A proposta de uma seguradora americana para que seja suspensa a vigência da contabilidade do "valor justo" enquanto durar a crise têm que ser avaliada com "muito cuidado", na opinião do presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNIF). Segundo Gabriel Jorge Ferreira, o setor financeiro brasileiro está acompanhando o debate sobre a "marcação pelo valor de mercado" nos Estados Unidos, mas não se pensa em nenhuma medida semelhante à proposta pela American International Group (IAG). Bancos e seguradoras brasileiros já usam o valor justo para contabilizar alguns ativos em seus balanços. Seus pares americanos estão penando com baixas contábeis bilionárias por conta de investimentos que viraram pó com a turbulência dos mercados. Ferreira lembrou que a marcação a mercado surgiu no Brasil num momento pós-crise, a desvalorização cambial de 1999, quando o Banco Central exigiu critérios mais rigorosos de avaliação.
Para ele, a medida se sustentou e vem funcionando adequadamente."Se você [não informa o mercado] de que aquele valor sofreu uma desvalorização, no fundo você está induzindo o investidor em algum tipo de erro", afirmou Ferreira ao Valor, na quarta-feira, durante o seminário "Contabilidade e Auditoria no Brasil: Avanços e Desafios", promovido pelo Banco Mundial, Hirashima Associados e o Instituto de Auditores (Ibracon). "Temos que estudar mecanismos preventivos para enfrentar crises, mas acho que [rever o critério contábil] não é o caminho."A turbulência, segundo ele, pode afetar o país por conta da redução de liquidez, "mas do ponto de vista prudencial, o sistema financeiro brasileiro é muito sólido".
"Mudança critério pode levar investidor a erro" - Valor Econômico - 24/3/2008
24 março 2008
Valor Justo
Apesar da polêmica com o valor justo, o uso de marcação a mercado veio para ficar, afirmou David Tweedie, Chairman do IASB. Apesar de reconhecer que o valor justo em tempos de crises pode afetar a situação da entidade, Tweedie considera que no geral o valor justo torna a situação mais honesta. Clique aqui para ler reportagem.
Aqui, Sarah Johnson tece alguns comentários sobre as declarações de Tweedie.
Já Paul de Grauwe, professor da University of Leuven, considera que a regra da "marcação a mercado" pode piorar a crise no sistema financeiro. O círculo vicioso pode forçar os bancos a reconhecer perdas na contabilidade em razão de um problema da espiral liquidez-solvência.
Markets are wiser than the judgment of individual bankers or accountants, it was said. That is right under normal circumstances, but not today, when markets are clearly driving towards a bad equilibrium. Markets are not always right.
Clique aqui para ler completo o artigo de Grauwe
Levitt, que foi chairman da SEC (1993-2001) faz uma análise da crise. Aqui
Intuição x Quantitativo
Estudos de Gavin Cassar com empreendedores nascentes (aqui definido como fundadores de empresa) conclui, surpreendentemente, que os que fazem uso comum de ferramentas tais como práticas contábeis, orçamentação, previsão de vendas e planejamento financeiro são mais propensos a superestimar o desempenho futuro do que aqueles que confiam em dados qualitativos (projeções intuitivas). (...) a análise quantitativa poderá agravar, em vez de atenuar, viés cognitivos. Fonte: Aqui e aqui
23 março 2008
Primeiro número da RCO
Saiu o primeiro número da RCO - Revista de Contabilidade e Organizações, da Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão Preto. Aqui o link para endereço da revista
22 março 2008
Qual a maior probabilidade de perder sua bagagem
Em quais das companhias aéreas européias você tem mais chance de perder a sua bagagem. Em primeiro lugar a TAP. fonte: Aqui
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