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25 março 2008

Rir é o melhor remédio

Resultado da CBF


Do vermelho para o azul | 13:30

A CBF saiu do vermelho: passou de um prejuízo de 22,1 milhões de reais em 2006 para um lucro de 10,4 milhões de reais no ano passado. A informação consta do balanço anual da entidade, que acaba de sair.

O adiantamento da Globo... | 13:29

A leitura do balanço revela alguns números e valores que podem explicar em parte esse azul. Por exemplo: a Globo antecipou 4 milhões de reais à CBF, referentes a cota de transmissão da Copa do Brasil de 2008. E mais 3,6 milhões de reais dos direitos de transmissão dos jogos da seleção nas Eliminatórias da Copa de 2010. Na soma, foram 7,6 milhões de reais. Pelo contrato entre a Globo e a CBF, a emissora paga 950 000 dólares pela transmissão de cada partida.

...e o da Nike | 13:28

O adiantamento de receita estendeu-se também aos patrocinadores. A "Nike European" pagou 2 milhões de dólares antecipadamente em 2007, "referente a cota de patrocínio prevista para 2008".

O custo da Copa no Brasil | 13:27

Finalmente, o balanço da CBF informa que 5,9 milhões de reais foram gastos "para a aprovação da candidatura do Brasil como país-sede da Copa de 2014".

Fonte>: Aqui

Confesso que procurei esta informação na página da CBF e não encontrei. Tenho dúvidas contábeis sobre a notícia: como um adiantamento explica o resultado (lucro) da entidade? Pelo regime de competência isto não é possível.

Governança: Causa ou Conseqüência


Se Hermalin (via este blog ) estiver correto, muitos estudos de governança corporativa precisariam ser reescritos. Segundo este autor, a boa governança é resultado, não causa, do bom desempenho. Isto significa dizer que uma empresa não necessita buscar a boa governança para obter elevada lucratividade. Na realidade, a elevada lucratividade conduziria, naturalmente, a melhoria na governança.

A maioria dos estudos sobre o assunto caminham no sentido oposto. Isto significa uma inversão na relação causa-efeito.

Precisamos pensar mais sobre o assunto.

Doping Intelectual


O comentário semanal de Gary Becker e Posner é sobre o doping intelectual. O termo refere-se a tomar remédios (Modafinil, Provigil e outros) para melhorar o desempenho intelectual. Esses remédios originalmente foram criados para casos de déficit de atenção (entre outros casos) e são usados por pessoas normais. Representariam um café sofisticado e mais forte.

Posner defende que a dificuldade e o custo de monitoração do uso de drogas, além da difícil fronteira do doping (treinar na altitude é doping? é um exemplo) são argumentos fortes contra a proibição do doping no esporte. E o doping intelectual não deveria ser reprovado, na opinião de Posner.

Becker concorda e acredita que o governo não deve se envolver.

Recentemente postei um caso que mostra a dificuldade sobre este assunto (aqui ). Era o caso do não doping.

Poder do Incentivo


Notícia via Marginal Revolution (aqui o link) mostra o poder do incentivo. A Austrália criou um incentivo pecuniário para bebês que nascessem após o 1o. de julho de 2004. Segundo pesquisa de Andrew Leigh e Joshua Gans (aqui), mais de mil nascimentos foram atrasados para receber o bônus de 3 mil dólares.

Valor da Bear Stearns

O valor da ação da Bear Stearns ainda é um incógnita. O gráfico abaixo (fonte: aqui) mostra o comportamento do mercado acionário, inclusive antes da compra pelo JP Morgan.



A tabela abaixo (fonte: aqui) mostra outros casos de aquisições de empresas quebradas. Tudo parece indicar que o valor oferecido está abaixo do padrão normal das outras situações.


Diante da pressão dos acionistas (sendo que cerca de um terço deles são funcionários da Bear), a JP Morgan aumentou a oferta para 10 dólares, cinco vezes o valor inicial (aqui, por exemplo , e aqui). Aqui ainda acha a nova oferta baixa.

Uma das razões desta diferença pode ser ter sido erros que ocorreram em virtude da pressa na elaboração do contrato, antes da abertura do mercado asiático. Segundo uma fonte do New York Times (aqui para um link indireto), quando James Dimon, do JP Morgan, descobriu os problemas tentou alterar os termos da proposta.

Neil Aspinall


Neil Aspinall era um contador que abandonou seu emprego para seguir os Beatles quando o grupo ainda era uma banda local. Morreu aos 66 anos em Manhattan de cancer.