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02 abril 2008

Avaliação de um Clube


No passado orientei uma dissertação de mestrado (aqui link) sobre avaliação de um clube de futebol. Agora, neste blog , o processo de avaliação do Chicago Cubs, um time de beisebol. Esta equipe não vence a world series faz cem anos e tem um desempenho nos últimos trinta anos sofrível. Entretanto, o Chicago Cubs é um time que possui um bom nome. Mas quanto seria o seu valor? Apesar do método usado pelo blog ser questionável, a seguir um resumo:

Método Baseado nas Receitas (Múltiplo)

O Cubs possui receitas de 200 milhões de dólares (vendas de ingressos, propagandas e outros). Geralmente o múltiplo para o setor de esportes é de duas a três vezes a receita. Considerando um múltiplo de 2,5 tem-se um valor de 500 milhões de dólares.

Prêmio pelo Desempenho

Imaginando que uma equipe possa ter seu valor baseado nos resultados, pesquisas mostram que um time pode aumentar de 20 a 30% o seu valor como prêmio pelos resultados. O valor seria então de 500 milhões mais 100 milhões de dólares = 600 milhões

Intangíveis

Ser proprietário de um clube pode agregar um intangível importante para seu proprietário. Segundo uma estimativa otimista, isto adicionaria de 17 a 35% no preço. Mas uma estimativa mais conservadora consideraria 1% de acréscimo, ou $6 milhões.

Racionalidade

Apesar da estimativa de 606 milhões, esportes não lida com o 100% racional. Assim, um preço possível seria acima deste valor. O blog arrisca então 650 milhões. Ou mais.

Convergência deve começar na definição


Sabe-se que o Fasb e o Iasb estão buscando a convergência nas normas. E também a redução na complexidade da contabilidade. Entretanto, tudo isto pode ficar comprometido quando os dois possuem definições divergentes de assuntos relevantes.

É o caso do Valor Justo. Conforme texto de David Katz para CFO (aqui http://www.cfo.com/article.cfm/10950664?f=rsspage), Fair-Value Question Stalls Derivative Standard, isto pode afetar tanto o esforço da convergência quanto as tentativas de redução da complexidade.

Aqui o texto completo

Milionários possuem 50 trilhões


Uma estimativa feita por Oliver Wyman (via WSJ aqui) mostra que a riqueza dos milionários no mundo cresceu para 50 trilhões. A estimativa é que em cinco anos chegue a 75 trilhões, ou uma taxa de 9% de crescimento anual. Esta estimativa é pior do que o desempenho de 2003 a 2007, quando a riqueza dos milionários cresceu 11% ao ano. O gráfico mostra que a riqueza dos milionários deverá crescer em todos os continentes, inclusive América Latina (de 2 para 3 trilhões).

Contabilidade Governamental da Nova Zelândia descobre erro


Inicialmente, esta notícia é relevante? Creio que sim. Segundo New Zealand Press Association, foi descoberto um erro na contabilidade governamental da Nova Zelândia no valor de 600 milhões de dólares neo-zelandezes.

A questão é que o erro ocorreu em razão do fato do governo daquele país adotar o regime de competência.

A notícia (clique aqui para ler) conclui que mesmo com o problema o governo não irá modificar seus procedimentos contábeis para o regime de caixa.

Inveja deles...

Contabilidade e PCC


Mais um texto sobre PCC e Contabilidade

Acusado do roubo dos malotes da TAM é preso em São Paulo

Segundo a polícia, ladrão tem ficha criminal com cerca de 60 páginas e já roubou hotéis, bancos e joalherias

Simone Menocchi, de O Estado de S.Paulo

SAO JOSÉ DOS CAMPOS - Um dos ladrões mais procurados do Vale do Paraíba foi preso na última segunda-feira, 31, em São José dos Campos. Adilson da Silva Braga, 40 anos, conhecido por Dil Neguinho, tem uma ficha criminal de cerca de 60 páginas e seria um dos integrantes da quadrilha que há 12 anos, também em São José dos Campos, roubou malotes de um avião da TAM, quando foram levados R$ 6 milhões.

A polícia afirma também que Dil Neguinho já teria participado, segundo investigações, de roubos a joalherias, hotéis, estabelecimentos comerciais e bancos. "Ele é um especialista em roubos. Tem como profissão ser ladrão", disse o delegado Darci Ribeiro, que fez a prisão. O acusado foi detido quando planejava um roubo de R$ 15 mil junto com outro ladrão, Rafael dos Santos.

Ainda de acordo com o delegado, Dil Neguinho, teria roubado a própria facção criminosa, o Primeiro Comando da Capital (PCC), da qual seria contador. "Ele confirmou que teve problemas com o PCC, mas nega o desvio de dinheiro". O acusado foi expulso do partido, que o acusa de ter roubado cerca de R$1 milhão.

Apesar da lista de roubos, segundo a polícia, Dil Neguinho vivia com a família em uma casa simples, no fundo de um outro imóvel, na periferia de São José dos Campos e não ostenta nenhum bem.


Texto enviado por José Lúcio (grato!)

Contabilidade e PCC


Reportagens do Estadão mostram a questão da contabilidade no mundo do crime.

Justiça determina investigação da contabilidade do PCC

São Paulo - A procuradora da República Adriana Scordamaglia pediu e a juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Criminal Federal, determinou a abertura de inquérito para apurar a lavagem de dinheiro do crime organizado. A ordem para a investigação foi baseada na apreensão da contabilidade da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava com Wagner Roberto Raposo Olzon, o 'Fusca', preso em 28 de fevereiro. A investigação será feita pela Polícia Federal.

Foi a procuradora que denunciou por tráfico internacional de drogas Olzon e Christian Francisco de Souza. Além da contabilidade do PCC, com os acusados foram apreendidos 2 quilos de cocaína e R$ 674 mil, dinheiro que, segundo a procuradora, foi oferecido aos policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para que soltassem os acusados.

A contabilidade do PCC, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, mostrou que o faturamento da organização criminosa cresceu 511% em dois anos e meio. A facção arrecada agora R$ 4,8 milhões por mês - em 2005, o faturamento era de R$ 800 mil. Olzon tinha também um relatório de viagem para a Bolívia, no qual descreve o acordo feito com traficantes bolivianos ligados às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para o fornecimento de 1 tonelada de cocaína, de fuzis e de explosivos para atentados.

Por fim, Olzon carregava cópias de transcrições de escutas telefônicas feitas pela inteligência policial. Para o Gaeco, foi o advogado Sérgio Wesley da Cunha, que está preso, quem entregou as cópias a Olzon. Os documentos saíram do processo da Vara de Execuções Criminais sobre a internação no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) dos líderes do PCC Julio Cesar Guedes de Moraes e Daniel Vinícius Canônico. Nas conversas, eles revelaram o plano de montar uma central de escutas clandestinas para vigiar autoridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo (AE)


O texto a seguir foi enviado por José Lúcio (grato)