O jogo "Pedra, Papel e Tesoura" é muito conhecido entre as crianças. É uma brincadeira inofensiva, um jogo onde você pode perder, ganhar ou empatar e o resultado dependerá da escolha do adversário. Muito parecido com o que ocorre no mercado, onde em certas situações sua vitória depende da decisão do lado oposto. Imagina-se que a chance do adversário em escolher uma das opções seja de 1/3.
Errado. Estudos mostraram que existe um elemento psicológico no jogo e que muitos jogadores não perceberam. Conforme a New Scientist (aqui e aqui) a melhor maneira de vencer o jogo é começar com tesoura. A razão desta escolha decorre do fato de que pesquisadores descobriram que a escolha mais popular para começar o jogo é "pedra". Isto significa que seu oponente provavelmente irá começar o jogo com papel, pois ele espera que você comece com pedra.
Uma situação no mundo dos negócios mostra como o conhecimento desta estratégia pode ser útil. Um colecionador de arte japonês estava na dúvida na escolha da casa de leilão para vender uma pintura impressionista. A solução foi jogar o "pedra, papel e tesoura" para decidir quem ficaria com o leilão. A decisão da vencedora, a Christie's foi tomada segundo esta estratégia e baseado no conselho de uma garota de onze anos.
26 dezembro 2007
Recomendação de Compra do Citi faz subir ação da Petrobrás
O gráfico mostra que a recomendação de compra da Citibank para a Petrobrás, na quinta-feira, afetou sua cotação. Mas os analistas ainda têm medo do risco político e da taxa de câmbio.
O Ponto de Equilíbrio no Petróleo
O ponto de equilíbrio é um conceito de custos que mostra quanto devo produzir para não ter nem lucro nem prejuízo. Em certas situações, o conceito pode ser adaptado. É o caso do petróleo, onde é possível obter o ponto de equilíbrio em US$ por barril, conforme o país de origem da extração. Em alguns países, o ponto de equilíbrio está em torno de US$30 o barril. A diferença entre o preço atual e este valor corresponde ao lucro gerado em cada barril extraído. No Bahrein o valor do ponto de equilíbrio é de US$40, mas no Kuwait é somente US$17. Mas os dois maiores países em reservas (Arábia Saudita e Canadá, com 260 e 179 bilhões de barris) possuem um ponto em torno de US$30 e 33.
As novas áreas de extração provavelmente terão um ponto de equilíbrio mais elevado. Neste caso, o preço atual do barril é um forte incentivo para a exploração destas áreas.
As novas áreas de extração provavelmente terão um ponto de equilíbrio mais elevado. Neste caso, o preço atual do barril é um forte incentivo para a exploração destas áreas.
O escândalo do dia
E o escândalo contábil do dia é da Sanyo. A empresa anunciou a revisão das demontrações contábeis dos seis últimos anos, conforme notícia do Wall Street Journal (Sanyo Electric Revises Parent-Company Earnings, Jay Alabaster, 26/12/2007, b3) e da Agence Press (Tokyo threatens to delist Sanyo over accounting, 25/12/2007). Os problemas financeiros da empresa têm sua origem na área de semicondutores e cristal líquido para TV. Apesar da empresa afirmar que o erro não foi intencional, os funcionários envolvidos serão punidos.
A Sanyo ainda pode ser multada pelas irregularidades (8,3 milhões de iens ou 70 mil dólares).
A Sanyo ainda pode ser multada pelas irregularidades (8,3 milhões de iens ou 70 mil dólares).
Marca Vale
A importância da marca numa empresa de mineração foi tema de um artigo no Wall Street Journal. O foco foi a Vale do Rio Doce e a sua recente campanha publicitária.
Num setor em consolidação, Vale espera que marca seja vantagem
25/12/2007 - Antonio Regalado - The Wall Street Journal, do Rio
Será que as pessoas realmente se importam com que empresa extrai o minério de ferro que é usado para fabricar seus aparelhos ortodônticos, trompetes ou rodas-gigantes?
A Companhia Vale do Rio Doce acredita que sim. Com a campanha de identidade corporativa de US$ 50 milhões que lançou este mês, a segunda maior mineradora do mundo quer disseminar a mensagem de que seus minérios vão a muitos dos produtos que todo mundo usa, ela tem orgulho de ser brasileira, é uma empresa global e uma boa cidadã em termos ambientais. Além dos comerciais de TV no Brasil, ela usa anúncios em grandes jornais dos Estados Unidos e da Europa.
Identidades corporativas podem ajudar a motivar empregados e convencer governos. Mas, no caso da Vale, uma marca forte pode também ajudar a determinar quem domina um mercado mundial que foi recentemente tomado por uma onda de fusões.
