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07 dezembro 2007

As vantagens da revolução chamada XBRL

É o poder do computador chegando ao usuário. Eis uma reportagem sobre o assunto, que defende as vantagens, mas explora as desvantagens do uso:

Financial reporting faces up to brave new world of XBRL.
JENNIFER HUGHES
Financial Times 6/12/2007 - USA Ed1 - Page 18

(...) Put simply, XBRL is a machine-readable language that tags each piece of data rather than treating it as a block of text as in a PDF or standard internet page. By breaking up the data, users will be able to order it how they want and companies should be able to provide it more quickly.(...)

In effect, all we have at the moment is electronic paper, and anyone unwilling to pay for financial statements to be put into an excel spreadsheet has probably spent a lot of mouse-clicking time copying and pasting rows and columns of numbers that invariably then need finicky re-sorting.

(...) With XBRL now becoming a reality, corporate reporting is going interactive and companies will potentially become more transparent as a result.

Yesterday, the project got a boost with the release of a greatly expanded US GAAP taxonomy, the code upon which the "language" is based.

(...) From a company point of view, it should make life easier. If all data is XBRL-ready, then compiling and sending information to different regulators, in different formats and different languages, will be simpler. There are up-front costs, but voluntary XBRL filers to the SEC, including Pepsi and GE, have said these are manageable.

(...) For the readers of financial statements, this is the equivalent of user-generated content: what you want and how you want it.

There are of course caveats. Companies have some data protection concerns, for one, particularly if information is shared between regulators. (...)

Afinal, o novo mercado é importante?

Uma discussão interessante: o que é mais relevante, o novo mercado ou atender a Sarbox? Para a Gerdau, a segunda alternativa. Mas é uma discussão interessante:mino

Frederico Gerdau desdenha do Novo Mercado e gera polêmica
Gazeta Mercantil - 7/11/2007

As empresas que cumprem as exigências da Lei Sarbanes-Oxley (Sox) atendem normas de governança corporativa superiores às de qualquer outra regulação de mercado de capitais, como o Novo Mercado. A afirmação foi feita por um nome de peso, adjetivo bem adequado por se tratar de alto representante da indústria siderúrgica, o empresário Frederico Carlos Gerdau Johannpeter, vice-presidente do Conselho de Administração do grupo Gerdau e primeiro vice-presidente da Abrasca, a associação que reúne as companhias abertas.

O empresário disse ainda que, hoje, empresa que tem dono vale mais que aquelas que não têm. "Quem não tem dono é a bola da vez, é 'target' de compradores. A política da Gerdau é continuar tendo dono. É essa a nossa política pelo menos até a sexta geração", completou.

As opiniões, emitidas ontem, durante o almoço de fim de ano da Abrasca, vão na contramão do Novo Mercado, que estimula o controle difuso como estrutura de propriedade (no Novo Mercado a empresa precisa ter apenas ações com direito de voto), e causaram um certo desconforto entre os presentes.

O representante da Bovespa João Batista Fraga, diretor de relações com empresas, veio logo em defesa da importância da listagem no Novo Mercado para segurança dos investidores que aplicam na bolsa brasileira. Segundo ele, a Sox diz respeito à transparência e não ao direito societário. Como exemplo, Fraga cita a obrigatoriedade de tag along (direito dos investidores fora do bloco de controle obterem por suas ações o mesmo preço pago ao controlador no caso de venda da companhia).

No contexto da afirmação de Fraga está a diferença de estrutura de propriedade existente entre a pátria da Sox e o Brasil, que cria conflitos de interesses diferentes e demanda soluções também diferentes de proteção ao investidor. Nos EUA, como o capital é pulverizado, a preocupação é com os conflitos de interesse entre os acionistas e os executivos das companhias. No Brasil, o conflito é entre o acionista controlador e os acionistas minoritários (fora do bloco de controle).

O presidente da Abrasca, Antônio Duarte Castro, afirmou que o Novo Mercado tem sido fundamental para as companhias brasileiras serem bem sucedidas na captação de recursos com a venda de ações, principalmente na abertura de capital.

Roberto Faldini, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), acrescentou que tentativas de alterar a estrutura de propriedade por decreto foram mal-sucedidas. No Novo Mercado, a adesão é espontânea, feita a partir de um contrato com a Bovespa. "Foi um avanço da auto-regulação e permitiu a expansão que estamos vendo no mercado de capitais." A adequação à Sox é compulsória para todas as companhias americanas, suas subsidiárias ao redor do mundo e empresas não americanas que negociam nos Estados Unidos.

Para Frederico Gerdau, a estrutura de propriedade não atrapalha a captação da empresa e ter a Sox facilita. A Gerdau negocia apenas ações preferencias no mercado Ele afirma, porém, que "o custo da Sox é muito alto, sua implantação complicada, chata". O custo com auditoria da Gerdau, que era de R$ 2,5 milhões antes da lei, dobrou depois dela, atingindo R$ 5 milhões, informou.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

06 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Sarbox e o custo

Após cinco anos, Sox ainda gera despesas
Gazeta Mercantil 6/11/2007

São Paulo, 6 de Dezembro de 2007 - Com cinco anos completos em 30 de julho de 2007, a Lei Sarbanes-Oxley (Sox), aprovada de forma quase unânime pelo Congresso norte-americano, com o intuito de restabelecer a confiança do investidor no mercado de capitais, ainda causa reações controversas no mercado. "Muitos a consideram extremamente onerosa e burocratizante, prejudicando, muitas vezes, a competitividade de uma empresa e a sua agilidade na tomada de decisões", avalia Sidney Ito, sócio da firma de auditoria e consultoria KPMG, que coordenou a segunda pesquisa de práticas de governança corporativa realizada pela empresa.

