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26 outubro 2007

Estoques e desempenho da economia



O volume de estoques nas empresas tem sido considerado como uma variável preditiva dos problemas da economia de uma país. Quando o volume aumenta isto poderia significar que a economia deverá entrar num ciclo de recessão ou baixo crescimento.

A figura acima mostra o estoque nas empresas e foi preparado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. É perceptível que ocorreu um aumento nos estoques nos últimos meses, apesar do valor ainda estar dentro dos padrões normais dos últimos anos.

Entretanto, para alguns pesquisadores, aumento de estoque também pode ser um sinal de otimismo. As empresas estão aumentando seus estoques para antecipar o aumento da demanda.

Na realidade, o comportamento dos estoques deveria ser analisado por setores. É provável que seja verdade que o aumento dos estoques pode ser um indicativo de melhoria na economia quando estamos falando dos setores de máquinas e equipamentos. De igual modo, no varejo, o aumento dos estoques pode estar vinculado a uma maior possibilidade de recessão. Um bom tema para pesquisa.

Efeitos da política do governo

O Financial Times de 25/10/2007 (Cost of cheap food Just say No to subsidies, price controls and export tariffs, Europe Ed1, Page 10) lembra uma história da soja que serve para demonstrar os efeitos da política de governo. Em 1973 o presidente Nixon, pressionado pelo aumento dos preços dos produtos alimentícios, proibiu a exportação de soja. A questão é que a interferência do governo distorce o mercado, com efeitos inesperados. No caso da decisão de Nixon, permitiu a criação da indústria de soja no Brasil.

Passos necessários para a convergência

Trechos de um artigo sobre convergência contábil:

Vital steps on the road to common global standards.
IAN MACKINTOSH - chairman of the UK's Accounting Standards Board
Financial Times 25/10/2007 - Asia Ed1 - Page 19

(...) Whatever the conflicting views on certain aspects of certain standards, the overriding long-term benefits of convergence have not changed. They include comparability of company performance across borders, reduced compliance costs and the abolition of reconciliations. (...)

But equivalence without a proper basis in financial reporting has dangers. Do the investors really understand the financial position and performance of the capital seeker? Will they receive relevant and reliable information in years to come?

These are dangers that will exist as long as equivalence is accepted and could to a large extent be mitigated by making the vision of a single set of standards real.

(...) But this is a caricature of the debate. History and culture count for a lot and have polarised the debate.

No-one knows all the right answers and it would be better to approach the issues in the spirit of resolving differences rather than defending the status quo.

Differences need to be tackled in an objective way. Participants in the debate should understand the traditions that shape the opinion of others and all points of view need to be considered in a mutually respectful way.

The hard work and determination of the IASB and others is starting to bear fruit. The vision of a single set of high-quality global standards looks achievable, albeit with a lot more work and debate to come. It would be a shame if we let the scale of the task overwhelm the enormity of what we can achieve.

Rodízio de Auditores

Parece que a idéia do rodízio dos auditores não deu certo. A proposta tinha finalidade de reduzir o poder do oligopólio das 4 grandes empresas. Ontem a CVM suspendeu o rodízio até 2008:

O Conselho Monetário Nacional prorrogou, até 31 de dezembro de 2008, a suspensão de obrigatoriedade do rodízio de auditores independentes contratados pelas instituições financeiras. A medida vale também para as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação.

O adiamento, por um ano, é necessário para aprofundamento dos estudos sobre a eficácia dessa exigência no mercado brasileiro, considerando seus custos e benefícios.

CMN suspende obrigatoriedade de rodízio de auditores até fim de 2008
Bruno Rosa, O Globo - 25/10/2007

Links

1) Um endereço interessante, que apresenta mapas da terra e ecologia

2) A Microsoft está disponibilizando para o Word 2007 uma ferramenta para citação. Mas não tem a ABNT

3. A expansão dos bancos chineses

25 outubro 2007

Estados Unidos no Iraque: fracasso na Contabilidade

O The New York Times comenta o fracasso norte-americano no Iraque na criação de um sistema contábil moderno (U.S. Faults Its Bid to Replace Iraq's Accounting System, de James Glanz e Andrew Kramer, 25/10/2007, p. 12). O projeto era substituir o sistema contábil corrupto de Saddam Hussein por algo que possibilitasse maior controle, em especial das receitas do petróleo.

BAGHDAD, Oct. 24 -- An American project to replace the Iraqi government's opaque and easily manipulated Saddam Hussein-era accounting system has failed to achieve its goals after four years and more than $38 million, an American oversight agency reported Wednesday.

An early objective of the American occupation was to streamline the corrupt Iraqi bureaucracy that had flourished under Mr. Hussein, and establish controls that would make it more difficult to divert the enormous Iraqi oil revenues that provide nearly all of the government's budget.

But the American oversight agency, called the Office of the Special Inspector General for Iraq Reconstruction, said Wednesday in a report that the system the United States had chosen had shown a ''lack of understanding of the existing Iraq financial and business processes,'' and had not taken root.

As a result, the new system has had little impact on Iraq's financial apparatus, said Ginger Cruz, a deputy inspector general in the office. The old system remains in place, she said.

''The convoluted way that they used to do accounting under Saddam was created for secrecy and control,'' Ms. Cruz said. (...)

Contabilidade do Futebol Colombiano

Eis uma notícia sobre a contabilidade dos clubes de futebol colombiano (aqui, nenhuma intenção de homenagear o Millionários). Observe que os problemas são próximos aos existentes no Brasil. O grifo é meu.

