26 fevereiro 2008
Fraude do Click cresceu
Os dados mostram um crescimento na fraude do click. O gráfico mostra os países onde é mais comum: quanto mais próximo do vermelho, maior a importância da fraude.
Moçambique
Em Moçambique, transportadores de passageiros paralisaram as atividades como um protesto contra o governo. A Agência Lusa apresentou apresentou a justificativa: a falta de contabilidade das empresas. Segue o trecho:
Na origem do arrastamento das negociações entre o Governo e os representantes dos transportadores está o facto de a maioria dos beneficiários da compensação governamental não dispor de contabilidade organizada.
"Estamos colectivamente organizados, mas em termos individuais, estamos a falar de milhares de operadores sem contabilidade organizada. Há uma série de levantamentos que têm de ser feitos", admitiu recentemente Rogério Manuel, presidente da Federação Moçambicana de Transportadores Rodoviários.
A decisão do Governo de cobrir uma parte dos custos de combustível dos operadores privados de passageiros é um desafio para o sector, "pois nunca se relacionou com o Governo a este nível", referiu então.
Moçambique: Transportadores justificam paralisação com cansaço por arrastamento de negociações
Agência Lusa - Serviço Internacional - 25/2/2008
Eliseu Martins
Uma entrevista com Eliseu Martins sobre a nova lei.
"País está mais bem preparado para a mudança"
Valor Econômico - 26/2/2008
O professor Eliseu Martins está preocupado. Ao receber o Valor, não aguentou esperar as perguntas começarem. Saiu logo dizendo que as reportagens sobre a nova lei contábil mostram que os profissionais consultados, no geral, estão muito mal informados. E o que é ainda pior: são pessoas, em sua grande maioria, que atuam em grandes instituições e empresas. A celeuma toda é sobre o tamanho do impacto tributário - um trauma não só para as empresas, mas para os contadores. O Fisco tem um longo histórico de interferência na contabilidade, o que acabou desviando os nossos balanços da tendência de harmonização contábil internacional.
Agora, o ambiente é muito mais receptivo, acredita Martins. A adoção pela União Européia dos chamados padrões internacionais de demonstrações financeiras (IFRS, na sigla em inglês) e os recentes avanços nas discussões com os Estados Unidos deram peso ao tema.
Nesse contexto, o governo, e em especial a Receita Federal, estariam mais receptivos a resolver as questões em conjunto. Dono de uma experiência que poucos tiveram a chance de acumular, o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e da Faculdade de Economia, Contabilidade e Administração (FEA) da USP, ex-diretor do Banco Central e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), continua à frente das mudanças contábeis do país. É vice-coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Leia a seguir trechos da entrevista:
Valor: O sr. acha que o país perdeu com a demora na aprovação da nova lei contábil?
Eliseu Martins: É claro que se tivéssemos começado lá atrás estaríamos numa situação melhor. Mas também não fico lamentando. Acredito que ainda está em tempo. Podíamos ter feito um trabalho com mais calma, de melhor qualidade e treinado melhor as pessoas, mas não acho que foi um desastre. Hoje, estamos todos mais maduros do que estávamos em 2000, quando o projeto de lei foi mandado para o legislativo. Na época, não tinha nem o acordo da União Européia [2002], que obrigava a publicação pelo IFRS em 2005. Nós éramos considerados meio malucos. O ambiente para aceitação, por parte das empresas, da implementação das normas é completamente diferente do que era em 2000. Então, por esse lado, houve uma melhora no ambiente empresarial. Tanto que hoje não se vê ninguém reclamando.
Valor: Toda essa confusão para entender a lei não traz receio de que possa haver erros na aplicação?
Martins: Vou responder essa com a experiência de quem participou da aplicação da Lei das Sociedades Anônimas, lá em 1976. Levou pelo menos uns cinco anos para as coisas começarem a ser feitas do jeito que deveriam. Então, não pense que vai sair a lei e no fim do ano vai estar tudo certo. É um processo que não muda. Desde os europeus. Lá os balanços também não saíram todos certos em 2005. Teve muita gente acertando balanço depois.
Valor: Como treinar e preparar todas as pessoas envolvidas com as mudanças contábeis?
