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07 dezembro 2007

Correlação entre mercado acionário e preço do petróleo




Existe correlação entre o preço do petróleo e o mercado? Pelo gráfico, não. A correlação é de 0,05, conforme esta fonte.

Marcas

Esta pesquisa é muito conhecida: o valor da marca. Entretanto, as limitações da metodologia (só participa empresa com ação negociada na bolsa, por exemplo) são relevantes demais para serem esquecidas. A Vale não participava no ano anterior e agora aparece. É muito estranho isto.

Além disto a metodologia confunde o conceito de marca com outros ativos. Aqui, uma crítica. A seguir, uma reportagem sobre o assunto


Bancos lideram a lista das marcas mais valiosas do Brasil
Marianna Aragão
O Estado de São Paulo - 6/12/2007

VALOR DA IMAGEM - Roger Agnelli, presidente da Vale, lançou na semana passada a nova marca da empresa

Marca do Itaú foi avaliada em R$ 8,07 bilhões pela Interbrand Os bancos dominam o ranking das dez marcas mais valiosas do País, divulgado ontem pela consultoria internacional Interbrand. Na quarta edição da pesquisa, realizada desde 2001, quatro das dez marcas nacionais de maior valor são empresas do setor financeiro. O Itaú, cujo valor de marca é de R$ 8,076 bilhões, lidera o ranking. Em seguida, vem o Bradesco, avaliado em R$ 7,922 bilhões e o Banco do Brasil, em R$ 7,772 bilhões. O Unibanco ganhou quatro posições e também aparece na lista, agora em quinto lugar.

"As marcas dos bancos têm força porque precisam transmitir confiança aos clientes, que vão depositar ali seu dinheiro. Além disso, todos os anos as instituições financeiras batem recordes de lucros no País", diz o diretor de avaliação de marcas da Interbrand, Alexandre Zogbi. Segundo ele, as três primeiras colocadas já apareciam na mesma ordem na última seleção, em 2005. Porém, este ano, o valor de suas marcas aumentou. "Isso mostra que souberam aproveitar bem a situação macroeconômica atual. Todas as empresas do ranking, inclusive, tiveram aumento do valor de marca maior que o PIB do País." Além dos resultados financeiros, o valor da marca de uma empresa é medido por seu grau de internacionalização, investimentos em sustentabilidade e interação com o consumidor final. Outro destaque da pesquisa foi a entrada de companhias do setor siderúrgico e de mineração. Vale, Gerdau e Usiminas apareceram pela primeira vez no ranking. A mineradora, que tem valor de mercado de aproximadamente US$ 160 bilhões, estreou na seleção na sétima posição. Sua marca foi avaliada em R$ 2,871 bilhões pela Interbrand. Gerdau e Usiminas ocupam a nona e a décima posições na lista, respectivamente.

A Petrobrás também subiu duas posições em relação ao ranking de 2005, passando para o quarto lugar, com R$ 5,738 bilhões. Além dos resultados operacionais crescentes, a presença da marca em novos mercados colaborou para a evolução. A única empresa do setor de bens de consumo incluída na lista de 2007 foi a Natura, que desceu duas posições, ficando com valor de marca de R$ 4,338 bilhões.

Segundo o diretor da Interbrand, a predominância dos setores bancário e siderúrgico, que têm juntos seis das dez marcas mais valiosas do País, pode mudar a médio prazo. A previsão é de que, devido ao ritmo atual de IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), empresas de outros setores, como tecnologia, construção civil e serviços possam fazer parte do ranking. "Deve haver mudanças interessantes nos próximos anos.". Zogbi destaca ainda que, neste ano, a proporção entre o valor da marca e o do negócio como um todo das empresas do ranking está mais próxima dos índices internacionais. "As marcas brasileiras estão mais bem alinhadas com as melhores práticas globais", diz ele.

METODOLOGIA

Na pesquisa, foram avaliadas 40 empresas listadas na Bolsa de Valores ou que publiquem informações financeiras regularmente ao mercado. Todas precisam ter, no mínimo, 60% de capital nacional. Por causa dessa limitação, algumas marcas que figuravam no ranking em anos anteriores, como as da cervejaria InBev, ficaram de fora da lista deste ano.

As empresas brasileiras mais competitivas

Uma pesquisa listou 100 empresas mais competitivas entre os emergentes. O Brasil é o terceiro em número, atrás da China e India, com Vale, Petrobras, Embraer, Gerdau, Votorantim, Braskem, Sadia, Perdigão, Natura, Coteminas, WEG, JBS-Friboi (carne) e Marcopolo.

Das empresas escolhidas, 70 fizeram algum tipo de acordo internacional em 2006. Algumas das histórias de sucesso são decorrentes um pouco do acaso. A The Economist cita o caso da Sadia, que tornou-se muito conhecida do mundo árabe. Um pouco desta conquista talvez seja em decorrência do seu nome, que lembra a palavra sa'ada, que significa felicidade em árabe.


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A importância do fundo de pensão



Os fundos de pensão são mais relevantes nas economias maduras, e chegam a mais de 100% do PIB de alguns países. No mundo em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, seu papel é menor.