Rajan contabilidad de clubes de fútbol
Portafolio - 24/10/2007

La mayoría de los equipos profesionales del fútbol colombiano no tienen criterios contables unificados, y por el contrario, su información financiera presenta inconsistencias, de acuerdo con el análisis realizado por la Superintendencia de Sociedades en la inspección que realizó sobre los balances de los clubes, a diciembre del 2006.

El resultado del informe, entregado hace un par de semanas por el comité coordinador de la Supersociedades, a Everth Bustamante, director de Coldeportes, concluye de manera preocupante que "luego de la visita efectuada a los 36 equipos de fútbol con deportistas profesionales de las categorías A y B, se encontró que los activos más representativos de estos clubes son sus intangibles".

Es decir, los equipos no tienen cómo sustentar de manera contable el valor de sus activos, y aspectos como la ficha deportiva, los derechos sobre sus jugadores y el valor de la marca, son contabilizados de manera particular y a su antojo por cada institución.

(...)
Señala el informe que en el reconocimiento contable de estos activos es donde se genera la mayoría de las inconsistencias. También agrega que "en los casos analizados, el registro del monto de cada erogación no es claramente identificable por los clubes en la manera de ser adquiridos, constituidos y usados".

Ante tantas irregularidades, Coldeportes dio un plazo de dos meses para que cada equipo presente un plan único de cuentas, en el que establezca cada una de las transacciones de los derechos deportivos de sus jugadores, además de sus ingresos operacionales y no operacionales.

LÍOS EN MARCAS Y DERECHOS

La principal inconsistencia presentada tiene que ver con el valor que le asigna cada equipo a su ficha o cuota de afiliación a la Dimayor, ente que regula el campeonato colombiano.

El pago obligatorio de esta cuota se originó desde 1991, pero solo para los equipos que asciendan de la Primera B a la A. Sin embargo, los planteles fundadores de la Dimayor, que nunca han pagado ningún derecho de participación, le dan valor a este aspecto. Clubes como Millonarios, Santa Fe, Cali, América, Medellín, Nacional, Bucaramanga y Cúcuta, no solo lo registran contablemente, sino que lo valoran como uno de sus principales activos.

IRREGULARIDADES ENCONTRADAS

En el caso de Millonarios, no solo registró este activo sino que fue reconocido como un ingreso, sin ajustarse a la técnica contable, y tiene una sobrestimación de sus ingresos a 31 de diciembre del 2006 de 1.372 millones de pesos.

Por su parte, Santa Fe presenta 'Valorizaciones de otros activos', 1.000 millones de pesos por 'Ficha Dimayor'.

El Cali presenta en la cuenta 'Valorizaciones de intangibles' la suma de 2.040 millones de pesos por esta supuesta afiliación, cifras que ajusta anualmente.

El América, en 'Valorizaciones de otros activos' presenta la suma de 1.907 millones de pesos por 'Ficha Dimayor'.

El Medellín, en el grupo de intangibles, presenta un valor de 2.500 millones de pesos que corresponde a la 'Ficha'. Por su parte, Nacional presenta en la cuenta 'Valorizaciones de otros activos' la suma de 2.040 millones de pesos, también por esta ficha.

De otra parte, en los equipos santandereanos el panorama no cambia: tanto Bucaramanga como Cúcuta tasan el valor de sus fichas deportivas, como una 'Valorización de inversiones', con valores de 2.040 y 5.000 millones de pesos, respectivamente.

Los equipos necesitan una normativa que aclare su naturaleza jurídica: Coldeportes

Para Éverth Bustamante, director de Coldeportes, el resultado del informe realizado por la Superintendencia de Sociedades es preocupante, aunque dice que ya se tomaron medidas para contrarrestar la situación.

"A cada equipo se le han hecho las observaciones respectivas sobre sus inconsistencias y tienen un plazo de dos meses para rectificar, corregir la información y dar las explicaciones respectivas", señala.

El directivo sugiere que no se debe generalizar la situación. "El resultado demuestra inconsistencias de distinto nivel. No todos incurren en las mismas fallas, algunas son de forma, pero otras sí son graves. De todas maneras esperamos explicaciones en materia contable en cada caso", dice.

En este sentido, el director de Coldeportes plantea con carácter urgente que se debe elaborar una reforma que defina con claridad el caráter y la naturalez jurídica de los equipos de futbol, porque "actualmente funcionan como corporaciones sin ánimo de lucro y eso contradice el desarrolllo moderno de este deporte, que es el que más mueve la economía en el mundo. En Colombia hay que reconocer esa realidad con normas claras, determinar con claridad el origen de los recursos que se invierten, para evitar que el deporte sea un mecanismo para el lavado de activos".

Bustamante sugiere estructurar una nueva normativa para el desarrollo empresarial de estas instituciones y que la información sea transparente y que cualquier ciudadano pueda conocerla.

"Coldeportes desarolla un convenio con el Consejo Superior de España (su par en ese país), mediante el cual intercambia información, hace consultas, porque lo hecho en ese país es un buen ejemplo para aplicar en Colombia", agrega.

En los proximos meses, y como producto de ese intercambio, este organismo le presentará al Gobierno Nacional y al Cogreso de la República, una inciativa clara al respecto, para que se debata en la próxima legislatura, cuya finalidad es permitir y establecer la naturaleza juríduca de cada uno de los clubes profesionales. "Que se defina la relación entre deportistas y equipos, y que esto limpie de cualquier duda de corrupción a este deporte".