Martins: Estamos procurando produzir o máximo de material possível. A CVM tem um projeto de educação. Além disso, o CPC está pleiteando um financiamento junto ao Banco Mundial (Bird). Eles já financiaram Chile, Costa Rica, entre outros, para incentivar no treinamento e educação. Buscamos de US$ 1,5 milhão a US$ 2,0 milhões. Mas é preciso vencer questões burocráticas antes. O CPC é um comitê e não possui personalidade jurídica própria. É preciso ver qual dos membros vai pegar o dinheiro. Mas já estão sendo formadas equipes de trabalho, com alunos de mestrado e doutorado. A Vale do Rio Doce e a Gerdau deram dinheiro voluntariamente para esse projeto: R$ 100 mil cada uma.
Valor: A lei tem impacto fiscal?
Martins: Olha, eu não posso falar pela Receita Federal, está certo? Mas a idéia, quando o projeto nasceu, era que não houvesse impacto tributário. Nem para cima, nem para baixo. O ideal é que haja um posicionamento oficial. Mas o que eu posso dizer é que nunca antes a Receita teve um envolvimento tão grande com o tema.
Valor: Quando o projeto de lei foi ao Senado, já estava claro que as companhias fechadas de grande porte não teriam que publicar balanço, pois o artigo 289, que previa a divulgação, caiu ainda na Câmara. Mas após a sanção presidencial esse debate recomeçou. O sr. acha a discussão pertinente ?
Martins: Eu acho. Não tenho dúvida. Ficou um negócio perneta. A empresa tem que fazer de acordo com a regra, seguir uma auditoria do mais alto nível, que é dos auditores registrados na CVM, e guardar o balanço na gaveta. Dá para perceber que tem algo que não está lógico. Na hora de montar a lei, ninguém se preocupou em colocar tudo num único parágrafo: tem que fazer, auditar e publicar. Colocaram a regra de fazer e auditar em um artigo e a de publicar, em outro. Aí, tiraram o artigo que obrigava a divulgação e deixaram o outro. A questão é um entrave ao desenvolvimento do mercado acionário. Tem muita empresa que não abre o capital porque não quer expor os números à concorrência fechada. Mas se todos publicassem balanço acabava a discussão.
Valor: Parece que há um outro projeto sendo feito sobre isso...
Martins: Isso. Tem. Ouvi dizer também. Mas não sei de quem e nem que pé estaria. Mas seria algo para tapar esse buraco.
Valor: Na questão da reavaliação de ativos para baixa contábil ["impairment"], como a empresa decide o que precisa ser reavaliado?
Martins: Quando a empresa vai bem e produz lucro não tem que pensar em fazer teste de impairment. Se a companhia dá lucro é porque está sendo capaz de recuperar o valor do ativo. Mas é possível que haja problema em um produto ou uma linha específica. A empresa tem monte de possíveis luzinhas amarelas para seguir. Só vai ter teste para baixa contábil quando essas luzinhas estão acendendo. A companhia tem que olhar o painel.
Valor: Mas é uma decisão livre da própria empresa?
Martins: Sim. Ela tem que ter esse olhar geral.
Valor: E o laudo usado pelas companhias para essa reavaliação não é um instrumento subjetivo?
Martins: Os testes não são laudos no sentido de serem contratados por terceiros. A própria empresa pode fazer. Além disso, ao contrário dos outros laudos, esse tem que ser auditado. E isso é uma diferença enorme. O auditor vai verificar, inclusive, as premissas, os cálculos e, consequentemente, todas as conclusões. Também é importante dizer que a figura do impairment, em teoria contábil, é coisa de mais de dois séculos atrás. O ativo se não for capaz de ter o saldo contábil recuperado ou pela venda ou pelo uso, tem que ser baixado. É regra antiqüíssima. As boas e grandes companhias já faziam isso, apesar de no Brasil existir um problema de falta de norma até a recente resolução da CVM e CPC.
Valor: Por conta da falta de normas para essa questão, nós temos muito esqueleto no armário?
Martins: Não. Por causa da tributação e de controladores interessados em pagar menos impostos, sempre se depreciou e baixou tudo o que era permitido e o mais rápido possível. Se desse para reduzir imposto, os controladores faziam. Não ficavam guardando esqueleto no armário.
