e tributos é de 47%, abaixo da média mundial, de 60%.

“A questão precisa ser analisada olhando-se não só para o petróleo, mas também para a cadeia produtiva”, avalia Afonso. Embora os tributos sobre o petróleo sejam mais baixos no Brasil, na comercialização do combustível se incorporam outros que pesam para o consumidor.


Três setores viram alvo da Receita
Sérgio Gobetti - Estado de São Paulo 28/4/2008


Implantação da lei


O diretor da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Eli Loria, disse nesta segunda-feira que o órgão e outras entidades correm contra o tempo para se adequar ao cronograma de implementação da nova lei contábil que regerá as empresas no país. Loria explicou que uma das principais dificuldades está na adaptação dos cerca de 400 mil contadores registrados às novas regras.

"É difícil, o cronograma está apertado, porque no final de 2008, os balanços têm que refletir a nova lei. Mas o Conselho Federal está engajado nesse processo educacional. São 400 mil registrados no Conselho. Temos um comitê de educação, focado no investidor. Pode haver também um esforço na formação de contadores, sempre em conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade", afirmou, após participar de almoço na Amcham (Câmara de Comércio Americana), no Rio. (...)

CVM manifesta preocupação com cronograma de nova lei
Cirilo Junior - FolhaNews - 28/4/2008

Contabilidade e a crise: defesa do custo histórico

Después de la crisis de la deuda de 1982, la crisis de las sociedades de ahorro y préstamo de finales de los ochenta en Estados Unidos y la crisis financiera de Asia de 1997, la crisis de las hipotecas subprime es la cuarta crisis importante desde la Segunda Guerra Mundial y, por mucho, la mayor. (...)

¿Por qué suceden las crisis bancarias? ¿Acaso los banqueros son ignorantes? ¿Por qué aseguran riesgos que llevan a sus bancos al borde de la bancarrota? La respuesta está en una combinación de un sistema de contabilidad malo y varios efectos de riesgo moral que los sistemas normativos existentes no pudieron limitar.

El sistema de contabilidad malo son las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF) que actualmente utilizan las grandes empresas de todo el mundo. El defecto de las NIIF es que no mitigan el contagio sistémico que resulta de los movimientos de precios de los activos. Cuando los precios de los activos se mueven, las empresas propietarias de esos activos se ven obligadas a reevaluarlos en sus balances trimestre tras trimestre. La información oportuna de las ganancias y pérdidas no realizadas hace que las acciones de la compañía tenedora sean volátiles, lo que envía ondas de choque por todo el sistema financiero.

Una alternativa sería un sistema de contabilidad cautelar, como el que las empresas alemanas utilizaban antes de que empezara la transición a las NIIF. En el sistema tradicional alemán, los activos de una empresa se evaluaban de acuerdo con el "principio del valor inferior": a efectos contables, se debía utilizar el precio histórico más bajo de un activo y su precio en el mercado en ese momento. Esto permitía a los banqueros buscar objetivos a más largo plazo y demostró ser efectivo para bloquear los efectos de contagio. En efecto, fue una de las razones principales de la estabilidad del sistema financiero alemán.(...)


Malas prácticas bancarias - Hans-Werner Sinn - Expansión - 29/4/2008