14 abril 2008
Empresa Antiga
Let´s Make a Deal
Este é um problema famoso e que tem despertado interesse da pesquisa acadêmica. São três portas que você deve escolher, sendo que numa delas existe um bom prêmio (um carro, por exemplo) e em outras duas você não ganha nada. Você escolhe uma porta.
Para dar emoção ao jogo, é mostrado uma das duas portas restantes, que não tem o prêmio. Pergunta-se: você mudaria de porta?
Existem duas estratégias: permanecer com a porta ou mudar para a que restou. A lógica é mudar sempre pois a probabilidade de acerto é maior.
Aqui você pode testar isto. Clique numa das portas. Clique em Continue. Irá aparecer uma "vaca" numa outra porta. Pergunta se você quer trocar (switch) ou não (don´t switch). Clique em switch. Repita isto várias vezes e observe o placar do lado direito. O percentual de vitória será maior que 50%, como seria a intuição do jogo.
Mais, aqui.
Geralmente pensamos que devemos continuar com a escolha. Seria um caso de insistência irracional?
Para dar emoção ao jogo, é mostrado uma das duas portas restantes, que não tem o prêmio. Pergunta-se: você mudaria de porta?
Existem duas estratégias: permanecer com a porta ou mudar para a que restou. A lógica é mudar sempre pois a probabilidade de acerto é maior.
Aqui você pode testar isto. Clique numa das portas. Clique em Continue. Irá aparecer uma "vaca" numa outra porta. Pergunta se você quer trocar (switch) ou não (don´t switch). Clique em switch. Repita isto várias vezes e observe o placar do lado direito. O percentual de vitória será maior que 50%, como seria a intuição do jogo.
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Geralmente pensamos que devemos continuar com a escolha. Seria um caso de insistência irracional?
Eletrobrás
Eletrobrás quer poder financeiro
Empresa tem R$ 78 bilhões de patrimônio e R$ 30 bilhões de valor de mercado, situação oposta à da Vale
Irany Tereza & Suely Caldas - O Estado de São Paulo - 14/04/2008
A Eletrobrás passou, há uma semana, por sua mais profunda transformação desde que começou a operar, em 1962. A lei 11.651, que lhe deu poderes semelhantes aos da Petrobrás, o maior grupo empresarial brasileiro, conferiu autoridade à soberania da empresa, mas não o respaldo de mercado. A companhia recuperou o que havia perdido no período de privatizações, nos anos 90, e ainda teve ganhos extras no controle de suas oito subsidiárias. Mas não ganhou musculatura financeira.
O sistema Eletrobrás, que tenta há quatro anos negociar ações na Bolsa de Nova York, esbarra no rigor da Security Exchange Commission (SEC), o temido órgão de controle do mercado acionário americano. Entre as principais dificuldades, está a ingerência política que sempre marcou a gestão do grupo.
O engenheiro eletricista José Antonio Muniz Lopes, atual presidente da Eletrobrás, apesar da qualificação técnica, não foge à regra: apadrinhado do senador peemedebista José Sarney, ele garante que tem a fórmula para corrigir os problemas das seis distribuidoras federalizadas, que hoje são o calcanhar-de-aquiles do grupo. "Este ano vamos chegar à ADR2 (American Depositary Receipts de nível 2, os títulos negociados em Nova York). Estamos chegando perto", afirma Lopes. O que falta, então? O executivo titubeia. Diz que não sabe "o detalhe exatinho" e cita "alguns passos dessa tal governança corporativa, criação de alguns comitês, alguma forma de fazer a contabilidade mais explícita". Mas, garante, sai este ano: "O pessoal do financeiro me falou que chegamos lá."
(...) Muniz vai enfrentar outro delicado problema: cobrar a enorme dívida da CEA (distribuidora do Amapá) com a Eletronorte. O principal defensor da CEA é o senador pelo Amapá, José Sarney, justamente quem indicou Muniz para a presidência da Eletrobrás. O desempenho financeiro da CEA é tão caótico que, há quase um ano, a Aneel pediu a caducidade da concessão que o governo federal se recusa até hoje a conceder, por influência direta de Sarney. O atual governador, Valdez Goes (PDT), aliado de Sarney, baixou decreto concedendo energia gratuita para todos os habitantes com renda per capita até um salário mínimo, o que abrange a grande maioria da população. Sem faturamento, a CEA também não paga a Eletronorte, que lhe fornece energia. Lopes admite que a Eletrobrás, apesar do caixa superavitário, "está perdendo valor de mercado". O lucro de R$ 1,547 bilhão em 2007, que representou crescimento de 33% ante o ano anterior, foi atribuído por ele a questões conjunturais. "O lucro foi muito em cima de um cálculo atuarial do fundo de pensão de Furnas. Mas, se o dólar não tivesse caído tanto, teríamos um resultado melhor por causa dos recebíveis de Itaipu", comenta, referindo-se à receita em dólares proveniente da usina binacional, que ainda paga o investimento de sua construção à Eletrobrás.
(...) Se hoje a Eletrobrás tem R$ 78 bilhões de patrimônio e apenas R$ 30 bilhões de valor do mercado - uma relação escandalosamente ruim se comparada a empresas como a Vale, que tem R$ 57 bilhões de patrimônio e R$ 200 bilhões de valor de mercado -, isso vai mudar, diz Lopes, que se fia num plano estratégico, traçado por consultoria internacional, para definir, até o fim do ano, as novas diretrizes da empresa.
Grifo meu.
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