Valor: O sr. acha que a regra que obriga a marcação por valor de mercado de instrumentos financeiros ativos e passivos pode trazer volatilidade ao balanço de empresas?
Martins: Essa é uma regra que já existe para bancos e seguradoras. E não houve grande volatilidade nos balanços dessas instituições, comparado aos patrimônios. Não será nas empresas não financeiras que estarão os problemas. A volatilidade no lucro e patrimônio pode existir forte nos lucros de bancos e seguradoras. Foi por isso que a Europa optou por não seguir integralmente essa regra do IFRS, o IAS 39. Eles [europeus] seriam os grandes afetados, pois aplicam em derivativos muito mais do que os nossos bancos. Além disso, empresa não financeira para apresentar volatilidade é preciso ter muito caixa aplicado em derivativos, que são instáveis. São casos poucos. Aqui, a CVM já declarou que vai usar primeiro a regra do Banco Central, que hoje atende aos bancos, para as demais companhias abertas. Só depois de alguns anos é que passará a normatizar a questão aproximando-a da norma estrangeira (IAS 39). (GV e NN)
25 fevereiro 2008
A questão da metodologia de Finanças Comportamentais
Um dos problemas interessantes de FC é a questão metodológica. Boa parte dos artigos desenvolvidos neste campo tem sua origem em situações experimentais. Geralmente um questionário com uma situação problema é aplicado e solicita-se ao respondente que escolha uma alternativa. Este tipo de metodologia tem recebido críticas - apesar de ter sido coroado recentemente com um Nobel em economia - por não expressar a realidade. Como testar o comportamento dos indivíduos diante de situações reais?
O texto a seguir reconhece os limites dos experimentos em laboratórios e afirma que as evidências sugerem que as anomalias de comportamento são menos pronunciadas na prática do que previamente observada em laboratório.
"Homo Economicus Evolves"
Steven D. Levitt and John A. List on behavioral economics. This is from Science:
Homo economicus Evolves Steven D. Levitt and John A. List, Science 15 February 2008: Vol. 319. no. 5865, pp. 909 - 910 DOI: 10.1126/science.1153640: ...The discipline of economics is built on the shoulders of the mythical species Homo economicus. Unlike his uncle, Homo sapiens, H. economicus is unswervingly rational, completely selfish, and can effortlessly solve even the most difficult optimization problems. This rational paradigm has served economics well, providing a coherent framework for modeling human behavior. However, a small but vocal movement in economics has sought to dethrone H. economicus, replacing him with someone who acts "more human." This insurgent branch, commonly referred to as behavioral economics, argues that actual human behavior deviates from the rational model in predictable ways. Incorporating these features into economic models, proponents argue, should improve our ability to explain observed behavior. ...
Perhaps the greatest challenge facing behavioral economics is demonstrating its applicability in the real world. In nearly every instance, the strongest empirical evidence in favor of behavioral anomalies emerges from the lab. Yet, there are many reasons to suspect that these laboratory findings might fail to generalize to real markets. We have recently discussed [11] several factors, ranging from the properties of the situation--such as the nature and extent of scrutiny--to individual expectations and the type of actor involved. For example, the competitive nature of markets encourages individualistic behavior and selects for participants with those tendencies. Compared to lab behavior, therefore, the combination of market forces and experience might lessen the importance of these qualities in everyday markets.
Recognizing the limits of laboratory experiments, researchers have turned to "field experiments" to test behavioral models [12]. Field experiments ... avoid many of the important obstacles to generalizability faced by lab experiments.
Some evidence thus far suggests that behavioral anomalies are less pronounced than was previously observed in the lab [13] . For example, sports card dealers in a laboratory setting are driven strongly by positive reciprocity, i.e., the seller provides a higher quality of good than is necessary, especially when the buyer offers to pay a generous price. This is true even though the buyer has no recourse when the seller delivers low quality in the lab experiment. Yet, this same set of sports card traders in a natural field experiment behaves far more selfishly. They provide far lower quality on average when faced with the same buyer offers and increase quality little in response to a generous offer from the buyer. ...
