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14 março 2008

Custos e Ponto de Equilíbrio


Uma aplicação interessante do conceito de ponto de equilíbrio:

Ashley Alexandra Dupre , a profissional contratada pelo governador do estado de Nova Iorque, tenta ser cantora. O seu single é vendido por 0,98 centavos de dólar. Considere que uma hora de serviços na cama de Dupre custe $1 mil dólares, qual o valor de dowloads para igualar esta receita?


Resposta: Receita na Cama = Receita em Download
$1.000 = 0,98 x Quantidade de Download
Quantidade = 1020 downloads

Suponha agora que Dupre seja uma profissional 7 diamantes. Neste caso, o preço de uma hora de serviços na cama custa $5 mil dólares. Quantos downloads são necessários?


Resposta: 5.000 = 0,98 x Quantidade
Quantidade = 5.000/0,98 = 5.102

Leasing

As operações de arrendamento mercantil, conhecidas como leasing, devem sofrer importantes modificações dentro dos balanços das companhias do País após a implementação das novas normas contábeis. A principal alteração é a que obriga que todas as transações que levem à transferência de titularidade do bem ao final dos contratos seja considerada uma modalidade de venda financiada nos demonstrativos das empresas. O procedimento não é adotado atualmente. De acordo com especialistas consultados pela Gazeta Mercantil , a maioria dos contratos de leasing é assinado como se fosse da modalidade operacional. Na prática, significa que as empresas envolvidas consideram esses arrendamentos uma forma de locação do bem.

No entanto, o IAS 17 - parágrafo do IFRS (International Financial Reporting Standards) que trata de leasing - também engloba o aluguel, desde que transfira o direito do uso do bem em troca do pagamento. "A principal novidade será o reconhecimento de um novo ativo nos balanços", afirma o sócio da PricewaterhouseCoopers, Fábio Cajazeira. "A idéia da legislação foi deixar bem acomodada na contabilidade a questão dos direitos e obrigações com os bens e as prestações pagas por ele", diz o consultor.

A demonstração das despesas com arrendamento mercantil tem variações que dependem da classificação entre a modalidade financeira ou operacional. A clareza com que esses dados passarão a ser dispostos nos balanços será um dos principais fatores para compreender a vida financeira das companhias. A opinião é do sócio de auditoria da Deloitte, Marcelo Magalhães. "O arrendamento financeiro, que configura uma aquisição, costuma ter uma curva de parcelas ascendente. O operacional, similar a uma locação, tende a ter custos lineares", compara. Segundo o especialista, clientes que utilizam muito o leasing, como as empresas aéreas, podem sofrer impactos em seus resultados pela adequação à lei. "Isso acontecerá, por exemplo, se elas estiverem submetidas a um alto grau de endividamento com operações de arrendamento mercantil. Um indicador que pode ser alterado é a rentabilidade futura", exemplifica Magalhães.

Com a adoção às regras do IFRS, projeta o executivo da Deloitte, profissionais que elaboram análise dessas empresas e seus acionistas serão os principais beneficiados. "Há empresas aéreas listadas na Bovespa que já preparam as demonstrações da forma mais adequada. O comportamento é interpretado como um conjunto de melhores práticas. A chegada do IFRS deve diminuir os desequilíbrios de informação entre esses diferentes públicos", estima Magalhães.

Opinião parecida tem o presidente do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), Francisco Pappelás. "As modificações da implantação de IFRS não trarão alterações nos resultados das empresas de leasing. O que certamente veremos é uma grande mudança na formatação dos demonstrativos", diz.

(...)
Outro ponto aprimorado pelo IFRS com relação às demonstrações de leasing é, para os especialistas, o que trata da vida útil dos bens arrendados. "O primeiro pronunciamento divulgado pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) esclarece bastante a questão, fornecendo os métodos necessários para demonstrar as possíveis perdas ao longo do tempo", diz Cajazeira, da Price.

A atual Lei das S.A., para os executivos, não traz elementos necessários para avaliações adequadas. "Nossas empresas não estão habituadas a saber lidar com essa questão. Essa é uma das principais novidades introduzidas pela lei", diz o vice-coordenador técnico do CPC e também professor da Fipecafi, Eliseu Martins. Os especialistas em IFRS entrevistados pela Gazeta Mercantil têm a mesma opinião sobre a formatação de contratos para os consumidores de pessoa física da modalidade leasing: nada deve mudar.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Luciano Feltrin)
Demonstrativos de leasing terão mudanças com o IFRS - 14/3/2008

Chrysler fecha fábrica para reduzir custos


Uma notícia no jornal informa que a Chrysler irá fechar uma fábrica para reduzir prejuízo:

A montadora americana Chrysler informou ontem que planeja interromper todas as suas atividades, com exceção das essenciais, em todo o mundo por duas semanas no mês de julho, como forma de reduzir custos e preservar caixa.

(...)A decisão de paralisar as atividades em todo o mundo em julho foi anunciada aos empregados por meio de um correio eletrônico do presidente-executivo da Chrysler, Bob Nardelli. Segundo ele, a medida é necessária para que a montadora crie "eficiência em todas as linhas de organização e melhore sua produtividade". A fábrica da Chrysler no Brasil, inaugurada em 1998, parou de produzir em 2001.


Chrysler vai suspender produção em todo o mundo em julho - O Estado de São Paulo - 14/3/2008

Isto não faz muito sentido, a princípio. Interromper as atividades pode reduzir os custos variáveis, mas não os fixos.

IFRS e Brasil

Mais um auditor falando sobre a adoção da IFRS no Brasil. Segundo o presidente mundial da Deloitte, James H. Quigley, em entrevista ao Valor Econômico de 14/3/2008,

É extremamente importante [adotar o IFRS no Brasil]. Um passo muito positivo. Por isso, o momento é de grande relevância também para a Deloitte.

Quigley destaca a dificuldade do processo e a convergência das normas em auditoria. Clique aqui para ler a entrevista

Modelo Contábil Norte-americano irá desaparecer


O US GAAP irá acabar? É o que acredita o auditor Sam DiPiazza, executivo-chefe mundial da PricewaterhouseCoopers, em entrevista ao Valor Econômico (14/3/2008):


Eu estou convencido de que num futuro não muito distante não haverá mais um padrão americano. As companhias americanas vão adotar o IFRS, ele será o novo sistema.


Clique aqui para ler a entrevista

É interessante fazer uma comparação entre esta entrevista e outra, concedida pelo mesmo Sam DiPiazza para o Business Today. Os entrevistadores questionam o custo do compliance, a questão da auditoria ser controlada por quatro empresas, os conflitos no trabalho da auditoria, os erros de auditoria, a possibilidade do auditor previnir fraude e termina com uma pergunta sobre padrões internacionais (com uma inserção de um "realisticamente falando" na questão). Ou seja, uma entrevista menos chapa-branca. Clique aqui para ler