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18 janeiro 2008

Queda no mercado

Uma possível explicação para o comportamento do mercado nos últimos pode ser encontrada nas finanças comportamentais, segundo este endereço . A argumentação é que os problemas do Citigroup (e da economia e de mercados imobiliários) já eram conhecidos. O problema seria o fato de que o mercado possui um viés de otimismo, que impede de ver os problemas de lucro ou recessão.

Aversão a Perdas

É conhecida a teoria de Kahneman e Tversky de que as pessoas preferem evitar perdas a fazer ganhos. Esta teoria seria aplicável a questão do céu e inferno? Aqui um link com esta discussão

Iasb e novas regulamentações

a)Emenda do IFRS sobre Pagamento baseado em ações – será aplicada a partir de janeiro de 2009
b)O International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) com uma interpretação do IFRIC D24 Customer Contributions.
c)O International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) com um rascunho da Interpretação D23 Distributions of Non-cash Assets to Owners.

17 janeiro 2008

Rir é o melhor remédio

Neste link você tem a possibilidade de criar jargão na área educacional em inglês. É muito divertido. Basta escolher uma palavra de cada três colunas e se tem o jargão do termo. Experimente.

Exagerado

SÃO PAULO, - A aprovação da nova Lei 11.638, em dezembro último, que altera as disposições da legislação societária, é bem vista por especialistas no que se refere a impactos positivos para a economia brasileira. Henrique Campos, diretor de auditoria da BDO Trevisan, e especialista em mercado de capitais, afirma que a aprovação da lei, após sete anos tramitando no Congresso Nacional, é um grande passo para elevar o Brasil ao investment grade (excelente local para investir).

- A obrigatoriedade de balanços auditados vai proporcionar às companhias mais transparência; vantagens na hora de conseguir financiamentos junto a bancos; aumento da arrecadação tributária e até, provavelmente, a possibilidade de desoneração dos tributos de pessoa física - afirma.

Nova lei societária será passo para grau de investimento
O Globo - 16/1/2008

Segredo dos custos

A informação de custos geralmente é sigilosa. Exceto para a área pública, onde planilhas de custos são importantes para a transparência. A seguir uma pequena reportagem sobre os custos do transporte coletivo.

A sete chaves
Gazeta do Povo - 17/01/2008

Depois que o terceiro segredo de Nossa Senhora de Fátima foi revelado, as contas do transporte coletivo de Curitiba passaram a ser o mais bem guardado mistério da espécie humana. Eis que, no janeiro corrente, a Urbs, empresa que gerencia o transporte coletivo da capital, colocou seu site no ar. A máquina de propaganda oficial alardeou, enviando texto à imprensa: está lá a planilha, detalhada, para quem quiser ver.

Jornalistas correram para ver, ávidos pela novidade esperada há anos. A planilha era detalhada, dizia o texto. Ou seja, não era nem publicada de forma hermética. Ao abrir o site, encontraram uma engazopação. O site traz uma planilha que, de detalhe, não tem nada. Informa qual a porcentagem dos custos com impostos, com manutenção, com salários, etc.

“Quero cifrões”, disse um jornalista que abriu o site. Quanto se paga pelo litro de diesel? Qual é o salário dos diretores das empresas que prestam o serviço? Há subsídio público no processo? Quanto custa a renovação de frota pela qual as atuais empresas serão indenizadas se perderem a futura – e mais do que tardia – licitação para prestar o serviço?

O que interessa não está disponível. As informações seriam fundamentais para que a gestão de R$ 700 milhões – um terço do orçamento de Curitiba – fosse feita às claras. Hoje, o prefeito Beto Richa deve sancionar a nova lei do setor. Logo, teremos a escolha das novas empresas – se é que as velhas não vão levar tudo de novo na licitação. E a população não tem nem como saber como o seu dinheiro, seu R$ 1,90 de todos os dias, está sendo gasto.

No texto de divulgação do novo site da Urbs, há uma declaração do prefeito. “A transparência e a participação popular são premissas da nossa gestão. A internet é uma ferramenta para abrir as portas da administração pública à comunidade”, diz Richa. A prefeitura tem divulgado, via internet, bem menos do que deveria. Enquanto isso não mudar, a frase de Richa é só enrolação. É uma manobra política, assim como o ovo frito de Requião. Só que menos útil. Fritar ovo ajuda a matar a fome. Ouvir tagarelagem sobre transparência só cansa os ouvidos.

Contra a Vale

Procurador prepara ação contra mineradora
Valor Econômico - 17/01/2008

O procurador geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, informou que pretende entrar com ação civil pública contra a Companhia Vale do Rio Doce. O objetivo é pedir ressarcimento pelos prejuízos provocados durante dois anos nos quais foi descumprida determinação de abrir mão do excedente de minério de Casa de Pedra ou vender o controle da Ferteco. O plenário do conselho terá de aprovar a recomendação. Se isso acontecer, será a primeira vez que a autoridade antitruste promoverá ação desse tipo.

"Há sobrepreço pela falta de concorrência, retração da oferta de minério e aumento de custos para toda a sociedade", explicou Badin. Além disso, o procurador criticou o que chamou de "alocação ineficiente de recursos" imposta ao mercado pela conduta da Vale, com reflexos no emprego e na renda. "Monopólios e abusos prejudicam pessoas de carne e osso, geralmente os mais pobres", lamentou, citando o impacto na construção civil.

Ele comentava decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, que mandou arquivar reclamação da empresa contra ato do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspendia liminar dada a favor da companhia.

Para Badin, a decisão do STF foi a "pá de cal" na longa disputa judicial iniciada em 2005 contra o Cade. Sobre esse confronto, também disse que se trata de "alma penada" e "morto insepulto". Citou que, durante a briga, 13 magistrados, em todas as instâncias, confirmaram a legalidade da decisão do Cade e deram um "puxão de orelha" na Vale. "Há um consenso nessas decisões: não é possível demorar tanto para cumprir uma decisão tão importante para a economia", comentou.

Ele ainda criticou duramente o fato de a Vale respeitar decisões antitruste em outros países - deu o exemplo do Canadá - mas, no Brasil, resistir por dois anos recorrendo ao judiciário. A Vale não quis comentar as declarações de Badin. O procurador também informou que o Cade levou à Justiça execução fiscal para cobrar multa de R$ 41 milhões contra a empresa. A Vale reagiu e propôs ação pedindo a anulação desse ônus. Badin disse que outra multa está sendo apurada pelo descumprimento da cláusula que regulava a venda do excesso de minério. O Cade ainda terá de travar outra batalha nos tribunais para cobrar o ressarcimento de despesas exigidas pela longa disputa judicial iniciada pela Vale. Na avaliação de Badin, a estratégia escolhida pela empresa foi marcada pela "litigância de má-fé".De acordo com Badin, Vale e CSN (controladora de Casa de Pedra) foram intimadas pelo Cade, na terça-feira da semana passada, a acabar com a exclusividade sobre o excesso do minério. Isso porque a Vale já tinha comunicado oficialmente que não venderia o controle da Ferteco. Segundo ele, a CSN garantiu que vai obedecer. (AG)




Será que isto irá aparecer nas demonstrações da Vale?