Stigler (16) wrote that economic theories should be judged by three criteria: generality, congruence with reality, and tractability. We view the most recent surge in behavioral economics as adding fruitful insights--it makes sense to pay attention to good psychology. At the very least, psychological insights induce new ways to conceptualize problems and provide interesting avenues of research. In their finest form, such insights provide a deeper means to describe and even shape behaviors. One important practical example involves savings decisions, where it has been shown that decision-makers have a strong tendency to adhere to whatever plan is presented to them as the default option, regardless of its characteristics. ... The changes in behavior induced by changing default rules dwarf more "rational" approaches to influence choice such as information provision or financial education.
Behavioral economics stands today at a crossroads. On the modeling side, researchers should integrate the existing behavioral models and empirical results into a unified theory rather than a collection of interesting insights, allowing the enterprise to fulfill its enormous potential. To be empirically relevant, the anomalies that arise so frequently and powerfully in the laboratory must also manifest themselves in naturally occurring settings of interest. Further exploring how markets and market experience influence behavior represents an important line of future inquiry. ...
Grifo meu.
Escândalo da Volks: primeiro condenado
El escándalo Volkswagen de doble contabilidad, pago de viajes de lujo y servicios sexuales en aras de la paz social en la empresa ya tiene su primera víctima carcelaria, el ex presidente del comité de empresa Klaus Volkert, pero sus abogados advirtieron ayer que «no es la última palabra» y que recurrirán denunciando un «llamativo caso de doble rasero de la Justicia» alemana.
Volkert fue ayer condenado a dos años y nueve meses de prisión por corrupción. Según confirma la sentencia, el antiguo líder del comité de empresa habría aceptado «pagos» por valor de dos millones de euros, al tiempo que su amante, la brasileña Adriana Barros, recibía costosos «regalos» en joyas y viajes. Muchos otros sindicalistas también se habrían beneficiado de estos servicios de lujo y sexo.
Los abogados de Volkert, que ya han anunciado que recurrirán la sentencia, aseguran que el hombre que autorizaba esos pagos, Peter Hartz, entonces responsable de recursos humanos de Volkswagen, miembro del Partido Socialdemócrata (SPD) y del poderoso sindicato IG Metall, fue condenado a dos años de libertad condicional y al pago de una multa de 576.000 euros a finales de 2007.
El mismo Hartz, amigo personal del ex canciller Gerhard Schröder y colaborador fiel en su reforma laboral -que incluso fue rebautizada con su nombre-, se habría beneficiado de los servicios que ofrecía a los sindicalistas.
Junto a Volkert era también juzgado en Braunschweig (Baja Sajonia) el ex jefe de personal Klaus-Joachim Gebauer, el hombre que pagaba y organizaba los excesos de Hartz, y de los sindicalistas para facilitar las «buenas relaciones» laborales. Ha sido condenado a un año de libertad condicional.
En noviembre último el fiscal de Braunschweig afirmó que Ferdinand Piëch, cerebro del grupo Volkswagen y hoy jefe de su consejo de vigilancia, debía tener conocimiento de estas actividades, aunque el patrón de Porsche siempre lo ha negado. En total, el caso habría costado a la compañía alemana unos cinco millones de euros.
Klaus Volkert, primer implicado en el escándalo VW que pisará la cárcel - Carlos Alvaro Roldan - El Mundo - 23/2/2008
Avaliação a Valor Justo de Imóveis
O texto a seguir, publicado no El País (24/2/2008), discute a avaliação de imóveis a valor justo:
Los porqués de las valoraciones inmobiliarias
PATRICIA GARCÍA DE PONGA Y MARK CLIFFORD
El País - Nacional -M (Madrid) -18
La internacionalización de los negocios y el creciente uso de financiación externa, unidos a los múltiples cambios tecnológicos y organizativos experimentados en los últimos años por las empresas, han provocado cada vez más la necesidad de comparabilidad de la información financiera.
La introducción del valor razonable o fair value es una de las novedades que ha supuesto la adopción de las NIIF (Normas Internacionales de Información Financiera), en contraposición con el tradicional modelo de coste histórico. Si bien las NIC (Normas Internacionales de Contabilidad)-NIIF contemplan la posibilidad de utilizar el modelo del valor razonable para valorar las inversiones inmobiliarias, el legislador español ha preferido centrar la aplicación de este método de valoración a los instrumentos financieros.
