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31 março 2008

CBF


Publiquei anteriormente (aqui) comentários de Lauro Jardin sobre o balanço da CBF. Na ocasião não tinha as demonstrações. Jardim afirmava que o resultado positivo da CBF era devido a adiantamentos. Apresentei o seguinte comentário ao final do texto:

Tenho dúvidas contábeis sobre a notícia: como um adiantamento explica o resultado (lucro) da entidade? Pelo regime de competência isto não é possível.


Na realidade pensava que talvez a CBF não usasse o regime de competência e sim o regime de caixa.

Com as demonstrações foi possível perceber que na realidade o comentário de Jardim foi infeliz em termos contábeis. O texto a seguir, de Sérgio Rangel para Folha de S. Paulo, mostra isto:

Parceiros antecipam receita, e CBF tem lucro
Folha de São Paulo - 30/3/2008

Três empresas injetam R$ 14,3 milhões na entidade
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Um ano depois de ter declarado um prejuízo de R$ 22 milhões em 2006, a CBF publicou balanço no qual diz ter lucrado R$ 10.412.000 em 2007.

O resultado positivo foi conseguido com ajuda de parceiros (Traffic, Nike e International Sports Events Company). No total, as três empresas anteciparam R$ 14.302.000 aos cofres da entidade. No ano passado, a CBF foi escolhida pela Fifa para organizar a Copa de 2014.

No relatório de 2007, a International Sports Events Company surge como o parceiro que mais adiantou dinheiro para a CBF. A empresa antecipou R$ 12.077.000 para a confederação pelo contrato referente aos direitos sobre os amistosos da seleção até a Copa do Mundo de 2010. A Nike, por sua vez, antecipou R$ 1,77 milhão. Já a Traffic, que detém os direitos de transmissão por rádio e televisão para o exterior dos jogos realizados no país, adiantou 454 milhões para a CBF.

Além da ajuda dos parceiros, a CBF reduziu pela metade -de R$ 51 milhões para pouco mais de R$ 25 milhões- os gastos com o futebol profissional um ano após a Copa alemã.

De acordo com o balanço da entidade, publicado durante o feriado da Semana Santa no jornal carioca ""Monitor Mercantil", a confederação arrecadou R$ 114 milhões em 2007.

O lucro da CBF no ano passado contrasta com o prejuízo declarado pela entidade no ano do Mundial de 2006, quando a seleção foi eliminada nas quartas-de-final pela França, por 1 a 0, em Frankfurt.

Mesmo com o balanço registrando a entrada de R$ 53 milhões oriundos de patrocinadores no ano da Copa da Alemanha, a confederação teve um prejuízo recorde -R$ 22.133.000, segundo o balanço.

A entidade comandada por Ricardo Teixeira informou que ""destinou" R$ 5,9 milhões na candidatura para a Copa do Mundo de 2014. Em outubro, em evento com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Fifa escolheu o Brasil para sediar o Mundial. O país era o candidato único.

O valor informado pela confederação é bem menor que o orçado para a candidatura brasileira para os Jogos Olímpicos de 2016. Para o Ministério do Esporte, a candidatura do Rio aos Jogos custará mais do que os R$ 88 milhões contabilizados pelo prefeito Cesar Maia. Se a cidade chegar até a fase final, o custo será de R$ 100 milhões, pelos cálculos da pasta. E o ministro Orlando Silva Jr. descartou o governo federal gastar mais do que prefeitura e Estado, como foi cogitado.

Ainda neste ano, a entidade deverá inaugurar o comitê de organização do Mundial na Barra da Tijuca.

Com a criação do órgão, a contabilidade da Copa será independente da CBF.

KPMG e o Novo Século 2


A pergunta "New Century é a Enron da KPMG?" feita anteriormente no blog chega ao Valor Econômico:

KPMG sofre acusações
Valor Econômico - 31/3/2008

Um relatório encomendado pelo Departamento de Justiça nos Estados Unidos aponta que a firma de auditoria KPMG deu início às fraudes contábeis na New Century Financial ou foi conivente com elas. A New Century já foi uma das maiores empresas americanas de crédito imobiliário e há cerca de um ano entrou com pedido de recuperação judicial, como uma das primeiras grandes empresas abatidas na crise das hipotecas. O relatório da Justiça mostra que a companhia implantou uma série de "práticas impróprias e imprudentes" em relação às operações de crédito e às demonstrações contábeis, em 2005 e 2006. Acusada de ter contribuído para os erros, a KPMG informou que discorda fortemente do relatório, segundo a Reuters. Mais de 450 pessoas ou empresas que abriram processos contra a New Century poderão se voltar também contra a KPMG.

T.B.T.F.


Segundo James Surowiecki, num artigo para New Yorker denominado Too Dumb to Fail, o banco Bear Stearns só não fechou por conta do T.B.T.F. Ou seja, "too big to fail".

Os bancos são muito alavancados - ou seja os índices de endividamento são elevados. Mas espera-se que sejam bons gestores de risco, assegurando aos depositantes e investidores uma segurança para seus recursos. Parece que não foi o caso...

Patente e moda

Em postagem anterior (aqui ) citei um artigo de Varian sobre o fato de que a patente não funciona em todos os setores da economia.

Recentemente postei um comentário de Varian que indicou que a proteção industrial não é necessariamente sinal de inovação. Esta relação tem sido defendida por pessoas que querem que o sistema de patente perdure em setores como fármacos ou filmes. Entretanto, Varian citava o exemplo do setor de moda.


Entretanto, talvez isto esteja mudando, conforme a reportagem "Reluctant Revolutionary" da Business Week.

O texto narra o caso do designer de sapato Stuart Weitzman, que faz peças para Angeline Jolie e Ivanka Trump. Ele está processando as pessoas que o copiam por quebra de patente.

29 março 2008

Casas de Milionários

Como vivem os milionários. As fotos são de alguns dos maiores milionários do mundo.

Warren Buffett (n. 1, 62 bilhões de dólares)



Gates (n. 2, 58 bilhões)



Mittal (n. 4 , 45 bilhões)



Ellison (n. 14, 25 bilhões)



Dell (n. 40, 16,4 bilhões)



Jobs (5,4 bilhões)



Spielberg (3 bilhões)



Oprah 2,5 bilhões