Nos últimos anos, a mineração de ferro ganhou proeminência por causa de um enorme apetite por metais para alimentar o boom de construções na Ásia, que provocou uma forte alta nos preços de commodities. Isso transformou empresas como a Vale em grandes motores de lucro, de cujos produtos as economias de muitos países dependem.
Isso estimulou uma onda de fusões. A Vale adquiriu este ano a produtora canadense de níquel Inco. Sua maior rival, a anglo-australiana BHP Billiton, fez recentemente uma oferta pela terceira maior, a também anglo-australiana Rio Tinto, que rejeitou a proposta, considerando-a baixa.
Agora, a Vale está apostando que algo tão intangível quanto uma marca pode ajudá-la a superar as batalhas da consolidação. "Somos número 2 e sonhamos em ser número 1", diz Roger Agnelli, o presidente da empresa.
Quando se trata de criar personalidades corporativas bem definidas, a mineração ficou tradicionalmente atrás de outros setores. As fabricantes de químicos DuPont, Dow e Basf, por exemplo, têm marcas reconhecidas sustentadas por campanhas populares. James Bell, um sócio da agência de estratégia de marcas Lipincott, de Nova York, que foi contratada pela Vale, diz que um motivo para o atraso das mineradoras nesse aspecto pode ser geográfico.
"Como a maioria das grandes químicas e petroquímicas são empresas americanas ou européias que operam em locais mais habitados e interconectados, elas tiveram de ser mais atentas à reputação e à opinião pública em geral", diz. "A indústria mineradora, por sua vez, tendeu a ter sede na Austrália, Canadá e Brasil e operava nas áreas mais remotas do planeta. Isso fez com que não enfrentassem o mesmo nível de interesse — e vigilância — do público."
A Vale não é a única mineradora focada na marca. Um porta-voz da Rio Tinto diz que a empresa planeja em breve fazer seu próprio anúncio relativo a um esforço de identidade corporativa.
A marca da Vale estava precisando de uma modernização. O valor de mercado da empresa pulou de US$ 10 bilhões em 1997 para cerca de US$ 150 bilhões hoje, depois que ela adquiriu várias rivais. Isso a deixou com vários nomes — ela era mais conhecida nos EUA como CVRD, por exemplo — e sedenta de uma identidade clara que pudesse comunicar seus novos tamanho e ambições, diz Bell. A principal tarefa da Lipincott, diz, foi reposicionar a Vale de "companhia brasileira de minério de ferro" para "marca global em expansão".
Alguns especialistas em marcas elogiam a nova campanha da Vale, embora um tenha questionado se o esforço de identidade tem um foco suficientemente acurado. Grandes marcas "se resumem a uma idéia clara. No caso da FedEx, é certeza absoluta. No da GE, imaginação", diz Allen Adamson, um diretor-gerente da Landor Associates, de Nova York. No caso da Vale, diz, "parece que eles estão tentando representar tudo que é correto".
César Hirata, um sócio-diretor da FutureBrand, da Interpublic Group, em São Paulo, diz que é interessante que a Vale "tenha tido a coragem" de adotar o verde e o amarelo do Brasil em sua nova campanha. Outras empresas brasileiras com atividades globais, como a Embraer, costumavam optar por não enfatizar suas raízes de país em desenvolvimento, diz.
Para a Vale, que opera agora em mais de 30 países diferentes, associar-se mais ao Brasil pode ter suas vantagens. O país está no meio de uma expansão econômica e tornou-se um favorito de investidores estrangeiros. É também conhecido por suas relações raciais e políticas harmoniosas. Isso pode ajudar a Vale em suas negociações com alvos de aquisição estrangeiros.
"Ser querido é a diferença para os concorrentes", diz Olinta Cardoso, a executiva da Vale encarregado da promoção da marca.
Mercado de Perfumes
Um texto interessante do Wall Street Journal sobre o mercado de perfumes (Contra apatia nas vendas, grifes recorrem ao perfume ultra-exclusivo, 25/12/2007, Christina Passariello)
A seguir um trecho sobre os custos:
A seguir um trecho sobre os custos:
(...)Além de afugentar os clientes, a pletora de perfumes também atingiu os resultados financeiros. Com tanta concorrência, muitas empresas gastam até US$ 50 milhões para promover uma marca importante de novo perfume. Isso é o equivalente a um ano inteiro de vendas para a maior parte das marcas de perfume, o que torna cada vez mais difícil recuperar os custos. (...)
Até agora, os novos perfumes ultra-exclusivos não renderam muitos lucros, em parte porque a produção deles é bastante cara.
24 dezembro 2007
Bom Natal
Um vídeo divertido para os leitores. E Bom Natal (esperando que "aquela" não seja a sua carta para o Papai Noel!)
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