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30 dezembro 2007

Custo da Monarquia

El coste del mantenimiento de la jefatura del Estado, es decir, de la Monarquía española, es bastante opaco porque no se financia exclusivamente con la partida "Casa Real de Su Majestad el Rey" que figura en los Presupuestos Generales, como habitualmente se cree, sino también con otras cantidades distribuidas en otros capítulos presupuestarios. El hecho de que esos capítulos no estén suficientemente desglosados hace muy complicada la auténtica contabilidad de la Casa Real. Conste, sin embargo, que el mismo problema de falta de transparencia, en mayor o menor grado, se denuncia en prácticamente todas las casas reales europeas e incluso en algunas presidencias de república, exactamente por los mismos motivos: poco desglose de los gastos y mucha opacidad de las partidas destinadas a ellos.


El coste del mantenimiento de la jefatura del Estado, es decir, de la Monarquía...
Soledad Gallego-Díaz - El País - 30/12/2007

A reportagem não consegue chegar a um número razoável que informe o custo da monarquia na Espanha.

O jornal espanhol elegeu o Rei personagem do ano.

Também na mesma edição, o jornal destaca a alteração das normas tributárias espanholas que permitia de jogadores de futebol pagassem menos impostos que os outros trabalhadores. Aqui

28 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio



Da série Coelhinho suicída

Pôquer e a Vida

Uma interessante reportagem da The Economist (A big deal) mostra o crescimento do jogo de Pôquer nos últimos anos. A vitória da jovem Annette Obrestad no WSOP (não sei o que é isto, mas deve ser algo relevante para os jogadores). São dois pontos relevantes apresentados pelo texto: a importância do jogo no mundo atual e questão dos seus benefícios/prejuízos.

Quanto a importância, os números são impressionantes. O pôquer está presente na televisão, sendo seus jogos transmitidos com câmeras que permitem ao espectador conhecer as cartas que estão no jogo. Mais do que isto, a audiência faz com que o jogo seja o terceiro esporte (?) mais visto na televisão a cabo dos Estados Unidos, após corrida de automóvel e football americano, mas na frente da NBA. A ESPN World Series teve mais de 1 milhão de espectadores. O número de jogadores, só nos Estados Unidos, está entre 80 a 100 milhões. E o pôquer tem atraído a atenção de celebridades (Ben Affleck, Toby Maguire etc). A sua importância é tamanha que dezenas de empresas patrocinam o jogo, mesmo considerando a questão moral de apoiar um jogo de cartas.

O segundo aspecto é mais complicado. O pôquer é bom ou ruim? A resposta desta questão passa por responder se o jogo é de sorte/azar ou é um jogo de probabilidade, onde o aspecto psicológico é importante. Ao contrário do xadrez, onde os jogadores possuem a informação completa e a psicologia teria um papel limitado (segundo a revista. Discordo), no pôquer a informação não é completa e o cálculo das chances e a possibilidade de blefe pode fazer diferença. Talvez esta visão do pôquer como um jogo de probabilidades seja aceitável pelo argumento de que os novatos dificilmente têm chances contra um jogador experiente (um novato é geralmente chamado de ATMs, uma referência aos terminais de caixa de bancos; em outras palavras, os novatos irão fatalmente perder numa partida contra um veterano).

Mesmo considerando que é um jogo matemático, é interessante incentivá-lo. Algumas pessoas opinaram que sim por várias razões: O jogo afasta o jovem de problemas maiores como o álcool; o jogo pode ser uma forma de melhorar a visão estratégica e as habilidades cognitivas, inibe a super-confiança (existente entre os analistas de mercado, por exemplo, mas não entre os jogadores), entre outros aspectos.

Três curiosidades: (1) Steven Levitt, economista co-autor de Freakonomics, está estudando o jogo, num projeto chamado de Pokernomics; (2) Nixon obteve fundos para sua primeira campanha eleitoral, numa mesa de pôquer; e (3) a internet e os livros provavelmente contribuiram para melhorar a curva de aprendizagem dos jogos (por isto a Annette, de 19 anos, tornou-se campeã)

Siemens e Brasil

Já postamos vários textos sobre os problemas contábeis da empresa Siemens (clique aqui). Agora, pela primeira vez, aparece o nome do Brasil nas denúncias.

Segundo o Wall Street Journal (Politics & Economics: Inside Bribery Probe of Siemens --- Liechtenstein Bank Triggered an International Hunt; David Crawford e Mike Esterl) a criação de um esquema de corrupção na empresa, que funcionou por décadas, envolvia muitos países, do Brasil ao Egito:

Mr. Siekaczek, the former Siemens manager in Germany who controlled accounts that had funneled money to Mr. Mavridis, was arrested Nov. 15, 2006. Mr. Siekaczek told prosecutors that he knew of bribery schemes earlier this decade in more than a dozen countries stretching from Brazil to Egypt. He said the Greek unit enjoyed wide latitude in nearby countries such as Cyprus, Bulgaria and parts of the former Yugoslavia. Mr. Mavridis handled bribe payments in some of those countries, according to Mr. Siekaczek.

Samsung e sua contabilidade

Segundo o Korea Times (Samsung Affiliate Suspected of Accounting Fraud, 27/12/2007) a
Samsung Heavy Industries, do grupo Samsung, é suspeita de "cooking the books".

Examinando a contabilidade da empresa nos últimos oito anos, que foi auditada pela PricewaterhouseCoopers, existe incompatibilidade entre a construção de navios em toneladas e as receitas.

Samsung's former legal department director Kim Yong-chul, who disclosed the conglomerate's alleged slush fund creation and bribery, said earlier that Samsung Heavy Industries committed accounting fraud worth 2 trillion won around 2000. He said the company fabricated documents to appear that it was building a ship near Geoje Island in South Gyeongsang Province, while actually it was not.

Dinamarca

Notícia do Esmerk Danish News (Denmark: Accounting bill costly for small banks, 27/12/2007, p. 15)

"Mais de 100 pequenos bancos dinamarqueses deverão ter custos extras se as novas regulamentações contábeis passarem para empresas listadas [na bolsa]. Hoje todas as empresas listadas, exceto bancos, devem apresentar o relatório anual conforme as normas do IFRS, mas a nova lei propõe que a exceção seja abolida."

Cem bancos! Na Dinamarca!