Reflejar en el balance el valor de las propiedades inmobiliarias a dicha fecha supone, por una parte, un incremento significativo de los fondos propios, pero, por otra, la disminución de los beneficios futuros derivados de la venta de estos activos. Asimismo, introduce volatilidad en las cuentas de resultados de las empresas, puesto que las oscilaciones de valor impactan directamente en las cuentas de pérdidas y ganancias.
El método del valor razonable es el más utilizado desde hace años por las grandes inmobiliarias europeas y en España aproximadamente la mitad de las inmobiliarias cotizadas han optado, asimismo, por reflejar el fair value en sus balances.
Las Normas Internacionales de Contabilidad recomiendan determinar el valor razonable de las inversiones inmobiliarias a partir de una valoración realizada por un experto independiente cualificado profesionalmente y con experiencia en la localidad y en el tipo de inversión que está valorando. Dichas valoraciones deben reflejar las condiciones de mercado en la fecha del balance, por lo que el valor razonable no reflejará expectativas futuras ni sinergias derivadas de aspectos fiscales, legales o regulatorios. Una valoración siempre refleja el valor de mercado en una fecha determinada y no tiene por qué mantenerse en el tiempo, sobre todo en épocas de volatilidad.
En todo caso, es fundamental que los valoradores conozcan los conceptos y principios de las NIC-NIIF puesto que en muchas ocasiones su trabajo va destinado a incluir los valores de los inmuebles en los estados financieros de las compañías. En particular, los valores de mercado estimados por los expertos valoradores pueden ser utilizados en la contabilización de combinaciones de negocios (como fusiones), en el registro del valor razonable en los balances (cuyas fluctuaciones impactan directamente en la cuenta de resultados), en las pruebas de deterioro del valor de los activos o impairment, así como en el cálculo del gross asset value (GAV).
Dado que existen diferentes tipos de informe de valoración, en función del uso que se vaya a hacer de los mismos, y que los trabajos realizados por los valoradores son diferentes en función del alcance de dichos informes, es de vital importancia que las compañías utilicen estos informes exclusivamente para el propósito para el que fueron emitidos.
Las valoraciones están cobrando cada vez mayor relevancia por todo lo anteriormente comentado.
En definitiva, dada la trascendencia de las valoraciones, es evidente la importancia que tiene garantizar que los valores están siendo estimados por expertos de reconocido prestigio, y son de especial importancia cuestiones como la metodología de las valoraciones, la responsabilidad que asume el experto al emitir su informe, cómo se instrumenta la independencia con otros departamentos de la misma compañía o la supervisión y normas de cumplimiento a las que está sometido.
¿Qué es valor de mercado y cómo debe interpretarse la definición del mismo? Para resumir la definición oficial, tenemos que imaginar una transacción hipotética y el precio que se obtendría en la misma de estar involucradas partes independientes, en una fecha determinada, y en la que quedaran reflejadas las ventajas y desventajas de la propiedad a fecha de valoración.
El valor de mercado oscila en armonía con el mercado y la oferta y la demanda. Como valoradores no tenemos una bola de cristal y no podemos predecir el futuro. El valor de mercado en una fecha determinada no tiene por qué mantenerse vigente en el futuro debido precisamente a los cambios que continuamente se suceden en el mercado.
Los valoradores deben plantearse la hipótesis de que se realizase una transacción sobre la propiedad a valorar. Bajo estas circunstancias, el valorador debe prestar una mayor atención al sentimiento del mercado y a las ofertas de posibles compradores, ya que la mayor parte de evidencias comparables, al ser históricas, bien pueden no reflejar la situación en el momento de la valoración.
La mejor manera de asesorar acerca del valor de mercado es mediante el conocimiento del mercado local y los niveles de precios manejados. Cuando nos compramos una casa, actuamos esencialmente como un valorador, comparando precios, calidades y localizaciones. En función de nuestro análisis del mercado decidimos si el precio que se nos solicita es aceptable o no.