As 33 companhias brasileiras que negociam ADRs (recibos de ações) cumpriram as exigências da lei. Entre elas, a certificação da seção 404, que trata dos controles internos, e precisa ser feita anualmente. Mesmo que a companhia tenha problemas nos controles, ela pode obter a certificação desde que relate as deficiências, pois isso mostra que está a caminho de sua resolução. De acordo com a pesquisa, apenas três companhias fizeram a certificação relatando problemas: Copel, Sabesb e Tele Norte Leste. Na citação anterior, cinco haviam relatado problemas: Copel, Tele Norte Leste, Embratel, Petrobras e CSN.

A pesquisa mostra que a certificação dos controles internos exigiu que muitos administradores voltassem a implementar controles internos nos seus principais processos operacionais e sistemas de tecnologia da informação e contratar pessoas para monitorar a eficácia desses controles, o que fez com que aumentasse o número de republicações de balanços. Segundo Ito, muitos dos principais executivos e diretores financeiros, ou mesmo os auditores externos, preferiram deixar a empresa ao perceberem problemas graves de governança, ou na preparação e apresentação das demonstrações financeiras.

De acordo com a pesquisa, todas as empresas estudadas apresentaram um acréscimo nos gastos com os honorários de auditoria independente. Isso ocorreu porque a seção 404 exige do auditor um parecer sobre os controles internos da empresa, bem como sobre o processo de certificação dos controles realizado pela administração da empresa. As companhias com faturamento inferior a R$ 6 bilhões tiveram um acréscimo de 67% no gasto com os honorários de auditoria em relação ao que dispendiam anteriormente. O gasto com auditoria pós-Sox foi equivalente a 0,046% do faturamento da média de dez companhias com faturamento até R$ 6 bilhões analisadas pela pesquisa. O custo deve cair na próxima certificação, já que houve uma flexibilização nas exigências que evita retrabalhos. Agora a auditoria externa não precisa mais opinar sobre o trabalho da administração, audita apenas os controles internos, conforme Ito.

Permissão

A Security Exchange Commission (SEC) concedeu permissão para que o conselho fiscal de companhias brasileiras exercesse as funções do comitê de auditoria (exigência estabelecida na seção 301 da Sox). Conforme a pesquisa, a maior parte das empresas optou por turbinar seu conselho fiscal para atuar na função do comitê de auditoria nos moldes estabelecidos para empresas norte-americanas. Entre as 32 empresas estudadas, 15 optaram pela implementação de um comitê de auditoria e 17, por utilizar o conselho fiscal. Ito afirma , porém, que as empresas começam a mostrar uma maior procura pelo implantação de comitê de auditoria. "O comitê tem uma vantagem em relação ao conselho fiscal, porque evita conflitos de atuação. A função do comitê é de gestão e a do conselho fiscal, conforme previsto na Lei das SA, é fiscalizar a empresa", afirma o sócio da KPMG. Em 2006, 13 empresas tinham comitê de auditoria e 19 usam o conselho fiscal para essa função.

Também em relação a composição do Conselho de Administração (deve possuir um regimento interno que estabeleça parâmetros para sua composição, além de seus objetivos e normas de funcionamento), a pesquisa mostrou uma maior preocupação com a sua composição. A maioria das empresas brasileiras possui um Conselho composto por oito a dez membros, chegando a ter de 14 a 17 membros.

A pesquisa foi feita com base no formulários 20-F, como são conhecidos os relatórios anuais das companhias exigidos pelo órgão relator do mercado de capitais dos Estados Unidos. Os relatórios contém informações sobre projeções de riscos, conselheiros, políticas de governança corporativa, além de informações sobre controles internos e demonstrações financeiras.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(L
ucia Rebouças)

Links

1. As escolas que aprovam em Harvard Princeton, MIT, Williams, Pomona, Swarthmore, the University of Chicago and Johns Hopkins
2. O casamento deve ser um contrato livre, sem a participação do Estado
3. Preferências econômicas são hereditárias
4. Homens são mais otimistas sobre o desempenho futuro de indicadores financeiros e econômicos. E a diferença é significativa.

Viés da Publicação

Um trabalho que anuncia que a pena de morte salva vidas. Segundo um estudo, para cada pena de morte, 3 a 18 mortes são evitadas. Entretanto, diversos outros estudos apontam o contrário. Quem está certo? Uma possível explicação é o viés da publicação. Neste tipo de viés, somente as pesquisas que apresentam resultados interessantes, contrário ao senso comum ou a pesquisa já realizada, são publicados. Clique aqui para ler mais

Custo de Oportunidade

Sempre haverá um custo de oportunidade nas decisões humanas? Esta questão está relacionada com a aposta de Pascal: nós devemos acreditar em Deus, pois se ele existe, os benefícios serão infinitos. Se não existir, nós não perdemos. Mas a aposta de Pascal ignora a possibilidade de Deus existir e, apesar de nossa crença, não gostar daqueles que acreditam nele.