Fonte: The Economist

Aumento no preço dos alimentos


A capa da The Economist da semana é sobre o preço dos alimentos. A revista acredita que o mundo onde os preços dos alimentos baratos pode ser algo do passado. Quanto ao Brasil, a reportagem afirma que novas terras estão localizadas em partes remotas do "Brasil, Rússia, Cazaquistão, Congo e Sudão" que exigem investimentos em rodovias e infra-estrutura, que pode levar décadas e prejudicar florestas preciosas.

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As vantagens da revolução chamada XBRL

É o poder do computador chegando ao usuário. Eis uma reportagem sobre o assunto, que defende as vantagens, mas explora as desvantagens do uso:

Financial reporting faces up to brave new world of XBRL.
JENNIFER HUGHES
Financial Times 6/12/2007 - USA Ed1 - Page 18

(...) Put simply, XBRL is a machine-readable language that tags each piece of data rather than treating it as a block of text as in a PDF or standard internet page. By breaking up the data, users will be able to order it how they want and companies should be able to provide it more quickly.(...)

In effect, all we have at the moment is electronic paper, and anyone unwilling to pay for financial statements to be put into an excel spreadsheet has probably spent a lot of mouse-clicking time copying and pasting rows and columns of numbers that invariably then need finicky re-sorting.

(...) With XBRL now becoming a reality, corporate reporting is going interactive and companies will potentially become more transparent as a result.

Yesterday, the project got a boost with the release of a greatly expanded US GAAP taxonomy, the code upon which the "language" is based.

(...) From a company point of view, it should make life easier. If all data is XBRL-ready, then compiling and sending information to different regulators, in different formats and different languages, will be simpler. There are up-front costs, but voluntary XBRL filers to the SEC, including Pepsi and GE, have said these are manageable.

(...) For the readers of financial statements, this is the equivalent of user-generated content: what you want and how you want it.

There are of course caveats. Companies have some data protection concerns, for one, particularly if information is shared between regulators. (...)

Afinal, o novo mercado é importante?

Uma discussão interessante: o que é mais relevante, o novo mercado ou atender a Sarbox? Para a Gerdau, a segunda alternativa. Mas é uma discussão interessante:mino

Frederico Gerdau desdenha do Novo Mercado e gera polêmica
Gazeta Mercantil - 7/11/2007

As empresas que cumprem as exigências da Lei Sarbanes-Oxley (Sox) atendem normas de governança corporativa superiores às de qualquer outra regulação de mercado de capitais, como o Novo Mercado. A afirmação foi feita por um nome de peso, adjetivo bem adequado por se tratar de alto representante da indústria siderúrgica, o empresário Frederico Carlos Gerdau Johannpeter, vice-presidente do Conselho de Administração do grupo Gerdau e primeiro vice-presidente da Abrasca, a associação que reúne as companhias abertas.

O empresário disse ainda que, hoje, empresa que tem dono vale mais que aquelas que não têm. "Quem não tem dono é a bola da vez, é 'target' de compradores. A política da Gerdau é continuar tendo dono. É essa a nossa política pelo menos até a sexta geração", completou.

As opiniões, emitidas ontem, durante o almoço de fim de ano da Abrasca, vão na contramão do Novo Mercado, que estimula o controle difuso como estrutura de propriedade (no Novo Mercado a empresa precisa ter apenas ações com direito de voto), e causaram um certo desconforto entre os presentes.

O representante da Bovespa João Batista Fraga, diretor de relações com empresas, veio logo em defesa da importância da listagem no Novo Mercado para segurança dos investidores que aplicam na bolsa brasileira. Segundo ele, a Sox diz respeito à transparência e não ao direito societário. Como exemplo, Fraga cita a obrigatoriedade de tag along (direito dos investidores fora do bloco de controle obterem por suas ações o mesmo preço pago ao controlador no caso de venda da companhia).

No contexto da afirmação de Fraga está a diferença de estrutura de propriedade existente entre a pátria da Sox e o Brasil, que cria conflitos de interesses diferentes e demanda soluções também diferentes de proteção ao investidor. Nos EUA, como o capital é pulverizado, a preocupação é com os conflitos de interesse entre os acionistas e os executivos das companhias. No Brasil, o conflito é entre o acionista controlador e os acionistas minoritários (fora do bloco de controle).

O presidente da Abrasca, Antônio Duarte Castro, afirmou que o Novo Mercado tem sido fundamental para as companhias brasileiras serem bem sucedidas na captação de recursos com a venda de ações, principalmente na abertura de capital.

Roberto Faldini, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), acrescentou que tentativas de alterar a estrutura de propriedade por decreto foram mal-sucedidas. No Novo Mercado, a adesão é espontânea, feita a partir de um contrato com a Bovespa. "Foi um avanço da auto-regulação e permitiu a expansão que estamos vendo no mercado de capitais." A adequação à Sox é compulsória para todas as companhias americanas, suas subsidiárias ao redor do mundo e empresas não americanas que negociam nos Estados Unidos.

Para Frederico Gerdau, a estrutura de propriedade não atrapalha a captação da empresa e ter a Sox facilita. A Gerdau negocia apenas ações preferencias no mercado Ele afirma, porém, que "o custo da Sox é muito alto, sua implantação complicada, chata". O custo com auditoria da Gerdau, que era de R$ 2,5 milhões antes da lei, dobrou depois dela, atingindo R$ 5 milhões, informou.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)