Además del estudio de las transacciones comparables a la propiedad objeto de valoración, es igualmente necesario comprender el estado del mercado a fecha de valoración, ya que al tratarse los comparables de datos históricos pueden no reflejar la situación actual en el momento de la valoración. No olvidemos que estos datos poseen una naturaleza histórica y consecuentemente el mercado puede haber variado desde que dicha transacción comparable se cerró.
En realidad, incluso bajo las normas de contabilidad internacional la transparencia total y la comparación entre las contabilidades de diferentes empresas siempre resultarán difíciles, debido a que las inmobiliarias cotizadas tienen la opción de escoger entre coste o valor razonable en su contabilidad. Por lo que se refiere a la valoración, se ha favorecido la simplificación de la definición de valor y actualmente sólo contamos con el concepto valor de mercado.
Este valor de mercado puede ser cualificado de distinta manera en función de las asunciones tomadas en la valoración. La idea es que aquella persona que lea el informe de valoración pueda entender completamente si se puede o no confiar en dicho valor. A mayor número de asunciones, más hipotética resultará la valoración y por lo tanto menor será la probabilidad de que dicho valor pueda ser obtenido en ese momento.
Para comprender este razonamiento, resulta ilustrativo observar los requerimientos, por ejemplo, de un banco internacional a la hora de prestar dinero para el desarrollo de un centro comercial en un solar. Por norma general el banco requerirá la valoración del solar a fecha de valoración así como una estimación a fecha de valoración del valor potencial del inmueble una vez que esté completamente desarrollado y en funcionamiento.
Conforme a los estándares de valoración internacional, los valores a futuro no deben ser contemplados, por lo que el procedimiento normal sería el de proveer al cliente de una valoración a fecha de valoración, asumiendo que el centro comercial se encontrase completamente terminado conforme al proyecto y arrendado en su totalidad. Obviamente, este último no es el valor de mercado que se puede obtener a fecha de valoración, pero sí el valor de mercado sujeto a asunciones.
El informe también debe ser considerado en relación con el uso para el cual ha sido realizado, que igualmente queda claramente especificado dentro de cada informe de valoración y debe siempre acordarse con el cliente desde el mismo inicio de la instrucción.
Un informe realizado para uso interno de la compañía que lo solicita permite una flexibilidad muy superior en cuanto al número de asunciones si lo comparamos con un informe realizado para asegurar, por ejemplo, un préstamo hipotecario.
Otro malentendido muy común es la responsabilidad legal de los valoradores en referencia a la valoración. Debido al contrato privado firmado con el cliente, los valoradores tienen responsabilidad únicamente hacia la empresa o persona a la que el informe de valoración se dirige.
Por otro lado, los valoradores únicamente valoran los activos inmobiliarios de las empresas cotizadas a una fecha determinada, valor conocido como valor bruto de los activos (gross asset value, GAV). No calculan el valor neto de la compañía (net asset value, NAV). De esta manera, es la oferta y la demanda de las acciones de la compañía en el mercado de valores lo que establece el precio de dichas acciones y, en consecuencia, el valor de la compañía.
Sin embargo, aparte del valor de los activos de una determinada compañía, existen otros factores que tener muy en cuenta a la hora de enfrentarnos a la valoración de una compañía, como bien pueden ser el valor de la marca, su cuota de mercado, su plan de negocio, su desarrollo y el equipo.
Mientras que resulta cierto que en una oferta pública (OPA) dentro del mercado de valores la valoración de los activos inmobiliarios de cierta compañía cobra una gran importancia, recientemente en España, debido a la especulación sobre posibles fusiones y adquisiciones, el valor de la mayoría de las empresas inmobiliarias poco tiene que ver con el valor de mercado de sus activos, o incluso con el momento del ciclo del sector inmobiliario.
Por que comer um Big Mac é mais barato do que comer salada?
Está certo que os dados são para economia norte-americana. Mas provavelmente a informação também é válida para o Brasil. A razão está na figura abaixo (fonte: aqui ): os subsídios do governo para o setor agropecuário está centrado nas proteínas (74% dos subsídios), enquanto a pirâmide alimentar recomendada enfatiza grãos e frutas/vegetais.
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