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28 dezembro 2007

Samsung e sua contabilidade

Segundo o Korea Times (Samsung Affiliate Suspected of Accounting Fraud, 27/12/2007) a
Samsung Heavy Industries, do grupo Samsung, é suspeita de "cooking the books".

Examinando a contabilidade da empresa nos últimos oito anos, que foi auditada pela PricewaterhouseCoopers, existe incompatibilidade entre a construção de navios em toneladas e as receitas.

Samsung's former legal department director Kim Yong-chul, who disclosed the conglomerate's alleged slush fund creation and bribery, said earlier that Samsung Heavy Industries committed accounting fraud worth 2 trillion won around 2000. He said the company fabricated documents to appear that it was building a ship near Geoje Island in South Gyeongsang Province, while actually it was not.

Dinamarca

Notícia do Esmerk Danish News (Denmark: Accounting bill costly for small banks, 27/12/2007, p. 15)

"Mais de 100 pequenos bancos dinamarqueses deverão ter custos extras se as novas regulamentações contábeis passarem para empresas listadas [na bolsa]. Hoje todas as empresas listadas, exceto bancos, devem apresentar o relatório anual conforme as normas do IFRS, mas a nova lei propõe que a exceção seja abolida."

Cem bancos! Na Dinamarca!

Publicidade ajudando a financiar campanha na Argentina

Notícia do El Mercurio (Hubo anomalías en los aportes a la campaña de la "Señora K", 27/12/2007) sobre a campanha eleitoral na Argentina (se "señora K" é a atual presidente)

El diario argentino "Perfil" denunció que al menos dos empresas que aportaron cifras de seis dígitos para la campaña de Cristina Fernández, a cambio de no aparecer en la lista pública de donantes, recibieron facturas falsas por servicios que nunca fueron realizados.

Estas dos empresas que operan en Argentina, una en el rubro de la construcción y la otra en el de logística, aceptaron ventilar la historia a "Perfil", pero sin ser identificados.

En ambos casos, como forma de justificar en la contabilidad interna la erogación hecha, recibieron una factura a nombre de Housesix SRL, una firma supuestamente creada en 2006 y dedicada a la publicidad. Pero en los dos casos, la compañía no hizo ningún trabajo para las empresas en cuestión.



Agência de publicidade passando nota fria para justificar o dinheiro para políticos. Isto não parece familiar?

Agiotas perdem mercado

Segundo o Valor Econômico, as financeiras e os bancos estão tomando o mercado dos agiotas (Crédito reduz espaço de agiotas, Valor Econômico, 28/12/20007)

Os velhos agiotas vêm perdendo espaço com o crescimento acelerado do crédito bancário. O espaço antes ocupado pelo crédito informal, hoje pertence às financeiras.

(...) Uma caminhada pela região, antigo centro financeiro de São Paulo e diversas promotoras de crédito oferecem dinheiro "sem comprovação de renda e sem consulta ao Serasa". Em meia hora de caminhada, panfletos de diferentes bancos e financeiras. "Você só precisa ter talão de cheque" diz uma das vendedoras. Um carro também tem valor, já que o importante é ter uma garantia.

(...) A bancarização "reduziu a oferta informal de crédito", avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, em entrevista à imprensa. Segundo ele, o maior número de brasileiros com acesso aos bancos, aliado à queda dos juros, tirou clientela dos agiotas.

(...) Vários fatores colaboraram com essa disparada dos empréstimos formais: estabilidade econômica, queda das taxas de juros e a elevação do emprego e da renda. Além disso, alguns acertos legais facilitaram o financiamento de bens, com a alienação fiduciária, que reduziu os riscos para os bancos.A necessidade de expandir a oferta com a queda dos juros levou ainda o banco para o mercado de mais baixa renda, alvo fácil dos agiotas.


Os "benefícios" da Contabilidade desorganizada

Uma notícia interessante de Portugal (Desorganização nas contas impede mais acusações contra Torres, Nuno Miguel Maia, Jornal de Notícias, 28/12/2007, p. 7).

Uma investigação numa câmara municipal de Portugal tentou verificar a relação existente entre o seu ex-presidente e o desvio de dinheiro público. A Polícia Judiciária descobriu nas contas de Ferreira Torres, o ex-presidente, e sua secretária, depósitos de cerca de 450 mil euros.

Como a contabilidade estava desorganizada e as explicações dos acusados foram coincidentes, o Ministério Público não teve condições de fazer uma maior denúncia. O ex-presidente da Câmara do Marco de Canaveses entregava dinheiro ao clube de futebol local. Estes cheques foram endossados pelos dirigentes e depositados na contas particulares.

Mas um perito da mesma Polícia não se arriscou a uma conclusão peremptória. "Atendendo à inexistência de contabilidade organizada, situação constatada em diligências efectuadas na sede do FC Marco, não é possível determinar qual o destino dos subsídios atribuídos pela Câmara do Marco ao clube", escreveu, num relatório anexo ao processo, consultado pelo JN [Jornal de Notícias].

A confirmar a extrema desorganização e a inexistência de conta-corrente, Jorge Sousa, ex- -presidente do F. C. Marco, disse à PJ que os valores entregues ou devolvidos, entre Avelino e o clube, "não eram acompanhados de qualquer documento, nem mesmo registados na contabilidade do clube".

"Tudo era feito às três pancadas. Quando era preciso, o Torres dava, quando havia [dinheiro] o futebol devolvia", explicou Jorge Sousa, um homem de confiança de Avelino Ferreira Torres, tendo inclusivamente sido ambos sócios numa empresa de confecções que apresentou falência.

Ferreira Torres garantiu à PJ que nos últimos anos emprestou "várias centenas de milhares de contos" a diversos cidadãos do Marco de Canaveses, nos quais se incluíram empreiteiros que trabalhavam para a Câmara. E estes fornecedores apresentaram a mesma versão às autoridades, explicando que era Ferreira Torres quem lhes valia, com "adiantamentos" de dívidas que tinham a receber, mas que a autarquia pagava com bastante atraso. Face a esta coincidência de versões - apesar de possíveis interrogações quanto à proveniência de "centenas de milhares de contos" de Ferreira Torres - e à existência de alguns cheques e letras entre Avelino e os empreiteiros, o Ministério Público entendeu não haver provas suficientes da prática de crimes de corrupção, em troca da atribuição de empreitadas ou adjudicação de serviços. Avelino justificou com o "medo de não receber, porque os empreiteiros tinham contas bloqueadas", os endossos dos cheques da câmara que acabaram directamente depositados em contas pessoais.

27 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Mais do coelhinho que deseja suicidar. De um lado, loja de facas; de outro, imãs.

Conformidade

Os seres humanos possuem um alto grau de conformidade. Uma possível explicação é a aversão à perda e ao Viés do Status Quo. Já este artigo tenta estabelecer um vínculo com a "felicidade". Clique aqui também.

Talvez uma outra justificativa esteja na tendência a procrastinar (atrasar, delongar, demorar): as pessoas são confiantes e terminam por deixar para o último momento.